sábado, 20 de agosto de 2011

rita de cássia magalhães



Anônimo rita de cássia magalhães disse...





Querido Valci:


É sempre um prazer encontrá-lo, porque você é realmente uma pessoa iluminada, preocupado em fazer o bem, preocupado com a natureza, com a preservação de valores que, infelizmente, estão se perdendo, dentre eles, a solidariedade.
Olha, adorei a referência ao meu nome e ao nosso abençoado encontro. Tenho certeza que Bartira irá adorar aprender a andar de bike e depois se associar a vocês pedalando pela nossa linda cidade.
Quero também frequentar a Livraria a que você se referiu. Você sabe de algum sarau literário? Poderíamos discutir as obras, pelo menos uma vez por mês. Gostou da idéia?
Grande abraço
Rita Magalhães
Sáb Ago 20, 09:05:00 PM
-------------------------------------------

MINHA CARA DRA. seu comovente comentário, é fruto da nossa amizade. Se assim sou, é por ter tido uma historia com pessoas com v.exa. e sua familia que tanto bem quero. Nós nos queremos muito bem. Posso assm afirmar. Então, não poderia eu ser diferente. Quanto ao sarau, apesar de gostar, não tenho participado. Continuo lendo, escrevendo, tudo como uma brincadeira saudável. Nosso parceiro de blog, sergio bezerra, tem desenvolvido, organizado e participado de eventos como o indicado no seu texto. A livraria e espaço cultural, PRAIA DOS LIVROS, no Porto da Barra, realiza este tipo de evento também. Acompenhe pelo site www.sebopraiadoslivros.com.br. A proprietária, Daniele, é uma pessoa que também lhe dará muitas informações, deste meio e uma figura encantadora.
Agende para participar das massas do moreira, que ali acontece todas as sextas feiras.
compartilhe do coisasprafazeremsalvador.blogspot.com, da querida atriz , ativista cultural Raquel Queiroz. Este site e o da Fuceb, são excelentes como indicadores destes eventos.
Um forte abraço para Bartira, o grande "Magalha" e toda a sua familia.







BATIZANDO STELA NOS PEDAIS BAIANAS.



BATIZANDO STELA NOS  PEDAIS BAIANOS.


Bikebook.blogspot.com
Muraldebugarin.com
Folhadoreconcavo.com.br
TV rua
valcibarretoadv@yahoo.com.br



Hoje, 20 de agosto de 2011, saí de casa às 6.45, pedalando sozinho. Às 07 horas estava em frente ao Sebo Praia dos Livros e segui empurrando a bicicleta para visitar a feirinha de produtos orgânicos ,  na Ladeira da Barra , que acontece aos sábados  no Edfo. Irará, primeiro prédio à esquerda de quem sobe a Ladeira da Barra.Voltei para casa para combinar, pelo Face,  uma possível pedalada com Stela , moradora da Sabino Silva, mais ou menos combinada ontem.   De acordo com os padrões Jabutis, no horário combinado, sem atrasar um minuto sequer, estava ela na minha portaria para enfrentar, pela primeira vez,  as ruas. Logo que a vi, não tive duvidas: corpo de quem gosta de correr, malhar, caminhar e de quem vai , realmente ,  pedalar. Na pracinha ao lado da Creperia Mariposa  fiz o "teste"  que, em dois ou tres  minutos, me deixou certo de que era só seguir: a moça sabia pedalar ;  e bem.  A forma como montou na bike já me disse tudo. Disse-lhe que ela estava "aprovada" e prontinha para  enfrentar as ruas da nossa Capital. Por enquanto, sozinha ainda não. Acompanhada, sim. Seguimos pela Sabino Silva, visitamos Marcelo Bike , continuando pela Afonso Celso,  onde   encontramos a Juíza Rita Nunes Magalhães que festejou: “foi Deus quem mandou vocês aqui. Procuro por alguém para ensinar minha filha a pedalar. Irá para a Europa e não quer chegar lá sem saber andar em bicicleta"  Garantimos à doutora que o professor Lázaro fará bem melhor do que nós. A  informação da existência de um professor de bike em nosso meio fez a festa da doutora.  Muito religiosa, não se conteve : “Deus atendeu às minhas preces, vou orar por voces!” , enquanto lhe garantiamos que sua filha , Bartira,  já chegará à Europa pedalando!

Agora é com você, meu caro professor Lazaro!

Prometemos fazer a nossa parte, de  orientar a aquisição da bicicleta, torcendo para ser mais uma pessoa conquistada para nossa “tribo”.
Após as despedidas, seguimos pela orla até o SEBO PRAIA DOS LIVROS para apresentá-lo a  STELA, apaixonada que é por literatura.

