CORDEIROS NO CARNAVAL, MAIS POLEMICA
Valci Barreto.
advogado
www.folhadoreconcavo.com.br
BIKEBOOK.B
Todos os anos estão ocorrendo conflitos entre cordeiros e blocos de carnaval. Com orçamento fechado, programado, com até mais de um ano de antecedência, e recebendo a cada ano uma pressão maior dos cordeiros por melhorias de vencimentos e condições de trabalho, o empresariado começa a reagir.
Com poder de barganha cada vez maior, a categoria dos cordeiros poderá, a qualquer momento, ter o destino que tiveram carregadores de malas em rodoviárias , aeroportos, carregadores de carrinhos de feira em mercados e assemelhados: simplesmente se exinguir.
Ninguém investe para ter prejuízo, nem para trabalhar em regime de inseguranças, incertezas .
Uma categoria que se tornou forte pelo seu número, apoios que recebem de militantes da política de um modo geral e de outras entidades de classe, o que é muito normal, e pela sua importância para o modelo do carnaval baiano, poderá ter seus dias contatos. Pelo menos é o que já insinua um dos grandes empresários do setor, Bulhosa, segundo matéria publicada na Tribuna da Bahia do dia 11 de fevereiro de 2011.
O poder econômico sempre encontra saída para seus investimentos . O capital somente tem piedade do sofrimento de quem lhe presta serviços até o momento em que não incomoda a tesouraria. Com reividicações cada dia mais onerosas, impondo cada dia mais pressão sobre o poder econômico, não faltará imaginação e poder ao empresariado para deles se livrarem.
Uma alternativa, uso de gradis, insinuada por Bulhosa, pode ser uma delas. A final, os blocos de carnaval quase não andam , com tantos apertos nas avenidas. O carnaval carioca não tem cordeiro e funciona muito bem. Se der uma mexidinha no baiano, ele também poderá sobreviver sem cordeiros, talvez oferecendo até maior conforto ao folião que paga.
Desenvolver uma atividade que hoje envolve bilhões de reais, para vê-la ameaçada por reividicações, ameças de greve, sempre às vésperas de carnaval, da “safra” ,não é de se ter como surpresa uma reação mais forte do empresariado da maior festa do planeta.
Em situações como as descritas na reportagem da Tribuna se capital e política , que sempre estão juntas, se entenderem , não haverá espaço para os cordeiros em um futuro bem próximo.
O carnaval baiano não é mais do pipoca, de um trio desfilando para o “povo pular”. É festa cara. E quem paga caro quer conforto. Este conforto já foi um dia dado pelos cordeiros. Hoje não mais. Podemos ser sensíveis às condições de trabalho deles. Mas o capital não tem nem pode coração maior do que a tesouraria. Gradis não comem, não adoecem, não abandonam posto de trabalho, muito menos faz greve . Não duvido de que eles venham a substituir os cordeiros, como as modernas maletas , outros equipamentos e decisões politico/adminstrativas afastaram de rodoviárias, estações de trens, aeroportos, portos, e até de supermercados, os carregadores de malas e de feiras.
Todos os anos estão ocorrendo conflitos entre cordeiros e blocos de carnaval. Com orçamento fechado, programado, com até mais de um ano de antecedência, e recebendo a cada ano uma pressão maior dos cordeiros por melhorias de vencimentos e condições de trabalho, o empresariado começa a reagir.
Com poder de barganha cada vez maior, a categoria dos cordeiros poderá, a qualquer momento, ter o destino que tiveram carregadores de malas em rodoviárias , aeroportos, carregadores de carrinhos de feira em mercados e assemelhados: simplesmente se exinguir.
Ninguém investe para ter prejuízo, nem para trabalhar em regime de inseguranças, incertezas .
Uma categoria que se tornou forte pelo seu número, apoios que recebem de militantes da política de um modo geral e de outras entidades de classe, o que é muito normal, e pela sua importância para o modelo do carnaval baiano, poderá ter seus dias contatos. Pelo menos é o que já insinua um dos grandes empresários do setor, Bulhosa, segundo matéria publicada na Tribuna da Bahia do dia 11 de fevereiro de 2011.
O poder econômico sempre encontra saída para seus investimentos . O capital somente tem piedade do sofrimento de quem lhe presta serviços até o momento em que não incomoda a tesouraria. Com reividicações cada dia mais onerosas, impondo cada dia mais pressão sobre o poder econômico, não faltará imaginação e poder ao empresariado para deles se livrarem.
Uma alternativa, uso de gradis, insinuada por Bulhosa, pode ser uma delas. A final, os blocos de carnaval quase não andam , com tantos apertos nas avenidas. O carnaval carioca não tem cordeiro e funciona muito bem. Se der uma mexidinha no baiano, ele também poderá sobreviver sem cordeiros, talvez oferecendo até maior conforto ao folião que paga.
Desenvolver uma atividade que hoje envolve bilhões de reais, para vê-la ameaçada por reividicações, ameças de greve, sempre às vésperas de carnaval, da “safra” ,não é de se ter como surpresa uma reação mais forte do empresariado da maior festa do planeta.
Em situações como as descritas na reportagem da Tribuna se capital e política , que sempre estão juntas, se entenderem , não haverá espaço para os cordeiros em um futuro bem próximo.
O carnaval baiano não é mais do pipoca, de um trio desfilando para o “povo pular”. É festa cara. E quem paga caro quer conforto. Este conforto já foi um dia dado pelos cordeiros. Hoje não mais. Podemos ser sensíveis às condições de trabalho deles. Mas o capital não tem nem pode coração maior do que a tesouraria. Gradis não comem, não adoecem, não abandonam posto de trabalho, muito menos faz greve . Não duvido de que eles venham a substituir os cordeiros, como as modernas maletas , outros equipamentos e decisões politico/adminstrativas afastaram de rodoviárias, estações de trens, aeroportos, portos, e até de supermercados, os carregadores de malas e de feiras.
Capital e Poder Politico sempre andam juntos. No caso de Salvador, se Prefeitura , Estado e o empresariado do carnaval se juntarem , os cordeiros poderão ter seus dias contados. E não é de duvidar que o folião que paga, que é quem hoje faz a festa ter a dimensão que tem, fique do lado dos três.
A defesa do folião pipoca, quem faz são intelectuais em programas de TV estatal. O que paga, quer se vê livre de pipoca e, se o cordeiro for junto, certamente melhor. O pipoca pode ter seu lado resolvido, com um "cala boca", de um ou dois trios, ainda que dos melhores, patrocinados pelo publico ou pelo privado.
Apertando mais a corda, a cabeça que rolará sem qualquer duvida, será a dos cordeiros. E a industria do ferro, aço e alumínio também comemorará.
Como se vê, é muita gente junta para ser vencida pelos cordeiros. Não creio que eles agüentem muito tempo. Pelo menos a História diz que não.
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