sexta-feira, 20 de junho de 2008


Recortado do DIGESTIVO CULTURAL NEWS LETTERS



Meus segredos com Capitu>>> Dom Casmurro foi desses livros que li pelo apelo escolar. Não me traumatizei por isso. Bobagem. As pessoas param de gostar de ler porque nunca aprenderam isso direito. Soubessem o que é e fariam mais, como fazem outras coisas no dia-a-dia. Ler não é coisa extraordinária, no sentido de incomum e anormal. Ler é uma coisa alimentícia. Coisa boa, certamente.por Ana Elisa Ribeiro+ 3 comentário(s)


Não gostar de Machado>>> Não gostar de Machado de Assis, no Brasil, é arriscado. Quero dizer, se você sair por aí dizendo que não gosta. Mesmo se lhe foi pedida uma opinião... Você não corre o risco de ser surrado (não sei se essa garantia serve caso você esteja nos corredores da ABL), mas com certeza receberá aquele olhar de piedade que apenas os seres superiores sabem produzir.por Daniel Lopes+ 23 comentário(s)





COMO AJUDAR PESSOAS DE FORMA PRÁTICA, BARATA E ATÉ SEM SAIR DE CASA!
Valci barreto,advogado
editor do bikebook.blosgspot.com
colaborador do muraldebugarin.com
e da Folha do Reconcavo.



Muitas pessoas, comovidas e estimuladas por apelos do programas de tv, sermões de religiosos e de membros de entidades filantrópicas, fazem doações generosas a pessoas carentes. Sem os apelos, talvez jamais fariam as mesmas doações. As cenas das carencias do nosso povo, apresentadas naqueles programas, sempre acompanhados de artistas famosos, sensibilizam a todos. Muitos dos doadores , no entanto, fora destas ocasiões, nem se lembram de que ao seu lado estão pessoas muitas vezes até mais necessitando do que as apresentadas na TV. Ambas precisam e devem ajudadas, independentemente dos apelos televisivos. Há formas bem simpels de ajuda que podem ser realizadas sem maiores sacrifícios físicos ou econômicos e que, no entanto, produzem efeitos maravilhosos.Há pessoas que têm o que comer e onde morar, não vivem maiores dificuldades de sobrevivencia e , no entanto, possuem outras carencias geradas por fatores não essencialmente econômicos. Estas também precisam de ajuda. Como exemplo, uma pessoa de boa condição econômica pode estar em um hospital necessitando apenas de algum consolo, carinho, visita de alguém.No interior, há pessoas que se alimentam, moram e vivem relativamente bem. Mas são carentes, por exemplo , de livros. Para obter um, ou mesmo revistas usadas, têm que se deslocar por vários quilômetros. Isto também acontece nas periferias das grandes cidades. Todas elas podem ser ajudadas por meios simples, baratos , descomplicados.A leitura poderá fazer a vida de muita gente mudar para melhor, independentemente de tornar-se ela rica economicamente; Uma forma simples, barata, é descobrir alguém , notadamente criança, adolescente,que gosta de ler, e dar-lhe livros e revistas usadas.Se a pessoa carente mora perto de sua casa, bairro, trabalho, voce pode levar pessoalmente a doação. Deixe na porta, na janela, independentemente de ela saber de onde está vindo a doação. Se souber, também não é problema.Se a pessoa a quem você quer doar mora longe , até mesmo em outro Muncipio, anote o endereço, com o CEP. Os livros e revistas usadas que você iria jogar fora, podem ser encaminhadas pelo Correio. Não precisa ser por Sedex, registrada, nem em caixas ou pacotes caros.O pacote pode ser feito com qualquer papel, até de jornal velho. Por fora, cole papel liso, de qualquer cor(com letras ou propaganda às vezes o Correio rejeita).Mande como simples encomenda, sem registro, pois é muito mais barato. E se o pacote for desviado, o que é muito raro, não tem problema, outra pessoa vai ler. Pode ser para uma entidade, escola, prefeitura, associação de moradores, igreja de qualquer credo. No ponto de vendas de livros usados do senhor Alfredo, na Sete Portas, parte baixa da Ladeira do Funil, um livro ou revista pode ser adquirida por valores de um a cinco reais. A remessa de um livro, pelo correio, custa entre 3 a cinco reais, a depender do peso. Uma revistinha infantil custa menos ainda.Pegue uma revistinha infantil, põe no seu carro, moto ou bicicleta e entregue em qualquer entidade, a exemplo do NACCI, em Nazaré, Salvador.A revistinha infantil pode custar até 0.50 centavos , usada. A que voce tem em casa serve também.Pelo menos uma vez por mes, semana ou quinzena, sem atrapalhar meu dia a dia, tenho feito isto. Algumas vezes ponho no Correio, outras, em frente a entidadades filantrópicas, igrejas, ou simplemente faço oferta a alguém que percebo ser interessada por leitura. Não é para ser "bonzinho", demonstrar espirito de caridade, tentaativa de pagar passagem para o céu ou medo do inferno. Sou religioso, mas não é por religiosidade também . É só diversão. É uma questão prática , pensada em favor do bem, sem sacrifício, sem incomodo, sem mudar meu rumo do dia a dia e sem necessitar de estimulos dos programas da TV. Nada tenho contra eles. Mas não preciso dos seus estimulos para lever uma revistinha infantil ou um brinquedo, mesmo usado, para uma criança. São muitas as coisas que as pessoas jogam no lixo, inclusive livros, revistas, brinquedos que servem para muitas pessoas. Por tudo e tudo, é melhor doá-las do que jogar no lixo.Vez em quando passo de bicicleta pelo NACCI, no bairro de Nazaré e deixo lá algumas revistinhas infantis. As crianças adoram. Quanto me custa isto? Já estou passeando por ali, estou pedalando, divertindo-me; tenho livros e revistas que já não cabem em minhas prateleiras, porque não levar-las para aquelas pessoas?Deixo também na bibiloteca do Calabar. Tudo isto sem mudar meu rumo e sem me acrescentar qualquer despesa.Outro dia, lendo uma revista na fila do Elevador Lacerda, um rapaz não tirava os olhos dela. Perguntei-lhe se gostava de ler; "Leio tudo." " E meus irmãos também"´. -Leve esta para você, disse-lhe, ao que reagiu como se estivesse recebendo um grande prêmio. Agradeceu festivamente, no meio de todo mundo, como poucas vezes vi alguém assim proceder ao receber uma coisa tão simples e barata. Era uma revista semanal, usada.E acrescentou: "meus irmãos vão adorar!". Não sei quem é ele. Também não sabe quem eu sou. Nem faz isto qualquer diferença.Pois é , no centro de Salvador, onde há revista por todos os cantos, um rapaz tinha carência de uma que se pode encontrar em qualquer esquina. Foi mais uma lição para mim.Conheço duas pessoas que tiveram suas vidas modificadas por gestos simples, despretenciosos praticados por outrem. Um deles, ele próprio me contou a história, real, verdadeira:quando criança, diz ele, estava sentado em frente à sua casa quando passou um rapazinho com uma garrafa contendo um peixe vivo que pescara na praia . Este rapaz presenteou-lhe com o peixe despertando-lhe o prazer pela sua criação em aquário. Até hoje vive em salvador do comércio de peixes ornamentais, mantendo um grande interesse por cruzamentos e reprodução das mais variadas espécies. Comercializa , também, aquários e rações.O outro, não o conheço pessoalmente. Porém, primeiro vi seu depoimento na TV relatando como começou o seu interesse pelo mar e pela navegação. Tudo começou, disse ele, com um simples óculos de mergulho que recebeu de um amigo.Trata-se do navegador brasileiro, baiano, com ascendência russa, ALEIXO BELOV, cujas aventuras pelo mar, acompanhava eu , através das reportagens dos jornais da época.De um simples óculos de mergulho que recebeu de um amigo, resultou na grande aventura que o transformou no primeiro navegador brasileiro a fazer a volta ao mundo em solitário.Sua historia é contada no livro de sua autoria , A Volta ao Mundo em Solitário, impresso pela BIGRAF, em colaboração com a FUNDAÇÃO CULTURAL DO ESTADO DA BAHIA, editado em 1981.Morava eu em Barreiras, interior da Bahia, quando o livro foi lançado. Devia a mim mesmo a sua leitura. Encontrei-o no Sebo do Daniel, Rua da Ajuda ,número 3, esta semana. Vibrei com o achado. E vi, em suas páginas, o que já conhecia dos depoimentos do autor nos programas televisivos.Diz Belov em seu livro:-"lembro-me muito bem. Jadiel Oliveira, um amigo nosso, resolveu estudar no Itamarati. Assim sendo, mudou-se naquele tempo para o Rio de Janeiro e, entre as coisas que resolveu não levar e distribuir com amigos, me coube um óculos de mergulho. Isto foi em 1957, creio que fora a primeira vez que tive a oportunidade de ver uma máscara de mergulho. ........jamais imaginei aonde estes óculos um dia iriam me levar. ""Afirmou Belov, no programa de TV, que está construindo um navio escola para que crianças possam descobrir os segredos do mar, dizendo ele querer devolver-lhes o que de graça também recebeu.Pelo que li, embora não declarado pelo autor, não foram apenas os óculos que o levou tão longe. Creio que, muitas leituras, antes e durante a viagem , prestaram-lhe grande ajuda.Alguém pode perguntar: "e você, o que tem a ver com isto?" Como diria Caetano e Gil, juntos:" tudo... ou nada...."Em vez de óculos de mergulho, e garrafa com peixes, tive eu, de graça, de meu pai e dos meus avós de consideração, moradores da pequena localidade do Alambique, em Jaguaquara, as revistas O Cruzeiro. Elas me levaram ,e ainda me lavam, a grandes viagens, sem sair de casa e sem os riscos das tormentas enfrentadas por Belov.Para doar livros e revistas a outras pessoas, é infinitamente mais barato do que a construção de um barco. Alguns dão barcos , comida, óculos de mergulho. Qualquer um pode doar livros e revistas usadas. E não são menos importantes.Caetano Veloso costuma dizer que queria mesmo era fazer cinema. Foi para a música porque era mais barato.Talvez por isto, mesmo tendo tido muita vontade de navegar por aí, até mesmo em canoa, jogar na seleção brasileira, ser cineasta, tive que escolher livros e bicicletas. Não somente por falta de talento para os outros “brinquedos” mas pelos mesmos motivos que fizeram Caetano escolher a música. Despertando os livros em mim aprendizados e sensações gostosas, sempre que posso quero partilhá-las com outras pessoas. Terezinha Costa é uma pessoa muito querida minha. Minha primeira infância foi no local onde ela ainda mora.Por ela gostar de ler, frequentemente mando-lhe um livro, revista, através do Correio. Está ela avisada de que, se algum não for do seu gosto, pode entregar em qualquer ônibus escolar que passar em frente da sua casa, ou a qualquer criança que demonstrar interesse por livro.A festa de crianças por revistinhas infantis acontece em qualquer lugar do planeta. Aí está o endereço de Terezinha Costa, para quem quiser mandar livro ou revista. Depois das leituras, estes mesmos livros serão entregues para as crianças que passarem em ônibus escolares em frente da sua casa.

