Crônica: Itana Mangieri
Faz tanto tempo que nós, cidadãos brasileiros trabalhadores incansáveis e sem
direito à mordomias, pagamos “diretamente” os luxos e abusos de políticos
que, desavergonhosamente utilizam o erário público para seus mimos e
somente agora é que resolveram “limitar” os gastos com passagens aéreas ?
A situação está tão engraçada que o ridículo tomou conta do senado. Em cada
reportagem que a mídia divulga, nos informa o perfil fútil dos nossos
governantes que justificam os exageros na emissão de passagens aéreas com
argumentos duvidosos (ou vaidosos) como: necessidade de estar ao lado da
esposa e filhos (como se a família deles também tivesse sido eleita pelo povo),
mas para as sogras ... despacham-as para a Europa ... bem longe ! Passagens
para ex-namoradas (como apresentadoras de tv), repórteres, amantes,
segunda lua-de-mel no sul da Bahia, Disney para os filhos ... etc, etc, etc ...
Só não ouvi, até o momento, nenhum político justificar o exagero de passagens
aéreas para estar mais próximo do povo e participarem da árdua rotina de vida
do brasileiro como por exemplo de um cidadão ribeirinho que mora no interior
do Amazonas e necessita sair de casa num barco precário durante uma viagem
de 7 dias para chegar a um hospital mais próximo de sua casa ...
Incrível a cara de pau desses políticos.
Recomendável a hidratação facial com óleo de peroba e uma resolução, caso
essa limitação seja realmente respeitada, para o aeroporto Juscelino
Kubscheck de Brasília que não sobreviverá comercialmente sem as volumosas
taxas de embarque. Poderá se tornar aeroporto de moscas !
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