sábado, 10 de julho de 2010

Viva Saveiro AVISA

Meus queridos parceiros da  Caravana da Saude / Viva Saveiro / Kolbe,
 
Em face da nossa próxima Caravana ter sido agendada para os dias 10 e 11 de julho e a final da copa do mundo coincidir nesta mesma data , como o final de semana anterior é de feriado ( 2 de julho) fomos forçados
a postergar para os dias 17 e 18 de julho, lembrando que o grupo que vai antes estará saindo dia 16.O restante referente a proxima caravana permanece o mesmo.
 Estivemos terça-feira passada com o Almirante Autran que aprovou todas as nossas solicitações liberando os dois consultórios moveis , o ECG, os profissionais voluntários que quiserem participar( médicos e dentistas) e o caminhao dos fuzileiros para levar todo nosso material e trazer de volta.
Gostaria de informa-los tambem que na quinta-feira passada fechamos uma parceria com a Aeronáutica e tambem vamos fazer uma caravana com eles em muito breve.  
Por gentileza alterem a data da próxima Caravana de suas agendas e aqueles que não puderem confirmar me avisem o mais rápido possivel
um grande abraço
Ana Kolbe

NOSSOS CANDIDATOS.




Valci Barreto


Recomendamos aos nossos  cicloativistas baianos para não votar em candidatos que:

1-Se utilizem de motoristas  mal educados,  que tenham equipamentos de som em decibéis elevados, que não respeitem ciclistas, que dirijam agressivamente.

2-Que em suas plataformas políticas  não contemplem a bicicleta como meio de transporte em Salvador.

3-Nossos candidatos, tanto eles como seus colaboradores, motoristas, assessores, devem ter uma conduta respeitosa ao dirigir seus veículos.

Repassem estas mensagens para todos os nossos amigos do pedal.

Será uma grande colaboração em favor das nossas atuações em favor das bicicletas nas ruas.

Bikebook.com.br
Muraldebugarin.com
WWW.folhadoreconcavo.com.br

DOAÇÕES DE LIVROS.

DOAÇÕES DE LIVROS.
A Delicatessem Albane, na Pituba, está arrecadando livros usados que serão levados para a Biblioteca Pública do Município de Jaguaquara Bahia.
As doações devem ser feitas até o dia 11.10.2010, vez que no dia 12 serão transportados para aquela cidade do Vale do Jiquiriçá.
Trata-se de uma iniciativa do grupo AMIGOS DA TOCA, do qual faz parte um dos sócios da Albane, Sergio Beleza, empresário e escritor, autor do recente livro CAMINHANDO COM VALKYRIA.
-Não jogue livros nem revistas usadas no lixo, faça doações. Vejam no bikebook.com.br, locais e pessoas que os recebem.
valcibarretoadv@yahoo.com.br

LIVROS USADOS, SEBO DO ERALDO.

Em frente ao ponto de ônibus da Boca do Rio, no Terminal da Lapa, está o Sebo do Eeraldo, ou Sebo Lapa. No terminal da Lapa , em Salvador Bahia, há  tres lojas de livros usados: Papyro, Sebo do Senhor Juvenil e Sebo Lapa, ou Sebo do Eraldo. Os sócios, Mara e Eraealdo mantem este sebo, com ótimos preços, excelente estoque e atendimento.

Veja o vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=d9nPlqEuXgI

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amanha, dia 11  teremos o grande passeio ciclistico da asbeb. veja roteiro no muraldebugarin.com.

COMENTARIO NO BLOG

Ricardo Serravalle deixou um novo comentário sobre a sua postagem "MAIS UMA VITIMA FATAL NO TRANSITO DE SALVADOR":

Quando os candidatos a eleição para a Prefeitura de Salvador travavam suas guerras pessoais, em certo debate o candidato Walter Pinheiro apresentou o seu plano cicloviário para a cidade. Mais rápido do que nunca, cerca de dois dias depois o Sr. João Henrique Carneiro fez um vídeo lindo mostrando como seriam implantadas as ciclovias em Salvador caso ele fosse eleito. Mas cadê a ciclovia?

Esses políticos fazem de tudo pra se eleger e os idiotas aqui não costumamos cobrar as promessas.

Cadê seu João?!!!


Convite - Série Sementes de Luz!

OLá!

Espero você para um encontro diferente. Iremos conversar, debater e ouvir muito sobre temas convidativos.
A entrada é Franca e todos são bem vindos!


17/07/2010 - 15:00 às 18:00h

1- “Onde tudo começa na vida de uma criança”

Drª Gildete Lino de Carvalho – Psicóloga, Psicanalista.

2- “Shantala – O toque de boas vindas e segurança”

RiCáBarros – Terapeuta Ayurvédico.

3- As cores e sua influência em nossas vidas”.

Sandra Melhor – Cromoterapeuta.

24/07/2010 - 15:00 às 18:00h

4- Oráculos”

Antônio Brandão – Tarólogo.

5- “Fisiognomonia – A Linguagem do Rosto

RiCáBarros – Terapeuta Ayurvédico.

6- “Astrologia Kármica e Humanística”

Gicele Alakija – Psicóloga, Astróloga.

O local:

Ed. Tropicália, nº 81, sala 301 - A. Simon Bolivar / Rua Anquises Reis - Jardim Armação (Ao lado do centro de Convenções).

