domingo, 27 de janeiro de 2008

JABUTI, CAFÉ, CENTRAL DO CARNAVAL e JOÃO UBALDO
Valci Barreto



Editor do
Bikebook.blogspot.com



Na sexta à noite recebi um telefonema do novo amigo do pedal, César Brasileiro, Juiz de futebol, também auditor de empresas, fazendo-me um convite tentador: visitar Rubem Pinheiro, filho do grande ciclistas baiano que, de 1927 a 1929, pedalou de Salvador até Nova York, em uma bicicleta Opel , sem marcha, semelhante às barras circulares e barra forte de hoje.

Após o nosso encontro, que aconteceria , e aconteceu, na séde dos Correios, na Pituba, iria fazer outras tarefas. Por este motivo, preferi ir de moto. A intenção era ter uma conversa com o Rubem, a respeito da história do seu pai e da intenção dos ciclistas baianos de homenageá-lo. Pontualmente, como mandam nossos figurinos, estávamos no local combinado. César chegou com sua esposa, amante de pedal e livro, bibliotecária Cláudia.

Fomos, como sempre, muito bem recebidos pelo Rubem, na feira de selos, moedas antigas, cartões telefônicos e postais que acontece todas as manhãs de sábados, das nove às 12 horas, da qual participa vendendo , comprando, trocando estes itens para colecionadores.

O Rubens é de uma finura, tranqüilidade e educação contagiante. Sua paixão é a mágica, já tendo sido profissional nesta área; e colecionismo, atividade que mantém há longos anos, inclusive fora do Estado da Bahia.

A conversa foi muito fácil e proveitosa. Tem relembrado o César que, na sua infância, conheceu a casa onde morava a família do Rubem, em Brotas, para onde ia, com certa freqüência, levado pelo seu pai, recordando ainda que via fotos, reportagens, cartazes, documentos, diplomas nas paredes da casa a respeito da viagem ciciclística do baiano, e um o título “ O Herói Esquecido”. A conversa com o Rubem trouxe para o Cesar outras lembranças das conversas e cenas a que assistira naquela casa.

Cumprida a missão com Rubens, conversado sobre bicicleta, literatura e projetos que pretendemos implementar, divulgar, despedimo-nos na certeza de que César já está envolvido nos pedais e ações cicloativistas, acompanhado da sua esposa Cláudia, falou das recordações da sua infância, sempre cheias de emocionantes pedaladas em Ribeira do Pombal , onde nasceu.O filho do casal já participa dos pedais da ASBEB.

Do encontro,não tenho dúvidas dos frutos que resultarão para todos nós que amamos o pedal, os livros, os esportes, a amizade.

Despedi-me do casal, dirigia-me para casa, quando vejo um colega de Profissão, Arnaldo Cajazeira, pedalando em direção à ALBANY. Guinei a moto para estacionar, pois não perderia a oportunidade para fotografar.A final, nossos colegas conhecem o advogado, mas não o pedalante. E o Buga não iria perdoar o texto sem a foto.

Não estava na programação, mas não resiti ao café da manhã servido na Albany: banana da terra, cozida e frita, ovos mexidos, frutas, batata doce, farofa, carne do sol e de fumeiro e outras iguarias irresistíveis.

Senti a falta dos queridos itana, pelo pedal e pelo café, Lázaro, Luzia , entre outros, e de George Argolo que, jutamente com Carlão risadinha, " se mandou " para a festa e a maniçoba de Santo Amaro. Hospedam-se na casa de Leninho, o maior “batedor “ de passeio ciclístico do planeta. Vinguei-me deles, no café da Albany. Delicia! E do jeito que gosto: você come e paga o que a balança disser que é para pagar.

Deixei com o segurança da Albany, para ser entregue ao seu propriétário , Sergio Beleza, panfleto dos nossos passeios, com as recomendações para doação de livros e indicação de locais que os recebe. E ele já escreveu-me: “vou mandar livros para as entidades que você recomendou.” (Eu sabia disso , meu caro Sergio!)

Barriguinha cheia, paladar trazendo boas lembranças, dirigi-me à Central do Carnaval, no Centro de Covenções. Não fui apenas ver as maravilhas que eu já imaginava estarem ali instaladas, esperando pelos foliões de todos os cantos do pais.

