Editores: VALCI BARRETO, Advogado, estudante de jornalismo. Fones: 9999-9221 (Tim), 3384-3419 e 8760-7969 (Oi). Email: valcibarretoadv@yahoo.com.br. Colaboradores: Itana Mangieri, Alberto Bugarin e Sérgio Bezerra. Todos blogueiros, cicloativistas e amantes de livros, fotos e videos - Interesses do Blog: reportagens, artigos, com destaque especial para passeios de bicicletas, livros, cultura em geral, cicloativismo, cicloturismo e educação para o trânsito. Colaborações serão sempre bem vindas.
sábado, 27 de outubro de 2007
Valci Barreto, Editor do bikebook.blogspot.com e do meu zine
colaborador do muraldebugarin.com
do grupo Jabutis Vagarosos
GRUPOS E PASSEIOS ORGANIZADOS
GRUPOS , SITES E BLOGS DE PASSEIOS CICLISTICOS DE SALVADOR:
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ASBEB- coordenado por MAURICIO E FRANK, a ASSOCIAÇÃO DOS BICICLETEIROS DO ESTADO DA BAHIA, raliza um grande passeio ciclistico todos os primeiros domingos do mes, com saída da Fonte Nova, Dique do Tororó, envovendo mais de um mil pedalantes,de todas as idades, tendo apoio da Políca Militar, SET e PELOTÃO AGUIA. Arrecada donativos que são entregues, no póprio passeio a entidades carentes.
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ASBB-ASSOCIAÇÃO DOS BICICLETEIROS DA BAHIA, realiza, anualmente, o maior passeio ciclistico de Salvador, no dia 03.06, Dia Municipal do Ciclista. O número de pedalantes , segundo cálculos citados no Jornal A TARDE, já alcançou tres mil e quinhentas pessoas e já teve Lilane Reis,do Prgrama Decolar, fazendo a cobertura jornalistica em um deles.Criado e mantido por Gilson Cunha, reliza ações filantrópicas e cicloativistas permantentes. Agregou-se à comunidade de Portão para vários passeios aumentando assim as suas ações e numero de participantes. Anualmente realiza ainda dois grandes passeios: PORTÃO BONFIM e AREMBEPE/GUARAJUBA. no mes de outubro.
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Segunda-Feira: Pedalada da Noite - O passeio noturno do grupo "Pedalada da Noite" , com velocidade médida de 20 km/h. Estimativa de distância percorrida em torno de 25 a 50 Km. Concentração: Toda segunda-feira útil. Saída às 20:30 horas da Praça Nossa Senhora Aparecida em frente ao Silver Shopping, no Imbuí. Coordenação: Fernando Carvalho - Tel (71) 9965-0249
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Terça-Feira: Amigos de Bike - O passeio noturno do grupo "Amigos de Bike" tem rádio comunicador de segurança e média de velocidade de 17 km/h. Estimativa de distância percorrida em torno de 25 a 35 Km. Concentração: Toda terça-feira útil. Saída às 21 horas do estacionamento do Aeroclube. Coordenação: Lúcia / Alexandre / Edson - Tel (71) 9115-0363 / 8819-3229 / 9966-2118
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Terça-Feira: Grupo Ervaciclo - O passeio noturno do grupo "Ervaciclo" é de ritmo acelerado, indicado para quem já está acostumado a pedalar. Tem média de velocidade de 25 km/h. Estimativa de distância percorrida em torno de 25 a 50 Km. Concentração: Toda terça-feira útil. Saída às 21 horas do Farol da Barra. Coordenação: Eraldo - Tel (71) 3329-5160 / 8104-7115
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Quarta-Feira: Grupo Sincronia - O passeio noturno do grupo "Sincronia" é de ritmo médio, indicado para quem já está acostumado a pedalar. Tem rádio comunicador de segurança e média de velocidade de 20 km/h. Estimativa de distância percorrida em torno de 25 a 50 Km. Concentração: Toda quarta-feira útil. Saída às 21 horas do estacionamento do Hipermercado Bom Preço - Vasco da Gama. Coordenação: Edvaldo / Humberto / Cláudio Carvalho - Tel (71) 8876-4745 / 8848-7692 / 8866-2630
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O SINCRONIA realiza também passeios aos sábados, pela manhã, saindo Salvador em direção a locais mais distantes como Guarajuba, Monte Gordo, Arembepe, Ilha de Itaparicam , mantem um site, que pode ser acessado através do muraldebugarin.com, à direita da página. Os sites de bike de Salvador, quase todos, mantem links dos demais, normalmente em sua primeira página. De sorte que, através de qualquer um deles podem ser acessados os demais.
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Quarta-Feira: Grupo Pedal Mania - O passeio noturno do grupo "Pedal Mania" é de ritmo acelerado, indicado para quem já está acostumado a pedalar. Tem média de velocidade de 25 km/h. Estimativa de distância percorrida em torno de 25 a 50 Km. Concentração: Toda quarta-feira útil. Saída às 19:30 horas do Largo do Luso - Plataforma. Coordenação: Paulo Roberto - Tel (71) 9989-3843 / 3401-1727 - email: provinculo@uol.com.br
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Quinta-Feira: Farol Light Bikers - O passeio noturno do grupo "Farol Light Bikers" é de ritmo médio, indicado para quem já está acostumado a pedalar. Tem rádio comunicador de segurança e média de velocidade de 20 km/h. Estimativa de distância percorrida em torno de 25 a 50 Km. Concentração: Toda quinta-feira útil. Saída às 21 horas do Farol da Barra. Coordenação: Edson - Tel (71) 9966-2118
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Quinta-Feira: Pedais na Estrada - O passeio noturno do grupo "Pedais na Estrada" é de ritmo moderado, indicado para quem está iniciando, a média de velocidade de 17 km/h. Estimativa de distância percorrida em torno de 25 a 50 Km. Concentração: Toda quinta-feira. Saída às 18:30 horas da Praça da Revolução em Periperi. Coordenação: Genivaldo / Digo Brunelli - Tel.: (71) 3307-2436 / 9148-6589
O Pedais da Estrada realiza em quase todos os finais de semana e feriados compridos um grande passeio para fora de salvador, muitas vezes enfrentando distancia de até cem km por estradas, fazendas, matas e práias. mantem também um site que pode ser viusalizado em link do muraldebugarin.com.
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Sexta-Feira: Pedal Night - O passeio noturno do grupo "Pedal Night" é de ritmo acelerado, indicado para quem já está acostumado a pedalar. Tem rádio comunicador de segurança e média de velocidade de 25 km/h. Estimativa de distância percorrida em torno de 25 a 50 Km. Concentração: Toda sexta-feira útil. Saída às 20:00 horas do Largo dos Paranhos em Brotas. Coordenação: Ado Nery: - Tel.: (71) 9961-1497
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TURMA DE NARANDIBA, do bairro do mesmo nome,pessoal que pedala "prá valer";e que também gosta de comer e tomar umas animadas cervejinhas por onde passa. Desenvolve ações filantrópicas, cicloativistas, sendo um dos de maior capacidade de arrecadar donativos, até mesmo para outros passeios. Entre seus componentes tres figuras se destacam em todos os passeios GUERREIRO, JORGE DO APITO , NESTOR, ERALDO SIMAS.
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NATURABIKEAÇÃO-Criando, mantido e organizdo por LAZARO, realiza todos os tipos de passeios: pequenos, longos, dentro e fora de Salvador; mantem ações ciclativistas e filantrópicas, aulas de ciclismo e , anualmente, realiza dois já no calenderio dos grandes passeios de Salvador: BICICLOTECA, arrecadando livros para formação de bibliotecas em entidades carentes, OS TRES FAROIS, PEDAL FOLIA, PEDAL DAS CRIANÇAS, SALVADOR - IRARA, FESTEJOS JUNINOS e acompanhamento da festa do Senhor do Bonfim.
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OS PINGAS- Grupo da Baixa de Quintas, também de elevado espirio de bom humor, sem dias certos de saída, mas com grande atuação em grandes passeios que são realizados em salvador, e muitos que realiza para fora da Capital Baiana.
