quarta-feira, 17 de novembro de 2010

RELATO DA VIAGEM A TEODORO SAMPAIO - GRUPO ITAPAGIPE É DO PEDAL



04h45min da manhã do dia 13 de novembro de 2010. Dia e hora combinado para o inicio do pedal a Teodoro Sampaio. Tudo pronto, uma ultima checada na bagagem, e saí em direção ao largo da madragôa. Imediatamente chegou Rodrigo Gaucho, amante de ciclodesafios. Resolvemos não esperar mais, e partimos. Passando pelo Largo do Tanque encontramos com Israel no local combinado e fomos pela av. San Martin, encontrando Bigode no largo do retiro. Observamos que ele foi de speed. Jorge do Apito não apareceu, seguimos pela BR 324 e encontramos Barbudo no ponto da Brasil gás. Seguimos em frente, e logo após Águas claras, o pneu de Bigode estourou, em conseqüência do péssimo estado em que se encontra o acostamento. Notamos que o pneu rasgou um pouco e não agüentaria a viagem, resolvemos que tentaríamos ir até Simões Filho para a compra de novo pneu. Chegamos a Simões Filho sem outros incidentes, antes das sete horas da manhã. Comercio todo fechado. Bigode resolveu que ficaria por ali mesmo e que deveríamos seguir sem ele. Tudo acertado, seguimos em frente, combinando parar no posto sanca para o lanche. Como não tenho costume de comer de manhã cedo, esqueci que a pedalada seria longa e não me alimentei, o que me fez sentir um certo mal estar e diminuir o rendimento, atrasando um pouco o pedal, mas chegamos ao posto sanca por volta de 09h30min, o combinado seria 09:00hs. encontrando o posto movimentado por conta do feriadão, porém como sempre os alimentos apetitosos que são servidos com seu cheiro convidativo, era uma tentação, e o atendimento do Balconista Leo, (Leandro), como sempre atencioso, sugerindo este ou aquele prato, nos fez sentir-mos em casa. A Caixa Cleide nos deixa a vontade para escolher o que for de nosso agrado. E por fim o proprietário Sr. Celso, gaucho atencioso de um lado ao outro do estabelecimento, nos perguntando se foi bem servido, se deseja mais alguma coisa, orientando os funcionários... Realmente um local digno de se visitar, com estrutura adequada alimentos de primeira, vale à pena. Chamou-nos atenção um cabritinho preto, correndo para um lado e outro, atrás de um funcionário que arrumava o local, com seus pulos e corridas, uma graça. Aconselho aos pedalantes sempre que passar pelo local dar uma parada para conferir. O local tem sanitários com banheiros sem custo algum. Mas tínhamos que seguir em frente, e lá fomos nós. Antes de chegar ao viaduto de São Sebastião, Israel recebe um telefonema informando que seu pai não se encontrava bem e solicitava a presença do mesmo em Salvador, o que fez com que ele retornasse, tendo nós três, eu Barbudo e Gaucho seguido em frente. O sol resolveu que deveria nos massacrar um pouco, e tornou-se inclemente, nos forçando consumir bastante água, o que nos fez dar uma parada rápida próximo ao viaduto de Santo Amaro, par abastecer as garrafas numa barraquinha improvisada. Daí em diante não encontramos mais local para nos abastecer, deparando com os acostamentos destruídos, com verdadeiras crateras, passagem de pontes sem espaços para ciclistas ou pedestres, tornando o pedal um verdadeiro desafio. Passamos pela entrada de Terra Nova e seguimos, sendo que em dado momento fui acometido de câimbras, tendo que parar mais uma vez. Pela frente, foi Barbudo que se escondeu por baixo dos bambus para fugir do sol inclemente. Chegando a localidade de itapetinguí, onde está sendo construída a praça de pedágio, contamos com a boa vontade dos funcionários e seguranças, que nos convidou a descansar um pouco e beber água gelaa, no bebedouro da empresa. Um verdadeiro Oasis, para quem já havia pedalado 74 km com o sol escaldante. Daí veio o desafio da ladeira da imbira, 04 (quatro) km de subida, sem nenhuma sombra, mas vencemos e encontramos na entrada de Amélia Rodrigues a barraca das Plantas, com o atendimento nota dez de Giovane e sua tia, com água de coco geladíssima e local pra descansar, um local entre as plantas onde podemos nos molhar a vontade com água da mangueira ali instalada. O local é também por demais aprazível, contando com uma variedade de plantas para comercialização, bem como frutas e doces. Abastecemos-nos e seguimos em frente, não sem antes prometer voltar outras vezes que por ali passar. Logo chegamos ao posto São Luiz e entramos pra Conceição de Jacuipe (Berimbau), onde encontramos na barraca do Sr José Paulo uma raiz de mandioca de 2:20m (dois metros e vinte) e 46 kg. Mas aí começou a parte de trilha, logo após a localidade de Picado, com bastante subidas e descidas, o que fez com que o humor de Barbudo fosse abaixo, dando lugar ao stress. Principalmente na serra do pau Brasil, com duas ladeiras íngremes e com pedras soltas, uns três km de pura adrenalina. Vencido o obstáculo, 01 (um) km de terreno plano, e 03 (três) km de descida, para chegar-mos á cidade, onde nos esperavam vários ciclistas mirins da localidade, sob o comando de Jai, com seus 12 (doze) anos de paixão pelo ciclismo, que acompanha pela TV todos os eventos da modalidade. Fomos para o restaurante de Dona Marta, no Mercado Municipal, com seu tempero apetitoso que nos aguardava, bem como Antonio Valente, o prefeito da cidade que nos deu as boas vindas, tendo o funcionário Tami, que cuida do mercado, providenciado para que tomássemos um belo banho antes do almoço.

Estava combinado que no outro dia seguiríamos até Lustosa, Alagoinhas, Buracica e Jacu, retornando na segunda feira por São Sebastião do Passe e Candeias, mas um telefonema de Israel nos informou que ao chegar de volta em Salvador, seu pai havia falecido, o que nos fez cancelar o restante do pedal e retornar para Salvador, em respeito e solidariedade ao companheiro pela irreparável perda.

Pedimos desculpas ás pessoas que ficaram a nos esperar nos locais agendados, prometendo fazer o restante do trajeto logo que possível.

Grupo Itapagipe é do Pedal

(TODAS AS FOTOS DESTA AVENTURA ENCONTRAM-SE NA GALERIA DE WWW.MURALDEBUGARIN.COM)

Um comentário:

Itana disse...

Aproveito para parabenizar Ruy pelo pedal, companheirismo e pelo excelente texto que nos foi enviado. Seu texto está digno de um "Jabuti", ou seja, relatou detalhes, lugares e amizades que fizeram pelo caminho dessa emocionante aventura.
Show !
Grande abraço a todos os aventureiros !