sexta-feira, 16 de maio de 2008



Valci e filhas: jornalista e advogada Luciana Barreto; Psicóloga Mariana Barreto e o senhor AGAZZI da Osteria AGAZZI, na Federação, local escolhido para comemorar o aniversário de Mariana.
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SEBO AMADEUS, EM FOZ DO IGUAÇU



Na feira de artesanato e artes, da cidade de Foz do Iguaçu, Valci faz vistia a AMADEUS.

Na cidade de Foz do Iguaçu, todos os domingos, acontece uma feira de artesanato, artes e cultura. Entre os expositores está a figura simpática do Amadeus, que negocia livros usados, revistas, discos de vinil e mantem o SEBO AMADEUS, que atende a pedidos do Brasil inteiro, através dos correios.Áí está o seu fone: 32744988(ver código de Foz do Iguaçu)

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RUBENS PINHEIRO está participando, todos os sábados, das 09 às 12, da feira de selos, moedas, postais , na séde dos correios da Cidade de Aracaju. De segunda a sexta, Rubens atende em Salvdor, na Rua Barros Falcão, proximo ao Bom Preço no mesmo prédio da Igreja Adventista. Fone e endereço completo do Rubens nos links do bikebook.blogspot.com

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quinta-feira, 15 de maio de 2008

JABUTIS VAGAROSOS DE 18.05.2008Ver Editar
O conteúdo Post do blog foi atualizado.
sab, 17/05/2008 - 19:27 — valci barreto
Valci Barreto
Editor do bikebook.blogspot.com
Colaborador do muraldebugarin.com
-e do Jornal impresso, FOLHA DO RECONCAVO, de Candeias.

A nova “internancional” pedalante é nossa querida Rosilente Cunha, advogada militante da Justiça do Trabalho. Sou testemunha desta nova paixão de Rose que não se limita a pedalar, mas a “agarrar pelo pescoço” pessoas, especialmente colegas de profissão, para pedalar. Além da advocacia e do filho, Rose não fala de outra coisa depois que fez o primeiro pedal no Jabutis Vagarosos.

Demonstrando que veio para falar, convidar e fazer, já adquiriu uma bike toda charmosa, pronta para enfrentar grandes trilhas e estradas. Está começando e, segundo diz, adorando o JABUTIS. Porém, logo logo estará pronta para grandes trilhas e pedais. Preparação fisica, adqurida em diária malhação, corpo atlético e muita disposição são ingredientes que não lhe faltam. Ao contrário, até sobra!

Com o de hoje, foram apenas dois pedais, mas com um avanço , crescimento de poucos. No primeiro foi com o grupo até a entrada do Jardim Zoológico.

No de hoje já avançou por demais: tomou coragem e veio do Largo da Graça pedalando sozinha até a Padaria Apipão, onde teria início o segundo da sua carreira de amante do pedal.

Demonstrando disciplina de poucos, às 08.30 já estava no ponto da partida dos Jabutis. Aproveitamos os trinta minutos para conversarmos sobre nossos passeios, projetos para futuras trilhas e ações cicloativistas. Covidou vários colegas para o de hoje, entre eles o nosso colega João Marinho. Este garantiu-lhe a semana inteira que participaria. Mas às 07 da manhã , demonstrando gentileza de poucos, ligou para Rose, avisando que não mais viria, apresentando as suas justificativas.

Às nove horas estava um belo e exuberante corpo moreno, cheio de saúde e de alegria , subindo em uma nova e linda bike,toda equipada ,para o seu segundo passeio pelas ruas de Salvador. Decidimos fazer o batismo de Rose "em centro" da nossa Capital, no trajeto tradicional que fazemos para iniciantes que já possui o condicionamento de Rose: Início na Sabino Silva, em direção a Centenário. Entramos no Calabar para apresentar-lhe a biblioteca comunitária daquele bairro a qual não abre aos sábados. Hoje, porém, estava funcionando para atender a ensaios de teatro das crianças do bairro. Como sempre, fomos muito bem recebidos pela simpática monitora e pelas meninas que se animaram quando dissemos do nosso desejo de uma foto ao lado delas. Feitas as fotos , despedimo-nos deixando um livro de doação, o que fazemos em nossos Jabutis. Despedidas , fotos realizadas, retornamos para a Centenário e seguimos em direção ao Centro .Deixamos a Centenário pelo pequeno aclive, antes do tùnel que dá acesso ao Bom Preço da Garibaldi,e pedalamos em direção à Praça dos Reis Católicos. Queria mostrar para Rose a oficina de bicicleta do Regis, (DISK SPORT, 32611094),na Vasco da Gama. Seguimos toda a avenida, na mesma pista e fluxo dos carros;retornamos na Vasco da Gama para alcançar o início do viaduto onde está instalado o Regis. Coversas, fotos, despedida, seguimos : Dique do Tororó, parada na banca de livros usados do senhor Alfredo, na Sete Portas , onde adquirimos alguns para doar ao NACCI. Generoso, o senhor Alfredo mandou alguns exemplares como doação suas para a criançada. Seguimos pela Baixa do Sapateiros; subimos a ladeira ao lado do antigo Cine Jandaia , empurrando, jabotísticamente, as nossas magrelas. Nenhum cansaço da Rose. Deixamos os livros para as crianças do NACCI e seguimos pela Saúde, contemplando o que resta dos azulejos, portas, janelas , da bela arquitetura colonial barroca baiana daquele bairro.
Seguimos a rua principal onde ainda se pode contemplar pequenas quitandas, oficinas, barbearias , comadres e compadres conversando em janelas e portas seculares, algumas ainda levando docinhos cobertos por pequenos panos brancos para as vizinhas. Deixando tudo isto para traz, alcançamos a Av Joana Angélica. Nesta, na entrada do Tororó, uma parada para água e visita ao meu amigo “Bonitão da entrada do Tororó”, Maurição, engenheiro agrônomo do Estado, fazendeiro em Cruz das Almas , umas das mais queridas pessoas que eu conheço, por muitos anos meu colega do ex INSTITUTO DE TERRAS DA BAHIA.

Exaltando a exuberância e alegria de Rose, só não prometeu pedalar: o carro já lhe deu uma crônica preguiça de andar a pé ou de bicicleta, mesmo sendo da cidade das laranjas e das magrelas, muito curtidas em sua infância e adolescência.

