REUNIÃO PUBLICA, NESTE CASO, SERVE MESMO PARA QUE?
Valci Barreto
advogado em Salvador,
estudante de Jornalismo
valcibarretoadv@yahoo.com.br
Conheço Zezeu Ribeiro, foi meu colega da Car e por ele tenho grande apreço como cidadão e político que é. Porém, a estes debates costumo ira, mas se no dia estiver totalmente livre. Não faço esforço nenhum para comparecer, por motivos bem simples:
Primeiro porque , quase todos eles começam desrespeitando quem comparece no horário combinado. Alguns têm inicio agendado para 13 horas e começam duas ou três horas a mais. como se o tempo dos outros não tivesse qualquer importância. Perde-se muito tempo aguardando os membros da mesa, inicio dos trabalhos e , realizados em dias de semana, somos impedidos pelas agendas de trabalho.
Acho que nós, cicloativistas, estamos prestando nossa contribuição com idéias que hoje deitam em todos os gabinetes , em todas as burocracias. Sei que as sementes estão lá e poderão gerar frutos.
Porém, acho que nossos agentes públicos já deveriam nos ter presenteados , pelo menos com autorização para acessos de bicicletas pelos planos inclinados, , Elevador Lacerda e escadarias da Lapa.
Quando o poder público nos impede de transportarmos nossas bicicletas neste equipamentos, estão ferindo a lei que diz:
-empurrando a bicicleta, o ciclista goza dos mesmos direitos do pedestre-
Apesar de reinvidicação antiga, boa vontade alguns políticos, formulada há mais de vinte anos através de textos nossos , e protocolos há mais de cinco anos, a situação permanece a mesma.
Se uma reivindicação desta, cujo atendimento seria apenas o cumprimento da lei, não é atendida, como podemos acreditar em audiências publicas para tratar de temas mais complexos e que dependem de maires recursos como bicicletários , banheiros e suporte para transporte de bicicleta em Ônibus, por exemplo?
Barcos que transportavam bicicletas da Ribeira para regiões da Suburbana não mais o fazem.
O transporte de bicicleta para a ilha , via Mar Grande, não sei como hoje está, era gratuito. Começaram a cobrar caro, como uma forma de impedir o acesso de bicicleta.
O próprio ferie boat, não sei hoje também, mas tentamos atravessar e queriam nos obrigar a retirar rodas das bicicletas: o carro entra com quatro pneus, nenhum é retirado. A bicicleta tem que ter seu pneu retirado, sem qualquer razão. Em algumas situações, como ônibus interestaduais, entende-se tal necessidade, porem, em relação ao Ferrie, chega a ser uma ignorância desmensurada. E pagamentos taxa de embarque.
Não sei como hoje está, mas tudo que estou relatando foi por mim e por meus amigos testemunhado.
Acho perda de tempo. Para não deixar dúvida: quem puder ir e levar nossas mensagens, otimo. se puder irei. Mas acho que muito mais proveito teremos se nos permitirem, por exemplo o acesso aos orgãos publicos , de bermuda, pelo menos quando estivermos de bicicleta. Em uma destas reuniões , um bicicleteiro foi de berbuma e foi impedido de participar: tinha que estar de calça. Ou seja para estes agentes de "audiência publica", nada a ver com o Secretário Zezeu, mas com uma cuoltura ante bicicleta, que prefere ouvir um engravatado , engenheiro de transito que nunca montou ou não monta em bicicleta, porque de calça, do que um bicicleteiro que muito mais tem o que dizer.
Elejo, assim, para nossas reivindicaçoes o trabalho nas ruas, que muito mais produzem do que tantas e improdutivas reuniões.
O tempo que se gasta em uma reunião desta, poderia ser bem melhor aproveitada fazendo , os que puderem, um passeio para a CLN, que tem, no pedágio de acesso ao litoral norte uma placa "Proibida passagem de bicicleta"!!!
Há pedido de ARYGIL, PROTOCOLADO NA CLN, há mais de três meses. O fato foi participado ao Secretário NEI CAMPELO , que prometeu uma solução mas lá continua a placa.
Um bicicletário, embora improvisado, pelo ex vereador Valdenor Cardoso, ao lado da Prefeitura, FOI ARRANCADO!
oU SEJA PARA COLOCAR PLACAS DE PROBIÇÃO, ARRANCAR BICICLETARIO, proibir acesso de bicicleta pelos Elevadores, planos inclinados , ferries e Lanchas, basta um telefonema ou um recado.
Para falar de reivindicações que já são de domínio de todos os técnicos, tem que ter audiência pública. Aí pergunto, para que?
Recentemente, como passava por uma delas, marcada para as 14 e começada às dezesseis, no Palácio Thomé de Souza, perdi meu tempo vendo apenas a exibição de um vídeo que, sem qualquer sentido, poderia ser visto na internet.
Pelo vídeo, Salvador teria mais ciclovias do que , quem sabe, cidades européias. E isto até antes da Copa( santa salvadora...), mais uma destas brincadeiras que fazem conosco.
Conclamo os bicicleteiros para, em vez de perdermos tempo assistindo a estas audiências públicas, no mesmo dia e hora, pedalarmos pela frente do local onde elas ocorrem, deixarmos lá nossas reividicançoes e sairmos panfletando nas ruas pedindo aos motoristas para terem respeito pelas bicicletas.
