domingo, 26 de julho de 2009

POR UM GRANDE DIA DE PEDAL EM SALVADOR.

Valci Barreto
Editor do bikebook.com.br
Colaborador do muraldebugarin.com
e da
Folha do Reconcavo.

São muitas as experiências que já adquirimos em nossos movimentos cicloativistas. Nada do que fizemos ou fizermos é inédito. Tudo já foi ou será feito em outros locais. Há algumas diferenças de comportamento, em função da cultura. No caso da Bahia, sem qualquer dúvida, o ingrediente a mais é a alegria, o riso, o entusiasmo, a criatividade do povo para eventos que envolve muitas pessoas. Não é sem razão que somos os inventores do trio elétrico, hoje exportado para o mundo inteiro.E sendo Salvador uma cidade banhada por belas praias, os encontros de pessoas e grupos se tornam bem mais fáceis. Basta pensar no Porto e Farol da Barra por onde passam centenas de ciclistas vindo de todos os cantos, até do interior, e de outros estados, onde param ,fazem amizades, trocam informações , além de contemplar um dos mais belos cartões postais do Brasil. Por tudo isto, todos os contatos e comunicações serão sempre fáceis em Salvador.

Com tantos ingredientes faforáveis, está na hora de avançarmos em nossos movimenos cicloativistas para um grande movimento de bicicletas nas ruas.

Muitas pessoas, ou grupos ,somente pedalam ou se agregam a outros se houver um comando, um chamado pela TV, distribuição de camisetas, brindes, e grandes apelos no rádio e na TV.

Quando o apelo vem da TV, quase todo mundo se rende. Não é por menos que, quando das grandes campanhas da Rede Globo , só para citar esta emissora, ocorrem os chamados para para arrecadar bens para crianças, por exemplo, são milhares de pessoas delas participando, fazendo doações que sem os apelos jamais fariam qualquer doação a qualquer necessitado.

Se chegar um Gugu, Faustão, Adriano do Flamengo, uma das gostosonas do BBB, e disser que vai participar de um passeio ciclístico em Salvador, certamente não se fará outra coisa neste dia.

Porque isto? Não há qualquer importância na resposta. O Que quero dizer é que podemos realizar um grande evento ciclístico na Bahia sem necessidade de comando, apelo promocional, roteiro, local de saída ou de encontro, sem camisetas , distribuição de brindes, e até sem organização de grupos para este fim.

Dispomos da interent, dos encontros mesais no pedal da ASBEB, de todo o espaço da Orla para uma comunição facil, eficaz, rapida. Isto não afasta pedidos que podemos fazer junto aos mais variados meios de comunicação, inclusive rádio e tv.

Estou, assim, propondo aos cicloativistas baianos um grande pedal , por toda a cidade, cada um pedalando o tempo e distancia que puder, simplesmente saindo com sua bicicleta para as ruas, bairros, praias, enocntrando-se ou não com outros grupos e locais.

Não há necessidade de apelo promocional de rádio ,ou TV, distribuição de camisetas, ou brindes.

O passeio anual do Extra conseguie reunir mais de mil ciclistas, distribuindo brindes e camisetas. O pedal da ASBEB também o faz, mesmo sem distribuição de camisetas. Não há , assim, dificuldade em escolhermos um dia para fazermos o PEDAL DOS CICLISTAS BAIANOS, OU GRANDE PASSEIO CICLISTICO, OU O DIA DAS BICICLETAS NAS RUAS DA BAHIA, ou DIA DO PEDAL BAIANO.

Não há necessidade de dono do pedal, de pagar taxa de inscrição, de acompanhamento por orgãos de transito ou da Policia Militar. Basta pedalarmos com educação, respeito ao proximo, sem algazarra, sem provocar buzinadas, ou sujeira nas ruas.

No interior baiano está acontecendo um dos maiores eventos ciclísticos da Bahia, chegando a reunir, em Guanambi, mais de dez mil ciclistas, recebendo patrocinio, há uma grande organização, carro de som, estimulos de rádios e tv.

Está na hora de fazermos bem melhor: simplesmente elegermos um dia qualquer, e sairmos por aí, em grupos ou não, cada um fazendo o pedal que quiser, a distancia que quiser o tamanho do pedal que cada um puder e quiser.

Proponho que as lideranças dos grupos já existentes escolham um dia do ano para este fim. Será uma data fixa, em um domingo, ou em um dia feriado.


O verão está chegando e já podemos pensar em fazer este ano.

Se este pedal, envolvendo grande número de pedalantes, não acontecer, não tem problema nenhum. Não aconteceu e pronto. Nada para reclamar...

Nem por isto você deve deixar sua bicicleta enferrujando em casa, esperando usá-la apenas em eventos organizados com apelo promocional de qualquer ordem.

