A população baiana, notadamente as que nessitam andar de bicicleta, precisam reinvindicar ciclovias, ciclofaixas e estacionamentos para bicicletas nestas obras . E que a Prefeitura assuma uma política no sentido de não aprovar obras que não contemplem estes equipamentos.
A bicicleta não pode ser deixada de fora destas contruções.
Vamos passar e mail, para a Prefeitura e para as empresas de construção reivindicando uma política que beneficie o carro, mas também as bicicletas.
Valci Barreto
advogado,
cicloativista
editor do bikebook.blogspot.com
colaborador do muraldebugarin.com
e da Folha do Reconcavo.
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Recortado de A TARDE ON LINE:
"Cilene Brito, do A Tarde
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Um dia após os transtornos causados com a interdição da Ligação Iguatemi-Paralela (LIP), o trânsito voltou à sua normalidade na região do Iguatemi, com intensidade de fluxo de veículos nos horários críticos e fluidez no restante do dia. A liberação de duas das três faixas permanecerá até o fim da obra, estimado para o mês de novembro, com possibilidade de novas interdições, segundo o secretário dos Transporte e Infra-Estrutura, Almir Melo.Ele garante que a liberação parcial da LIP não irá atrasar o cronograma de intervenções da prefeitura, que prevê conclusão de duas obras da segunda etapa do projeto do complexo viário do Iguatemi dentro de 30 dias. “Se forem necessárias novas interdições, faremos ampla divulgação para evitar o que aconteceu. As pessoas foram informadas sobre as obras com antecedência, mas não adiantou”, afirma.Se não houver atrasos por conta da chuva, as primeiras obras inauguradas serão a passarela localizada entre a Tend Tudo e a Desenbahia, na Avenida Tancredo Neves, e a via exclusiva para ônibus, que tem início na passarela, próximo ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran). A nova etapa segue em confluência com a Avenida Paralela (sentido aeroporto) e será construída a partir do Viaduto Nelson Dahia até depois do Viaduto Luís Eduardo Magalhães.A segunda etapa do complexo viário será concluída com a construção de uma pequena ponte entre as lojas Tok & Stok e Romelsa, completando um anel viário interno na Avenida Tancredo Neves. A obra que liga as duas marginais deverá ser entregue dentro de 120 dias.“A obra vai desafogar o trânsito na região da Tancredo Neves e permitir que o motorista possa ir de um ponto a outro da avenida”, explicou o secretário. Outra grande intervenção está prevista para acontecer nas 3ª e 4ª etapas do projeto, que devem ser iniciadas dentro de 120 dias, com duração de oito meses.A obra prevê a construção de uma nova pista, com três faixas, entre a passarela de Pernambués e o início do Viaduto Nelson Dahia, no sentido Aeroporto-Rodoviária. Um pontilhão será construído sobre essa nova via.Também está prevista a construção de um novo pontilhão sobre a pista já existente, no mesmo sentido. Por baixo dela, os veículos terão acesso a um novo mergulho construído a partir do prolongamento da LIP.A intenção, segundo o engenheiro da Odebrecht responsável pelas obras, Sílvio Godoy é ordenar as faixas, direcionando os motoristas para avenida destino, após a saída da Paralela. “Isso evitará que motoristas tentem cortar a pista de um lado para o outro, complicando o trânsito”.Para o coordenador do curso de Urbanismo da Uneb, Juan Moreno Delgado, transtornos como o da última quarta-feira, 16, são causados pela falta de preparo da administração da prefeitura em relação ao tráfego. “Salvador não tem um estudo de nível de serviço do tráfego (fluxo de veículos em relação à capacidade máxima viária de toda a cidade). O resultado é que as obras como essa da LIP são realizadas sem embasamento técnico suficiente. Qualquer intervenção num ponto crítico acaba causando esse tipo de transtorno”, opina.De acordo com o pesquisador, a fragilidade viária de Salvador é causada por três fatores: vulnerabilidade da malha, por causa do relevo acidentado da cidade; concentração de empreendimentos na área do Iguatemi e da Paralela; e o número exacerbado de carros na cidade.
Veja infográfico "
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