Valci Barreto
Editor do bikebook.com.br
Colaborador do muraldebugarin.com
Saí sozinho de casa às 8.40 horas, em direção ao ponto marcado para a saída do Jabutis de hoje que seria às 09 horas, na ciclovia da Centenário. Investi os vinte minutos circulando pelas imediações do Shopping Barra, buscando encontrar a loja de roupa feminina DENISE PITHON, no Jardim Brasil,para dar dica aos românticos namorados para presentear suas amadas no dia 12.06.Encontrei-a fechada , por conta do feriado, mas contemplei , através das portas de vidros, as modernas e belas roupas expostas .
Após a descoberta , retornei para a ciclovia da Centenário, avistando Diógenes que me aguardava. Neste momento, recebo um telefonema de Rose que por ali também circulava na companhia da já batizada nos Jabutis, Inês ,no seu terceiro pedal no grupo.
Decidimos ir ao bairro do Santo Antonio , Centro Histórico, passando pela centenário, Vale dos Barris, Dique do Tororó, Sete Portas, onde encontramos com o senhor Alfredo, dos livros usados, que hoje não os expôs.
Subimos pela ladeira do Aquidabã, alcançando o Cruzeiro, seguindo para o Largo de Santo Antonio encantando-nos com sua beleza, frescor, cores, idosos tranqüilos nas janelas dos seus belos, coloridos e antigos casarões coloniais. Chegamos ao largo, que se encontrava todo tomado de barracas prontas para os festejos do santo casamenteiro. No largo, várias pessoas sentadas nos bancos da pracinha lembrando tempos passados das nossas cidades.
Curiosas, Rose e Inês quiserem conhecer o interior do Forte onde funciona um centro de estudos de capoeira. Ocorria naquele momento aula teórica de capoeira para um grupo de estrangeiros.
Visitamos aquele patrimônio da nossa história que guarda, entre outras, a dos presos políticos da Revolução de 64, a exemplo do Emiliano José, Jornalista , professor, escritor e politica paulista, radicado na Bahia.
Recebemos no caminho um telefonema de Deraldo Dias/Tereza e marcamos de nos encontrar no Terreiro de Jesus, na Sorveteria Laporte.
Deixamos o Forte, seguindo pelas ruas do bairro , vencemos a famosa “ Ladeira do Pelô”, buscando, no Terreiro de Jesus, a sorveteria, onde encontramos Deraldo e Tereza. Era 10.45. A sorveteria abriria às 11 horas. Preferimos seguir para a Cubana do que esperarmos os 15 minutos para a abertura.
Na Praça Municipal estavam os fiéis da Igreja Católica se preparando para a missa do Corpus Cristie, que há 400 anos ali é realisada, segundo explicações dos padres que falavam ao microfone.
Encontramos o nosso amigo do grupo Itapagipe é do Pedal, que vende bandeiras na região do Pelourinho, montado em uma bicicleta dobrável que nos contou te-la adquirido mediante a troca da mesma por algumas bandeiras, realizada com turistas estrangeiros.Propus-lhe a compra , naturalmente e de imediato recusada...
Tomando sorvete, aproveitei para “apresentar “ para a mineira Tereza, o famoso bolinho de arroz da cubana, que ela não conhecia. Disse ter adorado.
Diógenes se despediu do grupo, seguindo para casa.
Assitimos toda a missa, chegada da procissão e decidimos: vamos almoçar na Escorial, na Barra. Na Carlos Gomes aproveitamos para visitar a Caixa Cultural, que expõe obras e historias do arquiteto Brecheret, e PIERRE MENDELL - CARTAZES, com textos biográficos e belas obras do consagrado artista gráfico alemão.
Após, seguimos pela Carlos Gomes, Vitória, Ladeira da Barra, Porto da Barra entrando no beco que dá acesso ao Bistrô Porto do Sol, o “pedacinho da gastronomia do império austro-hungaro na Bahia". Ali estavam o Reinhard e sua esposa que mantém a casa do único e verdadeiro salsichão daquele antigo império. Estavam arrumando, limpando a casa para receber seus clientes à noite. Rose e Inês aproveitaram para conhecer o interior da casa, decorada com cartazes dos filmes que fizeram a história do cinema, prometendo uma visita para experimentar as suas iguarias.
Despedimo-nos do casal, buscando a Escorial pela rua da Associação Atlética da Bahia. A casa estava cheia mas havia ainda mesas que foram arrumadas para nós pelo patriarca da família proprietária da Escorail.
Aí demoramos! Havia muito o que falar, muitos projetos para o Jabuti, muita literatura com Tereza, coisas de natação com Deraldo, viagens da engenheira Inês pelos cantos da Bahia e promessas de pedalarmos nos locais em que ela estiver trabalhando. Coversa animada dando novos rumos aos Jabutis. e aos pedais baianos. Até projeto de fazer camiseta para os Jabuitis, e Jabutis com leituras de textos literários, foram elaborados . Nenhuma proposta foi recusada. Nazaré das Farinhas, o pedal que parece que não sai, também foi tratato. Certamente sairá logo depois do São João.
De todas as propostas, uma já está garantida, sugestão de Deraldo:
“ Forró dos Jabutis” , dia 19.06, às 20 horas, no Restaurante Sertão Bom, na Pituba.(33467449) E, mais ou menos acertado, com 90 por cento de acontecer, o do próximo domingo para São Tomé de Paripe, com almoço no Boca de Galinha.
Acompanhou-nos no almoço minha querida Ró freqüentadora assídua da Escorial. Pena que não vai de bicicleta.
Bem atendidos, estômagos saciados com as delícias da Escorial, preparamo-nos para as fotos, como sempre acompanhados da matriarca da casa, dona Elvira e seu filho Francisco. Aproveitamos a presença do padre Sadoc, que almoçava no mesmo restaurante/loja, em companhia de amigos fiéis da Igreja, e pousamos ao seu lado para o registro do significativo momento.
Retornamos para nossas casas, certos do dever cumprido neste dia de Corpus Cristie.
publicado no muraldebugarin.com e
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