Aí está o enderço de Terezinha. Mas voce pode escolher pessoas ou outros endereços de qualquer local do planeta.

Fosse o nosso povo mais chegado à leitura, os livros poderiam ser colocados em frente das nossas casas para os interessados apanharem. Porém, esta não é a melhor forma: eles irão parar no lixo; ou catadores de papel os levarão para as trituradoras da industriia de reciclagem que, com certeza, será um bom destino para livros e revistas; ainda que usadas.

Aí está o endereço de
TEREZINHA COSTA, Av. Otavio Mangabeira, 98, CEP 45.345.000 , JAGUAQURA-BAHIA. Este é endereço de sobrinhos dela que moram na cidade. Onde ela mora o Correio não chega mas os seus sobrinhos levam-nos até ala. Há milhares de locais no mundo, até mais difíceis, onde podem chegar suas doações de brinquedos, livros e revistas usadas, sem ter você que desviar seu rumo para casa , escola, trabalho, lazer ou ter que esperar o novo programa de TV.Fazendo assim, quem sabe não estamos ajudando a formar cientistas, literatos, construtores, ou simplesmente levando emoções para as pessoas, a preço tão barato?Amyr Klink afirma que não foram barcos os primeiros a lhe despertar o desejo de navegar. Diz sempre que foram os livros que lhe mostraram os caminhos; foi lendo as histórias dos grandes navegadores que se interesssou por navegação. Mineiro, sem mar, foi com seus livros parar em Paraty. Para Belov, bastaram os óculos; o mar estava aos seus pés, na Ladeira do Paiva. Ambos contando belas histórias, começadas com coisas e gestos tão simples, ao alcance de qualquer um : livros e óculos usados.Muitas coisas usadas que voce não quer mais, podem mudar vidas. O livro é uma delas. Não os jogue no lixo; faça doações a bibliotecas comunitárias; sebos; Igrejas, de qualquer credo, ou simplesmente entregue a alguém na rua, como fez o rapaz com o peixinho; e o Jadiel com o Aleixo.Espalhem esta idéia, esta prática. Vai ajudar a muita gente; se não a ganhar dinheiro, descobrir remédios para os males da humanidade, pelo menos a provocar-lhes gostosas emoções contidas nos mistérios e nas deliciosas artimanhas da leitura.=======
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Dica de leitura a respeito deste tema:

SAÍ DA MICROSOFT PARA MUDAR O MUNDO, editora sextante.