Com muita vontade de comer todas as jacas ali expostas, (lembrei muito de você, Itana!)oferecidas pelo Maurício, sabendo ele como apreciamos esta fruta sem igual, fizemos as fotos, tomamos água, e com esperanças de nosso amigo um dia participar dos nossos pedais, despedimo-nos para seguir a viagem. Entrei no Convento Joana Angélica para “apresentar a Rose os livros usados ali vendidos , recebidos de doações e o brechó, portador de todo tipo de bugigangas também recebidas e vendidas para as obras sociais da Igreja. Adquiri apenas um, Curso de Ingles, para futura doação. Com poucos livros, e sem a trava das bikes, liberei Rose de entrar. Isto porque a senhora que ali atende disse-nos que os livros agora estão na Igreja do Rosário. Seguimos para lá, pela Piedade. No Rosário, pedimos a um dos rapazes da Igreja para olhar as nossas bikes enquanto visitávamos a biblioteca. Nesta, um excelente estoque de livros. Olhei com atenção para as minhas futuras compras e divulgações. Vários rapazes arrumavam e liam livros daquelas estantes. Tímidos, não se deixaram fotografar. Mas fizeram nossa foto. “Foi a primeira vez que entrei nesta igreja”, disse Rose. “E se não fosse a bicicleta, você talvez não entrasse jamais." brinquei.

Deixamos a igreja, pegamos a Carlos Gomes, Corredor da Vitória. No largo da Igreja da Vitória a CET interrompia o trafego de carro para descer a Ladeira da Barra. Tomamos informações: era o movimento ante manicômio . Deixei Rose em frente ao seu prédio, no Largo da Graça. Conversando, eis que aparece o nosso querido jurista, aposentado como advogado da Rede Ferroviária , Eduardo Costa. Não gosta de ser fotografado. Mas não o dispensei do registro daquele momento.

Era meio dia e vinte. Despedidas, abraços, promessas de próximos pedais, desci a Princiesa Isabel. No trajeto para casa, passaria na Barra para ver o “DIGA NÃO AO MANICOMIO”.

A ladeira, toda engarrafada para carro, suas bordas estavam completamente livres para a minha bike que descia facilmente deixando para trás aquele “monte de ferro, aço,plástico, borracha , dinheiro, estress e poluição,quese todos levando uma pessoa só... ‘

Alcancei o Porto, segui pela Orla e cheguei ao Farol, onde os “loucos” , de fora dos manicômios oficiais, pulavam, cantavam, muitos deles enfeitados; muita gente bonita, e várias "louquinhas coloridas " como minha querida Jamille, “Mona Liza”,como a batisei na intimidade de colega da minha filha Mariana.

Claro que o movimento me fez lembrar “ O ALIENISTA “, de Machado de Assis!.

Fotografado o movimento dos “loucos de fora”, em favor dos “loucos de dentro” do manicômio oficial, segui para casa, onde cheguei certo de que foi um Jabuti completo. Não olhei o relógio. Ele só é olhado para a hora de saída . Para o retorno não tem qualquer serventia,principalmente para o Jabuti de hoje, que contou com um dos mais raros, belos, simpáticos e bem humorado exemplar de autentico Jabuti: a querida colega Rose, agora prontinha para muitos e mais Jabutis, inclusive para o próximo, já marcado: até o Clube dos Advogados,em Práias do Flamengo, com direito a chuveirada, piscina , muita conversa , tira gosto, promessa que já fiz aos nossos amigos , diretores do Clube:Rita, Geraldo, Adilson.

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As fotos vão estar no muraldebugarin.com em “galeria de fotos”. Clicando nas fotos, outras aparecem. Clicando de novo, elas são aumentadas. Clicando em “próxima” milhares de outras, de outros passeios surgem .
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PARTICIPE DOS NOSSOS PASSSEIOS E AÇÕES EM FAVOR DAS BICICLETAS NAS RUAS . Veja como,
Acessando nossos sites e blogs:

Muraldebugarin.com
Bikebook.blogspot.com
Amigosdebike.com.br
Sincronia
Mundodabike
Pedaisdaestrada
Pedaladadanoite

Todos são links do muraldebugarin.com
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Pedalando de Práias do Flamento, até o Bonfim, Ribeira, Suburbana, você não sobe uma ladeira sequer. E ainda passa pelo Elevador Lacerda Comércio, tudo no plano! E tem gente dizendo que Salvador tem ladeira!..
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Leiam a Folha do Recôncavo, Jornal Impresso de Candeias. Em toda toda edição, uma referencia aos nossos passeios e ações cicloativistas.
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Dica de Leitura: PORQUE DEIXEI A MICROSOFT PARA CONQUISTAR O MUNDO, DE JOHN WOOD

“O ALIENISTA”, DE MACHADO DE ASSIS, EM HOMENAGEM AO MOVIMENTO ANTE MANICÔMIO

Não durmam sem assistir ao REDE BAHIA REVISTA. Um programa da e para a Bahia.
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“DEIXE SEU CARRO EM CASA, VÁ DE BIKE” –Bugarin.
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AOS DOMINGOS, ASSISTAM AO NOTA DEZ, CANAL FUTURA. No mesmo dia, PANORAMA RURAL. Ambos com as repórteres baianas, respectivamente, Elen, baianinha de Salvador, e Simone Carvalho, baianinha de Itiruçu.
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CENTRAL DO CARNAVAL, COM MUITOS PACOTES PARA O SÃO JOÃO.
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TOME CAFÉ DA MANHÃ NA ALBANI(FRENTE SÉDE DOS CORREIOS NA PITUBA) CAFÉ DA MANHA A PESO, COM BANANA DA TERRA FRITA, FAROFA, MINGAU, CARNE DO SOL, BANANA COZIDA, e muito mais, tudo a peso.
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VISITE A CABANA DA JANE, ONDE HÁ LUGAR PARA VOCE PRENDER SUA BIKE ENQUANTO CURTE SUA PRÁIA.
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Conheça a boa música, de forma bem íntima com os artistas, na Barraca do Mário, após o Shoping Ponto Sete , na Pituba.

A RUA NÃO É SO DO CARRO. É DA MOTO, PEDESTRE E BICICLETA - DIVULGUE ESTA IDÉIA.
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RUA É DO CARRO, MOTO, BICICLETA E PEDESTRE.

Valci Barreto,
advogado, cicloativista
Editor do bikebook.blogspot.com
colaboradora do muraldebugarin.com e da Folha do Reconcavo.