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AMIGOS DO TONY, envolve pessoas do bairro Retiro, liderado por Tony, Lindo Olhar, dona Francisca,( a minha sogra!-quer dizer , do Tony.-, participa de quase todos os grandse passeios de Salvador, sendo muito querido pela forma organizada, disciplinada, respeitosa e bem humorada do grupo.
mantem também um site, que está na primeira página do muraldebugarin.com
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ANJOS DE BIKE: Mantido e criado por TIO LU, não tem dia certo para saída. Realiza ações filantrópicas e de cicloativismo, dando especial atenção a segurança e educação para o transito. Organiza passeios para iniciantes, no Parque de Pituaçu ,e atualmente mantém vários pedais em Muritiba-Ba.Desenvolendo várias açÕes ciclativistas naquele municipio, notadamente destinadas às crianças.
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JABUTIS VAGAROSOS, Não tem calendário fixo. O passeio Jabuti normalmente acontece aos sabados, domingos, feriados, com saída mais comum do Posto de Gazolina ao lado do Vitória Center. Dele pode participar qualquer pessoa, mesmo iniciante, com qualquer tipo de bicicleta, exigindo dos pedalantes apenas alguns requisitos: bom humor, ausencia absoluta de pressa, respeito com quem pedala mais fraco, paciencia para esperar o que cansar; normalmente destina-se a visitas a pontos culturais, sebos, feiras de livros, brechós, feiras livres, barracas, quitandas, museus,rias, sebos, exposições de um modo geral, inclusive de fotografias e artes plásticas. Mal humorado e apressado é logo desconvidado para participar dos Jabutis. Nada de glutões nem de bebedeiras. Tolera o "social básico", em matéria de comida e bebida, tendo preferencia por uma fruta pelo caminho, que pode ser em quitadas, mercadinhos ou feiras livres,ou barrcas de frutas.
Os avisos dos locais e horários de saída dos Jabutis Vagarosos, são publicados normalmente a partir das quintas feiras, no mural debugarin.com, e nos "comentários" dos sites do sincronia e do amigos de bike. Criado e mantido pelo advogado e cicloativista Valci Barreto, normalmente em seus passeios distribui panfletos educativos e de estimulo à leitura; uso da bicicleta como esporte , lazer e meio de transporte; proteção ambiental ,levando sempre , no bagaeiro da sua bicicleta, alguns livros e revistas usadas que deixa em alguma entidade , biblioteca comunitária ou simplesmente a alguém que manifeste interesse em recebê-los, com o compromisso de não jogar no lixo ou danificar. Não confere depois, mas pede este comportamento.
A saída é pontual; não espera pelos retardatários. Nem adianta o interesado ligar: "tô chegando," "tô saíndo", "já vou", "em cinco minutos chego". No horário e local combinado para a partida esta acontece. Abrindo exceções apenas para situações excepcionais como , um acidente , um pneu que fura, de um parceiro que esteja se dirigindo para o pedel. Prima pela disciplina às regras de respeito ao próximo e à boa convivência do grupo e das pessoas que vai encontrado pelo caminho. Para saber mais sobre os Jabutis, pesquisar neste site , no amigosdebike.com.br , muraldebugarin.com e no MEU ZINE, link de vários sites de bike de Salvador.
Normalmete são os passeios feitos para o centro histórico e região do Comércio. Mas tem disposição para aventura-se a passeios mais longos como Itaparica, Nazaré das Farinhas, Guarajuba, Imbassay, Santo Amaro da Purificação .
É parceiro permanente do BICICLOTECA, criado e mantido por LAZARO , do NATURABIKEAÇÃO, participando de todos os grandes passeios diurnos de Salvador, especialmente dos da ASBEB e ASBB.
Suas ações são divulgadas em MEU ZINE, bikebook.blogspot.com, muraldebugarin.com e no amigosdebike.com.br.
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EXPOSIÇÃO PERMANENTE
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o blog bikebook.blogspot.com ,mantém uma exposição permanente de fotos, avisos, cartazes, curiosidades, a respeito dos passeios ciclísticos de Salvador, aberto ao público, no horário comercial, na RUA BARROS FALCÃO, 542, MATATU, LARGO DOS PARANHOS, BROTAS, Térreo, ao lado da Igreja Católica, em frente a FULL TIME INFORMÁTICA, Próximo à entrada de Cosme de Farias.
Quem tiver interesse em expor fotos, avisos, curiosidades de passeios ou de grupos de passeios cíclisticos, é só comparecer ao endereço acima, ou nos encaminhar pelo Correio ou e mail. A exposição é apenas de fotos, pequenos cartazes, de até 60 x 60 cm, ou mais um pouco, postais,livros. Não expõe camisetas, ou equipamentos mecanicos por limitações de espaço.
o muraldebugarin.com mantém informação atualizada dos acontecimentos ciclísticos de Salvador.
No mesmo site estão links de quase todos os blogs e sites de Salvador, à direita página principal a exemplo:
amigosdebike
sincronia
pedaisnaestrada
pedaladadanote
amigosdotony
mundodabike
trilhaseaventuras
Qualquer informação adicional, a respeito de passeios ciclisticos em Salvador, pode ser obtida através dos e mail, sites e blogs acima .
As comunicações entreos pedalantes e interressados são realizadas normalmente pelos sites, blogs e e mail.
Todos os passeios são gratuitos, alguns exigindo equipamentos de segurança como capacete e luva, o que é recomendados por todos os grupos.
centenas de fotos podem ser vistas em
amigosdebike.com.br no item "passeios"
muraldebuarin.com.bo em "galeria de fotos"
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QUEM TIVER INTERESSE EM DIVULGAR SEU PASSEIO, GRUPO DE PEADAL, SITE OU BLOG, é só encaminhar nome e perfil para valcibarretoadv@yahoo.com.br
Se algum citado optar pela não divulgação, é só nos informar que retiraremos de imediato.
A divulgação é gratuita.
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
MINHAS BICICLETAS
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“MINHAS BICICLETAS.”
Valci Barreto
Editor do bikebook.blogspot.com
Nascido em Jaguaquara, cidade do Vale do Jequiriça, famosa pelo São João, Colégio Taylor Egídio, friozinho gostoso, produção de hortifruti, notadamente tomate, as primeiras bicicletas que vi foram as do tipo barra-forte, barra circular e algumas européias, trazidas pelos colonizadores italianos, cujos descendentes compõe boa parte da sua população. Foram também as primeiras que montei. Meu pai tinha uma verde, toda equipada com descanso, dois espelhos grandes sobre o guidom e bagageiro. Foi nela que aprendi a montar, no início da ladeira do bairro da Casca.
Ainda hoje, são os tipos de bicicletas que gosto: barra forte ou circular, com bagageiro, cestinha ou mesmo “cestão”. Nos centros das cidades, a minha preferida é qualquer uma que tenha quadro baixo, tipo “bicicleta de mulher”, porque são mais leves e fáceis para delas descer e empurrar, o que é muito necessário em locais de circulação de muitos pedestres e de obstáculos urbanos.
Sem ser atleta, pertenço ao mundo dos passeios de bicicletas, sem ser intelectual, acadêmico, sou apaixonado por livros e por leituras, vivendo estas paixões por puro prazer. Pedalo quase todos os dias. Nos finais de semana, costumo sair em grupos ou mesmo sozinho, dentro ou fora de Salvador. Quse sempre escreve sobre meus passeios, publicando-o em sites e blogs, notadamente no bikebok.blogspot.com e no muraldebugarin.com
Sempre me causou curiosidade , jamais levando a sério, o preconceito que envolve uma série de objetos, atitudes, comportamentos. Vou me ocupar aqui de alguns relacionados às bicicletas. A maioria das pessoas dos grandes centros urbanos, a exempo de Salvador, olha atravessada para as bicicletas sem marcha, as com cestinhas,desconso e bagageiro . Possuindo alguns pontinhos de ferrugem, por menos significativos que sejam, destituída d desenho caro, "moderno", são olhadas de forma desdenhosa, desprezível.