Nesta obra , John Wood, alto exectutivo da Microsoft, comovido com as crianças sem livros do Nepal conta porque deixou o emprego para desenvolver grandes projetos para ajudar as crianças do NEPAL, CAMBOJA, INDIA a aprender a ler. è um mega projeto social, há anos já em execução. Mas voce pode fazer o seu, fazendo do jeito que voce puder.
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relação de sebos, pontos de livros usados nobikebook.blogspot.com
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quinta-feira, 19 de junho de 2008

AJUDE, PODE SER BARATO E ATÉ DE GRAÇA

Valci barreto,advogadoeditor do bikebook.blosgspot.colaborador do muraldebugarin.com

Folha do Reconcavo.

Muitas pessoas, comovidas e estimuladas por apelos do programas de tv, sermões de religiosos e de membros de entidades filantrópicas, fazem doações a carentes que em outras circunstâncias jamais fariam. As cenas das carencias do nosso povo, apresentadas naqueles programas, sempre acompanhados de artistas famosos, sensibilizam a todos. Muita gente, no entanto, fora destas ocasiões, nem se lembram de que ao seu lado estão pessoas que também precisam de ajuda , muitas delas até mais necessitadas do que as mostradas na TV, que precisam e podem ser ajudadas até de forma mais fácil. Há pessoas que somente conseguem se desprender de algo, quando envolvidas por apelos televisivos ou sermões de entidades religiosas ou filantrópicas.
Há formas de ajudar muito simples que podem ser realizadas sem maiores sacrifícios físicos ou econômicos e que, no entanto, produzem efeitos maravilhosos.
Há pessoas que não possuem carencias economicas maiores, têm o que comer e onde morar tendo no entanto , outras carências geradas por limitações que não são essencialmente econômicas. Como exemplo, uma pessoa de boa condição econômica pode estar em um hospital necessitando apenas de algum consolo, carinho, visita de alguém.
No interior, há pessoas que se alimentam, vivem bem sem maiores dificuldades econômicas. Mas são carente, por exemplo , de livros. Para obter um ou mesmo uma revista usada, têm que se deslocar por vários quilômetros. Isto também acontece nas periferias das grandes cidades. Estas pessoas necessitam e merecem , também de ajuda . E podem ser ajudadas por meios simples, baratos , descomplicados.
A leitura poderá fazer a vida de muita gente mudar para melhor, independentemente de tornar-se ela rica economicamente; e qualquer pessoa, mesmo sem maiores condições econômicas, pode ajudar.
Uma forma simples, barata, é descobrir alguém , notadamente criança, adolescente,que gosta de ler e dar-lhe livros e revistas usadas.

Se a pessoa mora perto de sua casa, bairro, trabalho, leve pessoalmente. Deixe na porta, na janela, independentemente de ela saber de onde está vindo. Se souber, também não é problema.
Se a pessoa a quem você quer doar mora longe da sua casa, anote o endereço, com CEP. Os livros e revistas usadas que você iria jogar fora, podem ser encaminhadas pelo Correio. Para encaminhar pelo Correio, não precisa ser por Sedex, registrada, nem em caixas ou pacotes caros.
O pacote pode ser feito com qualquer papel, até de jornal velho. Por fora, cole papel liso, de qualquer cor(com letras ou propaganda às vezes o Correio rejeita).Mande como simples encomenda, sem registro, pois é muito mais barato. E se o pacote for desviado, o que é muito raro, não tem problema, outra pessoa vai ler. Pode ser para uma entidade, escola, prefeitura, associação de moradores, igreja de qualquer credo. Ou para uma criança qualquer que você apenas anotou o endereço.
No ponto de vendas de livros usados do senhor Alfredo, na Sete Portas, parte baixa da Ladeira do Funil, um livro ou revista usada pode ser adquirida por valores de um a cinco reais. A remessa de um livro, pelo correio, custa entre 3 a cinco reais, a depender do peso. Uma revistinha infantil custa menos ainda.Pegue uma revistinha infantil, ponha no seu carro, moto ou bicicleta e entregue em qualquer entidade, a exemplo do NACCI, em Nazaré, Salvador.A revistinha infantil pode custar até 0.50 centavos , usada. A que você tem em casa serve também.Pelo menos uma vez por mes, semana ou quinzena, sem atrapalhar meu dia a dia, tenho feito isto. As vezes ponho no Correio, às vezes deixo em frente a entidadades filantrópicas, igrejas, ou simplemente faço oferta a alguem que percebo ser interessada por leitura, de qualquer idade. Não é para ser "bonzinho", demonstrar espirito de caridade. Nada disso. É uma questão prática , pensada em favor do bem, sem sacrifício, sem incomodo, sem mudar meu rumo do dia a dia e sem precisar ver os necessitados nos programas de Tv. São muitas as coisas que as pessoas jogam no lixo, inclusive livros, revistas, brinquedos. Por tudo e tudo, é melhor doá-las do que jogar no lixo.

Vez em quando passo de bicicleta pelo NACCI, no bairro de Nazaré e deixo lá algumas revistinhas infantis. As crianças adoram. Quanto me custa isto? Já estou passeando por ali, estou pedalando, divertindo-me com o pedal;tenho livros e revistas que já não cabem em minhas prateleiras, porque não levá-lasr para aquelas pessoas?
Deixo também na bibiloteca do Calabar. Tudo isto sem mudar meu rumo e sem me acrescentar qualquer despesa.
Outro dia, lendo uma revista na fila do Elevador Lacerda, um rapaz não tirava os olhos da revista. Perguntei-lhe se gostava de ler. "Leio tudo. E meus irmãos também"´. -Leve esta para você, disse-lhe, ao que reagiu como se estivesse recebendo um grande premio. Agradeceu festivamente, no meio de todo mundo, como poucas vezes vi alguém assim proceder ao receber uma coisa tão simples e barata. Era uma revista semanal, usada.E acrescentou: "meus irmãos vão adorar!". Não sei quem é ele. Também não sabe quem eu sou. Nem faz isto qualquer diferença.
Pois é , no centro de Salvador, onde há revista por todos os cantos, um rapaz tinha carência de uma bem comum . Foi mais uma lição para mim que estou transmitindo por achar interessante, útil, alégre, barata.
Conheço duas pessoas que tiveram suas vidas modificadas por gesto simples, despretencioso feito por alguém. Um deles, ele próprio me contou a história, real, verdadeira:
Quando criança, diz ele, estava sentado em frente à sua casa quando passou um rapazinho com uma garrafa contendo um peixe vivo que pescara na praia . Este rapaz deu-lhe aquele peixe de presente que determinou, com o tempo, o prazer pela criação de peixes em aquário. Até hoje vive da criação de peixes ornamentais em Salvador, mantendo um grande interesse por cruzamentos e reprodução das mais variadas espécies, vendendo ainda aquários e rações.
O outro, não o conheço pessoalmente. Porém, primeiro vi seu depoimento na TV, relatando como começou o seu interesse pelo mar e pela navegação. Tudo começou, disse ele, com um simples óculos de mergulho que recebeu de um amigo.
Trata-se do navegador brasileiro, baiano, com ascendência russa, ALEIXO BELOV, cujas aventuras pelo mar, acompanhava eu , através das reportagens dos jornais da época.
De um simples óculos de mergulho que recebeu de um amigo, resultou na grande aventura que o transformou no primeiro navegador brasileiro a fazer a volta ao mundo em solitário.
Sua historia é contada em livro de sua autoria , A Volta ao Mundo em Solitário, impresso pela BIGRAF, em colaboração com a FUNDAÇÃO CULTURAL DO ESTADO DA BAHIA, editado em 1981.
Morava eu em Barreiras, interior da Bahia, quando o livro foi lançado. Devia a mim mesmo a sua leitura. Encontrei-o no Sebo do Daniel, Rua da Ajuda ,número 3, esta semana. Vibrei com o achado. E vi, em suas páginas, o que já conhecia dos depoimentos do autor nos programas televisivos.

