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muraldebugarin.com
MEU ZINE
Editores: VALCI BARRETO, Advogado, estudante de jornalismo. Fones: 9999-9221 (Tim), 3384-3419 e 8760-7969 (Oi). Email: valcibarretoadv@yahoo.com.br. Colaboradores: Itana Mangieri, Alberto Bugarin e Sérgio Bezerra. Todos blogueiros, cicloativistas e amantes de livros, fotos e videos - Interesses do Blog: reportagens, artigos, com destaque especial para passeios de bicicletas, livros, cultura em geral, cicloativismo, cicloturismo e educação para o trânsito. Colaborações serão sempre bem vindas.
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
PEDAL DA MADRUGADA
Valci Barreto
Advogado, cicloativista
Editor do Meu Zine
do bikebook.blogspot.com
colaborador do muraldebugarin.com
Criado pelo empresário e cicloativista Fernando Carvalho, este pedal é um dos mais emocionantes dos que já participei. Bem verdade que só pedalei no primeiro, Como o primeiro a gente nunca esquece, tenho na cabeça como se deste último houvesse participado.
Quando Fernando nos convocou para esta última versão, já havia-me comprometido com meu amigo Francisco Moscato , para um evento , jogo de bocce, na Casa da Italia.
Não podia ficar em cima do muro, faltar ao bocce nem a este chegar atrasado ou cansado. Optei , então, ficar só na vontade e esperar o próximo.
Liguei para o Buga que me informou a beleza desta última pedalada.
Vendo agora as fotos, lembrei-me do primeiro em que rodamos toda esta cidade com muito afeto pela magrela, sentindo o frescor do vento em nossos corpos, vendo coisas e pessas se mexendo, se movimentando pelas madrugadas da Bahia até o descortinar da beleza das nossas práias, culminando com o café da manhã na barraca do Batô, em Stella Maris. Finalmente, tudo descrito em um belo, sempre belo, texto de Itaninha que, se aqui estivesse, certamente a este não faltaria.
Estou sentido muita saudade de tudo que aconteceu, das nossas queridas pedalantes Itaninha, no Pará e Rosely, em Brasília . Ainda bem que temos as fotos para manter sempre a lembrança de nossos passeios ,das amizades, experiências, emoções e aprendizados que eles nos proporcionam.
Não poderia faltar ao compromisso, como tento fazer com todos que assumo, da Casa da Italia. Não posso dizer que me arrependi, porque a decisão já havia sido tomada. Porém, queria participar deste pedal. Além de tudo, era a forma que gostaria de comemorar o aniversário de Luciana, minha filha, que está em São Paulo: escreveria seu seu nome nas areias de Itapua , levando até ela as minhas saudades, os meus parabéns, registrados nas fotos do Buga, que vocês ajudaram a fazê-las mais belas.
Parabéns a todos que particparam, especialmante(não tenham ciumes!) para a risada do querido Carlão que elejo para representar a alegria de todos!!
Valcibarretoadv@yahoo.com.br
Advogado, cicloativista
Editor do Meu Zine
do bikebook.blogspot.com
colaborador do muraldebugarin.com
Criado pelo empresário e cicloativista Fernando Carvalho, este pedal é um dos mais emocionantes dos que já participei. Bem verdade que só pedalei no primeiro, Como o primeiro a gente nunca esquece, tenho na cabeça como se deste último houvesse participado.
Quando Fernando nos convocou para esta última versão, já havia-me comprometido com meu amigo Francisco Moscato , para um evento , jogo de bocce, na Casa da Italia.
Não podia ficar em cima do muro, faltar ao bocce nem a este chegar atrasado ou cansado. Optei , então, ficar só na vontade e esperar o próximo.
Liguei para o Buga que me informou a beleza desta última pedalada.
Vendo agora as fotos, lembrei-me do primeiro em que rodamos toda esta cidade com muito afeto pela magrela, sentindo o frescor do vento em nossos corpos, vendo coisas e pessas se mexendo, se movimentando pelas madrugadas da Bahia até o descortinar da beleza das nossas práias, culminando com o café da manhã na barraca do Batô, em Stella Maris. Finalmente, tudo descrito em um belo, sempre belo, texto de Itaninha que, se aqui estivesse, certamente a este não faltaria.
Estou sentido muita saudade de tudo que aconteceu, das nossas queridas pedalantes Itaninha, no Pará e Rosely, em Brasília . Ainda bem que temos as fotos para manter sempre a lembrança de nossos passeios ,das amizades, experiências, emoções e aprendizados que eles nos proporcionam.
Não poderia faltar ao compromisso, como tento fazer com todos que assumo, da Casa da Italia. Não posso dizer que me arrependi, porque a decisão já havia sido tomada. Porém, queria participar deste pedal. Além de tudo, era a forma que gostaria de comemorar o aniversário de Luciana, minha filha, que está em São Paulo: escreveria seu seu nome nas areias de Itapua , levando até ela as minhas saudades, os meus parabéns, registrados nas fotos do Buga, que vocês ajudaram a fazê-las mais belas.