Informações: 8219.7683

SÉRIE FIQUE POR DENTRO

Enviado por Marcelo Rudini

O mundo bike por quem pedala
Marcelo Rudini
Conferir o vídeo 'Cobertura Copa Internacional de MTB Levorin São Lourenço 2010 - CIMTB Ametur'

Cobertura Copa Internacional de MTB Levorin São Lourenço 2010 - CIMTB Ametur
Cobertura Copa Internacional de MTB Levorin São Lourenço 2010 - CIMTB Ametur
www.noispedala.com.br - Valendo pela segunda etapa da Copa Internacional de MTB Levorin, a cidade turística mineira São Lourenço, localizad...
Link do vídeo:
Cobertura Copa Internacional de MTB Levorin São Lourenço 2010 - CIMTB Ametur

Sobre Bikers Brasil
Encontre amigos de bike, publique fotos e relatos de cicloturismo, indique lugares para pedalar e aproveite o máximo de sua bike.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

MPB Mulher Popular Brasileira


TEMPORADA - INFORMAÇÕES
Local
Teatro Salesiano
Dias
Sábados e Domingos
Horário
20h
Valor do Ingresso
R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia)
Classificação Etária
12 anos
OS PROFISIONAIS - OU FICHA TÉCNICA
Direção
João Lima
Direção Musical
Deco Simões
Texto
Karina de Faria
Elenco
Deco Simões (violão)
Iara Villaça
Janaína Carvalho (escaleta)
Karina de Faria
Gilmário Celso (percussão)
Iluminação
MariaCarla
Cenário/figurino/adereços
Rino Carvalho
Produção
É Companhia de Invenções Artísticas

Realização
É Companhia de Invenções Artísticas e Cooperativa Baiana de Teatro

MPB Mulher Popular Brasileira



MPB Mulher Popular Brasileira é um espetáculo musical ao mesmo tempo cômico e inteligente, que tem conquistado platéias de todas as idades, com sua divertida reflexão sobre as músicas brasileiras cuja temática é a mulher. Canções conhecidas do grande público como; “Amélia”, “Emília”, “Rosa”, “A Rita” e “Beatriz”, são executadas ao vivo e servem de ponto de partida para o desenrolar de situações bem-humoradas e surpreendentes. Em uma homenagem às mulheres cotidianas, com as quais convivemos todos os dias.

Em 2010, seu quarto ano de existência, MPB Mulher Popular Brasileira já percorreu caminhos e espaços diversos, tendo se apresentado em praças, bares, casas de show, auditórios e teatros convencionais - a exemplo do Espaço Xisto, Teatro Gamboa, Teatro Vila Velha, Teatro SESC SENAC Pelourinho, Teatro Moliére e Teatro Jorge Amado. Além das temporadas em Salvador, MPB Mulher Popular Brasileira esteve em várias cidades do interior como Guanambi, Camaçari, Feira de Santana e Santo Amaro. E foi por três vezes, contratada para apresentar-se em Brasília.

Dirigido por João Lima (Premiado como melhor diretor em 2005 – Prêmio BRASKEM.) MPB Mulher Popular Brasileira, dirige-se a todas as idades e a todos os públicos, tal como constatado nas temporadas e apresentações feitas para empresas e em espaços públicos abertos.


O espetáculo é uma realização da É Companhia de Invenções Artísticas, composta pelo músico e ator Deco Simões (diretor musical e compositor de trilha original do infantil Quem Conto Canta Cordel Encanta vencedor do prêmio BRASKEM de melhor espetáculo infantil do ano de 2004), que assina a direção musical, e pelas atrizes Iara Villaça e Karina de Faria, que também assina o texto, criado com base em nove meses de pesquisa coletiva.

A música de MPB Mulher Popular Brasileira é executada ao vivo por Deco Simões (violão) e pelos atores/músicos Janaína Carvalho (escaleta)/ Tarsila Passos (teclado) e Gilmário Celso (percussão), que completam o elenco da peça.

A É Companhia de Invenções Artísticas é membro integrante da Cooperativa Baiana de Teatro.

flaviamottaproducoes@gmail.com
(71) 8755 3220 begin_of_the_skype_highlighting              (71) 8755 3220      end_of_the_skype_highlighting begin_of_the_skype_highlighting            

PALESTRA SOBRE MEDIAÇÃO DA LEITURA

quinta-feira, 8 de julho de 2010

DOAÇÕES DE LIVROS.


DOAÇÕES DE LIVROS.

A Delicatessem Albane, na Pituba, está arrecadando livros usados que serão levados para a Biblioteca Pública do Município de Jaguaquara Bahia.

As doações devem ser feitas até o dia 11.10.2010, vez que no dia 12 serão transportados para aquela cidade do Vale do Jiquiriçá.

Trata-se de uma iniciativa do grupo AMIGOS DA TOCA, do qual faz parte um dos sócios da Albane, Sergio Beleza, empresário e escritor, autor do recente livro CAMINHANDO COM VALKYRIA.

-Não jogue livros nem revistas usadas no lixo, faça doações. Vejam no bikebook.com.br, locais e pessoas que os recebem.

valcibarretoadv@yahoo.com.br

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PROXIMO DIA 11.10.2010, A PARTIR DAS 09 HORAS , NA FONTE NOVA, PASSEIO CICLISTICOS DA ASBEB. Mais de mil ciclistas pedalarão pelas ruas de Salvador, veja fotos e videos de outros passeios no

bikebook.com.br
muraldebugarin.com e 
videos no you tube.