Subimos a Ladeira da Barra empurrando as bicicletas montando naturalmente no topo da ladeira e fomos seguindo: Corredor da Vitória, Campo Grande e Avenida Sete de Setembro. Da Piedade seguimos para o Largo Dois de Julho para uma visita à oficina ERVACICLO, do nosso amigo Eraldo, que tem passeio noturno, às 21 horas e  onde conhecemos a artista plástica JAMILE, que tem atelier naquele Largo. Dotada de uma capacidade de se comunicar invejável, afirmou que usa a bicicleta como meio de transporte e a convidamos para nossos pedais.

Digimo-nos  pela Avenida Sete e, sem qualquer programação, formos parar no Terreiro de Jesus, Pelourinho, para tomarmos um sorvete na LAPORTE a qual  serve um dos melhores sorvetes de Salvador, ao lado da Igreja do São Francisco. Deliciada com os sabores, afirmou STELA que era uma pena não ter aquela sorveteria serviço DELIVERY. Na mesma sorveteria estava um grupo de artistas mexicanos que se apresentarão este mês na Aliança Francesa e em seguida em Amesterdam. Simpáticos, gravaram , para a nossa TV Rua, convite para o espetáculo da Aliança Francesa . 

Deixamos a sorveteria sob um chuvisco  que nos acompanhou  do Pelourinho até a Graça, mas sem incomodar a  desenvoltura de Stela que demonstrou já estar toda pronta para pedalar, até mesmo na chuva, em grupos como Meninas ao Vento, Jabutis Vagarosos e que,  com mais um ou dois passeios como o de hoje, estará prontinha para grupos como  ERVA CICLO , Farol Light , Mural de Aventuras , Jarraw, Itapagipe é do Pedal, Narandiba, Amigos de Bike e assemalhados  que fazem passeios mais longos e mais rápidos.


Tem nos chamado a atenção a mudança de comportamento de um elevado número de motoristas , especialmente na região da Barra, Vitoria, Graça, Avenida Sete . Raramente passa um buzinando agressivamente. Ao contrário, senti um grande respeito hoje. Mesmo com o Corredor da Vitória com transito intenso, não ouvimos uma buzina, exceto aquelas leves de advertencia, sempre bem vindas.  Retornando pela Graça descendo pela Manoel Barreto, me senti pedalando em Paris tamanho o respeito que observei dos motoristas de um modo geral. Na Barra até os ônibus comportaram-se, o que não é comum, com muito cuidado ao nos ultrapassar. Confesso que me senti muito feliz e certo de que as campanhas educativas voltadas para as bicicletas tem a ver com isto.


Fiz questão de fazer este registro, até mesmo para continuarmos desenvolvendo nossas campanhas e colhemos bem melhores frutos.

Voltando a Stela,  estou convencido de que , com um bom treino poderá ela competir  porque, porte,  jeito, sensibilidade, juventude, firmeza ao pedalar, tudo nela é de atleta.

Parabéns STELA. Foi um grande prazer te conhecer e fazer este pedal. Se quiser continuar, enquanto não estiver firme para andar sozinha nas ruas, companhia nunca lhe faltará.

PARÁBENS, MESMO! E MUITO OBRIGADO por ter-me proporcionado mais um feliz pedal  vivido nas ruas da nossa Cidade.

---------------


Para quem quiser aprender a andar de bicicleta com Lazaro, ai estão seus fones: 88225639 32463643

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

SEM CAMISA , NÃO




Valci Barreto

bikebook.blospot.com
muraldebugarin.com
tv rua
www.folhadoreconcavo.com.br



Recentemente, tomei um café com um amiga que me confessou? não adiciono ninguem sem camisa no meu facebook. Era a coragem que eu queria de alguem, para dizer o mesmo. Antes de qualquer dúvida, a moça era loura, bonita, nova, corre, faz ginástica, olhos bem claros, ou seja, bonita mesmo para aqueles padrões comentados, discutidos por todos os antropologos para apoiar e desmerecer alguns conceitos do que é o Belo(não entro da discussão aqui. Mas se tivessem outros olhos, outro cabelo, outra cor, seria bela do mesmo jeito. Mas, ouvir daquela, me causou uma certa surpresa. Sempre questionei, e nada disses, não preocupado, mas com um certo cuidado, de não ser compreendido, ser xigando, por aqui,  aquela coisa: cautela não faz mal.

A amiga me encorajou a escrever este texto, não para dizer que não adicionarei ninguém descamisado em meu site. Confesso, porém, será difícil. É que, acho eu, a coisa não combina bem. Nisso, sou careta assumido. Primeiro porque nunca achei, de verdade, um macho nu, ainda que da cintura para cima, bonito. E, acho eu, quando alguém fica sem camisa  em locais como os sites de relacionamento,  está dizendo para o mundo: olhe como sou lindo, malhado, forte. Em vez de ciúme da sua “beleza”, confesso, sinto dó, pois não acho belo MESMO!

Não diria o mesmo, mesmo sem ser machão, tarado, ou coisa assim, se uma mulher se despisse, de corpo inteiro , ainda que só para o facebook.