Diz Belov em seu livro:

-"lembro-me muito bem. Jadiel Oliveira, um amigo nosso, resolveu estudar no Itamarati. Assim sendo, mudou-se naquele tempo para o Rio de Janeiro e, entre as coisas que resolveu não levar e distribuir com amigos, me coube um óculos de mergulho. Isto foi em 1957, creio que fora a primeira vez que tive a oportunidade de ver uma máscara de mergulho. ....
....jamais imaginei aonde estes óculos um dia iriam me levar. ""
Afirmou Belov, no programa de TV, que está construindo um navio escola para que crianças possam descobrir os segredos do mar, dizendo ele querer devolver a elas o que de graça também recebeu.
Pelo que li, embora não declarado pelo autor, não foram apenas os óculos que o levou tão longe. Creio queb muitas leituras, antes e durante a viagem , prestaram-lhe grande ajuda.
Alguém pode perguntar: e você, o que tem a ver com isto?
Como diria Caetano e Gil, juntos:" tudo... ou nada...."
Em vez de óculos de mergulho, e garrafa com peixes, tive eu, de graça, de meu pai e dos meus avós de consideração, moradores da pequena localidade do Alambique, em Jaguaquara, as revistas O Cruzeiro. Elas me levaram e ainda me lavam, a grandes viagens sem sair de casa e sem os riscos das tormentas enfrentadas por Belov.Doar livros e revistas , é infinitamente mais barato do muitos outros gestos filantrópicos. Alguns doam barcos , tijolos, comida, óculos de mergulho. Qualquer um pode doar livros e revistas usadas. E não são menos importantes.
Caetando Veloso costuma dizer que queria mesmo era fazer cinema. Foi para a música porque era mais barato.
Talvez por isto, e por falta de talento para viver deles, tive que escolher livros ,revistas, bicicletas usadas e baratas , mesmo tendo tido muita vontade de também navegar por aí, até mesmo em canoa; jogar na seleção brasileira; fazer cinema, cantar com os Beatles, namorar Brigitte Bardot e suas concorrentes da minha adolescencia. Despertando em mim aprendizados e sensações gostosas, sempre que posso quero partilhá-las com outras pessoas. Tenho lido, andado de bicicleta e estimulado as duas práticas, apenas como diversão gostosa e barata. O mesmo faço com doações de livros e revistas usadas.
Terezinha Costa é uma pessoa muito querida minha. Minha primeira infância foi entre o Alambique, onde ela ainda mora, e a localidade de Agua Doce, pequeno povoado que não mais existe. Por ela gostar de ler, frequentemente mando-lhe um livro, uma revista, através do Correio. Está ela avisada de que, se algum não for do seu gosto, ou não tiver onde guardaar, está autorizada a entregar em qualquer ônibus escolar que passar em frente da sua casa, ou a qualquer criança que demonstrar interesse por livro.A festa de crianças por revistinhas infantis acontece em qualquer lugar do planeta. Aí está o endereço de Terezinha Costa, para quem quiser mandar livro ou revista, que vão terminar, depois das leituras, nas mãos das crianças que passam em ônibus escolares em frente da sua casa:
TEREZINHA COSTA, Av. Otavio Mangabeira, 98, CEP 45.345.000 , JAGUAQURA-BAHIA. Este é endereço de sobrinhos dela que moram na cidade. Onde ela mora o Correio não chega.

No São João de 2008 hospedei-me no Hotel Vaz, em Jaguaquara, onde descobri um funcionário daquele hotel que me revelou o gosto pela leitura, dizendo ele sonhar em ter uma biblioteca. Trta-se de Moisés Miranda, para quem podem os leitores interessados mandar livros pelo correio. Promete ler , guardar e também repassar para as crianças do bairro da Casaca , onde mora e onde também o correio não chega.

MOISES MIRANDA,
Hotel Vaz, Av. Dom Pedro II, Muritiba,
Jaguaquara Bahia , CEP 45.345.000-Jaguaquara Bahia.

Há milhares de locais no mundo, até mais difíceis, onde podem chegar suas doações de brinquedos, livros e revistas usadas, sem ter que desviar seu rumo para casa , escola, trabalho, lazer. E pode começar logo. Não precisa esperar os pedidos e apelos da TV e dos sermões.

Fazendo assim, quem sabe não estamos ajudando a formar cientistas, literatos, construtores, ou simplesmente levando emoções para as pessoas?
Amyr Klink afirma que não foram barcos os primeiros a lhe despertar o desejo de navegar. Diz sempre que foram os livros que lhe mostraram os caminhos. As histórias dos navegadores que lia em sua infância foram os grandes inspiradores. Mineiro, sem mar ,foi com seus livros parar em Paraty. Para Belov, bastaram os óculos; o mar estava aos seus pés, na Ladeira do Paiva, em Salvador. Ambos contando belas histórias, começadas com coisas e gestos tão simples, ao alcance de qualquer um : livros e óculos usados.
Muitas coisas usadas que voce não quer mais, podem mudar vidas. O livro é uma delas. Não os jogue no lixo; faça doações a bibliotecas comunitárias; Igrejas, de qualquer credo, ou simplesmente entregue a alguém na rua, como fez o rapaz com o peixinho trazido da práia; e o Jadiel que transformou a vida do Aleixo.Espalhem esta idéia, esta prática. Vai ajudar a muita gente; se não a ganhar dinheiro, descobrir remédios para os males da humanidade, pelo menos a provocar-lhes gostosas emoções contidas nos mistérios e nas deliciosas artimanhas da leitura.
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relação de sebos, pontos de livros usados , pessoas e locais para quem quiser fazer doação de livros.
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quarta-feira, 18 de junho de 2008


Materia completa: http://farmale.blogspot.com/2008/02/ces-usados-como-isco-para-tubaro-em.html Petição: http://www.30millionsdamis.fr/agir-pour-les-animaux/petitions/signer-petition/petition-signature/1.html