O motorista acha que a rua é só dele. Que é só do carro. Que todos têm que sair da sua frente quando ele dirige. Esta atitude é mais acentuada pelos motoristas de ônibus, táxis, mauricinhos e patricinhas que saem atrasados para escola, baladas ou para devolver o carro para alguém da família.
Um bom número de carros utilitários e de órgãos públicos mantém uma atitude hostil em relação a quem está em sua frente: buzina insistentemente, aciona motores e faróis, agressivamente, para que todos saiam correndo da sua frente. Criam, com estas atitudes, um mundo agressivo, mal educado, perigoso, estressante.
O Brasil mata mais gente no trânsito do que muitas guerras em nosso planeta. Muitos estão mortos, mutilados, inutilizados para uma vida normal por causa de motoristas irresponsáveis. A maioria das mortes e mutilações são causadas pelo uso do alcóol, sono e excesso de velocidade.
Vamos ajudar a modificar estas atitudes. A mudança é boa para todos.
O ciclista, a moto ou mesmo outro carro, não é obrigado a sair da frente, a se jogar na calçada porque um motorista assim o deseja. A bicicleta, por lei , tem preferência e direito de circular na mesma pista do carro. Não há pista exclusiva para carro, salvo as exceções reguladoras dos órgãos de trânsito. A preferência no transito é da bicicleta.
Vamos ocupar os espaços das ruas com nossas bicicletas, independentemente de ciclovias e de ciclofaixas. Que elas (as faixas especiais) venham para a maior segurança de todos.
Mas, se o motorista respeitar as leis de trânsito, respeitar o semelhante, ainda que através de um policiamento ou multa alta, não há necessidade de ciclovias nem de ciclofaixas.
Jamais governo de lugar nenhum do mundo irá implantar ciclovias ou ciclofaixas em toda a extensão de qualquer cidade grande. Estas nascem, crescem e desenvolvem-se dando privilégio ao automóvel em detrimento do ciclista e do pedestre.
Salvador é 'plana' para a bicicleta. Podemos pedalar de Stella Maris até a Suburbana, passando pelo Bonfim, Ribeira, sem subir uma ladeira sequer.
As ladeiras do Centro de Salvador são pequenas e podem ser vencidas facilmente empurrando a bicicleta por alguns poucos minutos. Ninguém é obrigado a subir ladeira montado na 'magrela'.
Quem mata, estressa e mutila é o carro. Quem atrapalha o trânsito é o carro, é o ônibus. O veículo automotor, a cada dia mais blindado, reforçado, fechado hermeticamente a ponto de isolar o motorista e caronas dos pedestres, pedintes e ladrões de sinaleira está matando as cidades. A bicicleta tenta ressuscitá-las.
A bicicleta - magrela, camelo, margarida, jegue - seja qual for o nome, é uma tendência evolutiva. Menos poluição, menos corrida pela cara energia, menos estresse e mais exercicios físicos. Mais tempo para olhar as pessoas, as paisagens (ainda que das selvas de pedra), mais diversão sob a forma de transporte.
Mais bicicletas e menos carros nas ruas, para o bem de todos!


Campanha dos blogs:

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quarta-feira, 14 de maio de 2008



Diógenes, Marcelo, Valci e Valdenor Cardoso.


Vereador Valdenor Cardoso, Valci, Marcelo e Diógenes
ESTAMOS CHEGANDO LÁ -AUDIENCIA PÚBLICA
Valci Barreto
Editor do bikebook.blogspot.com
Colaborador do muraldebugarin.com



Temos os mais variados problemas e conflitos em nossa sociedade para serem enfrentados e solucionados: drogas, falta de dinheiro, emprego, educação, saude.

Pelo menos em um destes estamos enfrentando, com muitos saldos positivos: as dificuldades para pedalar em Salvador.

Todos nós, cicloativistas, por onde andamos, com quem conversamos, tentamos fazer novos ciclistas, conversar com motoristas e taxistas, parentes destes, pessoas que dirigem, familiares nossos, para trazê-los para pedalar. Não somente para pedalar. Também para, por meio destes pedais, levar mensagens de saúde, conservação do planeta, educação para o transito.

Entre as grandes vedetes do mundo atual, sem duvida, está a bicicleta, por tudo que ela proporciona e pode proporcionar.

Em nossas ações, em Salvador, sensibilizamos políticos que, mesmo tendo relações fortes com outros esportes, como futebol, ainda não conheciam os movimentos dos bainos como Gilson Cunha, Mauricio, Itana Mangiere, Antonio, do Amigos de Tony, Geniavaldo, George Argolo, Jarraw,Fernando, Lu Saraiva, Bugarin, toda a ASBEB, ASBB, Lázaro, Guerreiro, Cezar Brasileiro, Tio Lu, Luzia, Luzinte, e tantos outros, em favor das bicicletas nas ruas de Salvador.

Por várias razões, temos tido contatos permanentes com os vereadores Valdenor Cardoso, Everado Augusto, Reginaldo Oliveira . Mesmo sendo, na maioria das vezes, informais estes encontros, tratamos sempre, com proveito, do tema bicicleta.

Importante é que eles, não apenas estão à disposição como políticos: estão pedalando, uns mais , outros menos, mas todos já apaixonados pelos passeios ciclíticos.

As fotos, no muraldebugarin.com, revelam, atestam estes fatos.

Recentemente, recebi um amável convite do vereador Valdenor Cardoso para um almoço, através do seu filho Marcelo e do nosso amigo, também cicloativista, procurador da Câmara Municipal, Diógenes Evangelista. Brincando, disse-lhe que só aceitaria o convite se o assunto fosse bicicleta!.

No almoço , não só tratamos de bicicleta. Olhando para o mar da Bahia, contou-nos o vereador de viagem que fez à França, a convite de navegadores franceses, interessados em navegação de lazer, turismo, pesca , educação marítima. Dissse-nos Valdenor do encantamento dos frances quando constataram a riqueza que proporciona a nossa Bahia de Todos os Santos para todo tipo de navegação. (Amyr Klink, em palestra a que assisti, também disse o mesmo, recomendando instalação de escolas náuticas, comuns na Europa, notadamente na França)

Bicicleta, navegação, transporte, educação, música, enfim, todos os temas foram postos pelo vereador, demonstrando uma sensibilidade com todas as coisas da nossa cidade ; e também de dificuldades , limitações a que está sujeito o próprio poder público.

O Diógenes foi por demais incisivo: “Os órgãos públicos têm que fazer algo para educar os nossos motoristas que não se conformam em ver uma bicicleta na rua”. Falamos da perversidade com que alguns motoristas se comportam ao ver um ciclista em sua frente, mesmo quando este pedala de acordo com as normas de transito.

Saímos dali com o compromisso de novos encontros, com ou sem almoços, para que algo fosse feito, dentro dos nossos limites, para cobrar, reivindicar, postular ações positivas em favor dos nossos pedais, em favor do uso da bicicleta como meio de transporte.

No domingo, dia das mães, no passeio do amigosdotony, tivemos a mesma conversa com o vereador Everaldo Augusto que, além de participar ativamente daquele belo pedal, relatou ações que já desenvolve e que desenvolverá no mesmo sentido na condição , também, de amante do pedal.