Circulou nos sites, blogs, entre os amantes de passeios ciclísticos de Salvador, uma crônica , “Minha Bike Tem Cestinha”, da nossa querida escribiker ITANA MANGIERE, que se tornou-se clássica. Era um grito bem humorado da nossa cicloativista, muito querida por todos nós, contra os que debochavam da sua bike, munida sempre daquele equipamento , tão comuns em regiões que cultuam , de verdade, a magrela, a exemplo da Holanda.
Tive e tenho que estar “brigando”, em favor das “minhas bicicletas”: quase sempre com cestinha, bagageiro e de buzina tradicional, do son inconfundível "trin, trin..."
Não vejo qualquer mal em usar bicicletas caras, de desenhors e peças arrojadas, por demais leves, belas até. Nada contra elas nem quem as as possui. Elas servem para muitas coisas, inclusive para alimentar vaidades. Há bicicletas leves, muito caras, apropriadas para os mais variados fins, especialmente relacionadas aos esportes radicais com bike. Mas a minha bicicleta é a tipo barra cicular, qualquer bicicelta simples, inclusive as de quadro baixo , para circular nos centros urbanos, sempre munida de Cestinha. Para estes tipos de passeios, qualquer bicicleta serve, mesmo as tipo Brisa , Cecisinha, nova ou enferrujada, desde que rode. E sempre com, pelo menos uma cestinha ou bagageiro. A final, não vejo outra forma para levar livros, jornais, frutas, remédios, pequenos objetos que compro ou transporto para entregar a alguem pelo caminho, notadamente livros e revistinhas usadas para crianças, nos meus passeios ciclisticos pelo centro da nossa Capital, local preferido para minhas pedaladas , quando não saio de Salvador.George Argolo, apeser de vir da simplicadade da querida Santo Amaro da Purificação, tornou-se um cicloativista muito “metido a besta”: só quer andar em bicicletas com muitas marchas, peso de algodão, voando , sem cestinha , descanso e jamais de bagageiro. Espelhos, sòmente se for daqueles "fashions", quase invisiveis, de marcas conhecidas pelas suas notórias qualidades e pelos preços elevados. Sendo um dos mais atuantes cicloativistas, filantropo em seus/nossos passeios, sempre levando algum presente, livro, leite para entidades carentes, têm tido dificuldade em colocar tudo em uma mochila, também "de marca", com prejuízos para sua coluna, ainda resistente, em função da sua juventude e vigor, e, principalmente, para os livros e revistas , que não se machucariam se bem acondicionados em cestinhas ou bagageiro.
George Argolo, como muitos, para atender à cultura, imposição dos inimigos das cestas , espelhos , bagageiros e descansos das magrelas, prefere fazer sofrer livros e revistas dentro das suas mochilas.
O prejuízo maior, para quem pensa como George, (o de depois da Estrada Real) é também para as entidades beneficiárias, pois ele sempre leva menos do que gostaria. Diz: levo o resto de carro. Mas aí, pelo menos para o caso, não vejo graça. Carro é carro, bicicleta é bicicleta... Não tem que “misturar”...
Não quero depender de carro para tomar um sorvete, comprar um remédio, transportar uma revista , um livro nem machucá-lo em mochilas, apesar de muito úteis em nossos passeios. Por isto, minha bike tem cestinha, vai ter cestão e até carrocinha uma delas já tem. E jamais vou me importar com os olhos atravessados ou com quem não quiser acompanhar-me em meus jabutis, somente por causa da minha, bem simples, magrela. Pra ser feliz em meus passeios, eu não preciso mais do que uma bicicleta que apenas rode. Não sinto qualquer necessidade de marcha, de materiais, equipamentos ou desenhos sofisticados. O que não dispenso é cestinha , ou bagageiro. Que as outras existam, mas para as corridas do Dimitri, as viagens de George , Alex/Alessia, pelas montanhas mineiras. Para as ruas de Salvador, meus passeios pela Linha Verde, fico com as minhas, de qualquer marca, bem baratinhas, de cestinha, cestão, descanso , espelho e bagageiro, desde que quem rodem e não quebrem pelos caminhos.
Já estou comprando a minha barra circular, vermelha, de bagageiro, cestão e descanso. Entre as vantagens deste último equipamento, evita sujar as paredes das lojas em nossas paradas.
Para mim, o prazer está no pedal em si, nos passeios, no mundo que a bicicleta me proporciona; o que vejo pelas ruas , becos, sebos, brechós, aprendizado com pessoas que encontro. Para isto, desde que rode, qualquer bicicleta me serve. Nas ladeiras, obstáculos, desço , empurro-a, com o mesmo prazer da montaria: vou vendo coisas, sentindo as coisas , pessoas, imagens mais proximas de mim, seja qual for o preço da bicicleta.
É o mesmo prazer que tenho em ler um livro de qualquer época, seja ele novinho da Siciliano, ou velhinho, do ponto do seu Alfredo, ou do sebo do Eraldo, no terminal da Lapa: eu quero é ler.
Para a Capital baiana, cidade plana para pedalar, não sei para que bicicleta com marcha, nova, cara e ainda sem cestinha e descanso. Acho coisa de subdesenvolvido, que nunca viu, sequer, uma foto de bicicleta rodando na Holanda.
E depois de tudo, ainda dizem que que é "coisa de pobre" e que o tabaréu sou eu!...
-Publicado no muraldebugarin.com e no
Bikebook.blogspot.com
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“MINHAS BICICLETAS.”
Valci Barreto
Editor do bikebook.blogspot.com
Nascido em Jaguaquara, cidade do Vale do Jequiriça, famosa pelo São João, Colégio Taylor Egídio, friozinho gostoso, produção de hortifruti, notadamente tomate, as primeiras bicicletas que vi foram as do tipo barra-forte, barra circular e algumas européias, trazidas pelos colonizadores italianos, cujos descendentes compõe boa parte da sua população. Foram também as primeiras que montei. Meu pai tinha uma verde, toda equipada com descanso, dois espelhos grandes sobre o guidom e bagageiro. Foi nela que aprendi a montar, no início da ladeira do bairro da Casca.
Ainda hoje, são os tipos de bicicletas que gosto: barra forte ou circular, com bagageiro, cestinha ou mesmo “cestão”. Nos centros das cidades, a minha preferida é qualquer uma que tenha quadro baixo, tipo “bicicleta de mulher”, porque são mais leves e fáceis para delas descer e empurrar, o que é muito necessário em locais de circulação de muitos pedestres e de obstáculos urbanos.
Sem ser atleta, pertenço ao mundo dos passeios de bicicletas, sem ser intelectual, acadêmico, sou apaixonado por livros e por leituras, vivendo estas paixões por puro prazer. Pedalo quase todos os dias. Nos finais de semana, costumo sair em grupos ou mesmo sozinho, dentro ou fora de Salvador. Quse sempre escreve sobre meus passeios, publicando-o em sites e blogs, notadamente no bikebok.blogspot.com e no muraldebugarin.com
Sempre me causou curiosidade , jamais levando a sério, o preconceito que envolve uma série de objetos, atitudes, comportamentos. Vou me ocupar aqui de alguns relacionados às bicicletas. A maioria das pessoas dos grandes centros urbanos, a exempo de Salvador, olha atravessada para as bicicletas sem marcha, as com cestinhas,desconso e bagageiro . Possuindo alguns pontinhos de ferrugem, por menos significativos que sejam, destituída d desenho caro, "moderno", são olhadas de forma desdenhosa, desprezível.
Circulou nos sites, blogs, entre os amantes de passeios ciclísticos de Salvador, uma crônica , “Minha Bike Tem Cestinha”, da nossa querida escribiker ITANA MANGIERE, que se tornou-se clássica. Era um grito bem humorado da nossa cicloativista, muito querida por todos nós, contra os que debochavam da sua bike, munida sempre daquele equipamento , tão comuns em regiões que cultuam , de verdade, a magrela, a exemplo da Holanda.