PROJETO SEMENTE - DESAFIO DAS MONTANHAS

Ilhabela - Estrada de Castelhanos

Um pouco sobre Ilhabela

Vista do canal entre São Sebastião e a Ilha de São Sebastião (à direita), retirada do siteKitesurf Mania

Ilhabela é o único município-arquipélago marinho do Brasil e sua ilha principal, Ilha de São Sebastião, possui um relevo bem acidentado, com pontos culminantes de até 1379 metros. O arquipélago tem área superior à 340 km². A vegetação predominante é a Mata Atlântica e ainda está bem preservada. São 36 km de praias, sendo algumas acessíveis apenas por mar. As cachoeiras são abundantes. Suas características e belezas naturais são um convite para a prática de esportes náuticos ou de aventura. A região ainda reserva um bom número de histórias, mistérios e lendas envolvendo piratas, escravos, naufrágios, almas penadas e discos voadores. Entre os naufrágios ocorridos em Ilhabela está o maior da América do Sul – O transatlântico espanhol Príncipe de Astúrias naufragou em março de 1916 tirando a vida de 477 pessoas.

Para o leitor que quiser se aprofundar sobre as histórias do arquipélago, ou sobre os naufrágios, pode encontrar maiores informações nos livros "Ilhabela - Seus Enigmas" de Jeannis Michael Platon e "Príncipe de Astúrias" de José Carlos Silvares e Luiz Felipe Heide Aranha Moura.

A viagem até São Sebastião

Eu e uma amiga partimos bem cedo de Campinas. De carro, com as bicicletas amarradas no suporte e equipamento de camping no porta-malas, seguimos pela rodovia D. Pedro I. Até Jacareí foram 135 km, incluindo um pedágio no município de Itatiba. Os 23 km seguintes foram pela rodovia Carvalho Pinto, passando por mais um pedágio. Até este ponto o caminho foi tranquilo devido as ótimas condições das duas rodovias, fazendo valer os pedágios pagos. Continuamos a viagem, agora acompanhados pelo carro de outro amigo, pela rodovia dos Tamoios, estrada com poucos pontos de ultrapassagem e de mão-dupla. Não há nenhum pedágio nos 75 km até Caraguatatuba entretanto as condições da via não eram tão boas quanto as encontradas nas rodovias anteriores. Os últimos 25 km seguimos pela Rio-Santos, até São Sebastião, onde faríamos a travessia de balsa, até Ilhabela.

Informações de 2001, portanto desatualizadas.

Vencendo o medo

Meu primeiro desafio do passeio foi antes mesmo de começar a trilha, já na travessia da balsa, pois tenho fobia de grandes concentrações de água. Os minutos de espera pela balsa foram tensos. Eu procurava me acalmar mas experimentava um sentimento misto, de ansiedade e medo. Iniciado o embarque, respirei fundo e conduzi o carro até o local indicado para o estacionamento. Procurei me distrair, conversando com os amigos, o que me ajudou muito.

Preparativos

Chegamos em Ilha Bela e nos dirigimos para o camping. Já no camping, começamos os preparativos para a trilha: equipamentos de proteção, protetor solar, lanche, água potável, anti-histamínico - é, além do medo de água ainda enfrentaria um dos meus maiores inimigos, o borrachudo. Quando criança já precisei ir ao hospital devido a uma reação alérgica à picada deste inseto, abundante em algumas regiões do litoral paulista.

Força, amigo!

Com as bicicletas à postos, partimos em direção à Castelhanos, praia do lado leste da ilha. A estrada é de terra e bem arborizada, o que impedia os raios solares de alcançarem o solo, deixando-o bem úmido. O primeiro trecho é uma subida contínua, chegando a pouco mais de 700m acima do nível do mar. Na portaria do parque estadual de Ilhabela, ainda no começo da estrada, fizemos uma pausa para tirar algumas fotos, fazer um pouco mais de alongamentos e abastecer as caramanholas. O trânsito de veículos motorizados na estrada é bem pequeno. Não é qualquer carro ou motorista que consegue transpor todos os obstáculos encontrados ao longo do percurso. A subida foi relativamente tranquila, sem contratempos, afinal, todos ainda estavam com muita energia.

Hora do Downhill

Superado o trecho de aclive chegou a vez do downhill. O começo da descida foi bem divertido, com muita velocidade. As curvas e barrancos começaram a exigir um controle maior da velocidade das bicicletas. A grande quantidade de lama, buracos, pedras, e o receio de veículos no sentido contrário começaram a nos exigir uma atenção maior ainda. Logo as mãos, punhos, braços, ombros e pescoço começaram a doer, devido ao esforço contínuo de acionamento dos freios e à tensão causada pela dificuldade da trilha. A única coisa que eu desejava no momento era um freio a disco.

Apesar de desgastante estávamos curtindo bastante a descida, quando de repente surge um grito do nada: "SAI DA FREEEEENTE!". Com um pedido tão educado, retirei-me para o canto da estrada, e então passou um vulto, vestido de ciclista, um Downhiller. Passado o susto, continuamos a descida por locais onde até um jipe tinha dificuldades de passar. Um pouco mais à frente cruzamos com uma pick-up. Dentro dela estavam: o motorista e o downhiller que tinha passado por nós. O downhiller estava com o equipamento de proteção completo, de dar inveja a qualquer cavaleiro medieval. Na caçamba da camihonete ... uma bela máquina de duas rodas. Continuamos nossa descida e não demorou muito para o silêncio ser quebrado novamente: " A FREEEEENTE!". Lá se vai o downhiller descida a baixo, mais uma vez.

