Valci Barreto
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-O excessivo uso do carro fechou os olhos das pessoas para as possibilidades da bicicleta como meio de transporte. Salvador é plana para uso da bicicleta: pode-se pedalar de Praias do Flamengo até a Suburbana, passando pelo Bonfim; Ribeira, sem subir uma ladeira sequer.
-O acesso para a “cidade alta”, como Praça Municipal, Avenida Sete, Terreiro de Jesus, Piedade, pode ser feito através de pequenos aclives como Contorno, Montanha, Pelourinho, Ladeira da Preguiça , Taboão, São Raimundo, em menos de dez minutos, empurrando a bicicleta, sem se cansar. Este tempo é, na maioria dos casos, menor do que a espera por um ônibus. Se a Prefeitura liberar o acesso de bicicleta pelo plano inclinado e escadarias da Lapa para a denominada Cidade Alta, as facilidades serão ainda maiores.
-Não está mais de acordo com nossos tempos a pessoa morar na Pituba, Bonocô, Rio Vermelho e só poder ir ao Iguatemi , Shopping Barra de carro.
-As pessoas não mais imaginam ser possível ir de bicicleta comprar um remédio; pão; tomar um sorvete ; dirigir-se a uma praia com distancia entre dois a cinco quilômetros de casa, tão dependentes que se tornaram do veículo motorizado.
BICICLETA É PARA QUEM QUER PEDALAR; NÃO É PARA QUALQUER PESSOA.
Há pessoas que se acostumaram tanto em andar de carro que sequer se imaginam em cima de uma bicicleta. Outras não se vêem chegando a uma loja, padaria, farmácia, com cabelo desalinhado pelo capacete ,vento , suor misturando com seus perfumes caros, bolsas e sapatos de desfile de moda. São milhares de pessoas com este jeito de ser que, mesmo para ir tomar um sorvete, ou à academia ao lado da casa não se desgruda do carro . A bicicleta não é para estas pessoas. Pode até ser, mas para uma voltinha em um condomínio fechado; esportes, mas para uso como meio de transporte, jamais. Porém, são milhares de pessoas que, mesmo gostando de carro, coisas finas, perfumes franceses, bons e caros restaurantes , vestes formais, desejam pedalar, querem desgrudar-se um pouco do carro pelo menos para algumas atividades do seu dia a dia. Mas são desencorajadas por muitas razões ,notadamente por conta da falta de educação dos nossos motoristas que não respeitam os ciclistas.
Aliás, nossos motoristas só respeitam multa alta e soldado apontando-lhe uma metralhadora. Fora destas hipóteses, o que se vê é o acionamento de motores, luzes e buzinadas agressivas como a dizer: saiam da minha frente que quero passar, que é rua é só para o “meu carro”.
A falta de educação e egoísmo destas pessoas fazem-nas agir e pensar como se todos estão atrapalhando o seu dirigir, a sua velocidade e pressa; como se seu direito fosse maior do que o dos outros. Muitos , para compensar a falta de organização, o seu atraso , imprimem velocidades não compatíveis com a cidade, dirigem perigosamente, expondo-se e a outras pessoas a acidentes de toda ordem, alimentando de forma continua a cultura do “sai da frente”.
Porém, apesar destes motoristas agressivos, vilolentos, despeitosos, é possível pedalar em Salvador com relativa segurança.
Nossos textos são feitos para as pessoas que tem vontade de pedalar e não têm coragem de enfrentar as nossas ruas.
A RUA NÃO É SÓ DO CARRO.
-Autoriza o código de transito nacional que a bicicleta circule na mesma pista destinada aos carros.
-No transito, a preferência é da bicicleta e não do carro.
-o ciclista, empurrando a bicicleta, goza do mesmo direito que é atribuído ao pedestre.
QUEM MATA E ATRAPALHA O TRANSITO É O CARRO, NÃO É A BICICLETA.
-quem atrapalha o transito é o carro, não é a bicicleta.
-Quem mata, estressa, engarrafa, mutila pessoas, não é a bicicleta e sim o carro.
-Os maiores inibidores para as pessoas pedalar em Salvador não são as ladeiras, suor e outros inconvenientes; porém, a brutalidade, a falta de educação, a falta de respeito do motorista de veículos.
-Pensam eles que a rua é exclusiva do carro. Por isto, ao ver uma bicicleta em sua frente, em vez de aguardar o momento seguro para a ultrapassagem, aceleram, buzinam, acionam agressivamente luzes e buzinas, tiram fino, gritam xingam, atropelam, matam , mutilam pessoas. Em países onde a bicicleta é respeitada como meio natural de transporte, os motoristas de ônibus, veículos de um modo geral, dirigem atrás da bicicleta, sem qualquer agressão, e aguarda o momento da ultrapassagem segura. O ciclista, por sua vez, oferece a passagem na primeira oportunidade. Tudo é feito de forma natural, ganhando todos com a mobilidade mais humana na cidade. Socialmente, todos lucram.
Vamos ajudar a mudar esta mentalidade, dizendo para todos: a rua é do carro, moto e bicicleta. A preferencia no transito é da bicicleta e não do carro.
Vamos educar esta gente, começando com nossos filhos, amigos, familiares, motoristas de taxis, onibus , orgãos públicos, igrejas, escolas.
Vamos ajudar a mudar esta mentalidade, dizendo para todos: a rua é do carro, moto e bicicleta. A preferencia no transito é da bicicleta e não do carro.
Vamos educar esta gente, começando com nossos filhos, amigos, familiares, motoristas de taxis, onibus , orgãos públicos, igrejas, escolas.
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