domingo, 9 de maio de 2010

O FIM DA TRAVESSIA PARA MAR GRANDE - ENTENDA O CASO



Em 01/05/2010 a SUDESB assinou um termo de cessão de 5 anos transferindo para a AGERBA a responsabilidade sobre o terminal marítimo do comércio, desmembrando este do centro náutico.

A decisão gerou pânico em todos que utilizam aquele meio de transporte bem como aos proprietários das embarcações que foram ignorados e tratados como clandestinos após 50 anos de serviços atendendo a uma lacuna deixada e ignorada por todos os gestores públicos que passaram por nosso Estado

Estive na quarta feira 04/05, na AGERBA com 13 proprietários de embarcações que atendem a toda região, Cairú, morro de São Paulo, Valença, Mar Grande e de fato o Diretor Renato Andrade só recebeu a mim e ao Sr. Antenor (palito, da ASTRAMAR), graças à intervenção do Deputado Capitão Tadeu a quem recorri diante da gravidade do caso.

Com a cessão de exploração do terminal marítimo do comércio para a AGERBA, a SUDESB proibiu a atracação de embarcações que fazem travessias diariamente para Morro de São Paulo, Cairú, Valença, Forte de São Marcelo e com esta determinação passariam todas as embarcações a atracar num único píer no terminal marítimo. O outro se encontra interditado pela SUDESB por falta de condições de operação em decorrência da falta de manutenção, apesar de arrecadar 0,30 centavos por cada passageiro e 6,00 por cada atracação, diariamente. Ocorre que, hoje, cerca de 54 embarcações atracam ali em diversos horários, inclusive as lanchas de Mar Grande. O píer só tem capacidade para atracação de 02 embarcações o que iria além de tudo gerar transtornos imensos. A solução então apresentada pela AGERBA foi colocar em caráter de emergencial a administração do terminal nas "mãos" da TWB que, espalhando-se comentários de que esta colocaria ali um catamarã fazendo a travessia Salvador - comércio - Bom Despacho. Ou seja, colocando fim nas travessias das LANCHINHAS DE MAR GRANDE.

Após nossa conversa com o diretor da AGERBA Renato Andrade, praticamente em meio ao corredor do órgão, ele disse que buscássemos um entendimento com a SUDESB para atender o acordo de cavalheiros proposto por nós para que a atracação continue sendo feita em área do centro náutico até que seja votado o PROJETO DE LEI QUE REGULAMENTA O TRANSPORTE HIDROVIÁRIO e sejam feitos processos de licitação com toda lisura e transparência que merecemos e que as associações de lanchas, ASTRAM, ASTRAMAR, BIOTUR, etc., possam em caráter emergencial permanecer na administração dos terminais enquanto estarão se adequando inclusive às exigências das licitações. Para esta solicitação ele solicitou que os presidentes das referidas associações enviassem a AGERBA um ofício com a proposta para que esta seja analisada pelos departamentos jurídicos e técnicos do órgão.

Não podemos esquecer que foi em "caráter emergencial” que a TWB chegou aqui na Bahia e se "instalou" "conquistando" uma concessão de 25 anos. Atire a primeira pedra quem estiver satisfeito com os serviços oferecidos por esta concessionária e que queira correr o risco de viver sob o monopólio deste serviço. Peço que analisem sem paixão nenhuma, mas de forma racional, se é possível dimensionarmos os prejuízos que estamos acumulando ao longo dos anos no comércio, no turismo, no setor social em nos mais diversos seguimentos em função do descaso dos governos que por aqui passaram e que aí está.

É justo que o futuro de toda esta região, esteja nas mãos de pessoas tão desqualificadas que demonstram claramente suas intenções, não só políticas, mas principalmente financeiras?

É JUSTO QUE O GOVERNADOR JAQUES WAGNER CONTINUE IGNORANDO O OBA OBA DA AGERBA QUE VIROU AO LONGO DOS ANOS UM BALCÃO DE NEGOCIATAS SEM COMPROMISSO COM SUAS REAIS OBRIGAÇÕES E COM OS INTERESSES DA POPULAÇÃO?

De vocês que me conhecem e partilham comigo as dificuldades impostas por este "sistema de transportes" eu aceito críticas. Dos demais, prefiro ignorar.

Eis abaixo a resposta que dei ao Sr.João Andrade do site Pura Política onde ele acusa a mim e ao meu irmão, Deputado Zé Neto de tentarmos boicotar as leis e irmos de encontro a Sra. Eva Chia Von, chefe da casa civil, onde se encontra o PROJETO DE LEI QUE REGULAMENTA O TRANSPORTE HIDROVIÁRIO, apresentado em audiência pública promovida pela AGERBA em 17 de dezembro de 2007 no auditório do referido órgão.

Atenciosamente,

Lenise Ferreira


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