Poderia eu apenas admirar a sua beleza, sem tocá-la ou desejá-la. É que, que me perdoem os contrários, sempre os há, cavalo (belo!), cachorro, papagaio, porcos, até o sujos de lama dos quintais da minha infância, acho-os lindos.

Mulher, vestida ou nua, será sempre bela, especialmente (cuidado Val!) as que estão no frescor da sua juventude. A sua anatomia é bela. Nua ou vestida, confesso, ainda não decidi a que possui maior encantamento.

Agora, marmanjo,  nu ou vestido, ainda que faltando apenas a camisa, pode até ter um olho, um nariz, uma parte bem feita , um colorido especial no cabelo, mas beleza, que me perdem as mulheres,  enxerga-la. Se ele se veste bem, ainda posso dizer: tá bem vestido e com uma roupa “bacana”.

Agora, nu, ainda que só  faltando a camisa, por favor, não me peçam para adicioná-los às minhas páginas. Acho feio prá caramba!

Minha amiga, hetero assumida, dois filhos, namoradora assumida de homens, disse adorar homem nu, mas na cama! No face, jamais!.

Se para ela é assim, porque farei diferente?

A amiga me encorajou: marmanjo, mesmo que falte apenas a camisa, em minha página, só se for filho de amigo que não quero constranger, algum doente mental que eu não possa contrariar, para não piorar a sua saúde; algum filho de amigo meu que eu  não quero constranger  ou por um grande descuido,  porque, até filho macho no meu face, será recusado.


Com ou sem falso pudor, ou qualquer outra situação que Freud pode até explicar, em meu face, marmanjo sem camisa, jamais! ( é  muito feio, gente!)

Quem me conhece sabe que não discrimino sexo, idade, cor. Quero alegria e respeito das pessoas para com elas conviver. Porém, ainda que eu fosse homosexual, diria para o “bofe”: sem pelo menos uma camisinha, benzinho, não e  naaaoooooh”

PSICOLOGIA CASEIRA. PARA BICICLETEIROS


PSICOLOGIA CASEIRA.
Dependência do “ outro”para quase tudo.


Valci Barreto.
Bikebook.blogspot.com.com
Muraldebugarin.com



Todo mundo gosta de dar alguns conselhos. Alguns mais , outros menos. Todos nós temos uma certa vocação para “guru”. Quando lemos um livro, vamos a uma vaquejada, restaurante, somos sempre tentados a “orientar” nossos amigos a fazer o mesmo.

Sou assim com as coisas que gosto. Sou até mais de “informar” do que de converter. Como sou apaixonado por esportes, leitura, musica, no primeiro caso pelas bicicletas, e sei que há muitas pessoas querendo entrar na “tribo”, considerando que hoje a magrela é uma das grandes vedetes do século, não me canso de dizer: é fácil, é simples. Ninguém precisou dizer a mim como fazer, como andar nas ruas, como se livrar das maldades dos nossos motoristas, como, enfim, andar por aí com o mínimo de risco.

Preciso de conselhos e orientações, porém, para descobrir o prazer do futebol, da peteca, do vôlei, do tênis, do ping pong, do sinuca, bilhar, frescobol, não precisei de um sequer. Apenas olhei como era e me joguei. De todos eles, o único que tomei aula formal foi o tênis.

Pratiquei todos com uma certa desenvoltura, sem nenhuma pretensão de ser atleta , competidor. Descobri que, mesmo não tendo talento para jogar na Seleção Brasileira, o prazer do baba me deixava feliz. E até hoje tenho saudades das minhas peladas.

Venci, assim, as dificuldades, apenas olhando, praticando e, obvio, recebendo conselhos, já depois de “lá dentro”, para tentar melhorar. Não no sentido de “ser o bom, o melhor”, mas de satisfazer ao meu desejo. No caso da bicicleta, de fazer passeios, olhar as ruas, parar em pontos que com carros não é possível.

Nunca tive receio de entrar em qualquer restaurante, mesmo naqueles em que costumeiramente se vai acompanhado , sentar sozinho e degustar o prato da casa, observar as pessoas, ouvir a musica, as conversas, as roupas, os andares , molejos, “tics” , das pessoas, observando tudo como se fosse , e é, uma sala de espetáculos, um cinema. Muitas vezes melhor do que anunciados filmes.

Na adolescência, gostando do baba e do cinema, dava-me cinco minutos para decidir ao qual eu iria. Tudo isto é bom fazer em boas companhias. E sempre procurei fazer. Mas não me mantinha em dependência, na base do “eu quero ir, mas sozinho eu não vou”. Comigo, funciona assim: eu quero ir. Se você for comigo, melhor, se não for, vou avaliar se posso ir só. Como normalmente posso, irei.

Vivo bem assim.

Inspirou-me este texto a movimentação dos novos bicicleteiros da Bahia, embora o exemplo pode ser extendido para qualquer outra “tribo”, como as do pagode, carro de som, vaquejada, carnaval.