Fui visitar a querida Claudinha, que pôs, no mesmo local, onde acontecem as feiras e exposições, o café DONA XICA.

Tomei o café, com suas gostosas empadas , e as informações para dar aos nossos leitores.

Colhi de Claudinha o seguinte: O café é aberto mesmo para quem não vai comprar abadá ou tratar de assunto de carnaval. O acesso é livre a qualquer pessoa. Ou seja, é apenas um local para servir cafèzinho, um local de encontro, com salgadinhos, refrigerantes, mas com um ingrediente não comum em outros cafés, além do sabor: ver as meninas bonitas das lojas da Central, o titi da festa, os visitantes , o movimento da Central, que antecede o Carnaval.

Aí está o aviso: vá tomar um cafèzinho com Claudinha no DONA XICA, no Centro de Covenções , no mesmo local onde estão instaladas as lojas da Central do Carnaval e de distribuição de Abadás. Há lojas, com produtos da Central, à venda para qualquer pessoa.

Após o Carnaval, qualquer pessoa ou evento, pode fazer uma parceria e ter a companha do DONA XICA.

Colhemos ainda a seguinte informação: Os pais de Claudinha, de Salvador, apaixonaram-se pelo Vale do Jiquiriçá e hoje tem uma fazenda, no Município de Ubaira, dedicada ao plantio de rosas.

Prometemos fazer O PEDAL DAS ROSAS, para visitar flores que alimentarão os romances , paixões, lembranças e promessas de amor infinito.
Cumpridas estas missões, restava mais uma: assistir ao bate papo entre platéia e João Ubaldo Ribeiro, no ICBA, que aconteceria às 15 horas.

Aí não deu outra: tinha que ser de bike. Não poderia deixar minha magrelinha penando na garagem, morrendo de ciúmes e tristezas pelo desprezo de quase um dia.

Alegrezinha, conduziu-me até o escritor. Na platéia encontrei o vereador Everaldo Augusto, com quem conversei o óbvio: pedal, política e literatura tema que estuda o vereador; colegas de profissão, Guido, colecionador de discos de vinil; Melquiades, advogado da Petrobrás e sua esposa Silvana, funcionária da Justiça do Trabalho, toda produzida, com um lindo boné adquirido ali mesmo, na Feira Hype.
Como sempre ,no local, nas tardes de sábado, a presença do João , da Diadorim, loja de livros usados.

Feitos clicks, sempre exigidos pela minha vontade e pelo Bugarin, assistido o bate papo do grande escritor baiano, retornei. Na saída, passa Aninha - ANA BIKER - e seu esposo em erro grave: estava de carro, em uma tarde de sábado! Mau exemplo, heim Aninha!

À noite, uma leiturinha básica e o sono, certo de que, mesmo pedalando bem pouquinho, foi mais um dia em favor dos livros e das magrelas.

Não fiz, mas tive vontade, de fazer um pedido:

“Ubaldo, dê uma pedalada pela Ilha de Itaparica e escreva uma cronicasinha sobre ela. Será um grande serviço que voce prestará à nossa causa! A gente lhe segura, empurra e esta parte a gente jura segredo eterno.
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PUBLICADO NO MURALDEBUGARIN.COM
e
bikebook.blogspot.com


Entre os participantes do Pedal do Cortejo, cujas fotos estão em muraldebugarin.com, em "galaria de fotos, estavam as paulistas Daniiele e Mara de quem recebemos o carinhoso e mail,:

"Muitas aventuras ciclisticas por essa terras do Senhor do Bonfin?
Gostei muito de conhecê-lo e também a toda turma....pedalar com vocês naquele dia e principalmente naquele contexto foi uma experiência maravilhosa para mim.
Ainda estou na Bahia, parto para São Paulo dia 02 de fevereiro, esqueci de devolver sua camiseta, então deixo com Daniela e quando vocês marcarem outra pedalada ela te devolve.
Obrigada pelo carinho e atenção.
Bjo
Mara Paixão"




Muito obrigado Mara, bom retorno, volte sempre e , onde estiver, pedale e não se esqueça que estaremos sempre de braços abertos para voce e seus amigos.

Quanto à camiseta, é uma lembrança que lhe ofertamos, de coração.


Valci.