Tive e tenho que estar “brigando”, em favor das “minhas bicicletas”: quase sempre com cestinha, bagageiro e de buzina tradicional, do son inconfundível "trin, trin..."
Não vejo qualquer mal em usar bicicletas caras, de desenhors e peças arrojadas, por demais leves, belas até. Nada contra elas nem quem as as possui. Elas servem para muitas coisas, inclusive para alimentar vaidades. Há bicicletas leves, muito caras, apropriadas para os mais variados fins, especialmente relacionadas aos esportes radicais com bike. Mas a minha bicicleta é a tipo barra cicular, qualquer bicicelta simples, inclusive as de quadro baixo , para circular nos centros urbanos, sempre munida de Cestinha. Para estes tipos de passeios, qualquer bicicleta serve, mesmo as tipo Brisa , Cecisinha, nova ou enferrujada, desde que rode. E sempre com, pelo menos uma cestinha ou bagageiro. A final, não vejo outra forma para levar livros, jornais, frutas, remédios, pequenos objetos que compro ou transporto para entregar a alguem pelo caminho, notadamente livros e revistinhas usadas para crianças, nos meus passeios ciclisticos pelo centro da nossa Capital, local preferido para minhas pedaladas , quando não saio de Salvador.George Argolo, apeser de vir da simplicadade da querida Santo Amaro da Purificação, tornou-se um cicloativista muito “metido a besta”: só quer andar em bicicletas com muitas marchas, peso de algodão, voando , sem cestinha , descanso e jamais de bagageiro. Espelhos, sòmente se for daqueles "fashions", quase invisiveis, de marcas conhecidas pelas suas notórias qualidades e pelos preços elevados. Sendo um dos mais atuantes cicloativistas, filantropo em seus/nossos passeios, sempre levando algum presente, livro, leite para entidades carentes, têm tido dificuldade em colocar tudo em uma mochila, também "de marca", com prejuízos para sua coluna, ainda resistente, em função da sua juventude e vigor, e, principalmente, para os livros e revistas , que não se machucariam se bem acondicionados em cestinhas ou bagageiro.
George Argolo, como muitos, para atender à cultura, imposição dos inimigos das cestas , espelhos , bagageiros e descansos das magrelas, prefere fazer sofrer livros e revistas dentro das suas mochilas.
O prejuízo maior, para quem pensa como George, (o de depois da Estrada Real) é também para as entidades beneficiárias, pois ele sempre leva menos do que gostaria. Diz: levo o resto de carro. Mas aí, pelo menos para o caso, não vejo graça. Carro é carro, bicicleta é bicicleta... Não tem que “misturar”...
Não quero depender de carro para tomar um sorvete, comprar um remédio, transportar uma revista , um livro nem machucá-lo em mochilas, apesar de muito úteis em nossos passeios. Por isto, minha bike tem cestinha, vai ter cestão e até carrocinha uma delas já tem. E jamais vou me importar com os olhos atravessados ou com quem não quiser acompanhar-me em meus jabutis, somente por causa da minha, bem simples, magrela. Pra ser feliz em meus passeios, eu não preciso mais do que uma bicicleta que apenas rode. Não sinto qualquer necessidade de marcha, de materiais, equipamentos ou desenhos sofisticados. O que não dispenso é cestinha , ou bagageiro. Que as outras existam, mas para as corridas do Dimitri, as viagens de George , Alex/Alessia, pelas montanhas mineiras. Para as ruas de Salvador, meus passeios pela Linha Verde, fico com as minhas, de qualquer marca, bem baratinhas, de cestinha, cestão, descanso , espelho e bagageiro, desde que quem rodem e não quebrem pelos caminhos.
Já estou comprando a minha barra circular, vermelha, de bagageiro, cestão e descanso. Entre as vantagens deste último equipamento, evita sujar as paredes das lojas em nossas paradas.
Para mim, o prazer está no pedal em si, nos passeios, no mundo que a bicicleta me proporciona; o que vejo pelas ruas , becos, sebos, brechós, aprendizado com pessoas que encontro. Para isto, desde que rode, qualquer bicicleta me serve. Nas ladeiras, obstáculos, desço , empurro-a, com o mesmo prazer da montaria: vou vendo coisas, sentindo as coisas , pessoas, imagens mais proximas de mim, seja qual for o preço da bicicleta.
É o mesmo prazer que tenho em ler um livro de qualquer época, seja ele novinho da Siciliano, ou velhinho, do ponto do seu Alfredo, ou do sebo do Eraldo, no terminal da Lapa: eu quero é ler.
Para a Capital baiana, cidade plana para pedalar, não sei para que bicicleta com marcha, nova, cara e ainda sem cestinha e descanso. Acho coisa de subdesenvolvido, que nunca viu, sequer, uma foto de bicicleta rodando na Holanda.
E depois de tudo, ainda dizem que que é "coisa de pobre" e que o tabaréu sou eu!...
-Publicado no muraldebugarin.com e no
Bikebook.blogspot.com
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valci , no dia municipal do ciclista em Salvador
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
EXPOSIÇÃO PERMANTENTE, SOBRE BICICLETAS.
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EXPOSIÇÃO PERMANENTE, FOTOS DE PASSEIOS, EVENTOS CICLISTICOS.
valci barreto ,
Editor do bikebook.blogspot.com
meu zine, link do site amigosdebike.com.br
colaborador do muraldebugarin.com
Está disponibilizado um espaço para exposiçao de fotos, livros, revistas, divulgação de passeios e de eventos ciclístiscos.
Qualquer interessado pode levar sua foto, livros, revistas, endereços, inclusive eletronicas, para a divulgação de seu passeio, evento, ou para simplesmene exibir a imagem pretendida.
Serão expostas apenas fotos, livros, revistas, imagens curiosas a respeito do tema. Não serão expostas camisetas, bandeiras nem faixas, por problemas de espaço.
A exposição do material, ou anotação do evento, pode ser feito pelo proprio interessado.
Os materiais expostos ficarão para o acervo da exposição, caso o interessado não o retire até 60 dias após o início da exposição.
Serão postados todos os eventos , sites e blogs, bastando o interessado ir lá e postar, encaminhar e mail para valcibarretoadv@yahoo.com.br , ou pelo correio, dirigido a NANDINHO.
A exposição já está funcionando, com materiais já em exposição. No mesmo local estão sendo vendidos livros , revistas usadas, discos de vinil, da coleção de NANDINHO.
Aceitamos doações de fotos antigas, postais, revistas, livros, relacionados ao tema .
endereço da exposição:
Rua Barros Falcão, 542, Matatu - Largo dos Paranhos, ao lado da Max Car e do Acarajé da Jó.
publicado no muraldebugarin.com
e no
bikebook.blogspot.com
e no meu zine, link do site amigosdebike.com.br
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EXPOSIÇÃO PERMANENTE, FOTOS DE PASSEIOS, EVENTOS CICLISTICOS.
valci barreto ,
Editor do bikebook.blogspot.com
meu zine, link do site amigosdebike.com.br
colaborador do muraldebugarin.com
Está disponibilizado um espaço para exposiçao de fotos, livros, revistas, divulgação de passeios e de eventos ciclístiscos.
Qualquer interessado pode levar sua foto, livros, revistas, endereços, inclusive eletronicas, para a divulgação de seu passeio, evento, ou para simplesmene exibir a imagem pretendida.
Serão expostas apenas fotos, livros, revistas, imagens curiosas a respeito do tema. Não serão expostas camisetas, bandeiras nem faixas, por problemas de espaço.
A exposição do material, ou anotação do evento, pode ser feito pelo proprio interessado.
Os materiais expostos ficarão para o acervo da exposição, caso o interessado não o retire até 60 dias após o início da exposição.
Serão postados todos os eventos , sites e blogs, bastando o interessado ir lá e postar, encaminhar e mail para valcibarretoadv@yahoo.com.br , ou pelo correio, dirigido a NANDINHO.