Percebo na mobilização dos bicicleteiros, através das redes sociais assim se expressando, na sua ânsia de pedalar: “ quero pedalar, mas não tenho com quem. Quero ir comer um acarajé, em bicicleta, mas só vou se algum puder ir comigo.”

Óbvio que, algumas destas afirmações são feitas por questões de segurança. Nos tempos de hoje, temos que admitir  que os cuidados são necessários, que as companhias, em muitos casos, são até indispensáveis.

Mas há situações que a gente percebe que é mais por “dependência”. Tipo, sozinho eu não posso ir,sozinho não sei fazer, apesar de todo o desejo. Esta “dependência” , ao meu ver, pode ser vencida se o desejo de pedalar for maior.

Temos um histórico de indisciplina em nossa cultura: pessoas há que marcam, desmarcam, marcam de novo e não cumprem; atrasam nos compromissos, deixando os outros reféns da dúvida se a pessoa vai ou não comparecer, cumprir o prometido.

Para mim, confesso, não me traumatizo: marco um pedal, se ninguém aparece no horário, sigo em frente. Sempre vou achar pedalar melhor do que esperar. Há exceções, sim. Mas são exceções que não tenho qualquer  interesse em transformá-las em regra.

Estas duvidas,  incertezas, ausências ou duvidas se vai ou não a outra pessoa cumprir o que assumiu, foi o que me fez, além da paixão em si, optar mais pela bicicleta do que, por exemplo , pelo tênis, que amo com paixão, apesar de praticamente tê-lo abandonando. E que, há muito, me afastou dos babas.

Nestes dois últimos, tinha uma sensação muito grande de perda de tempo: longo tempo para esperar alguém sair da quadra. Após uma partida, outra longa espera para voltar às quadras. Gente demais, em relação ao número de quadras. Em relação ao futebol, pior ainda: marcavam um baba 09, começava 11 , com vinte minutos de espera para outro começar. Aí, era uma manhã com bem mais espera do que jogo propriamente.

Em relação aos  babas, pelo menos nos clubes, a indisciplina diminuiu, principalmente nos campos alugados; mas eu já estou de fora há muito tempo e não nutro mais os desejos de antes.

Não tenho intenção de aconselhar, no sentido de fazer prosélitos, induzir, impor comportamento, mas apenas dar dicas de que, muitas coisas podemos fazer sozinhos se as companhias não assumirem os compromissos desejados. E, em relação às bicicleta, até nisso ela é superior: com pessoas, companhias, é mais seguro, mais divertido, mas sozinho também se pode realizar grande, belos e contemplativos passeios pela nossa cidade.

E, saindo por aí, quem sabe não acontece como no carnaval :” oh! como foi bacana de encontrar do novo, dançando  um samba junto com meu povo, você não sabe como acho bom”.

Quando não encontrar alguém que decida pedalar com você , naquele dia , hora, ou para aquele local desejado, vá só. Quem sabe lá não estará, exatamente a companhia que você procura há anos? Mesmo que ela não esteja pedalando?

Já dizia o poetinha:

“ A vida é a arte do encontro, companheiro, e não se engane não , tem uma só”. E de bike, você sempre vai encontrar alguém por aí, mesmo que esteja a pé. O que não falta é gente nas ruas,  becos, bares, restaurantes. Se nenhuma lhe interessar, ainda que para um simples bate papo, a da magrela pode-lhe deixar em tal estado de graça que não sentirá nenhuma falta de quem lhe deu um “zig”, lamentàvelmente, uma pratica comum dos nossos descompromissados conterrâneos.

Se alguem lhe der um “calote de pedal”, pense que , pelo menos naquele momento, a magrela é a melhor companhia: nunca lhe deixará em falta, se você cuidar bem dela. Diferente de muitos amigos, até amantes que, muitas vezes nos abandonam por um simples “vem cá”, de alguém que nem pedala! Coisas da vida, mas com as quais não convivo. Nem quero. Vou sempre preferir minha magrelinha porque, quando quero pedalar, ela nunca me deixa só.



















VIDEO XÔÔÔ MALUCU

RESTAURANTE LA CAMPANA, FEIRA DE SANTANA


LA CAMPANA, FAMILIA APRILE , FEIRA DE SANTANA

Valci Barreto
advogado, cicloativista baiano.
editor do bikebook.com.br
muraldebugarin.com
colaborador Folha do Reconcavo.


Após a Segunda Guerra Mundial, 41 famílias de imigrantes italianos instalaram-se em Jaguaquara, levando para esta cidade do Vale do Jiquiriçá, na Bahia, a cultura de verduras , hortaliças, notadamente a do tomate que , em certa época , antes da concorrência dos fornecedores do sul do pais, Vale do São Francisco e do próprio recôncavo baiano, chegou a representar mais de setenta por cento do abastecimento de Salvador.