Finalmente chegamos ao final da descida. Nossa próxima tarefa: atravessar um rio raso, de água cristalina e gelada, e com fundo preenchido de pedras lisas. Na outra margem estava um grupo de cavaleiros. A tentação de atravessar o rio pedalando foi tão grande que não resistimos. Pegamos um bom embalo e entramos no rio. No meio da travessia os pedais estavam submersos e pedalar nesta situação exigia um esforço muito grande. Não tinha como continuar, então a outra metade do rio foi transposta com a bicicleta no ombro. Pelo menos ninguém caiu. Depois de conversar um pouco com os cavaleiros, seguimos o passeio. Foi então que encontramos uma poça de água da chuva, enorme. "Desviar pra quê?", pensamos. Passamos por dentro dela em alta velocidade, indo parar lama até dentro da orelha.


Enfim, Castelhanos

Imagem da baía de Castelhanos, retirada do site Kitesurf Mania

Chegamos! A paisagem era fantástica e nos fez esquecer que ainda teríamos que enfrentar o esforço do retorno. Um quiosque de sapê, no meio da praia, nos forneceu abrigo contra o sol. É claro que não poderia faltar um bom banho no mar, até porque precisávamos tirar todo aquele barro do corpo. Ainda vislumbrados pela beleza da região, fomos recebidos para um banquete, pelo menos para os borrachudos. Eles estavam se deliciando com nosso sangue e nos lembravam que estava na hora de partir. Infelizmente não tivemos tempo de explorar toda a praia, que merecia pelo menos um dia inteiro.

Subida a pé

Estávamos ainda no início do retorno quando escorreguei com o pneu da frente em uma pedra. Não consegui desencaixar a sapatilha do pedal e levei um tombo. Ainda no chão, tentava desencaixar a sapatilha mas não conseguia. Eu usava um modelo de pedal de encaixe da Shimano que era muito fechado e acumulava muita lama. O resultado não podia ser outro, tinha tanta lama acumulada que o sistema de desencaixe travou. Só consegui me levantar após ter recebido a ajuda de minha amiga para desencaixar a sapatilha. A queda me deixou com a coxa um pouco dolorida, mas só.

Pouco tempo depois foi a vez da minha amiga. Após o pneu traseiro girar em falso sobre uma pedra lisa, a bicicleta escorregou de lado, levando-a de encontro ao chão. A queda foi severa com ela e deixou várias escoriações na perna e muitas pedrinhas cravadas no joelho. Com o joelho doendo muito, ela não conseguia mais pedalar. Tivemos que fazer a subida a pé. Nesse momento já não tínhamos mais contato visual com o 3º integrante pois ele tinha ido na frente. Foram pouco mais de 10 km de subida a pé e empurrando a bicicleta, em terreno enlameado e com muita pedra. Tivemos que parar por vários momentos por causa das dores que a minha amiga estava sentindo. O odômetro da bicicleta progredia muito devagar e o desânimo, muito depressa. A situação ainda estava piorando, estava esfriando, a fome começava a ficar intensa e o cansaço não nos dava trégua. Nosso objetivo principal era terminar a subida pois poderíamos fazer a descida montados na bicicleta, visto que a amiga não precisaria pedalar. Muito tempo depois conseguimos alcançar o final da subida e re-encontrar o nosso amigo. A conclusão da subida foi muito comemorada, precipitadamente.

Descida a pé

Explicado todos os acontecimentos para o amigo e aliviados por ter conseguido alcançar o topo da trilha, apressamo-nos a iniciar a descida. E então uma nova descoberta exauriu por completo nossos ânimos. Meus freios não funcionavam mais. As sapatas tinham sido integralmente consumidas na descida anterior – O desgaste havia sido acelerado pela grande quantidade de lama. Sem freios, só tinha uma coisa a fazer, descer a pé. Depois de ter feito mais de 10 km de subida a pé e empurrando a bicicleta eu não conseguia acreditar que teria que fazer mais 10 km de descida, também a pé. E o pior de tudo é que já estava escurecendo. Não tínhamos levado farol ou lanterna pois saímos muito cedo e prevíamos um retorno antes do entardecer. Minha cabeça era inundada por um único pensamento: "O que estou fazendo aqui?".

Antes que o pânico tomasse conta de nós tivemos que pensar em um plano emergencial. Decidimos que o Amigo seguiria de bicicleta, sozinho, para buscar o carro e nos resgatar. Eu desceria a pé e a Amiga me acompanharia de bicicleta. Plano em ação, logo a escuridão tomou conta de tudo e não enxergávamos além do próprio passo. Estávamos sozinhos, em uma ilha, numa região erma, cercados de Mata Atlântica por todos os lados. Apreensivos, os sentidos começaram a funcionar melhor, ou pior. Começamos a enxergar e escutar coisas estranhas. Num lugar com tantos mistérios começamos a acreditar que tudo era possível. Tornou-se difícil identificar o que era real e o que era imaginário. A passos largos, tropeçando no escuro e sem saber o que nos rodeava, chegamos à portaria do parque. Vimos faróis em nossa direção mas ainda estávamos apreensivos. Não tínhamos mais forças para nenhuma nova surpresa. Em dúvida se aquilo seria nosso resgate ou nossa perdição resolvemos arriscar e nos aproximamos do veículo. Ainda um pouco incrédulos e eufóricos reconhecemos o João, já com o carro para nos resgatar.