A exposição já está funcionando, com materiais já em exposição. No mesmo local estão sendo vendidos livros , revistas usadas, discos de vinil, da coleção de NANDINHO.
Aceitamos doações de fotos antigas, postais, revistas, livros, relacionados ao tema .
endereço da exposição:
Rua Barros Falcão, 542, Matatu - Largo dos Paranhos, ao lado da Max Car e do Acarajé da Jó.
publicado no muraldebugarin.com
e no
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e no meu zine, link do site amigosdebike.com.br
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BISTRO POTO DO SOL - SALVADOR
BISTRO PORTO DO SOL, NO PORTO DA BARRA.
Valci Barreto
editor do bikebook.blogspot.com
do meu zine
colaborador do muraldebugarin.com
Um cantinho especial no Porto da Barra é o Bistro Porto do Sol. Vou lá com certa frequência.
Ali, come-se bem. A decoração e a música é uma viagem através da história do cinema . Quando comemos no Bistro, temos a sensação de estarmos na Hungria/Austria dos tempos das tavernas que matavam a fome dos passantes , caçadores daquelas épocas. Até o mal humor do taverneiro é bem representado pelo seu bem humorado proprietário, o faz tudo daquele templo de boa comida. Dele recebemos mais uma cronica que publicamos em MEU ZINE, para deleite dos seus leitores.
.....
"Toda vez que Dionísio vem ao Bistrô PortoSol, ele me sacaneia de uma forma ou de outra.
Desta vez, o cara de bode trouxe reforço... veio acompanhado.
Quando fui lá fora, estava ele sentado na mesa 11 e ao lado dele um sujeito exquisito com um enorme pedregulho a tiracolo.
Cumprimentei os dois e me sentei com eles... tentando adivinhar a troça do dia.
Dionísio mais risonho que nunca e o outro me olhando como se eu fosse um bicho exótico.
- Dionísio, não vejo nada de especial nesse cara, - disse o novato, apoiando o cotovelo na gigantesca
pedra ao lado dele. - Não vejo o que ele possa ter o que eu não tenha...
- Esse é o taverneiro do Bistrô PortoSol. Ele toca este local só com a ajuda da mulher Maria Alice e uma auxiliar.
É o restaurante austro-húngaro minúsculo com cardápio mais extenso do mundo.
Além de ser o idealizador desse espaço cult, ele cozinha junto com Maria Alice, é disk-jockey, garçon, caixa e segurança.
Ele verifica se o sanitário está sendo limpo de meia em meia hora, se o ambiente está confortável para a clientela e espanta
eventuais mendigos e demais figuras fora do contexto... de forma politicamente mais ou menos correta... -
- Só isso?- disse o colega de Dionísio, acariciando a pedrona.
- Não! Todos os petiscos e pratos são feitos na hora... e sem "mise en place" prévia. Cada cebola é descascada e cortada
na hora. Batatas idem. Todos os ingredientes escolhidos a dedo por ele são lavados antes de serem guardados na geladeira.
Além disso, todas as latas de refrigerante e todas as garrafas de cerveja e vinho são lavados com detergente antes de ir
ao refrigerador.
- Isso de fato é notável...mas não chega nem perto daquilo que eu realizo! - , disse o cara da pedra.
- Espere... tem mais... - Dionísio pegou mais algumas uvas da bolsa... cuspindo os caroços no asfalto da Rua Cézar Zama.
- Que pegadinha maluca é essa de hoje -, perguntei... - Quem é esse sujeito? -
- Você não conhece ele? Pois devia... metido a culto como você é... - Dionísio riu e encheu a boca com mais uvas.
- Já sei... é o produtor do Caceta & Planeta, ou do Pânico na TV ! -
- Besteira! Não está vendo a imensa pedra? -
- Ah tá... então só pode ser Obelix o gaulês com o menir dele -, disse eu, vislumbrando uma saída honrosa dessa situação
incômoda.
- Errou de novo... - disse Dionísio e virando-se para o companheiro disse:
- Com uma culinária artesanal, usando apenas a faca, a panela, sem falar das porções generosíssimas, ele tenta remunerar
o trabalho dos três, praticando preços ainda menores que os restaurantes que utilizam ingredientes cortados previamente
com processadores, cozinhando com fornos micro-ondas, fritadeiras.. Essa tarefa, meu caro Sisifo, é de lascar... concorda?
- Concordo! - disse Sisisfo. - Essa conversa me deu fome ... o cardápio parakaló.-
Dionísio e Sisifo comeram Carne suina defumada e Linguição com mostardas especiais, Fritada tirolêsa e de sobremesa Powidltatschkerln.
Essa comilânça deu a Sisifo tamanha força e "sustânça" que finalmente conseguiu rolar a pedra até o topo da montanha,
livrando-se do castigo imposto pelos deuses do Olimpo.
abraços gastro-etílicos
Reinhard Lackinger
Bistrô PortoSol
Rua Cézar Zama, 51, Porto da Barra
40.130-140 Salvador, Bahia
3264-7339, 9963-6433
bistro@reg.combr.net
www.reg.combr.net/bistro.htm"
Valci Barreto
editor do bikebook.blogspot.com
do meu zine
colaborador do muraldebugarin.com
Um cantinho especial no Porto da Barra é o Bistro Porto do Sol. Vou lá com certa frequência.
Ali, come-se bem. A decoração e a música é uma viagem através da história do cinema . Quando comemos no Bistro, temos a sensação de estarmos na Hungria/Austria dos tempos das tavernas que matavam a fome dos passantes , caçadores daquelas épocas. Até o mal humor do taverneiro é bem representado pelo seu bem humorado proprietário, o faz tudo daquele templo de boa comida. Dele recebemos mais uma cronica que publicamos em MEU ZINE, para deleite dos seus leitores.
.....
"Toda vez que Dionísio vem ao Bistrô PortoSol, ele me sacaneia de uma forma ou de outra.
Desta vez, o cara de bode trouxe reforço... veio acompanhado.
Quando fui lá fora, estava ele sentado na mesa 11 e ao lado dele um sujeito exquisito com um enorme pedregulho a tiracolo.
Cumprimentei os dois e me sentei com eles... tentando adivinhar a troça do dia.
Dionísio mais risonho que nunca e o outro me olhando como se eu fosse um bicho exótico.
- Dionísio, não vejo nada de especial nesse cara, - disse o novato, apoiando o cotovelo na gigantesca
pedra ao lado dele. - Não vejo o que ele possa ter o que eu não tenha...
- Esse é o taverneiro do Bistrô PortoSol. Ele toca este local só com a ajuda da mulher Maria Alice e uma auxiliar.
É o restaurante austro-húngaro minúsculo com cardápio mais extenso do mundo.
Além de ser o idealizador desse espaço cult, ele cozinha junto com Maria Alice, é disk-jockey, garçon, caixa e segurança.
Ele verifica se o sanitário está sendo limpo de meia em meia hora, se o ambiente está confortável para a clientela e espanta
eventuais mendigos e demais figuras fora do contexto... de forma politicamente mais ou menos correta... -
- Só isso?- disse o colega de Dionísio, acariciando a pedrona.
- Não! Todos os petiscos e pratos são feitos na hora... e sem "mise en place" prévia. Cada cebola é descascada e cortada
na hora. Batatas idem. Todos os ingredientes escolhidos a dedo por ele são lavados antes de serem guardados na geladeira.
Além disso, todas as latas de refrigerante e todas as garrafas de cerveja e vinho são lavados com detergente antes de ir
ao refrigerador.
- Isso de fato é notável...mas não chega nem perto daquilo que eu realizo! - , disse o cara da pedra.
- Espere... tem mais... - Dionísio pegou mais algumas uvas da bolsa... cuspindo os caroços no asfalto da Rua Cézar Zama.
- Que pegadinha maluca é essa de hoje -, perguntei... - Quem é esse sujeito? -
- Você não conhece ele? Pois devia... metido a culto como você é... - Dionísio riu e encheu a boca com mais uvas.