Entre os imigrantes estava a família Aprile. E nesta, um garoto com 17 anos, hoje um senhor de mais de 70, Silvano Aprile, que trabalhou com agricultura; caminhão;mercancia; madeira e montou uma oficina no Entrocamanento de Jaguaquara, km 43 da Br 116, tornando-se um reconhecido mecânico de automóvel.

Imaginando, criando, produzindo, lutando pela sobrevivência, executando os mais variados ofícios, mesmo com limitações de estudos, comuns aos imigrantes de então, o senhor Silvano veio a implantar, no mesmo Entrocamento, o primeiro restaurante de comida italiana da região, o Abruzzi, em 1960 . Daquela localidade e época tem início uma parte da história do Filé à Parmegiana como o conhecemos na Bahia.

Não se sabe a origem desta maravilhosa comida. Muitos, por conta do seu nome, associam-na a Parma , na Itália, tese contestada por historiadores que negam ter ele existido naquele pais, afirmando  que seu nome é também relacionado a Milão, portando o nome de "bife à milanesa" igualmente desconhecido naquela cidade.

Seja qual for a origem da deliciosa comida, muito tem para nos contar sobre ela o senhor Aprile, que mantém, juntamente com sua filha Ana, um restaurante de comida italiana em Feira de Santana, o LÁ CAMPANA.

Há uns dois anos, sem maiores comentários, sem qualquer pretensão, senão matar a fome, levou-me um amigo para almoçarmos naquela casa de pasto, quando passávamos por Feira em direção a Itaberaba. Pedimos o Filé à Parmegiana, o qual deixou gravado em mim um sabor que desejei vê-lo repetido em minhas papilas gustativas  em um outro momento.

Hoje, estive em Feira e um dos meus programas seria almoçar naquela casa. Logo ao entrar, recebeu-me o seu proprietário, senhor Aprile que, atendendo às minhas primeiras indagações sobre a origem da sua pessoa, perguntou-me se queria saber da italiana ou da brasileira. Respondi-lhe que me falasse das duas. Irradiando simpatia, percebeu a iluminação  em meu semblante ao descobrir-me seu conterrâneo, na parte brasileira; enquanto a outra vinha de Pescara, onde nasceu, cujo ponto me indica, orgulhosamente, em um mapa fixado como decoração em uma das paredes do La Campana.

O doce nome da minha terra, Jaguaquara, e da colônia italiana da minha infância, pronunciadas naquele momento, não deram mais descanso para o senhor Aprile. “obriguei-o" a contar um pouco da sua história, o que fez com todo gosto, ouvindo-o , fascinado, por quase duas horas.

Nascido em Pescara, de família muito pobre, talentoso para o comércio, saia pelo interior daquela região pesqueira italiana, entrando em fazendas, sítios , povoados, casas de pescadores, comprando , vendendo, trocando ovos, temperos, galinhas, carnes, mascateando, enfim ; e tudo fazendo em bicicleta. Minha cabeça voava para a Itália, passando nela um filme em que seu Aprile se agigantava como artista maior, pedalando uma bicicleta enferrujada; pneus gastos; sem marcha, daquelas que estamos acostumados a ver em filmes clássicos italianos, cheia de tralhas no bagageiro, quadro e guidom.

Já fascinado com os seus depoimentos, pedi-lhe que contasse a história das bicicletas em sua vida, entusiasmando-o quando lhe falei dos meus passeios pelas ruas de Salvador, transportado neste fascinante condutor de pessoas e de emoções.

Fazendo eu pequenas anotações da sua fala, perguntou-me, gentilmente, o motivo delas e se eu era escritor. Respondi que não, a intenção era  informar aos amigos ciclistas da existência , história e endereço do seu restaurante . Após calculada pausa para ouvir meu gosto pelas magrelas, sequenciou a fala, surpreendendo-me com cada frase, olhar, elegância nos gestos e doçura de quem bem domina a arte de contar a sua própria história, acrescentando, entusiasmado:

‘Eu e um amigo éramos invencíveis em corridas de bicicletas na região de Pescara. À época, os grandes campeões eram Cope e Bartali.(ícones do ciclismo mundial), com mais idade do que nós, e já profissionais.Estávamos nos preparando para substituí-los nas grandes provas da Europa, começando pela Itália, sonho com grandes possibilidades de se tornar realidade , pois , em nossa região, éramos imbatíveis.” Acrescentou convicto , seguro : “Tínhamos tudo para isto, mesmo porque pedalar fazia parte do meu ofício diário, subindo e descendo morros, montanhas, da zona rural de Pescara, com a bicicleta carregada de todo tipo de mercadoria."

A guerra, a imigração, interrompeu este caminho que trilharia o senhor Aprile.

Envolvia-me cada vez mais com o senhor Aprile, enquanto Victor e Ró ,em outra mesa, deliciavam-se , mergulhados em dois pratos pedidos , um dos quais o famoso filé.