Cães usados como isco para tubarão em ilha francesa


Cães e gatos, vivos e mortos, estão a ser usados como isca para tubarões por pescadores amadores na ilha sob administração francesa de Réunion, revelaram organizações de defesa dos direitos dos animais e as autoridades locais.A pequena ilha vulcânica localizada ao largo da costa oriental de África está repleta de cães vadios, mais de 150000, diz Reha Hutin, presidente da organização com sede em Paris Fondation 30 Millions d'Amis.
Hutin enviou uma equipe de filmagens a Réunion no Verão passado, para obter provas documentais de que os animais vivos estavam a ser usados como isca para tubarões, com o objectivo de expor esta bárbara prática no programa de defesa dos direitos dos animais da organização na televisão.
Não foi preciso muito tempo para que a equipe descobrisse três casos, diz ela. Um vídeo e fotografias mostram os cães com diversos anzóis profundamente presos nas patas e focinho.
"Foi a partir daí que todos começaram a levar a situação a sério, percebemos que era mesmo verdade."Um veterinário conseguiu tratar com sucesso um dos cães, o cão de seis meses de idade com um anzol no focinho que se vê na foto acima, na SPA (Société Protectrice des Animaux) da capital de Réunion, St.-Denis.
Ao contrário da maioria dos animais usados nesta prática, o cão era o animal de estimação de alguém, revela Saliha Hadj-Djilani, repórter do programa televisivo da organização. O cão tinha, aparentemente, escapado aos seus captores e foi levado à SPA por um cidadão preocupado. Totalmente recuperado, o animal já está de regresso a casa e à companhia dos donos.
Os outros dois casos descobertos pela organização francesa eram animais vadios, que vivem agora em França com novos donos. A Fundação planeja financiar um programa de esterilização dos animais vadios da ilha para reduzir o excesso destes animais mas não será uma tarefa fácil. Hutin refere que muitos dos locais consideram os animais vadios como pestes, "a vida de um cão vadio não tem valor nenhum lá".
Stephanie Roche da Fundação Brigitte Bardot, outro grupo de defesa dos animais com sede em Paris, confirmou que animais vivos estavam a ser usados como isco na ilha de Réunion. Mas, considera ela, não se trata de uma prática comum.A organização Bardot tem vindo a combater esta prática desde há uma década mas esta é a primeira vez que os políticos de Réunion reagiram fortemente e com rapidez para acabar com esta prática, diz Roche. No mês passado, passou a ser ilegal aos barcos de pesca transportar cães e gatos, vivos ou mortos.A embaixada francesa em Washington, D.C., emitiu um comunicado escrito condenando a utilização de cães como isco de tubarão, enfatizando que tais actos são ilegais e não serão tolerados em território francês. Segundo a embaixada, estes são "casos muito isolados e as autoridades da ilha estão a controlar a situação de perto".
No início deste mês realizou-se o primeiro processo em que um pescador foi acusado de usar cães vivos como isco. As autoridades descobriram um cachorro com sete meses de idade na propriedade de John Claude Clain em Julho, já com três anzóis espetados nas patas e focinho.Clain, um entregador de pão com 51 anos, foi considerado culpado de crueldade contra os animais e multado em €5000, relata o jornal local Clicanoo. No entanto, o pescador amador alega que não usou o cachorro como isco mas que o animal se tinha enredado numa armadilha para protecção da capoeira.
O caso de Clain não é único, diz Fabienne Jouve da GRAAL (Groupement de Réflexion et d'Action pour l'Animal), uma organização de defesa dos direitos dos animais com base em Charenton-le-Pont, França. "Ultimamente, quase todas as semanas, temos encontrado cães com anzóis na ilha, para não falar de gatos encontrados nas praias e parcialmente devorados por tubarões."
Uma vez que os pescadores capturem os animais, colocam-lhes imediatamente anzóis, "ou pelo menos no dia anterior, para que sangrem o suficiente". Alguns escapam antes de serem atirados ao mar, outros não têm essa sorte.Após os anzóis serem colocados nas patas e/ou focinhos, os animais são atados a tubos infláveis com linha de pesca e largados no mar, relata o Clicanoo. Para evitar a detecção, os pescadores colocam o isca no meio da noite e regressam de manhã para verificar se capturaram algum tubarão.
"Este tipo de prática bárbara não tem qualquer tipo de desculpa em pleno século XXI", diz Jouve.A organização americana Sea Shepherd Conservation Society de Friday Harbor, no estado de Washington, está a oferecer uma recompensa de U.S. $1000 aos agentes da polícia de Réunion que prenda pessoas que utilizem cães e gatos como isco para tubarões.
Tanto a Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals do Reino Unido, como a Fondation 30 Millions d'Amis estão a apelar aos amigos dos animais que assinem uma petição exigindo ao governo francês a implementação de medidas legais contra a utilização de cães e gatos vivos como isca de tubarões.



"O Homem tem feito na Terra um inferno para os animais."

Arthur Schopenhauer

terça-feira, 17 de junho de 2008

MURALDEBUGARIN.COM = FAÇA UMA VISITA A ESTE BLOG
Em 18.08.2008, Mundão, que trabalha na Fundação Cultural do Estado da Bahia, e que já foi personagem de reportagem do REDE BAHIA REVISTA, partirá em sua bicicleta Monark Barra Circular,( foto),em direção às romarias de Bom Jesus da Lapa.


Quem quiser ajudar o Mundão, com camisetas, roupas, ou mesmo , de preferencia, uma graninha, ele aceita e agradece.
A viagem de Mundão tem apoio do muraldebugarin.com e do bikebook.blogspot.com.
Sairá do Arenoso, Tancredo Neves, Salvador, onde mora.
Aí está o fone do Mundão: 91665133
AJUDE, PODE SER BARATO E ATÉ DE GRAÇA

Valci barreto
advogado
editor do bikebook.blosgspot.com
colaborador do muraldebugarin.com
folha do reconcavo.

Muitas pessoas, comovidas e estimuladas por apelos do programas de tv, sermões de religiosos de membros de entidades filantrópicas, fazem doações a carentes que em outras circunstâncias jamais fariam. As cenas das carencias do nosso povo, apresentadas naqueles programas, sempre acompanhados de artistas famosos, sensibilizam a todos. Muita gente, no entando, fora daqueles apelas, nem se lembram que no dia a dia podem ajudar a pessoas que estão ali ao saldo e com as mesmas ou maires carencias do que os motrados na TV. Há pessoas que somente conseguem se desprender de algo, quando comovidas por aqueles apelos.
Há formas de ajudar muito simples que podem ser realizadas sem maiores sacrificos, físicos ou econômicos e que, no entando, produzem efeitos maravilhosos.

Há pessoas que não possuem carencias economicas maiores, têm o que comer e onde morar. Pussuem no entanto , outras carências geradas, muitas vezes por limitações outras que não são essencialmente econômicas. Como exemplo, uma pessoa de boa condição econômica pode estar em um hospital necessitando apeas de algum consolo, carinho, visita de alguem.
No interior há pessoas que se alimentam, vivem bem sem maiores dificuldades econômicas. Mas são carente, por exemplo , de livros. Para obter um livro ou uma revista, muitas vezes tem que se deslocar por vários quilomentros. Isto acontece também nas periferias das grandes cidades. Estas pessoa necessitam e merecem , também de ajuda que pode ser feita por meios simples, baratos , descomplicados.
A leitura poderá fazer a vida de muita gente mudar para melhor, independentemente de tornar-se ela rica economicamente.
E qualquer pessoa, mesmo sem maiores condições econômicas, pode ajudar.
Uma forma simples, barata, é descobrir alguem , notadamente criança, adolescente,que gosta de ler, e dar-lhe livros e revistas usadas.