- Já sei... é o produtor do Caceta & Planeta, ou do Pânico na TV ! -
- Besteira! Não está vendo a imensa pedra? -
- Ah tá... então só pode ser Obelix o gaulês com o menir dele -, disse eu, vislumbrando uma saída honrosa dessa situação
incômoda.
- Errou de novo... - disse Dionísio e virando-se para o companheiro disse:
- Com uma culinária artesanal, usando apenas a faca, a panela, sem falar das porções generosíssimas, ele tenta remunerar
o trabalho dos três, praticando preços ainda menores que os restaurantes que utilizam ingredientes cortados previamente
com processadores, cozinhando com fornos micro-ondas, fritadeiras.. Essa tarefa, meu caro Sisifo, é de lascar... concorda?
- Concordo! - disse Sisisfo. - Essa conversa me deu fome ... o cardápio parakaló.-
Dionísio e Sisifo comeram Carne suina defumada e Linguição com mostardas especiais, Fritada tirolêsa e de sobremesa Powidltatschkerln.
Essa comilânça deu a Sisifo tamanha força e "sustânça" que finalmente conseguiu rolar a pedra até o topo da montanha,
livrando-se do castigo imposto pelos deuses do Olimpo.
abraços gastro-etílicos
Reinhard Lackinger
Bistrô PortoSol
Rua Cézar Zama, 51, Porto da Barra
40.130-140 Salvador, Bahia
3264-7339, 9963-6433
bistro@reg.combr.net
www.reg.combr.net/bistro.htm"
Da Bahia a Nova York de Bicicleta!
Há 80 anos, baiano percorria as Américas de bicicleta...
(Por Lucas Fróes)
publicação extraida do jornal À TARDE.
Quem considera uma façanha heróica a viagem motorizada de Che Guevara pela América do Sul certamente não conhece a história de Rubens Pinheiro. Pois há 80 anos, o jovem baiano, então com 17 anos de idade, saiu de Salvador rumo a Nova York, nos Estados Unidos, pedalando uma bicicleta. Foram 18 mil quilômetros de um raid (jornada) que só terminaria dois anos depois. Um feito até então inédito. Se em 1952 o Che foi da Argentina à Venezuela junto com o amigo Alberto Granado – que escreveu um livro que deu origem ao famoso filme “Diários de Motocicleta”, de Walter Salles – Rubens Pinheiro teve como companhia apenas a sua bicicleta da marca alemã Opel durante toda a viagem.
Tudo começou quando Pinheiro conheceu o ciclista pernambucano Maurício Monteiro, que estava de passagem por Salvador rumo a Buenos Aires. Os dois conversaram e Rubens disse que sonhava em fazer uma viagem daquelas. Ouvindo isto, o pernambucano lhe Convidou para acompanhá-lo no resto da viagem. Rubens refutou, já que pouco entendia de ciclismo. O pernambucano ironizou-o, dizendo que nenhum baiano teria coragem de fazer uma jornada como aquela. Mas Rubens desafiou-o: “talvez haja um baiano que faça uma viagem maior que a sua”.
E faria mesmo. No dia 15 de março de 1927, o jornal soteropolitano Diário de Notícias destacava: “Eram 8 horas e 40 minutos hoje. Um rapaz, roupa de escoteiro, ao lado de uma bycicleta devidamente equipada, recebia os últimos adeuses dos seus camaradas na hora da partida para uma aventura realmente prodigiosa: cobrir, pedalando, as distâncias imensas que separam esta cidade de New York”.
Com foguetes, acenos de populares e companhia dos amigos nos primeiros três quilômetros, Rubens partia para uma viagem digna de desbravar a América. Logo viria o primeiro contratempo. Quando estava em Miguel Calmon, foi obrigado a retornar a Salvador, pois o filho do prefeito resolveu dar uma volta na sua bicicleta e acabou destruindo-a. Caminho de volta feito, bicicleta consertada e Rubens seguiu estrada. Pedalando rumo ao norte da Bahia, o ciclista atravessou a divisa do estado do Piauí. De lá passou por Maranhão, Pará e Amazonas. Neste trajeto, apenas no caminho a Manaus ele foi obrigado a pegar um navio. Mesmo assim, passou todo o tempo pedalando no interior da embarcação para, da maneira dele, também percorrer a distância.
Depois de sair do Brasil cruzando a fronteira com a Venezuela, passaria por Colômbia, Panamá, Nicarágua, Honduras, El Salvador, Guatemala e México, até entrar nos Estados Unidos, já em 1929. Mais algumas semanas pedalando em solo norte-americano e ele chegaria à Nova York no dia 1º de abril, onde foi recebido pelo cônsul geral do Brasil, Sebastião Sampaio, e ganharia um banquete oferecido pelos brasileiros residentes no bairro do Brooklin. Rubens ainda permaneceu mais dois meses nos Estados Unidos, trabalhando como pôde, até retornar ao Brasil.
Diários de bicicleta - Em sua bagagem, Rubens Pinheiro levou um caderno que preencheu com assinaturas de autoridades e das mais diversas pessoas que testemunhavam sua jornada e ofereciam suas boas recomendações para terceiros. Além disso, ele distribuía um cartão com sua identificação, numa forma elegante de pedir contribuições. Uma parte do que ganhava era enviado direto para a mãe, em Salvador. Na Venezuela, chegou a receber dinheiro do próprio presidente do país, o General José Vicente Gómez. No México, foi recebido em pessoa pelo presidente Emilio Portes Gil. Precisando levantar dinheiro para prosseguir viagem, Rubens se virava como podia.
Além das doações que recebia, ele fazia exibições ciclísticas e participava de corridas. Apelava também para a criatividade. Numa de suas estadas, fez amizade com um garoto que o conheceu com sua bicicleta na porta do colégio. Rubens deu dinheiro a ele, a um outro amigo e combinaram um plano: foram ao restaurante do hotel e deixaram cartões em todas as mesas, antes que os clientes chegassem. Quando a sala estava repleta, os garotos se levantaram, fazendo questão de serem notados, e deram o dinheiro a Rubens. Em ato contínuo, todos os presentes resolveram seguir o exemplo fazendo doações ao brasileiro. As situações inusitadas do trajeto foram muitas. No alto do Rio Negro, em plena selva amazônica, o baiano se perdeu e acabou passando dois dias em cima de uma árvore, com medo de uma onça que esperava pacientemente para “almoçá-lo”. Quando o bicho se cansou ele deu no pé, saiu correndo e esqueceu a bicicleta, que só foi recuperada dias depois.
Foi por manter contato com as pessoas mais diversas que Rubens acabou sendo companheiro de estrada de um homem que carregava dois revólveres. Era simplesmente o revolucionário nicaragüense Augusto César Sandino. Em outro lance da história, ele passou pelo Canal do Panamá e conheceu de perto os revezes da influência dos Estados Unidos na América Central. Em busca do ciclista perdido - Apesar da façanha, o nome de Rubens Pinheiro é completamente desconhecido dos órgãos esportivos. Federação baiana e confederação brasileira de ciclismo, comitê olímpico brasileiro ou mesmo historiadores, ninguém tem sequer uma pista sua. Tudo o que se sabe de sua história foi relatado no livro “Herói esquecido – Raid em bicicleta”, escrito e lançado por ele mesmo, em 1978, meio século depois da façanha.
Mas o amargo do esquecimento que ele se queixa no livro começou a ser sentido pelo baiano logo após o raid ciclístico. Quando chegou de navio no Rio de Janeiro, regressando dos EUA, Rubens não teve o apoio nem o reconhecimento desejado dentro do próprio país. Esperou duas semanas até conseguir uma audiência pública com o presidente Washington Luís. Quando se aproximou do mandatário, lhe contou da viagem pedindo também um emprego e uma passagem de volta para a Bahia. “O Brasil mandou você fazer alguma coisa?”, respondeu secamente o presidente, que seria deposto pela revolução de 30.