Apesar do sabor, da certeza da delícia que abastecia os dois, alimentava-me com a história do senhor Aprile. Perguntando porque ele não a escrevia , disse-me que já está fazendo isto. Porém, para assim se expressar, houve um certo ritual, enriquecedor da forma de contar, dizendo que, estimulado por netos, familiares, para escrevê-la, comprou um caderno escolar somente para este fim , estando com relatos crescentes, intercalando frases, conceitos, expressões, tanto em italiano quanto em português, esforçando-se muito para se expressar, em função de confessada limitação para escrever decorrente do seu pouco estudo.

-Não se preocupe, senhor Aprile, importante é anotar o que for possível, o que vier da memória; alguém vai ler, traduzir, transmitir sua história, disse-lhe. Retomou a para dizer que tem uma neta jornalista, Karine Yervese Aprile , que trabalha no Jornal à Tarde; afirmação que me fez certo de que o registro, correção e publicação do seu livro serão tarefas menos sofridas ante o estimulo e apoio da neta.

Fez questão de pontuar: "a parte que quero contar da minha vida , são as minhas conclusões, teses, convicções, meus conhecimentos da história que construí cozinhando, aprimorando, degustando, o Filé à Parmegiana".

Deduzi naquele encontro , sem esforço, ter o senhor Aprile muito contribuído para apuração do cozimento, enfeite e sabor daquele Filé, como hoje o conhecemos na Bahia, a partir do primeiro restaurante, o Abruzzi, pioneiro em comida italiana no interior baiano,instalado também por ele no mesmo Entrocamento de Jaguaquara, em 1960. Dali , diz seu Aprile, resultaram os mais deliciosos filés à Parmegiana da Bahia, consagrados por restaurantes como Volare e Bella Napoli, em Salvador e pelo Biancamano, que funciona em Jaguaquara. Restaurantes estes , todos eles, originários da Familia Aprile, das colônias italianas de Itiruçu e Jaguaquara.

Pretendia contar para mim apenas a parte da sua história em Jaguaquara, relativa ao delicioso filé . Mas, para minha sorte, terminou emendando, melhorando, enriquecendo-a para tecer comentários sobre Mussolini; Clero Italiano da sua época; imigração; festa do trigo em Jaguaquara; seu talento para variados ofícios, principalmente para o comércio, mecânica; cozinha e ciclismo, este interrompido pela sua vinda para o Brasil.

Quase não almocei, interessado nas histórias e estórias ali escutadas. O medo de Ró e Vitor não deixarem  nem um pouquinho do filé para mim, o que por pouco não aconteceu, dirigi-me para a mesa deles, arrastando o senhor Aprile que, generosamente, continuou contando a sua história de vida, pontuada por algumas tristezas, como a vivenciada quando do falecimento da sua esposa , vitimada por câncer, fato que o abateu profundamente.

Mais uma pessoa para contar belas histórias de livro, Jaguaquara, bicicleta e comida; e tudo bem misturado , operação que bem desenvolveu para tornarem  tão apreciados os pratos servidos no La Campana, com destaque para delicioso Filé.

Volto lá para ouvir mais e comer bem mais.

Quem passar por Feira de Santana, não pode deixar de conhecer o Restaurante LA CAMPANA. Pelo menos aqueles que gostam de boa comida, temperada com histórias, como as contadas por aquele simpático senhor.

Se tiver mais sorte ainda do que tive hoje , poderá ainda ouvi-lo tocando sanfona; com a qual, na companhia de seu contemporâneo de colônia,Giuseppe Petaccia, realizou muitos festejos, sob o efeito bendito dos vinhos caseiros, fabricados ali mesmo, na colônia italiana de Jaguaquara. Ao lembrar do amigo, já falecido, seus olhos brilharam, revelando muitas saudades. E cantou, baixinho, imitando a voz de tenor do amigo: "O Sole Mio", canção que embalava as festas, lembranças, saudades das suas vivências na terra natal italiana e juventude em Jaguaquara.

Não nos contou tudo o senhor Aprile. Muito menos o faço aqui. Terei que voltar lá outras e outras vezes. Enquanto isto, seguirei fazendo minhas leituras, pedaladas, contando estas coisas para meus amigos; e o seu Aprile , em Feira, oferecendo o seu incomparável filé e pondo no papel as suas histórias que seu futuro livro conduzirá para mais gente, por mais tempo e para bem mais longe: missões próprias deste majestoso condutor de saber. E tudo bem simples, gostoso como a sua cantina, filé, bicicletas, livros e sonhos. Estes, sempre infinitos.

====

LÁ CAMPANA: Rua São Domingos, 86, Capuchinhos, Feira de Santana.
-Aproveitem a lembrança, copiem,colem , liguem o som , fechem os olhos e entreguem suas almas ao belo mundo das harmonias sonoras, ainda que por um pouquinho do tempo disponível neste vídeo, e ouçam "O Sole Mio":

http://www.youtube.com/watch?v=sjqHA8x1rOk
==================================

Publicado no bikebook.com.br

-e no muraldebugarin.com
====

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

GRAVAÇAO DVD NELSON RUFINO NO T C A


Mais fotos no muraldebugarin.com na galeria do mural.