Se a pessoa mora perto de sua casa, bairro, trabalho, leve pessoalmente. Deixe na porta, na janela, independentemente de ela saber de onde está vindo. Se souber, também não é problema.
Se a pessoa a quem voce quer doar mora longe da sua casa, anote o endereço, com cep. Os livros e revistas usadas que voce iria jogar fora, podem ser encaminhadas pelo Correio. Para encaminhar pelo Correio, não precisa ser por Sedex, registrada, nem em caixas ou pacotes caros.
O pacote pode ser feito com qualquer papel, até de jornal velho. Por fora, cole papel liso, de qualquer cor(com letras ou propaganda às vezes o Correio rejeita).Mande como simples encomenda, sem registro, pois é muito mais barato. E se o pacote for desviado, o que é muito raro, não tem problema , outra pessoa vai ler. Pode ser para uma entidade, escola, prefeitura, associação de moradores, igreja, de qualquer credo. ou para uma criança qualquer que voce apenas anotou o endereço.

No ponto de vendas de livros usados do senhor Alfredo, na Sete Portas, parte baixa da Ladeira do Funil, um livro ou revista usada pode ser adquirida por valores de um a cinco reais. A remessa de um livro, pelo correio, custa entre 3 a cinco reais, a depender do peso. Uma revistinha infantil custa menos ainda.

Pegue uma revitinha infantil, põe no seu carro, moto ou bicicleta,e entregue em qualquer entidade, a exemplo do NACCI, em Nazaré, Salvador.

A revistinha infantil pode custar até 0.50 centavos , usada. A que voce tem em casa serve também.

Pelo menos uma vez por mes, semana ou quinzena, sem atrapalhar meu dia a dia, tenho feito isto. As vezes ponho no Correio, às vezes deixo em frente a entidadades filantrópicas, igrejas, ou simplemente faço oferta a alguem que percebo ser interessada por leitura., de qualquer idade. Não é para ser "bonzinho", demonstrar espirito de caridade. Nada disso. É uma questão prática , pensada em favor do bem, sem sacrifício, sem incomodo, sem mudar meu rumo do dia a dia e sem precisar ver os necessitados nos programas de Tv. São muitas as coisas que as pessoas jogam no lixo, inclusive livros, revistas, brinquedos. Por tudo e tudo, é melhor dolas do que jogar no lixo.

Vez em quando passo de bicicleta pelo NACCI, no bairro de Nazaré e deixo lá algumas revistinhas infantis. As crianças adoram. Quanto me custa isto? Já estou passeando por ali, estou pedalando-me com o pedal, tenho livros e revistas que já não cabem em minhas prateleiras, porque não levar para aquelas pessoas?
Deixo também na bibiloteca do Calabar. Tudo isto sem mudar meu rumo e sem me acrescentar qualquer despesa.
Outro dia, lendo uma revista na fila do Elevador Lacerda, um rapaz não tirava os olhos da revista. Perguntei-lhe se gostava de ler. "Leio tudo. E meus irmãos também"´. -Leve esta para voce, disse-lhe e ele reagiu como se estivesse recebendo um grande premio. Agradeceu festivamente, no meio de todo mundo, como poucas vezes vi alguem agradecendo o recebimento de uma coisas tão simples e barata. Era uma revista semanal, usada.E acrescentou: "meus irmãos vão adorar!" Não sei quem é ele. Também não sabe quem eu sou. Nem faz isto qualquer difrença.
Pois é , no centro de Salvador, onde há revista por todos os cantos, um rapaz tinha carencia de uma bem comum . Foi mais uma lição para mim.
Conheço duas pessoas que tiveram suas vidas modificadas por gesto simples, despretencioso, de alguém. Um deles, ele próprio me contou a historia, real, verdadeira:
Criança, estava sentado em frente à sua casa quando passou um rapazinho com uma garrafa contendo um peixe vivo que pescara na praia . Este rapaz deu-lhe aquele peixe de presente despertando-lhe o prazer pela criação de peixes de aquario. Até hoje vive da crianção de peixes ornamentais em Salvador, mantendo um grande interesse por cruzamentos e reprodução das maris variadas espécies, vendo ainda aquários e rações.

O outro, não o conheço pessoalmente. Porém, primeiro vi seu depoimento na TV relatanto como começou o seu interesse pelo mar e pela navegação. Tudo começou, disse ele, com um simples óculos de mergulho que recebeu de um amigo.

Trata-se do navegador brasileiro, baiano, com ascendencia russa, ALEIXO BELOV, cujas aventuras pelo mar, acompanhava eu , através das reportagens dos jornais da época.
De um simples óculos de mergulho que recebeu de um amigo, resultou na grande aventura que o transformou no primeiro navegador brasileiro a fazer a volta ao mundo em solitário.
Sua historia é contada em livro de sua autoria , A Volta ao Mundo em Solitário, impresso pela BIGRAF, em colaboração com a FUNDAÇÃO CULTURAL DO ESTADO DA BAHIA, editado em 1981.
Morava eu em Barreiras, interior da Bahaia, quando o livro foi lançado. Devia a mim mesmo a leitura sua leitura. Encontrei-o no Sebo do Daniel, Rua da Ajuda ,número 3, esta semana. Vibrei com o achado. E vi, em suas páginas, o que já conhecia de depoimento do autor em programa de TV:
-"lembro-me muito bem. Jadiel Oliveira, um amigo nosso, resolveu estudar no Itamarati. Assim sendo, mudou-se naquele tempo para o Rio de Janeiro e, entre as coisas que resolveu não levar e distribuir com amigos, me coube um óculos de mergulho. Isto foi em 1957, creio que fora a primeira vez que tive a oportunidade de ver uma máscara de mergulho. ....
....jamais imaginei aonde estes óculos um dia iriam me levar. ""
Afirmou Belov, no programa de TV, que está construindo um navio escola para que crianças possam descobrir os segredos do mar, dizendo ele querer devolver a elas o que de graça também recebeu.
Pelo que li, embora não declarado pelo autor, não foram apenas os óculos que o levou tão longe. Creio que, muitas leituras, antes e durante a viagem , prestaram-lhe grande ajuda.
Alguem pode perguntar: e voce, o que tem a ver com isto?
Como diria Caetano e Gil, juntos:" tudo... ou nada...."
Em vez de óculos de mergulho, e garrafa com peixes, tive eu, de graça, de meu pai e dos meus avós de consideração, moradores da pequena localidade do Alambique, em Jaguaquara, as revistas O Cruzeiro. Elas me levaram a ainda me lavam, a grandes viagens, sem sair de casa e sem os riscos das tormentas enfrentadas pelo Belov.Para doar livros e revistas a outras pessoas, é infinitamente mais barato do que a construção de um barco. Alguns dão barcos , comida, óculos de megulho. Eu posso doar livros e revistas usadas. E não acho menos importantes.
Caetando Veloso costuma dizer que queria mesmo era fazer cinema. Foi para a música porque era mais barato.
Talvez por isto, mesmo tendo tido muita vontade navegar por aí, até mesmo em canoa, jogar na seleção brasileira, ser cineasta, tive que escolher os livros pelos mesmos moitivos que Caetano escolheu a música. Nem por isto são menos importantes.