O Reginaldo Oliveira, igualmente, está com projetos de grandes passeios em agosto ou setembro. Não apenas para pedalar, mas para fomentar práticas objetivas em favor das bicicletas.

O bom de todos os vereadores citados é que também gostam de pedalar. E pedalam.

Mais uma prova destes cuidados, desta preocupação, de que querem fazer algo, é a reunião agora marcada pelo Presidente da Câmara, para tratar de segurança dos ciclistas, em audiência pública. (o recado do amigo Diógenes funcionou!!)

Nosso dever, pelo menos dos que puderem, é estarmos presentes .É , assim, mais um momento, mais uma oportunidade que estamos tendo de levar nossas mensagens, nossos pedidos, nossa palavra e também nossos projetos e propostas de ações efetivas ao poder público. A nossa parte já estamos fazendo. E esta reunião não deixa de ser uma conseqüência dela. E de que eles estão demonstrando o carinho, o cuidado, a atenção. Muito positivo, portanto, o chamado do Vereador, Valdenor Cardoso para este evento.

Estarei presente, mais uma vez. Todos nós deveremos nos fazer presentes. Quem não puder ir, deve mandar seus representantes.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

JOAQUIM NERY FILHO, UM DOS GRANDES EMPRESARIOS DA AREA DE ENSINO, E DA CENTRAL DO CARNAVAL, TEM MUITO QUE NOS ENSINAR. VALE A PENA ASSISTIR A ESTA PALESTRA.



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Recortado do www.correiodabahia.com.br - de 12.05.2008.


Camila Vieira
O fim de semana é uma boa oportunidade para a constatação de irregularidades em postos de combustíveis e regiões próximas a bares e estabelecimentos de entretenimento. Das 23h de sexta-feira às 3h do sábado, a operação Barulho e saúde não combinam. Evite a poluição sonora flagrou veículos sobre calçadas e canteiros, filas de carros “soltos” fechando os que já estavam estacionados e motoristas com o som ligado acima do volume permitido.


Poluição sonora e estacionamento em locais proibidos foram os alvos da ação realizada em conjunto pela Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom), Superintendência de Engenharia de Tráfego (SET) e Polícia Militar (PM). Até ontem não havia sido liberado o balanço final da operação.


A ação teve início no Posto Jardim dos Namorados, no bairro do Itaigara. Embora o estabelecimento seja alvo freqüente de denúncias na 13ª Companhia Independente da Polícia Militar e na Sucom, nenhuma irregularidade foi constatada ontem no local. Bastou que policiais e agentes municipais se aproximassem para que os infratores fechassem os porta-malas dos veículos. A supervisora do posto, Rosana Batista, deixa claro que a situação é crítica e queixa-se da atuação da Sucom. Segundo ela, o telefone do órgão nunca atende quando é acionado.


“Toda vez que algum motorista coloca o som alto nós ligamos, mas não temos o retorno”, reclama. Na tentativa de coibir a prática, quatro seguranças fiscalizavam os motoristas e funcionários anotavam as placas dos carros. “Tentamos dessa forma, mas se não dá certo apagamos as luzes e fechamos a loja”, explicou a supervisora. As multas para excesso de decibéis (acima de 60) podem variar de R$481,03 a R$80.171,07. Para denunciar, deve-se ligar para o 2201-6660.


Sem se identificar, um estudante de publicidade de 24 anos, que freqüenta o local todos os fins de semana, assume se exceder nos decibéis. Vaidoso, afirma que faz questão de mostrar a todos a potência do seu aparelho de som. “Onde eu paro, a galera gosta. Fazer o quê?”, debocha o jovem, manifestando indiferença à Lei nº 5354/98 que proíbe qualquer publicidade sonora voltada para a rua.


Ciente da gravidade da situação, o subgerente de fiscalização da Sucom, José Araújo, explica que o posto é responsável pelo problema. “O estabelecimento é licenciado para vender combustível. Se comercializa bebida e o comércio incita a poluição sonora, cabe a prestação de contas por parte do proprietário”, explica. Ele acrescenta que é preciso investir em ações educativas. “A ação fiscal não adianta, precisamos fortalecer as campanhas de orientação”, frisou.


Saindo do posto, os agentes seguiram rumo à Alameda Benever, no Parque Júlio César. De longe, via-se em frente aos bares, proprietários de veículos com porta-malas abertos e executando músicas num volume muito mais alto do que o bom senso preconiza. Em volta dos automóveis, grupos de adolescentes e jovens ingerindo bebidas alcoólicas. Mas, ao perceber a presença dos agentes, a maioria conseguiu deixar o local sem sofrer penalidades.


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Confusão no Jardim dos Namorados


A operação ficou tensa no Jardim dos Namorados. No “corredor” de estabelecimentos comerciais em frente à praia, havia centenas de carros estacionados em locais indevidos. Os agentes da SET expediram multas e autorizaram o reboque de veículos em posições irregulares. Pelo menos 20 automóveis foram notificados por ocupar a área verde ou a calçada.


Ao perceber que seu carro seria rebocado, o motorista do Vectra JKX-2047 tentou fugir do local. Um policial militar se colocou diante do veículo, obrigando o condutor a parar. “A gente paga manobrista, gasta dinheiro numa boate e ainda tem o carro rebocado. Isso é absurdo”, esbravejou o infrator que não quis se identificar. Ele foi autuado, mas o automóvel não foi removido pelo guincho da SET.


Segundo freqüentadores dos estabelecimentos da região, os carros são estacionados em locais indevidos por manobristas contratados pela boate Happy News. Procurado pela equipe de reportagem, o dono da casa de entretenimento não foi encontrado.


Mais adiante, o dono do Celta JQN-7726 também teve o carro notificado. Eram 0h50 quando a Sucom fez a medição e constatou que o som do carro estava a 72.3 decibéis. “Ele vem me punir, mas tenho certeza de que vários outros pontos da cidade tem gente com o som nas alturas”, disse. A afirmação do condutor foi evidenciada pela reportagem que circulou por outros postos da cidade. Carros com som alto foram encontrados no posto 1, na Avenida Paralela, e Ponto Novo, no final da via.


Empresas desrespeitam legislação


Para obter a liberação de funcionamento, muitas empresas, escritórios e estabelecimentos comerciais da cidade desrespeitam a exigência da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom) quanto à existência de estacionamento para clientes. A inexistência da vagas faz com que a clientela utilize as calçadas e obrigue os pedestres a caminhar pelas ruas. Considerada infração grave, estacionar veículo em local proibido prevê multa de R$127, além da perda de cinco pontos na carteira de habilitação.


