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CICLISTA ASSASSINADO NA BOCA DO RIO.Valci Barreto
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Fico curioso em saber como é que alguém tem coragem de andar nas ruas de Salvador, em qualquer lugar , com algum objeto de valor como relógios, óculos, maquinas fotográficas, celulares caros. Não há lugar em Salvador por onde não esteja passando um marginal. Muitos deles são imperceptíveis olheiros cuja missão no mundo do crime todos sabem.
Gente, não se pode mais andar com objetos caros. Usar objetos atrativos para a marginalidade, é um quase suicídio. Se a pessoa está a pé, de bicicleta, dentro de um ônibus, o riscos são ainda maiores.
Perguntado ao assassino da jornalista Luciana Barreto, seqüestrada dentro de um Shopping em São Paulo porque a escolheu para sua ação criminosa, respondeu o óbvio: tipo de carro , bolsa, roupa de academia indicativos de que tinha recursos para pagar o resgate.
Hoje, o Jornal Correio publica noticia do assassinato de um ciclista na Boca do Rio . Pela nota, foram roubados: corrente (não diz que tipo de corrente) , o relógio e a bicicleta.
Os marginais estão matando por um, dois reais, suficientes para a compra da droga daquele minuto. Porém, se a vitima estiver com uma corrente, uma bicicleta, um celular, as possibilidades do assalto são infinitamente maiores, aumentando ainda mais com a aparência de maior valor daqueles objetos.
Muitos jovens, algumas vezes com aprovação dos pais, outras vezes não, notadamente os mais vaidosos, alguns arrogantes até, com total descaso em relação à violência, expõem relógios, correntes , tênis, celulares, objetos que fascinam. Vejo com muita preocupação, ainda nos dias de hoje, ver senhoras passeando na região do Porto do Porto e Farol da Barra , Jardim dos Namorados, com correntes de ouro.
Minha gente, os tempos de hoje não mais combinam com este tipo de comportamento.
Recentemente, ouvi de um amigo o seguinte: seus filhos, um casal , apesar de orientados pelos pais, se recusavam a usar celulares , roupas e tênis mais simples; e deixar a corrente de ouro em casa.
Pois bem, ambos filhos tiveram arrancados por um marginal: corrente, celular, tênis, blusa e camisa. De quebra, ainda receberam murros do assaltante. Hoje , não só deixaram de usar objetos caros como são vítimas de pânico: não conseguem andar sozinhos nem mesmo em frente da sua casa. Lição cruel, mas os pais festejam porque não receberam tiros nem ficaram aleijados.O fato aconteceu na Sabino Silva, região Ondina/Barra.
Esta é a realidade, minha gente. Por isto , quem andar de bicicleta sozinho pelas nossas ruas, jamais o façam em bicicletas caras. Nem levem relógios , correntes , celulares que atraiam os marginais. Você pode morrer até mesmo por estar sem um real no bolso. Mas os riscos por estarem com coisas caras são infinitamente maiores.
Tenha sempre duas bicicletas: uma bem enferrujada, barata, velha , de ferro, para quando você pedalar sozinho. A boa, use somente em pedais compostos por mais pessoas. Relógio, use o de dez reais, de plástico, vendido pelos camelôs.Você pode ser assassinado também por estar com objetos baratos. Mas as possibilidades de isto acontecer diminuem muito, pois o marginal , como você, sabe o preço das coisas, têm os mesmos desejos seus ; e bem mais aguçados pela necessidade da droga
Fico imaginando que se seguissem estes rituais, a jovem e bela jornalista paulista e tantas outras pessoas , estariam entre os seus entes queridos.E olhe que o caso dela aconteceu dentro de um shopping, com toda a segurança que se conhece., bem diferente das nosas ruas entregues à marginalidade.
Lamentamos, profundamente, mais um brutal assassinato em nossas ruas, desta vez de ítalo, de apenas 19 anos!
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