Terezinha Costa é uma pessoa muito querida minha. Minha primeira infancia foi no local onde ela ainda mora.

Por ela gostar de ler, frequentemente mando-lhe um livro, uma revista, através do Correio. E foi ela avisada de que, se algum não for do seu gosto, pode entregar em qualquer ônibus escolar que passar em frente da sua casa, ou a qualquer criança que demonstrar interesse por livro.

A festa de crianças por revistinhas infantis acontece em qualquer lugar do planeta.

Aí está o endereço de Terezinha Costa, para quem quiser mandar livro ou revista para ela:
TEREZINHA COSTA, Av. Otavio Mangabeira, 98, CEP 45.345.000 , JAGUAQURA-BAHIA. Este é endereço de sobrinhos dela que moram na cidade. Onde ela mora o Correio não chega. Há milhares de locais no mundo , até mais difíceis, onde podem chegar suas doações de brinquedos, livros e revistas usadas, sem voce ter que desviar seu rumo para casa , escola, trabalho, lazer.

FÁCIL, NÃO? Será que é preciso dos apelelos televisivos, ongs, associaçoes , gente carente na TV, para merecer gestos tão simples, barato e tão importante quanto?
Fazendo assim, quem sabe não estamos ajudando a formar cientistas, literatos, construtores, ou simplesmente levando emoções para as pessoas, a preço tão barato?
Amir Klink afirma que não foram óculos nem barcos os primeiros a lhe fazer a opção pelo mar. Diz sempre que foram os livros que lhe mostraram os caminhos; as histórias dos navegadores que lia em sua infancia foram os grandes inspiradores. Mineiro, sem mar foi com seus livros vros parar em Paraty. Para Belov, bastaram os óculos; o mar estava aos seus pés, na Ladeira do Paiva. Ambos contando belas histórias, começadas com coisas e gestos tão simples, ao alcance de qualquer um : livros e óculos usados.

Muitas coisas usadas que voce não quer mais, podem mudar vidas. O livro é uma delas. Não os jogue no lixo; faça doações a bibliotecas comunitarias; Igrejas, de qualquer credo, ou simplesmente entregue a alguém na rua, como fez o rapaz com o peixinho trazido da práia; e o Jadiel que transformou a vida do Aleixo.

Espalhem esta idéia, esta prática. Vai ajudar a muita gente; se não a ganhar dinheiro, descobrir remédios para os males da humanidade, pelo menos a provocar-lhes gostosas emoções contidas nos mistérios e nas deliciosas artimanhas da leitura.
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relação de sebos, pontos de livros usados no
bikebook.blogspot.com


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segunda-feira, 16 de junho de 2008

BIKEBOOK.BLOGSPOT.COM

MUNDÃO VAI DE BICICLETA PARA BOM JESUS EM AGOSTO.

Todos os anos, no mes de agosto, milhares de pessoas, de todos os cantos da Bahia dirigem-se para o Municipio de Bom Jesus da Lapa.

Entre elas, no mes de agosto, está indo, de bike, o nosso querido colega da FUNDAÇÃO CULTURAL DO ESTADO DA BAHIA, MUNDÃO, com faz questão de ser chamado.

Quem quiser ajudar de alguma forma, O MUNDÃO aceita e agradece.

Vai de Barra Forte.

Mundão foi personagem de reportagem do Rede Bahia Revista.
BICICLETA DÁ VOTO, CAOS DO TRANSITO PODE ELEGER
SONINHA, SEGUNDA NA INTENÇÃO DE VOTOS NA MAIOR CAMPITAL DO PAIS!

BICICLETA DÁ VOTOS!

SONINHA, EM SÃO PAULO , É EXEMPLO

Valci Barreto
editor do bikebook.blogspot.com
colaborador do muraldebugarin.com
folha do reconcavo.

A nota abaixo, nos dá muito recado:

Vitimas de todas as mazelas dos grandes centros, o automóvel , como senhor absoluto das ruas pode estar com seus dias contados. A população, de carro ou sem carro, já não suporta o caos do transito, aliado a outros cancros sociais como drogas, pobreza, falta de educação.

A soninha, tem como nota maior da sua ação, as propostas para o transporte alternativo , ações de proteção ambiental entre outras .

Precisamos de uma SONINHA na Bahia, "homem ou mulher, "para apoiarmos estas ações.

Já temos tres vereadores envolvidos nos nossos pedais: Everaldo Valdenor Cardoso, Everaldo Augusto e Reginaldo Oliveira.

Que eles, seguindo o exemplo da Soninha, além de pedalar, consigam espaços para nossas bicicletas nas ruas.

Porém, ninguem pode fazer nada senão conhecendo os pedais. È que já fazem , em São Paulo, Soninha e Renata Falzoni


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ACIDENTES GRAVES , NO SÃO JÃO DE 2008, REPORTAGEM RECORTADA DO CORREIO DA BAHIA DE 26.06.2008


Clássicos da literatura vão parar no banheiro
26/06/2008 - 2h23m



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*Da Redação, com informações do G1redacao@portalibahia.com.br


Um simples rolo de papel higiênico está colocando clássicos da literatura ao alcance de todos. Na Europa e no Brasil.
Leitura no banheiro nunca foi novidade. Mas no papel higiênico ainda estava para ser inventado. Estava.
Na Espanha isto já virou moda os rolos de papel higiênico com trechos de clássicos de literatura.
A idéia nasceu no palco. Um grupo de teatro encenava uma peça que contava a historia de um empresário que queria tornar o mundo mais culto e passou a imprimir clássicos literários em rolos de papel higiênico.
O espetáculo ganhou um prêmio de teatro na Espanha e logo a idéia virou domínio público. Clássicos de García Llorca, Pablo Neruda e Camões estão sendo impressos nos rolos.
A empresa que fabrica o material vende cada rolo por o equivalente no Brasil a R$ 9,40 e vende cerca de 200 rolos por dia. As encomendas são feitas por email.
O Brasil virou o campeão de pedidos. Por causa disso, os empresários passaram a fabricar rolos com trechos de obras de Mário de Andrade e Carlos Drummond Andrade.

domingo, 15 de junho de 2008



wold neked bike rider
JABUTIS VAGAROSOS DO DIA 15.06.2008.
Valci Barreto

Editor do bikebook.blogspot.com
colaborador do muraldebugarin.com
e da
folha do reconcavo


Logo cedo Itana ligou, avisando que não poderia vir para o JABUTIS de hoje: alguém estacionou em frente ao seu carro, em seu condomínio, impedindo a sua saída. Tendo aparecido apenas Rose, e com uma pequena ameaça de chuva, adentramos na Padaria Apipão. Estávamos chupando uma melancia, quando aparece o casal, George Argolo e Olívia. Virou festa! . Mas não vieram para pedalar: iriam ao show do Parque da Cidade; mas de carro. Seriam nossos “batedores”. Após os bate papos, iniciamos nosso passeio. Nas bicicletas, apenas eu e Rose. Logo na região dos hotéis nossos batedores se perderam de nós. Ou nós deles?