Basta por hoje

Enfim ... o camping. Preparamos um macarrão semipronto, com o sabor incrementado absurdamente pela fome que sentíamos. O banho de água morna em box de concreto parecia uma hidromassagem de um hotel 5 estrelas. O chão da barraca – frio, duro, irregular – não nos impediu de ter uma noite sensacional. Nunca tive tanto prazer em saciar necessidades tão básicas.

Depois de tanto sofrimento, uma pessoa normal ficaria um bom tempo no conforto da civilização, mas não foi o nosso caso. Uma semana depois já estávamos planejando a aventura seguinte, mas não antes de comprar um bom freio com sapatas reserva para ambiente molhado e de trocar meu pedal Shimano por um Time.

Percurso

No Wikiloc e no GPSies.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

FIAT 500 SAI DO ARMÁRIO

Notícia / Origem: www.motordream.uol.com.br

modelo Urso
modelo Cool
modelo Drag Queen
modelo Lésbica
modelo Couro

SUBCOMPACTO DA FIAT GANHA VERSÕES GLS PARA A PARADA GAY DE MADRID

Em homenagem a Parada do Orgulho Gay realizada em Madrid, uma das maiores da Europa, a Fiat da Espanha produziu alguns Fiat 500 e Fiat 500C especiais para a ocasião. Os criadores dos modelos GLS criaram os perfis "urso" - foto acima -, "couro", "Drag Queen", "lésbica" e "cool", na sequência abaixo. Curiosamente, a revista francesa Ledorga já havia eleito o 500 como o “Carro gay do ano”.

Certo mesmo é que o Fiat 500 caiu no gosto dos consumidores. Apenas 21 meses após seu lançamento, mais de 500 mil unidades já haviam sido comercializadas. Os três países onde o 500 mais vende são respectivamente Itália, França e Grã Bretanha.

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Dúvida prática de quem é leiga em automóveis:
- Depois de um dia de chuva, onde guardamos o modelo "Urso" ?
Na garagem ou no salão de beleza para fazer escova ?

terça-feira, 6 de julho de 2010

4º ARRAIAL FELIZ BAHIA !☺!
(veja anexo)
Data: 10 de Julho
Local: Feliz Bahia - Rua Luiz A. Nogueira, Qd.12, Lt.16, Caji.
A partir das 19:30
Convite: R$ 10,00
Contamos com sua presença!! Venha!!


Olá!! Desculpe a "falha técnica". Fica em Lauro de Freitas. Ponto de referência: rua atrás do Posto Menor Preço, antigo posto nota 10, na Estrada do Coco, sentido Salvador, antes do Maxxi.
Obrigada por divulgar! Apareça!
Silvia.

Fiscalização multa rede de lojas Marisa por trabalho escravo

Por Redação - de São Paulo


A costureira ganha R$ 2 por peça
Uma inspeção de rotina de Auditores-Fiscais do Ministério do Trabalho descobriu, na capital paulista, nesta quinta-feira, trabalhadores bolivianos em condições análogas à escravidão em oficinas de costura contratadas pela rede de lojas Marisa. Cada trabalhador recebe R$ 2 por uma peça que será vendida a R$ 49,99 pela empresa.
Diante das evidências, a empresa foi autuada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE-SP) acusada de ligação com o trabalho escravo de imigrantes sul-americanos. Foram aplicados 43 autos de infração, num total de R$ 663,6 mil, depois de serem encontrados, em oficinas de costura contratadas pela empresa, imigrantes trabalhando em condições análogas à escravidão. As ações de fiscalização ocorreram durante os meses de fevereiro e março.
O rastreamento da cadeia produtiva do setor de confecções levou a SRTE a encontrar trabalhadores, em geral bolivianos, sem registro, com salários de R$ 202 a R$ 247, menos da metade do mínimo brasileiro (R$ 510) e menos de um terço do piso da categoria. As condições de trabalho, saúde e segurança também eram inadequadas. De acordo com as investigações dos fiscais do trabalho, dos R$ 49,99 que um cliente da rede de lojas Marisa pague por uma peça, R$ 2 vão para o trabalhador (4%), R$ 2 para o dono da oficina (4%), R$ 17 para os intermediários (34%) e R$ 28,99 (58%) ficam com a Marisa.
A SRTE também encaminhou o relatório da fiscalização a outros órgãos. À Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (SIT/MTE), bem como à Polícia Federal (PF), para apuração dos indícios de tráfico de pessoas. Os indícios de sonegação de tributos foram enviados às Receitas Federal e Estadual. Representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Ministério Público Federal (MPF) também receberam o material.

06/05/2010

Oficina flagrada no caso Marisa também produziu para C&A

No período que antecedeu a fiscalização que encontrou imigrantes em condição análoga à escravidão, costuras eram feitas para fornecedora da rede C&A. Companhia confirmou que enviados chegaram a vistoriar o local em 2009
Por Maurício Hashizume*
São Paulo (SP) - Registrada como Indústria de Comércio e Roupas CSV Ltda., a oficina de costura ligada à Marisa que foi flagrada com 17 trabalhadores imigrantes em condições análogas à escravidão produzia peças anteriormente para a C&A. A informação foi confirmada tanto pelo dono da oficina, o boliviano Valboa Febrero Gusmán, como pela própria rede varejista.