No mesmo dia da decepção na audiência, ele foi acolhido por Luis Lasaigne, diretor da Mesbla na então capital federal, que ficou sensibilizado com a história e lhe deu passagens de volta à Bahia. Em troca, Rubens deixou sua bicicleta para ser exposta na vitrine da loja. Na volta a Salvador, Rubens iria continuar dando mostras de que era um aventureiro por natureza. Se na infância ele aproveitava, escondido, as matinês do Cinema Olympia – além de ter fugido de casa para trabalhar –, agora, depois do raid, continuaria fazendo das suas. Organizou uma missa no Bonfim em que, ao final, desceu as escadarias montado de costas na bicicleta.
Uma vez na cidade natal, Rubens logo precisaria se organizar para trabalhar e ganhar a vida. Ele fazia o que aparecia pela frente. Primeiro tirou carteira de habilitação e trabalhou como motorista. Depois, chegou a ser guarda de trânsito. Mas certa feita um grande circo chegou à cidade. E chegou oferecendo um prêmio de um conto de réis para quem se habilitasse a andar de moto no globo da morte. Provavelmente não imaginavam que haveria um Rubens Pinheiro no caminho para topar a parada e ganhar o prêmio. Depois deste dia, seguiu viagem com um grupo mambembe. Largou a corporação e optou pelo circo.
===========
Nota do Bikebook: um filho de Rubem , também Rubem Pinheiro, atualmente vende selos, postais, moedas antigas, cartões telefônicos para colecionadores, em frente à sede dos correios na Pituba, Salvador-Bahia.
O Neto, também Rubem Pinheiro, é produtor cultual, camera man, morando na França.
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(Por Lucas Fróes)
publicação extraida do jornal À TARDE.
Quem considera uma façanha heróica a viagem motorizada de Che Guevara pela América do Sul certamente não conhece a história de Rubens Pinheiro. Pois há 80 anos, o jovem baiano, então com 17 anos de idade, saiu de Salvador rumo a Nova York, nos Estados Unidos, pedalando uma bicicleta. Foram 18 mil quilômetros de um raid (jornada) que só terminaria dois anos depois. Um feito até então inédito. Se em 1952 o Che foi da Argentina à Venezuela junto com o amigo Alberto Granado – que escreveu um livro que deu origem ao famoso filme “Diários de Motocicleta”, de Walter Salles – Rubens Pinheiro teve como companhia apenas a sua bicicleta da marca alemã Opel durante toda a viagem.
Tudo começou quando Pinheiro conheceu o ciclista pernambucano Maurício Monteiro, que estava de passagem por Salvador rumo a Buenos Aires. Os dois conversaram e Rubens disse que sonhava em fazer uma viagem daquelas. Ouvindo isto, o pernambucano lhe Convidou para acompanhá-lo no resto da viagem. Rubens refutou, já que pouco entendia de ciclismo. O pernambucano ironizou-o, dizendo que nenhum baiano teria coragem de fazer uma jornada como aquela. Mas Rubens desafiou-o: “talvez haja um baiano que faça uma viagem maior que a sua”.
E faria mesmo. No dia 15 de março de 1927, o jornal soteropolitano Diário de Notícias destacava: “Eram 8 horas e 40 minutos hoje. Um rapaz, roupa de escoteiro, ao lado de uma bycicleta devidamente equipada, recebia os últimos adeuses dos seus camaradas na hora da partida para uma aventura realmente prodigiosa: cobrir, pedalando, as distâncias imensas que separam esta cidade de New York”.
Com foguetes, acenos de populares e companhia dos amigos nos primeiros três quilômetros, Rubens partia para uma viagem digna de desbravar a América. Logo viria o primeiro contratempo. Quando estava em Miguel Calmon, foi obrigado a retornar a Salvador, pois o filho do prefeito resolveu dar uma volta na sua bicicleta e acabou destruindo-a. Caminho de volta feito, bicicleta consertada e Rubens seguiu estrada. Pedalando rumo ao norte da Bahia, o ciclista atravessou a divisa do estado do Piauí. De lá passou por Maranhão, Pará e Amazonas. Neste trajeto, apenas no caminho a Manaus ele foi obrigado a pegar um navio. Mesmo assim, passou todo o tempo pedalando no interior da embarcação para, da maneira dele, também percorrer a distância.
Depois de sair do Brasil cruzando a fronteira com a Venezuela, passaria por Colômbia, Panamá, Nicarágua, Honduras, El Salvador, Guatemala e México, até entrar nos Estados Unidos, já em 1929. Mais algumas semanas pedalando em solo norte-americano e ele chegaria à Nova York no dia 1º de abril, onde foi recebido pelo cônsul geral do Brasil, Sebastião Sampaio, e ganharia um banquete oferecido pelos brasileiros residentes no bairro do Brooklin. Rubens ainda permaneceu mais dois meses nos Estados Unidos, trabalhando como pôde, até retornar ao Brasil.
Diários de bicicleta - Em sua bagagem, Rubens Pinheiro levou um caderno que preencheu com assinaturas de autoridades e das mais diversas pessoas que testemunhavam sua jornada e ofereciam suas boas recomendações para terceiros. Além disso, ele distribuía um cartão com sua identificação, numa forma elegante de pedir contribuições. Uma parte do que ganhava era enviado direto para a mãe, em Salvador. Na Venezuela, chegou a receber dinheiro do próprio presidente do país, o General José Vicente Gómez. No México, foi recebido em pessoa pelo presidente Emilio Portes Gil. Precisando levantar dinheiro para prosseguir viagem, Rubens se virava como podia.
Além das doações que recebia, ele fazia exibições ciclísticas e participava de corridas. Apelava também para a criatividade. Numa de suas estadas, fez amizade com um garoto que o conheceu com sua bicicleta na porta do colégio. Rubens deu dinheiro a ele, a um outro amigo e combinaram um plano: foram ao restaurante do hotel e deixaram cartões em todas as mesas, antes que os clientes chegassem. Quando a sala estava repleta, os garotos se levantaram, fazendo questão de serem notados, e deram o dinheiro a Rubens. Em ato contínuo, todos os presentes resolveram seguir o exemplo fazendo doações ao brasileiro. As situações inusitadas do trajeto foram muitas. No alto do Rio Negro, em plena selva amazônica, o baiano se perdeu e acabou passando dois dias em cima de uma árvore, com medo de uma onça que esperava pacientemente para “almoçá-lo”. Quando o bicho se cansou ele deu no pé, saiu correndo e esqueceu a bicicleta, que só foi recuperada dias depois.
Foi por manter contato com as pessoas mais diversas que Rubens acabou sendo companheiro de estrada de um homem que carregava dois revólveres. Era simplesmente o revolucionário nicaragüense Augusto César Sandino. Em outro lance da história, ele passou pelo Canal do Panamá e conheceu de perto os revezes da influência dos Estados Unidos na América Central. Em busca do ciclista perdido - Apesar da façanha, o nome de Rubens Pinheiro é completamente desconhecido dos órgãos esportivos. Federação baiana e confederação brasileira de ciclismo, comitê olímpico brasileiro ou mesmo historiadores, ninguém tem sequer uma pista sua. Tudo o que se sabe de sua história foi relatado no livro “Herói esquecido – Raid em bicicleta”, escrito e lançado por ele mesmo, em 1978, meio século depois da façanha.
Mas o amargo do esquecimento que ele se queixa no livro começou a ser sentido pelo baiano logo após o raid ciclístico. Quando chegou de navio no Rio de Janeiro, regressando dos EUA, Rubens não teve o apoio nem o reconhecimento desejado dentro do próprio país. Esperou duas semanas até conseguir uma audiência pública com o presidente Washington Luís. Quando se aproximou do mandatário, lhe contou da viagem pedindo também um emprego e uma passagem de volta para a Bahia. “O Brasil mandou você fazer alguma coisa?”, respondeu secamente o presidente, que seria deposto pela revolução de 30.
