Valci Barreto
Editor do bikebook.com.br
Colaborador www.folhadoreconcavo.com.br
Muraldebugarin.com
valcibarretoadv@yahoo.com.br
Na estatística da violência que mutila, mata, provoca dores físicas e psicológicas a tanta gente, está a agressividade, falta de respeito , brutalidade, a forma egoísta como muitos dirigem seus veículos.
Segundo matéria publicada hoje, dia 23.02.2010, no Correio, dirigindo na contra-mão ,mais um motorista vitimou alguém ; e desta vez uma criança ,cheia de vida, com apenas 3 anos de idade.
O bom senso, a busca por melhores dias para todos nós, não deve ser buscada no sentido de abandonarmos as bicicletas. A busca deve ser por ações de governo , da família, da sociedade, no sentido de punir exemplamente não apenas quem mata no transito , mas quem desobedecer às regras básicas, firmadas pelo Estado como necessárias à segurança mínima no transito.
A animalidade dos nossos motoristas é revelada em frente às padarias, escolas, sinaleiras, na falta de respeito a quem está em sua frente, seja de carro, moto,bicicleta ou pedestre.
Mesmo sem incluir as tragédias com ciclistas, os acidentes de transito no Brasil matam bem mais pessoas do que muitas guerras que estão acontecendo em nosso Planeta.
Nossos motoristas utilizam buzinas agressivas para chamar filhos em escolas, pessoas até em décimo segundo andar de um prédio, acionam motores e luzes para que alguém saia correndo da sua frente, seja carro, moto ou bicicleta. Buzinadas são feitas até em portas de hospitais, revelando a falta do mínimo de respeito até por velhos e doentes. Nas sinaleiras, antes mesmo de o sinal abrir para os veículos, motoristas acionam, agressivamente, buzinas luzes e motores.
Elevado número de motoristas, notadamente de ônibus e taxis, sem dúvida os mais agressivos em relação aos ciclistas, jamais respeitam a distancia que deve manter o seu carro de uma bicicleta circulando; não respeitam o direito de preferência, assegurando por lei ao ciclista. Ao contrário, a sua ignorante visão é de que a bicicleta está “atrapalhando o transito”, mesmo quando está a bicicleta circulando em obediência às normas que regulamentam o seu nas vias públicas.
Quem prestar atenção a um ciclista pedalando em locais como Avenida Centenário e Dique do Tororó, dez minutos são suficientes para testemunhar o quanto de brutal é a forma de dirigir de muitos motoristas de ônibus e taxi, quando estes tem a bicicleta em sua frente, ou circulando d e froma correta na pista.Em vez de respeitar as normas , os motoristas “espremem”, “tiram fino”, acionam buzinas e motores agressivamente, ultrapassam-na sem obediência ao dever de afastar-se e de ceder-lhe a preferência imposta por lei. O comportamento é como quem diz: “aqui não é lugar para bicicleta”. “ A rua é só do carro”.
Muitos ciclistas , de igual forma forma, pedalam sem o mínimo de respeito a carros, ciclistas e agridem pedestres; muitos dirigem na contramão, supondo melhor segurança, o que é um grande erro.
Como as lições que já foram ministradas pela lei , imprensa, novelas, pelos cursos de reciclagem estão sendo ignoradas, o caminho é a punição. E para que esta aconteça, toda a coletividade, escolas, imprensa , família, igrejas devem-se envolver na busca de uma efetiva ação do Estado, vez que a regra , lamentavelmente, tem sido a omissão.
Há acidentes de transito que são fatalidades, muitos deles provocados pelo próprio ciclista ou pedestre. A maioria, no entando, demonstram as estatísticas, resulta da brutalidade, falta de atenção, de respeito ao cidadão , aliada à falta de punição ao infrator.
Diz-se que das tragédias são extraídas grandes lições. Vamos torcer para que o Estado, e a sociedade como um todo, não espere por mais tragédias para começarmos a mudar, punindo exemplarmente os motoristas que matam, mutilam, desrespeitam as leis de trânsito; e que sejam punidos os que vitimaram Edmundo e Gabriela porque , se não mataram por vontade, por descuido, por desrespeito à normas de transito, o que o processo irá demonstrar, na melhor das hipóteses para eles, motoristas, cometeram crime de omissão de socorro.
Parabéns, mais uma vez, ao Correio ,e à competente reportagem do jornalista Bruno Menezes , que trazem muitas lições para todos nós.
publicado no bikebook.com.br
e no muraldebugarin.com
Editores: VALCI BARRETO, Advogado, estudante de jornalismo. Fones: 9999-9221 (Tim), 3384-3419 e 8760-7969 (Oi). Email: valcibarretoadv@yahoo.com.br. Colaboradores: Itana Mangieri, Alberto Bugarin e Sérgio Bezerra. Todos blogueiros, cicloativistas e amantes de livros, fotos e videos - Interesses do Blog: reportagens, artigos, com destaque especial para passeios de bicicletas, livros, cultura em geral, cicloativismo, cicloturismo e educação para o trânsito. Colaborações serão sempre bem vindas.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Quando os candidatos a eleição para a Prefeitura de Salvador travavam suas guerras pessoais, em certo debate o candidato Walter Pinheiro apresentou o seu plano cicloviário para a cidade. Mais rápido do que nunca, cerca de dois dias depois o Sr. João Henrique Carneiro fez um vídeo lindo mostrando como seriam implantadas as ciclovias em Salvador caso ele fosse eleito. Mas cadê a ciclovia?
Esses políticos fazem de tudo pra se eleger e os idiotas aqui não costumamos cobrar as promessas.
Cadê seu João?!!!
Vc esta falando dos seu medo, mas vc não se posiciona no trafego para mostrar sua posição tanto de bike como de moto ou velocipede, quando digo vc digo todos.
O importante é a sua posição, isso não que dizer que fique desatento pelo contrario tem que se ficar mais atentos mas não deixar o outro mostrar sua insatisfação com vc na pista de rolamento.
Bugarin ciclista, motociclista a mais de 45 anos e ainda vivo.
Postar um comentário