Operação comandada pela Superintendência Regional de Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE-SP), ocorrida em meados de fevereiro deste ano, encontrou um amplo quadro de irregularidades no local - desde "fortes indícios de tráfico de pessoas", registros de cobranças ilegais de dívidas dos empregados e salários muito aquém dos permitidos até condições críticas no tocante à saúde e segurança no trabalho, alojamentos completamente inadequados e jornadas exaustivas (detalhes mais abaixo na descrição das condições).
Oficina de costura CSV chegou a passar por auditoria da C&A em 2009 (Foto: Maurício Hashizume)

Quando da fiscalização, Valboa confirmou ter fabricado peças de vestuário durante os últimos anos (até 2009) para a Karvin que, por sua vez, atuou como fornecedora da C&A por cerca de 25 anos. Ele declarou inclusive que, entre outubro de 2009 e janeiro de 2010, representantes da companhia internacional com sede na Holanda fizeram vistorias das instalações da oficina situada no bairro de Vila Nova Cachoeirinha, na capital paulista.

À Repórter Brasil, a C&A não se esquivou da responsabilidade em relação à cadeia produtiva dos itens que comercializa, diferentemente de sua concorrente - que preferiu responder na ocasião que a "situação detectada pelos auditores não é de responsabilidade direta ou indireta da Marisa".

A C&A admitiu inclusive que tomou conhecimento da presença da CSV na sua cadeia produtiva somente em outubro de 2009. "Até então, o fornecedor Karvin não havia comunicado à empresa a inclusão desta oficina na sua lista de subcontratados", acrescenta a companhia, que sustenta ter "advertido a Karvin de que este procedimento não seria tolerado novamente".

Desde 2006, a C&A mantém um segmento próprio para auditar a sua cadeia de suprimentos denominado Organizaçã o de Serviço para Gestão de Auditorias de Conformidade (Socam). Segundo a empresa, as vistorias são "aleatórias e não agendadas, com o objetivo de coibir qualquer tipo de mão de obra irregular e buscar a melhoria contínua das condições de trabalho".

A rede varejista confirma ter realizado uma primeira visita à CSV, por meio da Socam, em 23 de outubro de 2009. Nenhum estrangeiro ilegal foi encontrado, assegura a empresa, que verifica, entre outros, aspectos como a regularidade do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).

Com o intuito de melhorar as condições de trabalho do local, a Socam estabeleceu, em 28 de outubro, um "plano de ação" para a CSV com diversas ações: disponibilizar e apresentar documentos e critérios adotados para cálculo e pagamento de salários; sinalizar todas as saídas; providenciar a recarga de extintores de incêndio e kit de primeiros socorros; arrumar e organizar a área de trabalho; proteger e melhorar disjuntores e instalação elétrica e providenciar sabonete líquido e papel toalha nos banheiros, entre outras.

"É importante ressaltar que o trabalho realizado pela Socam não tem caráter punitivo, exceto nos casos de infrações graves. O objetivo, além de coibir qualquer tipo de mão de obra ilegal, é também buscar a melhoria contínua das condições de trabalho dos seus fornecedores, informar e promover a transformação destes espaços", argumenta a C&A.

Caderno de anotações apreendido tinha registros de cobranças ilegais (Foto: Maurício Hashizume)
Em janeiro de 2010, a Socam voltou à CSV para acompanhar a implantação do "plano". Segundo a empresa, novamente não houve registro de imigrantes sem documentação legal. "Constatou-se, porém, que o plano não havia sido implantado. O prazo inicialmente de 90 dias foi prorrogado pelo mesmo período, até abril de 2010. O não cumprimento implicaria na suspensão do fornecimento. No início de fevereiro, a CSV foi descadastrada pela Karvin, que constatou nesta data a existência de trabalhador sem documentação regularizada", relata a C&A.

A empresa afirma ainda que o relacionamento comercial com a Karvin também foi temporariamente suspenso por conta de situações irregulares encontradas em outras oficinas subcontratadas. "O fornecimento ficará suspenso até que as irregularidades apontadas sejam resolvidas", prossegue.

Em depoimento à fiscalização, por seu turno, o proprietário da CSV alegou que o "preço muito baixo" pago pela Karvin (para fornecimento à C&A) por cada peça costurada teria sido um dos motivos para a descontinuidade do vínculo comercial. Questionada sobre a porcentagem de partilha média do preço final pago pelo consumidor - quanto seria destinado aos produtores (oficinas/fornecedo res) e quanto ficaria mais especificamente com o varejo -, a C&A afirma seguir "os valores que são praticados pelo mercado".

"É importante ressaltar que o preço de venda não se justifica unicamente com a produção da peça, mas inclui várias despesas na operação como impostos, salários, logística, infraestrutura", adiciona a empresa.

A Karvin foi procurada para se pronunciar sobre o caso e prometeu atender a reportagem. Após o primeiro contato, porém, a representante da empresa não foi mais encontrada nos diversos telefones mantidos pela fornecedora de peças de vestuário com base no bairro do Bom Retiro.

Com relação aos gastos com publicidade (recentes campanhas da C&A foram protagonizadas por estrelas internacionais da música pop) e à possibilidade de deslocar parte desses recursos para recompensar aqueles que trabalham na cadeia produtiva dos produtos vendidos nas lojas, a C&A se restringiu apenas a declarar que "esta informação [sobre publicidade] não é pública" e que a mesma é "considerada estratégica para a companhia".