No mesmo dia da decepção na audiência, ele foi acolhido por Luis Lasaigne, diretor da Mesbla na então capital federal, que ficou sensibilizado com a história e lhe deu passagens de volta à Bahia. Em troca, Rubens deixou sua bicicleta para ser exposta na vitrine da loja. Na volta a Salvador, Rubens iria continuar dando mostras de que era um aventureiro por natureza. Se na infância ele aproveitava, escondido, as matinês do Cinema Olympia – além de ter fugido de casa para trabalhar –, agora, depois do raid, continuaria fazendo das suas. Organizou uma missa no Bonfim em que, ao final, desceu as escadarias montado de costas na bicicleta.
Uma vez na cidade natal, Rubens logo precisaria se organizar para trabalhar e ganhar a vida. Ele fazia o que aparecia pela frente. Primeiro tirou carteira de habilitação e trabalhou como motorista. Depois, chegou a ser guarda de trânsito. Mas certa feita um grande circo chegou à cidade. E chegou oferecendo um prêmio de um conto de réis para quem se habilitasse a andar de moto no globo da morte. Provavelmente não imaginavam que haveria um Rubens Pinheiro no caminho para topar a parada e ganhar o prêmio. Depois deste dia, seguiu viagem com um grupo mambembe. Largou a corporação e optou pelo circo.
===========
Nota do Bikebook: um filho de Rubem , também Rubem Pinheiro, atualmente vende selos, postais, moedas antigas, cartões telefônicos para colecionadores, em frente à sede dos correios na Pituba, Salvador-Bahia.
O Neto, também Rubem Pinheiro, é produtor cultual, camera man, morando na França.
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domingo, 21 de outubro de 2007
BICICLOTECA III 21.10.2007
PASSEIO CICLISTICO, BICICLOTECA III
Valci Barreto
Editor do MEU ZINE e do
BIKEBOOK.BLOGSPOT.COM
-PUBLICADO NO MURALDEBUGARIN.COM
Pelo terceiro ano consecutivo, LÁZARO, do NATURABIKEAÇÃO, organiza o passeio ciclístico BICICLOTECA que leva livros e revistas para formação de bibliotecas comunitárias.
A comunidade escolhida para o de hoje foi a do MSTS, que ocupa, atrás da Igreja do Bonfim, a antiga fábrica de roupa TOSTER.
Segundo nos informaram José Raimundo, Rute , Silvana e Gramacho, líderes daquela comunidade, cerca de oitocentas pessoas ocupam aquele espaço, muitas delas, crianças.
Ficaram combinados três lugares para as agregações dos ciclistas do pedal de hoje: estacionamento ao lado de A Porteira, no Dique do Tororó, Marechal Rondom, de onde sairia o Naturabikeação e o Largo do Retiro, onde estavam o Amigos do Tony, onde taqmbém seriam realizadas gravações para o programa Rede Bahia Revista.
Entre outros, participaram do passeio os líderes dos grupos: Lázaro, Tony, Lindo Olhar, George Argolo, representando o Ciclobahia, Marcão do pedal da Academia Stillus, Tio Lu, Anjos de Bike, Gilson Cunha da ASBB e Valci Barreto, representando os Jabutis Vagarosos e muraldebugarin.com.
Tudo aconteceu como previsto: foram feitas as gravações, participu um número significativo de pedalantes, foi arrecadado o maior voulmes de livros e revistas de todos os passeios anteriores, as emoções pelos caminhos, passagem pela feirinha do Jardim Cruzeiro , paradas para fotos, divulgaçao de nossos passeios e o excelente contato dos ciclistgas com sua simpática e competente equipe do Rede Bahia Revista.
Para a gravação, a vedete seria, e foi, as relações afetuosas entre Tony, líder do Amigos do Tony , e dona Francisca, sua sogra. Genro, sogra e seus familiares elevaram o humor, deram o tom das brincadeiras em todo o passeio. Por pouco não passou a ser o PEDAL DA SOGRA. Mas foi lançado este, para os próximos dias ou meses.
Desde as vésperas que Lázaro vinha agregando pessoas, providenciado apoio da SET e Policia Militar, tendo o inestimável apoio do Gilson Cunha que , nestes últimos dias se dedicou ao passeio como se fosse o seu ASBB, levando, inclusive, uma bicicleta para dona Francisca, vez que a dela estava quebrada.
Emocionante o encontro de todos os grupos, ocorrido após a ladeira dos Motoristas.
Aproveitou o George Argolo, habilidoso cicloativista, para conclamar os Amigos do Tony para participar do Ciclobahia, o que foi garantido pela equipe.
Contemplando a beleza da cidade baixa, o mar da Ribeira , pedalando sob o olhares curiosos dos circunstantes, chegamos ao nosso destino, tendo sido muito bem recebidos pelos destinatários do Bicicloteca .
De logo, fomos agraciados pelo interesse de muitas crianças que foram, de imediato, apanhando, abrindo , folheando, lendo os livros doados, garantido os moradores , através de um dos seus líderes, Gramacho, que já está separado o local para a implantação da biblioteca naquele prédio.
Terminada a entrega, realizadas seções de fotos , agradecimentos , despedimo-nos e subimos até a Igreja do Senhor do Bonfim, que estava cheia de fieis em suas orações.
Da igreja os grupos se separaram , cada um seguindo o seu destino de retorno. Valci; George e seu primo Mauricio, que hoje foi batizado e demonstrou ter sido contaminado pelo vírus ciclístico; Eduardo; Tio Lu; Fausto, formamos um grupo e retornamos. Ficaram todos os participantes certoas de que realizamos um grande , alegre e proveitoso passeio. E que a missão foi cumprida.
O bicicloteca é realizado todos os anos, no mês de outubro. Mas ele é apenas simbólico porque, recomendamos a todos para ,mesmo em passeios individuais, que cada ciclista pegue uma revistinha infantil, um livro, ponha na sua mochila , ou vasilha e entregue em entidades como bibliotecas comunitárias, igrejas , clínicas pisiquiátricas, pequenos sebos, onde estes materiais são por demais aproveitados. Mesmos com livros e revistas usadas, um gesto simples como este pode mudar a vida de muita gente. E com certeza para melhor. Faça dos seus passeios diários um pequeno bicicloteca.
A divulgação pela Rede Bahia Revista, de passeios como o de hoje, em muito contribuirá para que mais pessoas possam estar nas ruas de bicicletas, realizando ações filantrópicas, ajudando na conservação do planeta, tornando viável o uso da bicicleta como lazer e meio de transporte, elevando o espírito de solidariedade entre as pessoas. Por tudo isto, os nossos agradecimentos, bem assim ao inestimável apoio da Policia Militar, Set, Pelotão Ágiua, para a segurança de mais este belo passeio.
Parabéns especiais para Railson, filho de dona Francisca, a sogra: Não pedalou. Porém, foi de carro, apoiando e levando centenas de livros e revistas para esta missão. Foi quem mais arrecadou e quem mais levou.
Agora, é só olhar as as muitas fotos postadas no muraldebugarin.com , em "galeria de fotos". Atuaram como "fotógrafos" : Valci, George Argolo, Gilson Cunha e Eduardo, um dos mais entusiasmado do passeio.
Curiosidade: Sòmente neste passeio o George veio a conhecer Gilson Cunha, Tony e sua sogra ! Não perdeu oportunidade: quer todos atuando no Ciclobahia!
Sugestão do Tony, aceita por todos: um café da manhã, respeitoso, sem barulho, mas com faixas reivindicatórias e um bate papo , em frente a casas de autoridades, inclusive do Prefeito, reivindicando equipamentos urbanos em favor das bicicletas. Desde a madrugada será feito um platão e serão convidadas as autoridades para tomar o CAFÉ REIVINDIATÓRIO DO TONY.
É aquela história, em cada passeio, um novo é gestado!
Mais dois foram apresentados hoje:
PEDAL DA SOGRA
CAFÉ DA MANHÃ REVINDICATÓRIO DO TONY.
Todos nós estaremos nos dois!! e nos outros que surgirem.
Sentimos a falta da nossa querida ITANINHA, que esteve em todos os BICLOTECA e hoje inaugura seu apartamento no estado do Pará, para onde se mudou.
Mas nos ligou falando de suas saudades.
-publicado no muradebugarin.com
e no bikebook.blogspot.com
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