MENINAS AO VENTO “INVADIU” CENTRO DE SALVADOR
Valci Barreto
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Na saída do Meninas ao Vento do Largo da Mariquita, após as 18 horas de hoje, Ama Elisa anunciou para o grupo:
-Hoje vamos tomar sorvete na Cubana!
-Oba!! EHHH! , foi o que se ouviu das “Meninas ",que já estão revolucionando nossos costumes em relação à mobilidade urbana na Capital Baiana.
Os pedais anteriores tinham como limite o Porto da Barra. De sorte que, ultrapassar a a Ladeira da Barra, mesmo empurrando as bicicletas, Vitória; Av Sete; Praça da Sé, ida e volta , seria uma grande façanha.
Duas, não sei se mais alguma, não conseguiram vencer o novo desafio, mas seguiram de carona para tomarem o sorvete e comer o delicioso bolinho de arroz da Cubana.
Confesso que, mais uma vez, senti-me realizado em ter participado da festa.
Deixo aqui registrada a educação, o respeito, e o carinho destinado pelos mais experientes aos novos pedalantes, notadamente por Roque, Márcia, Ana Eliza , Clemont , Pablo , Guiné e outros mais. Este comportamento educado, nobre até , é um dos maiores estímulos para que mais pessoas cheguem e se sintam à vontade. Não se ouve frase em que não esteja presente as expressões: “paciência”, “vá devagar”, “aperte um pouco o freio”.
As meninas, afagadas pelo frescor da noite de hoje, o gelinho do sorvete da cubana, “temperado “ pelo bolinho de arroz, só não foi perfeita porque ainda falta Sorveteria da Ribeira, Almoço no Boca de Galinha; Praia do Forte; Aracaju e o Vale do Jiquiriçá que, anunciado por mim na Cubana, mereceu o mesmo “Oba”! ouvido no Rio Vermelho.
Invadido o centro da cidade pelas “Meninas!, pouca gente notou a feiúra, a escuridão, o mal trato , a indigência , o crack presentes nos seus becos, ruas e esquinas daquela geografia .
O passeio permitiu-me imaginar toda aquela feiúra afastada pela presença de milhares de criaturas belas , alegres, nobres, educadas, montadas em suas bicicletas.
Voa a minha imaginação na direção da beleza, candura, educação, respeito e beleza que espalharão estas meninas pelo nosso centro histórico para nos permitir passeios que nos tragam o vento, a brisa, a arquitetura, os sabores , cheiros, imagens , sons , estrelas e luzes de Mar Grande, apagadas pelas mazelas dos nossos tempos .
Que outras pessoas descubram estes prazeres, sensações, tão baratas, tão sadias e gostosas, e tão próximas de nós, que o carro, a pressa, o medo, vêm escondendo de tanta gente que, sequer, conseguem imaginá-las possíveis, tão refém que se encontram do carro, da TV, do medo e até da preguiça por estes provocados.
Até os próximos, em direção à Ribeira; Paripe; Praia do Forte; Vale do Jiquiriçá... e ao INFINITO, na companhia das Meninas e das nossas bicicletas.
-05.011.2011-
Um comentário:
Valci escrever vc sabe, fotografar tb cadê as fotos. Esse txt ficaria mais eloquente se fosse mostrado as ações nas fotos.
De qualquer forma parabéns por escrito e por ter ido.
Bugarin
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