Postado por Bugarin


Posted by Picasa

Posted by Picasa

Informativo Extra - Agosto/2011



  
21/08 - Pituaçu a Buraquinho - O Grupo de Ciclistas de Narandiba com seu pedal quinzenal e aproveitando para comemorar em grande estilo a comemoração do 6º aniversário dos Amigos de Bike – pedalando até Buraquinho – onde haverá a parada na Barraca Janaína, para uma boa prosa e confraternização. (2ª parte – asfalto).
Saída: 08:45h da Frente do Parque de Pituaçu seguindo até a Praia de Buraquinho pela orla.
Os custos serão individuais. Não pretendemos almoçar e sim petiscar. O retorno será combinado no local.
Recomendamos utilização dos equipamentos de segurança. Lembrem-se que será num domingo e o trânsito vai estar complicado, por este motivo seguiremos sempre com tranqüilidade e compostura.

Pedal light - estimado em 38 km (ida e volta)
 
 

Postado por Bugarin

terça-feira, 16 de agosto de 2011

REUNIAO FUNCEB PGE


Mais fotos no muraldebugarin.com 

Postado por Bugarin

NELSON RUFINO, CAMISA AZUL


Posted by Picasa

NELSON RUFINO


Posted by Picasa

NELSON RUFINO, CAMAROTE DO TCA

Após show emocionante de Nelson Rufino e convidados , no Tca, para gravação do seu DVD, o artista recebeu amigos e admiradores do Camarote, entre eles, Carlinhos Brown e Edil Pacheco.

Edil pachego: "estamos aí , em toda cidade, pagando em suor a felicade, vou sair de palhaço voce de carta, a verdade deixei na gaveta, sucesso de 1972-
Posted by Picasa

2011_08_14 Caixa Cultural Salvador "Apresenta"

De 10 de agosto a 25 de setembro de 2011
De terça-feira a domingo
Das 9 hs às 18 hs
Entrada Franca
Vá de bike

Local: Rua Carlos Gomes, 57 - Centro - Salvador - Bahia.

A Q U A R E L A S

RENINA KATZ

COR E LUZ


E ENEIDA SANCHES


E BANDEIRA DE MELO






Vale a pena ver e conhecer, Bandeira de Melo em um vídeo explica como ele fez as pinturas na igreja e qual o possesso de criação.

Postado por Bugarin  

domingo, 14 de agosto de 2011

PISOU NA BICICLETA



PISOU NA BICICLETA

Artigo de Valci Barreto e Itana Mangieri.


Tenho lido com atenção quase tudo que é publicado na imprensa escrita baiana sobre bicicletas. De tudo que se fala em mobilidade urbana, sem desmerecer carroças, trens, carrinhos de mão, (que em Morro de São Paulo são bem mais úteis do que metrôs, trens ou avião), metrôs, VLT, a parte que mais me interessa é a relacionada às magrelas. E é exatamente por isto que acompanho alguns artigos, a respeito deste tema, do arquiteto e urbanista Lourenço Mueller, e aproveito para comentar seu artigo publicado no Jornal A TARDE de 14 de Agosto de 2011.

Não me arvoro, jamais, como conhecedor do tema Mobilidade Urbana em sentido mais amplo, muito menos em relação à Engenharia Urbana. Mas, por usar a bicicleta como meio de transporte, alternado-a com moto, carro e ônibus, para passeios pelas ruas de Salvador, fazer parte da história dos grupos cicloativistas baianos; ter publicado e continuar publicando centenas de textos e vídeos no cyber espaço, relatando a minha experiência pessoal sobre as duas rodas, arvoro-me a falar, com conhecimento próprio, a respeito delas. Porém, mais do que falar e escrever, tenho autoridade para falar, também, sobre a Historia deste movimente em Salvador, desde o início, o qual não está em movimentos cicloativistas internancionais; mas em passeios lúdicos realizados por entidades ou grupos como ASBEB e ASBB, Narandiba, Itapagipe é do Pedal, Pedalada da Noite, todos em plena atividade e alguns outros já desfeitos.

Passeios de grupos como Farol Light, que ainda continua firme, sempre teve um propósito exclusivamente esportivo e lúdico, com passeios noturnos saindo do Farol da Barra, nas várias direções da nossa cidade. O seu líder, Edson Vigo, jamais declarou ou declara ter intenção cicloativista , mas não pode ser ignorado como atuante no movimento, considerando algumas participações e apoios em inúmeros eventos, inclusive sob o nome de Bicicletada; termo este usado por nós como comparativo de carreata; e não em alusão aos movimentos internacionais citados pelo Arquiteto Lourenço Mueller.