No mesmo dia e hora destas audiencias, podeeriamos pegar nossas bicicletas e munidos de reivindicações escritas, deixamos nas tais reuniões o que todos eles já sabem que queremos: respeito a quem está em bicicleta.
Se os motoristas nos respeitarem, notadamente os motoristas de ônibus, disparadamente os mais violentos contra nós, não precisamos de ciclovias, ciclofaixas, audiências públicas para nos mostrarem o que já sabemos por todos os meios disponíveis na mídia em geral.
Faço questão de ressaltar: nada contra qualquer político, muitos menos em relação ao estimado Zezeu Ribeiro.
Ao contrário, fui um dos que no curso deste nosso movimento, convidei e apoiei políticos em nossos passeios, apesar de muitos ciclistas, erradamente, afirmarem que “políticos só queriam ali estar para se aproveitar”.
Jamais comunguei com este pensamento, sabedor que sou de que nenhuma obra virá sem a atuação dos políticos.
Mas que elas venham de forma que não precise de tanta reunião, tanta burocracia, tantos projetos porque, para os carros, nunca precisou. Sabe-se que Salvador não tem atendido à demanda de vias para carros. Porém, mesmo assim, vejam quanto já se gastou e se gasta em novas pontes, avenidas, estradas, ampliações e contruções, com milhões aplicados para os carros enquanto para as bicicletas os espaços são cada vez mais reduzidos.
Em vez destas reuniões, conclamo nossos agentes públicos, ligados aos projetos de mobilidade, que apenas façam uma visita a países que tem a cultura do respeito à bicicleta. Irem à Europa para estes projetos, não precisa: todos os nossos políticos já visitam estes países, inclusive China, para saberem como funciona. De retorno destas viagens , o que temos são alguns parques com nomes de ciclovias, como a da Centenário.
Proponho aos nossos cicloativistas que e ao Zezeu que, em vez de Reunião Pública para tratar de mobilidade, pelo menos na parte que diz respeito aos ciclistas, façamos um passeio pelos nossos elevadores , com uma placa para serem postadas em nossos elevadores:
“Pedestres autorizados a passar, empurrando a bicicleta”.
Um passeio até a CLN para retirar a placa insinuando a proibição de passagem de bicicleta.
Leis em favor de banheiros em pontos estratégicos de maior movimentação, como teatros, cinemas, casas de shows, rodoviárias , só para começar.
Reconheço os esforços de alguns políticos em favor das bicicletas , mesmo porque alguns pedalam ou pedalaram conosco como Valdenor Cardoso, Everaldo Augusto, Reginaldo Oliveira, que , não tenho duvidas, continuam dando alguma atenção aos movimentos dos ciclistas e levando nossos recados aos órgãos públicos.
Esperamos que o Secretario Zezéu Ribeiro seja mais um deles.
Aproveito para pedir aos organizadores destes eventos que, inclusive, permitam o acesso às reuniões de bicicleteiros que estejam de bemuda: um deles foi barrado a uma destas audiências porque não estava de calça. Lá dentro, estavam várias pessoas, que só conhecem bicicletas através de desenhos, passeios em condomínios ou pranchetas de engenharia.
Enquanto assim for, não há esperanças para nós senão levarmos , nos mesmos, as mensagens que já sabemos como fazer, como fizeram as MENINAS AO VENTO que conseguiram que o SHOPPING BARRA deslocasse o bicicletário para o térreo daquele simpático Shopping.
Acredito que nossas mensagens, com apoio da população, que virá com certeza, muito mais conquistaremos com um simples passeio do que gastando uma duas, três horas ouvindo EM CADA REUNIÃO PUBLICA, o que todos já sabemos: VAMOS FAZER CICLOVIA PARA VOCES.
Confesso que, pelo menos eu, nem de ciclovia eu preciso: basta educar nossos motoristas e impedir tanto carro na rua, ocupando o espaço publico estacionado durante todo um dia ao lado de um banco ou loja, para transportar uma pessoa só, muitas vezes há duzentos metros de casa.
Para mudar, o que se tem que fazer é mudança de mentalidade, de cultura, que jamais será realizada nestas “reuniões públicas”, cheias de promessas, projetos , sem ter como conseqüência, sequer a permissão de acessos de bicicleta pelos nossos Elevadores, que tem “estudos” sendo realizados a vários anos, se acreditarmos que nossas revindicações, não foram para o lixo.
Comecemos pelo que pode ser feito sem reunião publica: acesso de bicicleta pelos locais indicados acima, e retirada da ofensiva e discriminadora placa postada no pedágio de acesso ao Litoral Norte.
Se a audiência pública for nestes locais, com as finalidades que imaginamos, em favor das bicicletas, lá estarei na companhia do meu amigo ARYGIL que garantiu-me não me deixar só.
Sei que as AUDIENCIAS PUBLICAS, hoje atendem a leis e posturas que as exigem.
Mas , mesmo com elas, não tem deixado a população de apenas e discrutir, conversar, sobre pacotes já prontos.
Podemos fazer melhoe e mais, em nosso caso, simplesmente pedalando e levando nossas mensagens para que os motoristas não nos atropelem. Isto é apenas o que está faltando.
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