Vistorias
Desde 2006, conforme números divulgados pela C&A, a Socam já realizou mais de 6 mil visitas em fornecedores e subcontratados. Em casos de infrações graves (como o trabalho de imigrantes ilegais e o trabalho infantil), informa a rede, a Socam pode cancelar de imediato as compras do fornecedor. Assim como no caso da CSV, podem ser propostos também planos de ação corretivos, com meta e prazo determinados. O descumprimento do combinado, sustenta a companhia, pode igualmente implicar na suspensão do fornecimento.

Neste período, cerca de 100 fornecedores foram bloqueados pela Socam, ou seja, tiveram o fornecimento suspenso. "As oficinas (subcontratados) não são bloqueadas pela Socam, mas pelo fornecedor, que é responsável pelos seus subcontratados", completa a rede. Por "uma questão de relação comercial com nossos fornecedores", a C&A - que se coloca publicamente como "pioneira no Brasil, entre as empresas de varejo de moda, a possuir uma organização [específica, como a Socam]" - prefere não divulgar a quantidade de planos de ação elaborados junto a fornecedores e subcontratados.

Detalhe de um dos alojamentos: inadequação e exposição a doenças (Foto: Maurício Hashizume)
A adesão ao “Código de Conduta” e às “Condições Gerais de Fornecimento” - que contêm cláusulas que exigem o cumprimento da legislação trabalhista vigente - é uma das premissas para que uma confecção se torne fornecedora, reforça a C&A. "Cabe ao fornecedor a decisão de escolha de sua rede de subcontratados. Porém, estes devem ser listados e informados à empresa, previamente ao início da relação comercial com a C&A. Também é de responsabilidade do fornecedor manter sua lista de oficinas subcontratadas atualizada. Tanto o fornecedor quanto a Socam realizam as vistorias nas oficinas", emenda. Estima- se que o investimento na área tenha sido de R$ 7 milhões. Somente em 2009, teriam ocorrido 2,1 mil vistorias.

Em 2007, a C&A, assim como a Marisa e outras empresas do ramo, assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho (MPT) com o compromisso de evitar ligações comerciais com oficinas de costura envolvidas na exploração de trabalho análogo à escravidão e de viabilizar auditorias períódicas de suas cadeias produtivas.

Convidadas a fazer parte do Pacto Contra a Precarização, e pelo Emprego e Trabalho Decentes - Setor das Confecções, contudo, a C&A não aderiu. "A assinatura ao pacto deve ser analisada considerando o setor como um todo, e não somente com adesões pontuais, que não irão produzir os resultados almejados", rebate a rede. "A C&A não acredita que a adesão de uma só companhia poderá surtir efeitos reais no setor. É preciso um esforço conjunto e estamos em contato constante com os demais players do nosso setor de modo a conseguir um esforço conjunto neste sentido".

A implantação de um sistema de certificação com vistas a garantir melhores condições de trabalho nas cadeias produtivas está sendo discutida no âmbito da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abeim) - que engloba outras redes como a própria Marisa, Riachuelo e Renner. Uma das consultorias envolvidas na iniciativa é a internacional Bureau Veritas, também citada no relatório de fiscalização do caso que envolveu diretamente a Marisa.

Para fazer vistorias semelhantes aos que a Socam faz para a C&A (até em cumprimento ao TAC celebrado com o MPT em 2007), a Marisa contratou a empresa Bureau Veritas, fundada na Bélgica, em 1928. Na avaliação que fez das condições gerais de trabalho na trinca de fornecedores formada por Dranys, Elle Sete e Gerson de Almeida (que tinham contrato com a Marisa e subcontratavam a CSV) em maio e setembro de 2009, a consultoria aprovou incondicionalmente as instalações das fornecedoras que cuidavam mais do arremate das peças, a despeito dos diversos problemas (como risco de incêndio, desorganização do ambiente e falta de ventilação) verificados pela operação fiscal, que visitou todos os participantes da cadeia produtiva.

Mesmo sem visitar as terceirizadas (que fazem a parte mais substantiva do processo: transformam cortes de tecidos em peças de vestuário quase prontas) da Dranys/Elle Sete/Gerson de Almeida, os auditores da Bureau Veritas atestaram que, no quadro geral, as auditadas "atendiam" às condições de regularidade quanto à ausência de trabalho forçado. Contatada pela reportagem, a consultoria optou por não se pronunciar.

Repercussões

Quase três meses depois da fiscalização e mais de 45 dias após a divulgação na Repórter Brasil, o flagrante de trabalho escravo de imigrantes envolvendo as lojas Marisa continua gerando repercussões.

Advogados da Marisa negociam o estabelecimento de novos padrões de conduta para evitar a ocorrência de flagrantes e para contribuir n sentido de qualificar as condições de trabalho no conjunto da cadeia das confecções.

Sindicato dos Comerciários organizou protesto contra a Marisa em Fortaleza (CE) (Foto: SEC)
"Estamos envidando todos os esforços possíveis e imagináveis para reunir o maior número de pessoas em torno desse caso com a finalidade de atingirmos um grau correto e positivo de eficácia da nossa ação fiscal. Por isso, toda a movimentação para trazermos os mais diversos órgãos públicos e entidades da sociedade civil", comenta Renato Bignami, auditor fiscal do trabalho da SRTE/SP que esteve à frente da operação que rastreou a cadeia produtiva a partir da oficina de costura CSV.

