quinta-feira, 23 de outubro de 2008

MUITA GENTE PRECISA LER UM LIVRO DESTE, QUEM SABE NÃO MELHORA?

Na sexta (24), pesquisador lança livro sobre Profeta Gentileza em Salvador


Katherine Funke
Com muito cuidado e carinho, Leonardo Guelman, professor de artes na Universidade Federal Fluminense (UFF), tem se dedicado a preservar a obra urbana e espiritual de José Datrino, o Profeta Gentileza.

Ele é autor do recém-editado Univvverrso Gentileza (Ed. Mundo das Idéias, R$48) e vem a Salvador para lançar seu livro na sexta-feira (24), às 17h, no Sebo e Livraria Berinjela (Rua da Ajuda, Praça da Sé).

O pesquisador buscou detalhes da vida de José Datrino, junto à família dele, e reconstruiu a peregrinação do profeta pelo Brasil, incluindo capitais nordestinas. A publicação tem ainda fotos de alta qualidade das inscrições urbanas, símbolos e outros elementos do universo de Datrino.

Lá estão símbolos como o catavento - para arejar as mentes - e o estandarte que Gentileza carregava para tornar móveis suas idéias. É pelo estudo delicado de Guelman que ficamos sabendo que, nos bolsos da bata do profeta, havia bordados como "Não usem problemas, não usem pobreza, usem amor e gentileza", ou mesmo "Gentileza é o remédio de todos os males da humanidade".

"CAPETALISMO"
Entusiasta da gentileza com o próximo como ponto de partida para uma transformação social, o autor destaca que a pregação urbana de José Datrino se aproxima da idéia de ecologia humana, de Félix Guatarri (As 3 Ecologias).

"O profeta fez uma denúncia do mundo do capeta capital, o ´capetalismo´, que é o mundo das exclusões, do não-compartilhamento, das pessoas obcecadas pelo lucro e pelo dinheiro", diz Guelman.

O autor destaca que não adianta comprar camisetas com o lema "Gentileza gera gentileza" sem mudar de comportamento diante das pessoas mais pobres e excluídas. "A elita social fecha os olhos para essa massa. É um País dividido, e quanto mais feroz o ´capetalismo´, menor o potencial de gentileza da elite".

A primeira pesquisa do autor sob o tema foi feita durante o mestrado, orientado pelo teólogo Leonardo Boff e finalizado em 2000. Então Guelman montou um projeto chamado Rio com Gentileza e conseguiu que se restaurassem as 56 inscrições deixadas em pilastras de concreto na Avenida Brasil, na entrada da capital carioca.

Guelman lembra que, quando Gentileza era internado em clínicas psiquiátricas ou então chamado de louco, apenas falava de amor e perdão: "Sou maluco para te amar e louco para te salvar". Para o autor, o que poderia parecer maluquice não era nada mais do que lucidez de quem enxerga as relações humanas além das abstrações provocadas pelo mercado.

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Nota do bikebook: livro como este vale a pena ser lido. Mesmo que com tudo dele nao se pode concordar.

entendemos que gentiliza, gesto humando de solidariedade, independe de capitalismo, comunismo ou de qualquer religião.

o homem deve ser gentil sempre. Mas não pode se ajoelhar perante os não gentis, seja qual for o credo, crença, cor, do agressor.

vamos sem genis. Mas sem burocracias. Com diz a advogada:

recortado do jornal Á TARDE de 23.10.2008

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