Pedalar é muito fácil, basta pegar sua bike e sair por aí. Se não tem coragem de sair só, junte-se a amigos próximos, que tenham afinidades com seu jeito de pedalar e pedale. Forme um grupo que pedale de forma permanete ou que sobreviva apenas em cada passeio.Se não conseguir, agregue-se aos já existentes, procure aquele que mais se adequar ao seu jeito de pedalar. Mas, de jeito nenhum , deixe enferrujando a sua magrela.

DOIS PASSEIOS JABUTIS IMPROVISADOS NESTE DOMINGO, 26.07.2009
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Hoje, não poderia marcar horário de saída para o nosso Jabutis Vagaross. Por isto deixei de convidar amigos para o passeio que faria, e fiz, sem me agregar a amigos ou grupos. Ontem , já havia decidido que não iria para a Ilha na companhia do meu amigo Buga. Tinha a certeza, porem, que sem pedalar não ficaria.

Acordei cedo, li os jornais, dei uma volta pela Barra para conhecer o novo SEBO/CAFÉ, dica de minha amiga Elena Orge. Estava fechado. Através dos vidros, vi que é uma beleza: grande espaço, bem arrumado e bem pertinho de mim. Fica ao lado do Instituto Mauá, do Modulo Policial, em cima de uma sorveteria.

No Farol da Barra, Rua de Lazer, a Associação Brasileira Protetora dos Animãos, Seção da Bahia, fazia campanha para arrecar donativos e adoção de animais,distribuiam panfletos e exibiam várias cães,alegrando a criançada e estimulavam pessoas a contribuir com aquela missão.

Retornei para as 09 horas estar na casa de Diógenes que ontem manifestou o desejo de fazer um pedal a partir deste horário. Como ele não estava, mesmo sem saber para onde eu iria, voltei para o Farol da Barra atento a qual destino a magrelinha me levaria.Como há muito tempo não me dirigia para a orla, este foi o caminho escolhido: Farol da Barra, Rio Vermelho, Amaralina, Pituba, Jardim dos Namorados. Neste, dei uma parada no caldo de cana de ANA, que há mais de vinte anos me serve um delicioso caldo com limão. Segui até o Aero Clube, a partir de onde decidi retornar, com um sol inclemente e uma dorzinha de cabeça que acordou comigo. Todo o meu trajeto foi em tal lentidão que teria incomodado qualquer jabuti de carteirinha. Mas era o que eu queria fazer ; ideal para contemplar pessoas, movimentos e o nosso mar que já se enfeita para receber o verão, sempre antecipado para nós. Dei uma parada da Vídeo Hobby da Pituba para ver os livros e revistas. O segurança, com muita gentileza, destinou um ótimo cantinho para guardar a minha magrela. Após lavadas as mãos e rosto, fui olhar os livros e revistas, li algumas orelhas e retornei para casa ,chegando às 13 horas.

MAIS TARDE , OUTRO PEDAL, DESTA VEZ COM VIZINHO DIOGENES
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Fui visitar Gabi, a esposa de Diógenes que se recupera de uma cirugia. Mal entrei em seu apartamento, observou que chegou logo depois de mim pela manhã e que dali a pouco queria pedalar comigo. A visita praticamente foi interrompida pela insistencia do vizinho: vamos nos arrumar para sair.

Convite aceito, pegamos nossas bicicletas e fomos contemplar o por do sol na região da Barra com aquele misto de tristeza que o inicio da noite revela, principalmente em dias de domingo.

Mostrei-lhe o novo sebo, que continuava fechado, tendo obtido a informação com vizinhos de que não abre aos domingos.

Tomamos o rumo da Ladeira da Barra, alcaçamos o Corredor da Vitória, Rua Chile, Pelourinho e quando chegamos a este já era noite.

O centro histórico, lastimavelmente feio, sujo, triste, pobre, chocantemente abandonado.

Mesmo assim, no bar do "primeiro rei momo magro", apresetava-se um casal , tocando e cantando MPB para alguns clienes com jeito de visitantes hospedados da região do Pelô, melhorando o astral, pelo menos daquele pequeno espaço.

Retornamos e paramos na Carlos Gomes onde, em um bar, um grupo tocava, cantava e agitava os clientes com o vedadeiro e delicioso pagode, o que deve estar acontecendo todas as tardes de domingo. Volaterei lá para ouvi-los mais uma vez.

às 19:30 horas estávamos em casa, certos do dever cumprido, com estas emoções gostosas, baratas, sadias que os passeios ciclisticos nos proporcionam em qualquer dia, horario e local.

Como se vê, pedalar é tão simples...basta um desejo de uma pessoa e uma bicicleta que rode. Nada mais.

Gostaria de ter companhia nos dois que fiz hoje? Sim. Mas dá para fazer sozinho. Foi como no de demannhã. E na companha de um só, à tarde. Ambos sem apelo de TV, rádio, organização de grupo ou recebimento de brindes. Nem por isto menos encantador.

Ambos pedais que fiz hoje poderia ter sido feito por qualquer pessoa, até mesmo no dia que todos decidissem ocupar as ruas da Bahia.

=Publicado no muraldebugarin.com e no bikebook.com.br

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