O desrespeito à lei fez com que os agentes da Superintendência de Engenharia de Tráfego (SET) rebocassem o Ford Focus de placa PPN-4331, estacionado em uma vaga regulamentada para táxi, na Alameda Benever. O proprietário não apareceu e o veículo foi levado ao pátio do órgão, no Vale dos Barris. O supervisor da SET Neumam Moreira explica que a irregularidade infringe o Parágrafo VIII do artigo 181 do Código Brasileiro de Trânsito, determinando multa, remoção do veículo e gera a perda de cinco pontos na carteira de habilitação.

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PASSEIO CICLÍSTICO DIAS DAS MAES (fotos em “galeria de fotos, no muraldebugarin.com)


Valci Barreto (fotos na “gelaria de fotos”
Advogado, cicloativista
Editor do bikebook.blogspot.com
Colaborador do muraldebugarin.com


O passeio do Amigos de Tony, em homenagem ao dia das mães foi tudo de bom.

Da região de Ondina, Graça e Federação, fomos os três : eu , o professor de Direito, Deraldo Dias Brandão e o jornalista Sérgio Bezerra. Combinamos, e cumprimos, que às 12.30 retornaríamos para nossos compromissos familiares, também relacionados ao dia das mães.

Manhã nublada, vento fresco, temperatura amena, segui sozinho de Ondina até o Viaduto que dá acesso ao Retiro, onde me esperavam Sergio Bezerra , Deraldo e o gentil “embaixador”, encaminhando gentilmente pelo Tony para nos guiar até a sua séde, na Rua da Jaqueira, onde iniciaria o pedal.

Guiados, em rítimo bem Jabuti, chegamos à casa do Tony onde já estava o vereador Everaldo Augusto e sua equipe saboreando o café da manhã: cuzcuz de milho e tapioca, refrigerantes, sucos, vários tipos de mingau e o mungunzá, sempre a minha preferência. Já havia tomado um delicioso mingau, servido todos os domingos , por uma simpática senhora, todos os domingos, na entrada do Calabar, ao lado da Borracharia Jeovanessi, na Centenário. Mas ao chegar ao Tony, o estomago já pedia mais. Para não desaponta-lo, agraciei-o com mais alguns generosos copinhos.

Tomado o café, conversado e cumpridas “tarefas” sociais, com o Tony e seu grupo, difícil foi iniciar o pedal: abraço aqui, abraço ali, senhoras, crianças, adolescentes iam sendo apresentados pelo Tony com a sua energética simpatia. Quase o arrastando, iniciamos o pedal , contemplando as casas simples, pessoas chegando às janelas, portas, sacadas, muitas delas a nos “avisar”, que mal haviam deixado suas camas. Pelas ruas, pessoas indo, vindo, cumprimentando-nos, abrindo seus sorrisos para conhecidos que nos acompanhavam no pedal. Gente em portas de igrejas, umas indo, outras voltando, chamando-nos a atenção a quantidade de crianças, senhoras, jovens, levando flor, cestinhas de flores , pratos e equipamentos domésticos que sugeriam transportar, em seu interior, o doce, a refeição simples, o bolo para a mamãe. Outras, mesmo sem nada na mão, com o semblante serenos, alegres ou tristes, simplesmente passeando pelas ruas estreitas do bairro, lembrando uma linda, apesar de tristinha, canção do Chico Buarque. Mas, dos pedalantes, a alegria tomou conta. O carro de som, gentilmente cedido pelo vereador Everaldo Augusto, anunciava, na voz de Cleber: “passeio ciclístico em homenagem ao Dia das Mães, do amigos de Tony”,com intervalos para músicas de vários gêneros.

A humildade das casas, becos, pessoas e crianças que contemplávamos, conviviam perfeitamente com a alegria estampada nos rostos das pessoas por onde passávamos.

Digno de nota, da nossa parte, foi o respeito que atestamos dos motoristas de carros que por nós passavam: não houve uma buzinada, uma acionada de luz ou motor para nos apressar ou nos “espremer “ nos passeios. Muito pelo contrário: paravam, esperavam o momento da ultrapassagem, em um perfeito “dialogo” entre bicicleta e carro, bem diferente do que acontece com os carros que trafegam pela Centenário, por exemplo. Ficou a lição: com respeito, mesmo em ruas estreitas e movimentadas, bicicletas e carros podem conviver muito bem .

Paramos para visitar uma bica, fonte de água natural, que foi urbanizada mediante instalação de torneira e azulejos, onde simpáticas senhoras lavavam roupa; e crianças,animadamente, brincavam nas escadas das suas proximidades, com tampinhas de vasilhas plásticas, colorindo , em tons quentes, a criatividade de quem não tem grana para comprar brinquedos.

Seguimos em frente, por alguns quilometros, variando de pessoas e de cenário alcançando uma bela lagoa, apesar de descuidada, formada por água acumulada em cratera deixada por antiga pedreira. A reação foi unânime: poderia ser uma excelente área de lazer, fossemos nós aquelas agências de viagens, privadas ou públicas, que transformam um tanquinho qualquer gelado da Europa em atração para o mundo inteiro pagar caro para ver. Quisesse alguém assim proceder, não precisaria o poeta sentar em uma cadeira apertada de um café parisiense para receber espíritos dos poetas que aqueles cafés ele consagraram. De todo jeito, todos nós, vimos, naquele misto de água, plantas , pedras e céu, mesmo nublado, a poesia escrita em suas entranhas. E um monte de crianças em sonhados pedalinhos, refletindo a inocência dos seus sorrisos nas suas águas. Pelo menos uma assim estava. Não em seus espelhos, mas na não menos bela imagem captadada pelas nossas câmeras fotográficas.

Negativa é a presença das sujeiras, dos plásticos, copos, latas, lixos jogados em ruas, becos que, mesmo sem prefeitura ou limpeza pública, poderiam ser evitadas. Triste é pensar que um vigoroso esgoto que passa pela área foi um dia um rio onde moravam peixes em seu leito , pessoas e arvores em suas margens.

Mas o sorriso estampado em muitos rostos nos deram esperanças. Por isto, retornamos dali, com o mesmo entusiasmo, sentimento de estarmos espalhando a alegria que sentimos em cada pedal como este. Simples, mas emocionante. (“Tudo vale a pena se a alma não é pequena”) levando e aprendendo a exercer a alegria, cidadania , impondo-nos, ainda, a busca do sentido da vida e da contemplação! Não é um simples pedal: É a História de cada um do nós que deles participa.

Alcançado o final do passeio, trocamos os abraços de despedida, distribuímos rosas para algumas mães presentes, cantando para elas as mais belas orações já escritas e as que ainda serão. E de CORAÇÃO!

