É obvio que os comentários não doeram no jornalista da Veja. Quem sentiu foi o povo do Piaui. É aquela historia de que pimenta só doer nos olhos dos outros.
Artifice das palavras, sabe o jornalista que palavras ferem. E no caso não feriu apenas a uma pessoa, mas a uma comunidade, a um povo que tem o direito de ser respeitado. Se lá é o cu do mundo, o que lá foi fazer o ator, com tantos lugares para se apresentar. O Piauí é quem deve dizer se houve ou não ofensa ao seu povo e não o jornalista da Veja do seu pedestal. De apedrejá-lo, não, mas de expulsá-lo de seu território, sim. E o deputado, como representante do povo piauiense, fez muito bem em proibir a apresentação do espetáculo, até mesmo para proteger o ator e seus companheiros, considerando a reação das pessoas com as agressões do ator. Há alguns meses, li a crônica do jornalista Reinaldo Azevedo, emocionado com homenagens que recebeu em sua terra natal, falando do orgulho que tem da sua cidade, da sua gente. O Piauí também gosta do Piauí. Povo nenhum aceita como natural ter sua terra chamada de c.. do mundo. E não parece ter o ator se expressado como uma brincadeirinha de internet. Ele foi descuidado, desrespeitoso, agrediu a honra de um povo com sua infeliz expressão, considerando todo o contexto.
O deputado, como representante do seu povo, tinha todo o direito, mais que isto, o dever, de proibir a apresentação do Mauruê no "c do mundo". até mesmo por uma razão didádica: ensiná-lo a respeitar lugares e pessoas.
Minha solidaridade ao povo do Piaiui.
A atitude do Deputado e do seu povo foi por demais legítima: foi a natural reação às palavras agressivas, preconceituosas, desrepeitosas ao povo do Piauí, que não precisa das lições de historia nem de moral do jornalista Reinaldo Azevedo. O povo do Piaui possui seus mestres, sua História; e muito mais tem o que ensinar ao jornalista do que o contrário. Que as reações do Deputado e do povo que ele representa, ensinem a estas pessoas pelo menos a terem mais cuidados ao se referir na fala e na escrita a pessoas e lugares que têm seu orgulho, sua historia, sua moral, seus símbolos e valores que devem ser respeitados. Os exemplos citados pelo jornalista da Veja, para justificar a "brincadeira" do ator, não combina em nada com o desrespeito atestado pelo ator no seu infeliz comentário. Que a reação dos piauienses sirva de lição para ele e para outros que deve, usar seu talento, sua arte para ajudar a purificar e não apodrecer ainda mais a parte ruim do mundo.
Valci Barreto
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