A punição apenas da Marisa, salienta Renato, não pode ser considerada satisfatória. "É necessário buscarmos soluções para que esse caso não volte a se repetir e para corrigirmos um processo crônico de fuga para a clandestinidade, informalidade e irregularidade que se abateu sobre esse setor", complementa. A OIT, o Instituto Ethos e a Abeim conversam para estabelecer processos de responsabilidade social que possam consolidar avanços no setor.

Paralelamente, os participantes do Pacto Contra a Precarização e Pelo Emprego e Trabalho Decentes se reuniram no auditório da Defensoria Pública da União (DPU), na última segunda-feira (3), para fazer avaliações e dar continuidade ao processo de articulação por melhorias para os trabalhadores do setor. Estiveram presentes representantes do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e das associações de coreanos, bolivianos e paraguaios, além do Sindicato das Costureiras de São Paulo e Osasco, dos Sindicatos das Indústrias do Vestuário no Estado de São Paulo (Sindivestuário) , do Serviço Pastoral do Migrante (SPM), do Centro de Apoio ao Migrante (Cami), da Secretaria Nacional de Justiça (SNJ), da Receita Federal, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da Comissão Municipal de Direitos Humanos (CMDH), da ONG Repórter Brasil e da Procuradoria Regional do Trabalho 2ª Região (PRT-2), na pessoa de Vera Lúcia Carlos, propositora dos TACs firmados com as redes varejistas.

Em Brasília (DF), a deputada federal Janete Capiberibe (PSB-AP) levou o caso aos colegas parlamentares em pronunciamento no Plenário da Câmara, no dia 7 de abril. Após fazer menção à fiscalização da oficina CSV, a congressista propôs boicote à Marisa "até que sejam garantidos os direitos trabalhistas de todos os colaboradores e melhor distribuição do lucro".

Dois dias depois, o Sindicato dos Comerciários de Fortaleza (CE) organizou um protesto contra o trabalho escravo de imigrantes em frente à loja da Marisa no centro da capital cearense. Os sindicalistas chamaram a atenção de populares e distribuíram exemplar es da edição do jornal Brasil de Fato que reproduziu conteúdo publicado pela Repórter Brasil.

De acordo com Romildo Miranda, do sindicato e da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs), houve uma reunião com enviados da rede de varejo Marisa há cerca de 15 dias em que a questão foi tratada. "Segundo eles [da empresa], a questão foi resolvida. Mas não paramos por aqui. Se ficarmos sabendo de mais denúncias, voltaremos a nos mobilizar. Insisto mais uma vez: não paramos por aqui", destacou o sindicalista.
Condições encontradas na oficina de costura CSV
Nenhum dos imigrantes que operavam máquinas na oficina CSV tinha Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) assinada e pelo menos um deles sequer estava regularizado junto à Polícia Federal (PF). Segundo a fiscalização, um dos trabalhadores bolivianos não tinha 18 anos completos.

Foram apreendidos vários cadernos com anotações de "taxas" ilegais de "passagem", "fronteira" e "documentos") e registros de "salários" de R$ 202 e de R$ 247, menos da metade do salário mínimo (R$ 510) e menos de um terço do piso da categoria (R$ 766).

A estrutura (instalaçõ es elétricas, móveis etc.) da oficina não seguia os padrões mínimos exigidos. Uma criança, filha de uma das costureiras, estava exposta a acidentes com o maquinário. A jornada de trabalho começava às 7h e chegava até às 21h. As refeições eram preparadas improvisadamente nos fundos do mesmo cortiço do local de trabalho. O irmão do dono da oficina permanecia o tempo todo junto com os trabalhadores, atuando como "vigia".

Em apenas um cômodo mal iluminado nos fundos de um dos "alojamentos", construído para ser uma cozinha, sete pessoas dormiam em três beliches e uma cama avulsa. Infiltrações, umidade excessiva, falta de circulação de ar, mau cheiro e banheiros precários completavam o cenário. Não havia separação adequada das diversas famílias alojadas na mesma construção.

Na avaliação da médica e auditora fiscal Teresinha Aparecida Dias Ramos, que fez parte da comitiva e checou até a receita médica de uma das trabalhadoras que apresentava uma doença de pele, as vítimas de trabalho escravo na CSV estavam expostas a distúrbios respiratórios, problemas ergonômicos, e justamente a enfermidades dermatológicas, além das condições psicossociais indesejáveis, por causa do medo constante.
*O jornalista da Repórter Brasil acompanhou a fiscalização da SRTE/SP como parte dos compromissos assumidos no Pacto Contra a Precarização e pelo Emprego e Trabalho Decentes em São Paulo - Cadeia Produtiva das Confecções

domingo, 4 de julho de 2010

Idéia para um roteiro de bike Volta em Salvador

Saida no Farol de Barra pegando toda orla, São Cristovão, CIA, uma trilha de barro que vai dar em Águas Claras, BR 324, Derba, São Tomé de Paripe.
daí volta até Paripe e coloquei no roteiro até a travesia de lancha para Ribeira indo de volta para o Farol da Barra para fechar a volta completa.
Clicar na imagem ela aumenta, para visualizar melhor.


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Fabrica de Arte
Paulo Henrique
3326-3385 / 9166-2559

Veja no Blog Pedalada da Noite materia

Ciclovia feita com material reciclado

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Abraços
Fernando Carvalho