A política no ambiente cicloativista baiano foi surgindo, de forma natural, dentro da Asbeb, ASBB, Grupo Narandiba, Jarraw e Jabutis Vagarosos. Inicialmente, com campanhas para não sujar o chão, lições em favor da proteção ambiental; compartilhamento da rua com carros, respeito ao pedestre, descambando para uma postura politico/socio/educativa, acolhendo , inclusive, políticos interessados no movimento, como Daniel Almeida (de forma mais tímida, mas com registros), Valdenor Cardoso, que realizou várias chamadas para reuniões públicas na Câmara de Vereadores; Reginaldo Oliveira, autor da lei que criou o Dia Municipal do Ciclista, articulada por Gilson Cunha, da ASBB e, especialmente, Everaldo Augusto, que continua presente no movimento, mesmo após ter perdido o seu mandato. Os três ex-vereadores citados abriram seus gabinetes para as reivindicações da militância ciclística, com varias reuniões em audiências públicas e visitas a órgãos técnicos da Prefeitura.

O professor Mueller, demonstrando natural contentamento por agregar aos seus títulos de Urbanista renomado, o de “Senhor Bicicleta”, ao que parece atribuído empresário, advogado, político e escritor Joacy Goes, e simpatia pelo vereador, cometeu sem qualquer dúvida, alguns enganos e, sobretudo, injustiças com pessoas que, bem antes dele e do vereador, cuidavam, pregavam, reivindicavam posturas e atitudes governamentais em favor das bicicletas nas ruas.

Estamos próximos às eleições e é muito natural que a bicicleta, a Mobilidade Urbana, sejam temas recorrentes nas discussões gerais dos políticos, inclusive com convocações para audiências públicas. Estas, porém, considerando tantas que já ocorreram e as conseqüentes repetições de falas, reivindicações e propostas já formuladas, não devem apresentar maiores novidades. Talvez o vereador, por ainda estar fazendo experimentações relacionadas às bicicletas, desconheça a história. Seu desconhecimento ficou claro em lei de sua iniciativa, divulgada na imprensa e no cyber espaço, quando em um dos seus artigos instituía a obrigação de os bicicleteiros terem que obter autorização do poder pública para realizar atividades, passeios, em grupos. A proposta criou um “rebuliço“ no meio do cicloativismo baiano, não somente por demonstrar desconhecimento do Código Nacional de Transito como artigos e princípios elementares da Constituição Federal. A lei, proposta pelo vereador, não é apresentada no seu site pessoal nem no da Câmara de Vereadores, segundo comunicado nas redes sociais pelas lideranças dos nossos bicicleteiros.

PAI DAS BICICLETAS

A maternidade da criança é uma certeza biológica. A paternidade, nem sempre. Até os mais avançados testes biológicos apresentam algum percentual de erro.

Mães há que atribuem paternidade a filhos que elas próprias duvidam. Casos há que percorrem tortuosos caminhos processuais. Daí, no popular, dizer-se que pais podem ser muitos, mas a mãe é uma só.

Podemos até afirmar que é um novo pai que se apresenta no mundo das bicicletas baianas. Mas os reais, verdadeiros, já tiveram sua paternidade reconhecida, carimbada pelo movimento. São eles: Maurício da Asbeb, Gilson Cunha da ASBB, Amigos do Tony, Alberto Bugarin, Grupo Narandiba, Itapagipe é do pedal, verdadeiros, legitimados pela Historia do cicloativismo baiano.

Em relação aos políticos os pais são os vereadores que citamos. Em relação ao Gilmar Santiago, não há qualquer paternidade possível porque nenhum “filho” sequer foi gestado ainda.

Que venha o vereador, se case com o movimento ou mantenha aquela relação estável reconhecida pelo nosso Código Cível para merecer tal titulo. Por mais respeito que tenhamos ao Joacy, ao vereador, não há como atestar a paternidade do edil, pelo menos até esta fase.
Seu filho, como sugestão, pode ser a abertura dos elevadores para as bicicletas, reivindicação antiga, esquecida em algum gabinete da Prefeitura, se é que algum registro foi procedido das nossas reuniões ali ocorridas a respeito.

Quanto aos citados cicloativistas pelo artigo, reconhecemos em todos eles: Pablo, Clément, as Rosas, Marcos, Lucas e tantos outros como os novos guerreiros que deram mais vibração, produção e impuseram respeito ao momento para o cicloativismo baiano.

Não sabemos ao certo quem é o criador da bicicleta no futebol,
mas quando algum jogador erra um lance, diz-se “pisou na bola”.
Já no ciclismo (urbano ou esportivo) quem comete deslizes atribui-se a pecha de “papuco” ou “roda presa” para quem chegar por último. Neste caso podemos afirmar que o citado arquiteto “pisou na bicicleta”.

Se o vereador mantiver as posturas anteriores, apenas realizando audiências públicas, sem avançar no processo já iniciado há muitos anos pelos grupos citados, teremos que, mais uma vez, darmos razão a Jorge Amado quando afirma que as cidades foram criadas pelos Mascate, Prostitutas e Vigaristas. Depois é que chegam os políticos para dar nomes às ruas.