Um baiano, Rubens Pinheiro, pedalou de 1927 a 1929 , de Salvador a Nova York, em bicicleta Opel, tipo a Barra Forte de hoje, sem marcha. Andou no plano, areia, matas, por meio de indios e florestas. Algumas pessoas dizem que não dá para pedalar em Salvador "por causa das ladeiras". Outros dizem "por causa dos carros".
Pois bem, não há ladeiras em Salvador para bicicleta. A cidade é plana e os pequenos aclives podem ser vencidos empurrando a bicicleta, em menos de dez minutos, tempo menor do que esperas em ônibus em alguns dias e horários. Pode-se pedalar de Práias do Flamengo, até a Ribeira, Suburbana, sem subir uma ladeira sequer.
Com treino, buscando vias e espaços alternativas, pode-se também fugir dos carros. Há muito espaço para isto. O que afasta as bicicletas das ruas é o excesso, o exagero como o carro é usado e a falta de cultura em relação à bicicleta. Milhares de pessoas já circulam em suas magrelas pela nossa Capital.Há perigo, mas com cuidados podemos fugir dele. Temos feito isto.
Pois bem, para ir para Nova York, Rubem Pinheiro não precisou de bicicleta com marcha.
Quse não havia carros à época, mesmo nas cidades. Mas haviam ladeiras, indios ainda não civilizados, e onças, estas tão perigosas como os animais do transito dos nossos dias. Rubens fugiu do periogo da onça e do indio. Dá para fugir também dos animais que dirigem veiculos em nossas grandes cidades.
Ou seja, dá para pedalar em nossa Capital e já fazemos isto.
Este Livro, da nossa coleção, conta a aventura do ciclista Rubem Pinheiro.
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