Seguimos por Ondina, Avenida Ademar de Barros, Garibaldi, Rio Vermelho, Itaigara até chegarmos ao nosso destino.

Tendo chegado antes do início do show, ficamos circulando pelos standes que estavam armados para divulgação de artes, campanhas de proteção ao meio ambiente e muitas ongs patrocinadas pela Petrobrás.

Enquanto isto, apareceu Dolores Barreiros, com a sua alegria e festa, cheia de óculos escuros, chapéu branco, tudo muito colorido, com seu sorriso marcante.

Dirigimo-nos para o anfiteatro. Até começar o show, a espera foi muita.. Mas , como jabutis não se estressa, ficamos papeando. Muita gente, entre elas George Argolo que levou seus pais, Hamilton e Celeste. Tive a ventura de reencontrar uma ex cliente minha que não via desde os anos 80. Aposentada, é uma candidata forte para nossos pedais.

Encontramos a querida Luzinete, Presidente do PEDALDELAS que veio de Paripe no pedal com uma amiga.

O show primeiro foi de Xangai, como sempre, uma preciosidade. A espera para arrumar o som para o Moi de Coentro foi outro sofrimento para público que começou a ficar indócil e reclamar , embora de forma educada.

Lamentável que estas coisas ainda aconteçam. Os artistas presentes, mas os equipamentos de som com dificuldades.

Não sofremos. A final ,a alegria da Dolores permitiu-nos a espera.

Ficamos apenas para duas músicas do maravilhoso Virado.... Mas preferimos seguir nossos caminhos. Dolores seguiu de carro e eu e Rose de bike. Na cartilha do |Jabutis, almoçamos da Casa Verde, Pituba, e seguimos: Dias da Silva, Rio Veremelho, Ondina e casa.

Cumprida nossa missão de hoje, batizada Rose na pista da Dias da Silva e Orla, deixamos também por onde passamos os nossos panfletos e mosquitinhos educativos buscamos, mais adeptos para o livro e a bicicleta e pedindo respeito dos motociclistas para os nossos pedais.

Pelo menos muitas promessas de novos bicicleteiros aconteceram.Entre elas , a artista plástica, Alessandra, por coincidência, vizinha de Rose.

Taí mais uma vantagem da bicicleta como esporte e meio de transporte: se não aparecer ninguém, fazemos o pedal do mesmo jeito. E se aparece apenas uma pessoa , como o de hoje, a festa não é melhor nem pior .. É sempre ótima. E o de hoje foi perfeito. As fotos vão estar no muraldebugarin.com.

Agora, Itaninha, com voce, ficaria bem melhor. Com certeza!

Agora , é esperar os próximos. Não só passeios dos Jabutis, mas de todos os pedalantes baianos.

Acessem o site http//renatafalzoni.com/

E o bikebook.blogspot.com
DIA MUNDIAL SEM CARRO, 22 SETEMBRO DE 2008. PREPARAÇÃO.

Valci Barreto

editor do bikebook.blogspot.com
muraldebugarin.com



O movimento denominado DIA MUNDIAL SEM CARRO, tem data fixa : 22 de setembro.

Fiquemos atentos: TODOS OS GRUPOS CICLISTICOS DA BAHIA DEVEM AGENDAR ESTA DATA PARA FAZERMOS UM GRANDE MOVIMENTO EM SALVADOR, EM FAVOR DAS BICICLETAS NAS RUAS . AS GRANDES CIDADES BRASILEIRAS DEVEM ADERIR A ESTE MOVIMENTO.

O Código Brasileiro de Transito assegura ao ciclista o mesmo direito garantido aos carros para trafegar nas pistas urbanas , interestaduais, intermunicipais.

Acontece que milhões são gastos em pistas asfalticas, elevados, estradas, para os carros e nenhum metro para as bicicletas.

Temos que lutar, não somente em favor de ciclovias, ciclofaixas, como do respeito dos motoristas a quem anda de bicicleta.

Quando há grupos maiores de ciclistas nas ruas, os motoristas de carros acham que estamos atrapalhando o trânsito.

Sucede que o carro é que atrapalha o trânsito: engarrafa, mata , extressa , violenta. Vamos dizer a estas pessos que estamos prontos para marcar o território das bicicletas nas ruas de Salvador.

Agendem, porque em 22 de setembro de 2008, todos os grupos, ciclistas, cicloativistas, já estão convidados para participar deste movimento. Cada grupo pode fazer seu proprio movimento, fazer sua bicicletada. Podem também se agregar a outros grupos. Ou simplesmente sair pedalando por aí.

para saber o que é o dia mundial sem carro, acesse no google ou outros sites de busca:

DIA MUNDIAL SEM CARRO.

Não há necessidade de lideranças, comandos, palavras de ordem. Mas podemos nos organizar, tão somente para haver mais coesão e repercursão da nossa luta em favor das bicicletas nas ruas de Salvador.

Para quem quiser participar como grupos, vão logo desenhando, fabricando, lavando, fazendo pequenos cartazes que possam ser conduzidos nas bicicletas.

Não será corrida, e tudo será feito de uma forma que o transito de carro flua normalmente. oS CICLISTA OCUPARAÃO APENAS O LADO DIREITO DAS PISTAS.

A propota é: ACA UM FAZ O SEU MOVIMENTO. Mas se todo mundo se juntar , melhor.

NOSSOS BLOGS E SITES DIVULGARÃO TODA A MOVIMENTAÇÃO.

Os políticos, artistas, orgãos publicos serão contactados para que haja um grande aviso para a população baiana: NOS, CICLISTAS, NÃO VAMOS DESISTIR DE PEDALAR NAS RUAS DE SALVADOR.

Quem tiver parente motorista de ônibus, carros de um modo geral, taxi, que, pelo menos neste dia acessem nossos sites e respeitem os ciclistas que ocuparão as ruas de salvador, com respeito, educação e muitas palavras e avisos de ordem.

Não precisa de comando, liderança, corredenação. mas se esta acontecer, nada mal.
Valci Barreto,


acessem o site www.renatafalzoni.com

editor do bikebook.blogspot.com
muraldebugarin.com
folha do reconcavo



Renata Falzoni, uma das maiores cicloativisas, fotografa de aventuaras do Brasil; uma das líderes, em São Paulo, do Wold Niked Bike Ride.

fotos copiadas do blogo oficial de Renata Falzoni

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Participantes da 'World Naked Bike Ride' (Passeio de Ciclistas Nus, em tradução livre) no Hyde Park, em London, 14 de junho de 2008. Centenas de participantes incentivam o nudismo como forma de mostrar a fragilidade dos ciclistas no trânsito.