Sentimos a falta de alguns componentes do grupo do AMIGOSDETONY, inclusive do Lindo Olhar, sempre presente em todos os eventos do grupo.

Certamente estavam comemorando de outra forma, não menos bela, o DIA DAS MÃES.

Parabéns ao Tony pelo convite e a todos que participaram e me ajudaram a ser feliz mais uma dia em cima de uma coisa tão simples que consegue nos levar tão longe: bicicleta!

O meu beijo a todas as mães do Planeta Terra!

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domingo, 11 de maio de 2008

bikebook.blogspot.com

O texto abaixo foi recortado de entrevista do escritor UMBERTO ECO, publicada na FOLHA DE SÃO PAULO, REVISTA MAIS, do 11.05.2008


PERGUNTA - E a cada dia o sr. chega mais perto de Alexandria, daquela sua família?
ECO - Meu pai era o mais velho de 13 irmãos. Era uma família enorme. Houve um primo que morreu aos 20 anos e que não conheci. Faça o cálculo: se cada irmão teve dois filhos, eram 26 primos, de modo que era difícil ter uma relação com todos.
Minha relação mais estreita foi com minha avó materna, que foi quem me iniciou na literatura. Era uma mulher sem cultura nenhuma -acho que fez apenas os cinco anos da escola primária-, mas tinha paixão pela leitura.
Ela era cadastrada numa biblioteca, de modo que trazia um montão de livros para casa. Lia de forma desordenada. Um dia podia ler Balzac e, logo depois, um romance de quatro vinténs, e gostava dos dois. E assim fez comigo: ela me dava, aos 12 anos de idade, um romance de Balzac e uma história de amor de qualidade ínfima. Mas me transmitiu o gosto pela leitura.

PERGUNTA - Além de sua avó, quem foram seus outros mestres?
ECO - O professor da escola primária aparece em meu romance "A Misteriosa Chama da Rainha Loana". Era um fascista que batia em seus alunos mais pobres. E, embora sempre tenha se comportado bem comigo, não era uma boa pessoa.
Em contrapartida, tive uma educadora fabulosa, embora por apenas um ano.
Era a senhorita Bellini, que ainda vive. Tem 91 anos, e, cada vez que sai um livro meu, envio um exemplar a ela. Era uma grande educadora, nos estimulava a escrever, a contar, a sermos espontâneos, e foi uma das pessoas que mais exerceram influência sobre minha vida.


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Especialista francês critica 'era da saúde mental', e prevê nova e 'temível' norma psiquiátrica

De Cécile Prieur

Em entrevista, o psicanalista e professor de psicopatologia Roland Gori discute as mais recentes evoluções e conceitos da sua disciplina e aponta a psiquiatria moderna.

Le Monde - Cada vez mais, fala-se em "saúde mental", e cada vez menos em "psiquiatria". No futuro, para onde nos conduzirá esta tendência?

Roland Gori - Nós entramos na era de uma psiquiatria pós-moderna, que pretende atribuir, sob a denominação de "saúde mental", uma dimensão médica e científica à psiquiatria. Até o presente momento, esta disciplina esteve voltada para o sofrimento psíquico dos indivíduos, movida por uma preocupação em elaborar uma descrição acurada dos seus sintomas, apropriada para cada caso. Desde o advento do conceito de saúde mental, passou a se sobressair uma concepção epidemiológica da psiquiatria, voltada para a detecção e o diagnóstico, da maneira mais ampla possível, das anomalias de comportamento. Em função desta mudança, deixou de ser necessário interrogar-se a respeito das condições trágicas da existência, ou ainda sobre a angústia, a culpabilidade, a vergonha ou a falha; agora, basta abordar os problemas atendo-se ao nível estrito do comportamento dos indivíduos e tentar adaptá-los em caso de necessidade.


PSIQUIATRAS EM BAIXA
8800 Estimativa do número de psiquiatras disponíveis na França até 2025, ou seja, 36% de profissionais a menos em relação a 2002
430 é a taxa de doentes hospitalizados nos serviços de saúde mental a cada 100.000 habitantes, em levantamento de 1998.
Em 1950, eram 99 e, em 1978, 380.

Já o tempo de estadas
em hospitais não
pára de diminuir



Le Monde - Qual foi o fator que contribuiu para operar esta mudança?

Roland Gori - O DSM (Diagnostic and Statistical Manual), uma espécie de catálogo e de ferramenta destinada a recensear as disfunções do comportamento, criada pela psiquiatria americana. Ao multiplicar as categorias psiquiátricas [entre as versões 1 e 4 do DSM, ou seja, entre os anos 1950 e os anos 1990, o universo investigado passou de 100 para 400 disfunções do comportamento], esta ferramenta multiplicou na mesma proporção as possibilidades de se elaborar esses diagnósticos. Atualmente, a disciplina passou a ser dominada pela ditadura dos "dis": distímico, disfórico, diserétil, disortográfico, disléxico... Todo e qualquer indivíduo é potencialmente portador de um distúrbio ou de uma disfunção. Isso tem por efeito de ampliar até o infinito o campo da abordagem médica da existência e a possibilidade de vigilância sanitária dos comportamentos.

Le Monde - De quais maneiras esta concepção da psiquiatria conseguiu se impor?

Roland Gori - Isso ocorreu, sobretudo, por conta da sua pretensão à cientificidade. A saúde mental não se tornou o campo principal por ser imposta a sujeitos vítimas, passivos, mas sim a indivíduos que deram o seu consentimento para tanto. Desde o apagamento das grandes ideologias, o indivíduo vem elaborando para si o seu próprio guia normativo das condutas, as quais, em muitos casos, ele vai buscar nas ciências do vivente. O resultado disso é que daqui para frente, são os "profetas de laboratórios" que nos dirão de que maneira deveremos nos comportar para nos mantermos com boa saúde.

Le Monde - Como serão os tratamentos, num futuro próximo, considerando-se esta evolução?

Roland Gori - Eu não tenho certeza alguma de que os dispositivos que visam a enquadrar a saúde mental sejam norteados pela preocupação de tratar, e menos ainda de encontrar curas. Eles estão antes posicionados do lado de uma detecção precoce e feroz dos comportamentos anormais, os quais passam a ser acompanhados e rastreados no decorrer de uma vida inteira. Ora, ao distanciar-se de toda preocupação com tratamentos, a nova psiquiatria voltada para a saúde mental utiliza indicadores extremamente híbridos. Este foi o caso com a expertise coletiva do Inserm (Instituto Nacional da Saúde e da Pesquisa Médica), realizada em 2005, que preconizava a detecção sistemática da "disfunção das condutas" nas crianças muito novas, com o objetivo de prevenir a delinqüência: aquele relatório misturava elementos médicos, sintomas de sofrimento psíquico, indicadores sociais e econômicos, e até mesmo políticos. Tudo isso desemboca, por trás de uma aparência científica, numa verdadeira estigmatização das populações mais desfavorecidas. O que, conseqüentemente, tem como efeito tornar naturais as desigualdades sociais.