Parabéns a todos que particparam, especialmante(não tenham ciumes!) para a risada do querido Carlão que elejo para representar a alegria de todos!!
Valcibarretoadv@yahoo.com.br
terça-feira, 13 de novembro de 2007
PARA QUEM GOSTA DE POESIA
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Para quem gosta de poesia, clicar no blog:
http://abissalletras.blogspot.com
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segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Freando com as havaianas
Freando com as havaianas
JOLIVALDO FREITAS, jornalista, escritor-texto recortado da Tribuna da Bahia , de 12.11.2007.
O que tem de bicicletista nesta Bahia, talvez só perca para Barcelona, que instituiu o veículo como grande alternativa ao trânsito de automóveis, e basta chegar na frente de uma parada de ônibus, pagar 1 euro por meia hora, sair pedalando e deixar a bicicleta no local de destino. A mesma coisa fez agora a cidade de Paris, e foi o que salvou a população que teve de enfrentar uma greve de motoristas e metroviários.
Pois, fui contar, semana passada algumas histórias dos bicicleteiros baianos e choveu um monte. Valcir Barreto mandou email dizendo que acertei quando chamei de bicicleteiro, pois no meio dos pedaleiros é o termo que mais gostam de usar, por ciclista parecer mais com corrida. “Fazemos muito mais do que pedalar. Fazemos quase tudo, inclusive dar uma volta com a irmã do Carrapeta”. Vocês lembram que Marcos Carrapeta vendeu a bicicleta e a irmã foi de brinde, né?
Então Gilson Cunha, lá de Santo Amaro lembrou de Claudete (não digo o sobrenome) que por uma volta de bicicleta dos meninos, retribuia com generosas horas de amor. Um monte de meninos acompanhava a moça generosa em suas bicicletadas pelos matos.
A história mais interessante vem de Jerry Conceição. Ele lembrou que eu estava aprendendo a andar de bicicleta, no Alto do Bonfim, quando tirou a mão do selim, onde garantiu que não iria cair, perdi a direção e desci a ladeira - aquela mesma ladeira que os devotos de oxalá sobem de joelhos - enquanto ele gritava aperte o freio. De boa memória, revê, eu sem saber onde ficava o freio, e numa última tentativa de não amassar com a testa os ônibus da Viazul, que passavam no cruzamento, metendo minhas havaianas no asfalto. Uma sandália veio parar na canela. A outra quase derrete com a fricção. Não parei, entrei de peito na Farmácia Nossa Senhora da Guia e ainda ouvi piada dele: “Pelo menos já caiu no mertiolate”. E outra piada de mais um amigo: “estas havaianas são boas mesmo, Não é propaganda, não”. E eu lá com os olhos arregalados, todo arranhado e o coração aos pulos. Nunca mais montei bicicleta.
Pior fez Angelo Aleluia, que se chamava Angelo - sem acento - porque a mãe olhou para os seus olhinhos azuis e cabelos encaracolados, loirinhos, pois o miserável já nasceu cabeludo e dizem que até pentelhudo e vaticinou que seria um anjo de pessoa. O sobrenome, na verdade era apelido, pois o cara era um diabo, mas na frente de mãe parecia um querubim, falando baixo sim senhora, bênça mãe, beijo vó. E com os vizinhos que o odiavam e nada adiantava contar suas estrepulias para a mãe que ela não acreditava “meu Angelozinho? Nunca que ele faria isso, né meu amorzinho” e ele balançava humildemente a cabeça, sem tirar os olhos do chão “é mesmo mãe!”. Pois, com a vizinhança, na presença da velha era um tal de bom dia, como vai a família, boa noite. Na Igreja Batista respondia tudo com um aleluia.
O disgramado roubou a bicicleta de Sansão enquanto este parava na banca de revista para comprar figurinhas da Copa do Mundo, e se mandou. Foi para a Feira do Rolo, lá no Curtume, e trocou a bicicleta por dois canários belgas, bons de briga. Voltando para casa encontrou o dono da bicicleta, um cara forte como o nome deixou deduzir, que disse ou a bicicleta ou a morte. Angelo Aleluia voltou para a Feira do Rolo e não conseguiu desfazer o negócio, mas quando o outro vacilou pegou a bicicleta e saiu pedalando feito louco. Na fuga não viu que estava indo em direção à linha do trem, justamente quando este passava. Só ouviu o apito. Apertou o freio e nada. No desespero meteu o pé nos raios da roda e freou com a cabeça do dedão. Perdeu o dedo, mas escapou das rodas do trem. Só não escapou das porradas que levou de Sansão e do cara que tinha feito negócio. Foi cacete para mais de um hora. Um: por favor é sua vez... O outro: obrigado amigo... sua vez agora.. E o pau comendo no lombo de Angelo Aleluia.