Le Monde - A detecção acurada das disfunções não permite, ao contrário, tratar de modo mais adequado?

Roland Gori - Eu creio que ela permite, na realidade, estender a rede da vigilância sobre os comportamentos, em conexão permanente com a indústria farmacológica. A produção de novos diagnósticos tornou-se o principal foco de interesses dos novos profissionais da saúde mental. Vamos tomar como exemplo o conceito de "disfunções da adaptação": ele é vago o suficiente para poder ser atribuído a toda e qualquer pessoa que se encontra numa posição de vulnerabilidade. Qualquer um que esteja estressado no trabalho ou que esteja angustiado por sofrer de uma doença grave pode, com isso, desenvolver uma "resposta emocional perturbada", que será considerada como uma disfunção da adaptação. A resposta consistirá em administrar-lhe um tratamento a base de medicamentos, acompanhado de uma terapia cognitivo-comportamental visando a fazer com que o paciente recupere uma atitude adaptada. Assim, a "nova" psiquiatria não dá a mínima importância para o que vem a ser o sujeito, nem para aquilo que ele pode estar sentindo. A única coisa que importa é saber se ele é suficientemente capaz de se auto-governar, e de interiorizar as normas de comportamento de segurança que a sociedade espera que ele siga.

Le Monde - Qual será, dentro deste contexto, o papel do psiquiatra ou do psicólogo?

Roland Gori - O principal perigo, o mais temível, é o de que seja exigido cada vez mais dos psiquiatras e dos psicólogos que eles atuem mais como técnicos ou treinadores do que como profissionais habilitados a ministrarem tratamentos. Já faz alguns anos, estamos assistindo a uma multiplicação hiperbólica da figura do "coach", que se tornou uma espécie de supertécnico do íntimo, um empresário da alma. Os dispositivos de reeducação e de sedação das condutas estão fabricando um indivíduo que se conforma com o modelo dominante de civilização neoliberal: um homem neuro-econômico, líquido, flexível, fútil e capaz de ter um bom desempenho.

Le Monde - Haverá ainda assim um lugar para a psicanálise tal como a conhecemos?

Roland Gori - A psicanálise caminha totalmente na contramão dessas ideologias, pelo fato de ela fazer o elogio do trágico, da perda, do conflito interior, de uma determinada relação com a morte e com o desejo. Portanto, naquilo que a caracteriza como uma prática social, ela pode muito bem desaparecer. Mas eu também acredito que o que ela representa -uma determinada filosofia norteada pela preocupação da pessoa com ela mesma, que tende a construir um sujeito ético responsável- não irá desaparecer.

A este respeito, é espantoso constatar que a psicanálise, que foi renegada pelos expoentes da saúde mental, está sendo procurada atualmente pelos serviços de medicina não psiquiátrica. Ao que tudo indica, a evolução atual nos mostra que os médicos, diferentemente dos novos psiquiatras, passaram a reconhecer que existe uma parte heterogênea no exercício da medicina; uma parte que se caracteriza pelo fato de que toda doença é um drama na existência, e que é preciso ajudar o paciente a superar esta prova. Da mesma forma, embora a psicanálise não esteja "na moda" atualmente em nossa cultura, a demanda não pára de aumentar nos consultórios.

Tradução: Jean-Yves de Neufville
Caros,
PS: Analise a necessidade de imprimir esta mensagem,
pois respeito ao meio ambiente e desperdício não
combinam!
Att,
Prof. Deraldo Dias

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DARWIN ENTRE NÓS (recortado do CORREIO DA BAHIA, de 11.05.2008)


Darwin entre nós
O pai da Teoria da Evolução viveu de perto, em 1832, os exageros nada científicos do Carnaval de Salvador

Alexandre Lyrio
É preciso um esforço científico para imaginar aquela figura sisuda e de volumosa barba branca entre os saltitantes foliões do Carnaval de Salvador. Pois, em 1832, o biólogo inglês Charles Darwin viveu de perto os exageros nada cartesianos da folia soteropolitana. Sem ainda exibir a aparência profética com a qual ficou conhecido, chegou a testemunhar a experiência em manuscritos: “Foi muito difícil manter a dignidade”.


A incursão no Carnaval seria apenas um dos inúmeros momentos da curiosa passagem do naturalista pela Bahia colonial. Os fatos registrados na histórica visita têm estimulado uma série de eventos em Salvador, promovidos pelo professor do Instituto de Biologia da Ufba, Charbel El-Hani. As homenagens acompanham os chamados Anos Darwin, que comemoram mundialmente o bicentenário do cientista e os 150 anos de seu mais importante trabalho, a Teoria da Evolução das Espécies.


As Ilhas Galápagos, onde escreveu a famosa hipótese científica, não foram o único destino do jovem entusiasta das ciências naturais. Em Salvador, um ano antes de desembarcar no arquipélago do pacífico, Darwin deparou-se pela primeira vez com a exuberante floresta tropical. A bordo do navio inglês Beagle, com o qual realizou a famosa expedição, surpreendeu-se com tudo o que viu. A quase poética descrição sobre o lugar extrapolou os rigores da ciência aplicada. “Ninguém poderia imaginar coisa mais bela do que a velha cidade da Bahia, cercada por uma floresta luxuriante, de belas árvores, numa costa íngreme, debruçando-se sobre as águas calmas da grande Baía de Todos os Santos”, escreveu, em uma das cartas enviadas à família.


Ao desembarcar aqui, aos 22 anos, o pai de uma das mais revolucionárias teorias da ciência ficou embasbacado com o que considerou um imenso e diversificado laboratório natural. Chegou a utilizar alguns registros como base para seus estudos. “Aqui ele começa a obter informações que mais tarde o levam a ser um evolucionista”, atesta Charbel El-Hani, maior pesquisador das peripécias do naturalista na Bahia. Nas suas andanças pela mata atlântica da capital, mais tarde devorada pelos atuais subúrbio ferroviário e Comércio, Darwin viaja em importantes observações geológicas que o inspiram ao evolucionismo.