Jolivaldo Freitas é escritor e jornalista. e-mail: jfk6@uol.com.br
recortado da tribuna da bahia e publicado no bikebook.blogspot.com
JOLIVALDO FREITAS, jornalista, escritor-texto recortado da Tribuna da Bahia , de 12.11.2007.
O que tem de bicicletista nesta Bahia, talvez só perca para Barcelona, que instituiu o veículo como grande alternativa ao trânsito de automóveis, e basta chegar na frente de uma parada de ônibus, pagar 1 euro por meia hora, sair pedalando e deixar a bicicleta no local de destino. A mesma coisa fez agora a cidade de Paris, e foi o que salvou a população que teve de enfrentar uma greve de motoristas e metroviários.
Pois, fui contar, semana passada algumas histórias dos bicicleteiros baianos e choveu um monte. Valcir Barreto mandou email dizendo que acertei quando chamei de bicicleteiro, pois no meio dos pedaleiros é o termo que mais gostam de usar, por ciclista parecer mais com corrida. “Fazemos muito mais do que pedalar. Fazemos quase tudo, inclusive dar uma volta com a irmã do Carrapeta”. Vocês lembram que Marcos Carrapeta vendeu a bicicleta e a irmã foi de brinde, né?
Então Gilson Cunha, lá de Santo Amaro lembrou de Claudete (não digo o sobrenome) que por uma volta de bicicleta dos meninos, retribuia com generosas horas de amor. Um monte de meninos acompanhava a moça generosa em suas bicicletadas pelos matos.
A história mais interessante vem de Jerry Conceição. Ele lembrou que eu estava aprendendo a andar de bicicleta, no Alto do Bonfim, quando tirou a mão do selim, onde garantiu que não iria cair, perdi a direção e desci a ladeira - aquela mesma ladeira que os devotos de oxalá sobem de joelhos - enquanto ele gritava aperte o freio. De boa memória, revê, eu sem saber onde ficava o freio, e numa última tentativa de não amassar com a testa os ônibus da Viazul, que passavam no cruzamento, metendo minhas havaianas no asfalto. Uma sandália veio parar na canela. A outra quase derrete com a fricção. Não parei, entrei de peito na Farmácia Nossa Senhora da Guia e ainda ouvi piada dele: “Pelo menos já caiu no mertiolate”. E outra piada de mais um amigo: “estas havaianas são boas mesmo, Não é propaganda, não”. E eu lá com os olhos arregalados, todo arranhado e o coração aos pulos. Nunca mais montei bicicleta.
Pior fez Angelo Aleluia, que se chamava Angelo - sem acento - porque a mãe olhou para os seus olhinhos azuis e cabelos encaracolados, loirinhos, pois o miserável já nasceu cabeludo e dizem que até pentelhudo e vaticinou que seria um anjo de pessoa. O sobrenome, na verdade era apelido, pois o cara era um diabo, mas na frente de mãe parecia um querubim, falando baixo sim senhora, bênça mãe, beijo vó. E com os vizinhos que o odiavam e nada adiantava contar suas estrepulias para a mãe que ela não acreditava “meu Angelozinho? Nunca que ele faria isso, né meu amorzinho” e ele balançava humildemente a cabeça, sem tirar os olhos do chão “é mesmo mãe!”. Pois, com a vizinhança, na presença da velha era um tal de bom dia, como vai a família, boa noite. Na Igreja Batista respondia tudo com um aleluia.
O disgramado roubou a bicicleta de Sansão enquanto este parava na banca de revista para comprar figurinhas da Copa do Mundo, e se mandou. Foi para a Feira do Rolo, lá no Curtume, e trocou a bicicleta por dois canários belgas, bons de briga. Voltando para casa encontrou o dono da bicicleta, um cara forte como o nome deixou deduzir, que disse ou a bicicleta ou a morte. Angelo Aleluia voltou para a Feira do Rolo e não conseguiu desfazer o negócio, mas quando o outro vacilou pegou a bicicleta e saiu pedalando feito louco. Na fuga não viu que estava indo em direção à linha do trem, justamente quando este passava. Só ouviu o apito. Apertou o freio e nada. No desespero meteu o pé nos raios da roda e freou com a cabeça do dedão. Perdeu o dedo, mas escapou das rodas do trem. Só não escapou das porradas que levou de Sansão e do cara que tinha feito negócio. Foi cacete para mais de um hora. Um: por favor é sua vez... O outro: obrigado amigo... sua vez agora.. E o pau comendo no lombo de Angelo Aleluia.
Jolivaldo Freitas é escritor e jornalista. e-mail: jfk6@uol.com.br
recortado da tribuna da bahia e publicado no bikebook.blogspot.com
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