“Constatou uma camada de conchas sobre um paredão rochoso na altura do atual Comércio. Percebeu que ali o mar esteve mais alto um dia. Se a rocha mudou, porque não os organismos?”, compara El-Hani, que em março passado esteve à frente de dois ciclos de palestras sobre a visita do cientista e prepara um sem-número de atividades para abordar o tema. Com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), Charbel não só resgata as análises darwinianas sobre as matas de Salvador como também desenterra verdadeiras pérolas do diário de bordo do Beagle: “O ruído dos insetos é tão alto que, à noite, pode ser escutado até mesmo de um navio ancorado a várias centenas de jardas da costa”, observou.


O navio inglês atracou aqui por se tratar de rota usual das embarcações que partiam da Europa, tanto que o próprio Darwin voltou em 1836, em rápida passagem de retorno do navio. Na primeira empreitada, sem que imaginasse o quanto a permanência seria interessante para as suas pesquisas, Darwin desembarcou precisamente onde hoje está instalado o restaurante Trapiche Adelaide, na Avenida Contorno. Entre os dias 28 de fevereiro e 18 de março, hospedou-se no Hotel Universo, mesmo prédio que mais tarde iria abrigar os jornais O Mercúrio e A Tarde, na Praça Castro Alves. “No começo da noite fui para o Hotel Universo, onde com a ajuda das três palavras – “comer” para “eat”, “cama” para “bed” e “pagar” –, meu hospedeiro e eu conseguimos nos entender muito bem”.


Dias depois, em 4 de abril, estava no Rio de Janeiro. Problemas com um funcionário da alfândega deixaram más impressões das terras cariocas.


Mais um motivo para não esquecer do porto anterior, a calorosa e animada capital da Bahia. Antes, já havia passado pela paradisíaca Fernando de Noronha, mas Salvador seria dos poucos lugares a conseguir fazer com que o lorde inglês caísse na folia. Num 1º de março, o jovem Darwin foi mesmo para as ruas com outros dois amigos. “É o primeiro dia de Carnaval, mas Wickhan, Sulivan e eu, sem temer, estávamos determinados a enfrentar seus perigos”. Tais perigos consistiam em ser alvejado por bolas de cera ou violentos jatos d’água. Essas e outras brincadeiras menos infantis fizeram com que o cientista jamais esquecesse a festa, onde, quem diria, perdera a “dignidade”.


***


Profecias do abolicionista


Apesar das exaltações ao mundo que acabara de descobrir, Charles Darwin enojou-se com o aspecto escravagista da Salvador dos anos 1830. Diante de uma estrutura social cruel e implacável, quase seis décadas antes da Lei Áurea, o pai da Teoria da Evolução enxergou pouca possibilidade de progresso no Brasil, como se profetizasse um futuro ainda hoje atualíssimo. “Se, ao que a natureza concedeu ao Brasil, o homem adicionasse seus esforços justos e apropriados, os habitantes gozariam de um país e tanto. Mas onde a maior parte se encontra num estado de escravidão e onde tal sistema é mantido por um bloqueio completo à educação, o que se pode esperar senão que tudo se corrompa por completo?”, denunciou, no seu diário de bordo.


As convicções abolicionistas de Darwin o levaram a discutir de forma ferrenha com o comandante do Beagle, o capitão Fitzroy. “Enquanto o comandante era escravocrata, Darwin seguia mais os princípios ingleses da época”, conta Charbel El-Hani. Mesmo incomodado com as desigualdades locais, o encantamento com as maravilhas naturais superou as decepções. Tanto que o cientista chegou a cogitar ficar por um período mais longo: “O prazer glorioso e delicado de andar entre tais flores e árvores não pode ser compreendido senão por aqueles que o experimentam. Penso que o clima está admiravelmente de acordo comigo. Faz com que eu deseje viver quieto, por algum tempo, em tal país”.


***


ROTA DO BEAGLE


Finalmente, depois de um minucioso plano de viagem elaborado pela marinha inglesa, em 27 de dezembro de 1831, o Beagle zarpou. Em cinco anos de viagem, Darwin obteve conhecimento da fauna, flora e geologia de lugares diversos.


Seleção natural faz 150 anos


Charles Robert Darwin nasceu em 12 de fevereiro de 1809, e seu bicentenário será comemorado no ano que vem. Em 1859, enunciou a Teoria da Evolução no livro A origem das espécies. Tal foi o impacto da obra em sua época que a primeira edição, com tiragem de 1.250 exemplares, esgotou-se no primeiro dia. Um ano antes, já havia formulado a Teoria da Seleção Natural, que completa 150 anos este ano e serviu de base para a publicação. Depois da expedição com o Beagle, Darwin passou 20 anos estudando os dados coletados para confirmar a ocorrência de variações nos seres vivos.


“As espécies, ao contrário da crença quase universal, não são estáticas e imutáveis, mas se modificam através de longos períodos de tempo, pela seleção natural, permanecendo vivas apenas as mais aptas”, escreveu, numa das suas célebres frases. Ao contestar a própria igreja quanto à origem dos seres vivos, Darwin mudou os conceitos científicos da época e ainda hoje sua hipótese é aceita como a verdade sobre a origem da vida. Em 1871, ele provocou ainda mais polêmica ao publicar a obra A descendência do homem, onde teria sugerido que o ser humano descende do macaco.

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Carta de Albert Einstein é leiloada por R$ 664 mil
Sex, 16 Mai, 06h01

(recortado do yahoo, dia 16.05.2008)

Uma carta em que Albert Einstein avalia a idéia de Deus como produto da fraqueza e qualifica a Bíblia como uma coleção de lendas "infantis" foi vendida em um leilão por mais de 200 mil libras (cerca de R$ 664 mil). A casa de leilões londrina Bloomsbury informou hoje que a carta foi vendida a um colecionador após disputa acirrada. O preço de 207.600 libras, incluindo a comissão da casa de leilões, superou em 25 vezes o lance inicial. A Bloomsbury não identificou o comprador. O diretor-geral da empresa disse apenas tratar-se de um "apaixonado pela física teórica".

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O texto do prêmio Nobel era dirigido ao filósofo Eric Gutkind e datado de janeiro de 1954, um ano antes da morte do cientista. "Para mim, a palavra Deus não é mais que a expressão e o produto da fraqueza humana, e a Bíblia uma reunião de lendas nobres, mas primitivas, que são de todo modo bastante infantis", pontua Einstein na carta.

Segundo especialistas, a carta apóia o argumento de que o físico tinha uma visão complexa e agnóstica da religião. Apesar de rechaçar a religião organizada, Einstein se referiu em alguns momentos a uma força espiritual. O legado mais famoso de Einstein é a teoria da relatividade restrita, segundo a qual uma quantidade pequena de matéria pode desprender enorme quantidade de energia. A teoria mudou o rumo da física, permitiu previsões sobre o espaço e abriu caminho para o controle da energia nuclear.