COMO AJUDAR PESSOAS DE FORMA PRÁTICA, BARATA E ATÉ SEM SAIR DE CASA!
Valci barreto,advogado
editor do bikebook.blosgspot.com
colaborador do muraldebugarin.com
e da Folha do Reconcavo.
editor do bikebook.blosgspot.com
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Muitas pessoas, comovidas e estimuladas por apelos do programas de tv, sermões de religiosos e de membros de entidades filantrópicas, fazem doações generosas a pessoas carentes. Sem os apelos, talvez jamais fariam as mesmas doações. As cenas das carencias do nosso povo, apresentadas naqueles programas, sempre acompanhados de artistas famosos, sensibilizam a todos. Muitos dos doadores , no entanto, fora destas ocasiões, nem se lembram de que ao seu lado estão pessoas muitas vezes até mais necessitando do que as apresentadas na TV. Ambas precisam e devem ajudadas, independentemente dos apelos televisivos. Há formas bem simpels de ajuda que podem ser realizadas sem maiores sacrifícios físicos ou econômicos e que, no entanto, produzem efeitos maravilhosos.Há pessoas que têm o que comer e onde morar, não vivem maiores dificuldades de sobrevivencia e , no entanto, possuem outras carencias geradas por fatores não essencialmente econômicos. Estas também precisam de ajuda. Como exemplo, uma pessoa de boa condição econômica pode estar em um hospital necessitando apenas de algum consolo, carinho, visita de alguém.No interior, há pessoas que se alimentam, moram e vivem relativamente bem. Mas são carentes, por exemplo , de livros. Para obter um, ou mesmo revistas usadas, têm que se deslocar por vários quilômetros. Isto também acontece nas periferias das grandes cidades. Todas elas podem ser ajudadas por meios simples, baratos , descomplicados.A leitura poderá fazer a vida de muita gente mudar para melhor, independentemente de tornar-se ela rica economicamente; Uma forma simples, barata, é descobrir alguém , notadamente criança, adolescente,que gosta de ler, e dar-lhe livros e revistas usadas.Se a pessoa carente mora perto de sua casa, bairro, trabalho, voce pode levar pessoalmente a doação. Deixe na porta, na janela, independentemente de ela saber de onde está vindo a doação. Se souber, também não é problema.Se a pessoa a quem você quer doar mora longe , até mesmo em outro Muncipio, anote o endereço, com o CEP. Os livros e revistas usadas que você iria jogar fora, podem ser encaminhadas pelo Correio. Não precisa ser por Sedex, registrada, nem em caixas ou pacotes caros.O pacote pode ser feito com qualquer papel, até de jornal velho. Por fora, cole papel liso, de qualquer cor(com letras ou propaganda às vezes o Correio rejeita).Mande como simples encomenda, sem registro, pois é muito mais barato. E se o pacote for desviado, o que é muito raro, não tem problema, outra pessoa vai ler. Pode ser para uma entidade, escola, prefeitura, associação de moradores, igreja de qualquer credo. No ponto de vendas de livros usados do senhor Alfredo, na Sete Portas, parte baixa da Ladeira do Funil, um livro ou revista pode ser adquirida por valores de um a cinco reais. A remessa de um livro, pelo correio, custa entre 3 a cinco reais, a depender do peso. Uma revistinha infantil custa menos ainda.Pegue uma revistinha infantil, põe no seu carro, moto ou bicicleta e entregue em qualquer entidade, a exemplo do NACCI, em Nazaré, Salvador.A revistinha infantil pode custar até 0.50 centavos , usada. A que voce tem em casa serve também.Pelo menos uma vez por mes, semana ou quinzena, sem atrapalhar meu dia a dia, tenho feito isto. Algumas vezes ponho no Correio, outras, em frente a entidadades filantrópicas, igrejas, ou simplemente faço oferta a alguém que percebo ser interessada por leitura. Não é para ser "bonzinho", demonstrar espirito de caridade, tentaativa de pagar passagem para o céu ou medo do inferno. Sou religioso, mas não é por religiosidade também . É só diversão. É uma questão prática , pensada em favor do bem, sem sacrifício, sem incomodo, sem mudar meu rumo do dia a dia e sem necessitar de estimulos dos programas da TV. Nada tenho contra eles. Mas não preciso dos seus estimulos para lever uma revistinha infantil ou um brinquedo, mesmo usado, para uma criança. São muitas as coisas que as pessoas jogam no lixo, inclusive livros, revistas, brinquedos que servem para muitas pessoas. Por tudo e tudo, é melhor doá-las do que jogar no lixo.Vez em quando passo de bicicleta pelo NACCI, no bairro de Nazaré e deixo lá algumas revistinhas infantis. As crianças adoram. Quanto me custa isto? Já estou passeando por ali, estou pedalando, divertindo-me; tenho livros e revistas que já não cabem em minhas prateleiras, porque não levar-las para aquelas pessoas?Deixo também na bibiloteca do Calabar. Tudo isto sem mudar meu rumo e sem me acrescentar qualquer despesa.Outro dia, lendo uma revista na fila do Elevador Lacerda, um rapaz não tirava os olhos dela. Perguntei-lhe se gostava de ler; "Leio tudo." " E meus irmãos também"´. -Leve esta para você, disse-lhe, ao que reagiu como se estivesse recebendo um grande prêmio. Agradeceu festivamente, no meio de todo mundo, como poucas vezes vi alguém assim proceder ao receber uma coisa tão simples e barata. Era uma revista semanal, usada.E acrescentou: "meus irmãos vão adorar!". Não sei quem é ele. Também não sabe quem eu sou. Nem faz isto qualquer diferença.Pois é , no centro de Salvador, onde há revista por todos os cantos, um rapaz tinha carência de uma que se pode encontrar em qualquer esquina. Foi mais uma lição para mim.Conheço duas pessoas que tiveram suas vidas modificadas por gestos simples, despretenciosos praticados por outrem. Um deles, ele próprio me contou a história, real, verdadeira:quando criança, diz ele, estava sentado em frente à sua casa quando passou um rapazinho com uma garrafa contendo um peixe vivo que pescara na praia . Este rapaz presenteou-lhe com o peixe despertando-lhe o prazer pela sua criação em aquário. Até hoje vive em salvador do comércio de peixes ornamentais, mantendo um grande interesse por cruzamentos e reprodução das mais variadas espécies. Comercializa , também, aquários e rações.O outro, não o conheço pessoalmente. Porém, primeiro vi seu depoimento na TV relatando como começou o seu interesse pelo mar e pela navegação. Tudo começou, disse ele, com um simples óculos de mergulho que recebeu de um amigo.Trata-se do navegador brasileiro, baiano, com ascendência russa, ALEIXO BELOV, cujas aventuras pelo mar, acompanhava eu , através das reportagens dos jornais da época.De um simples óculos de mergulho que recebeu de um amigo, resultou na grande aventura que o transformou no primeiro navegador brasileiro a fazer a volta ao mundo em solitário.Sua historia é contada no livro de sua autoria , A Volta ao Mundo em Solitário, impresso pela BIGRAF, em colaboração com a FUNDAÇÃO CULTURAL DO ESTADO DA BAHIA, editado em 1981.Morava eu em Barreiras, interior da Bahia, quando o livro foi lançado. Devia a mim mesmo a sua leitura. Encontrei-o no Sebo do Daniel, Rua da Ajuda ,número 3, esta semana. Vibrei com o achado. E vi, em suas páginas, o que já conhecia dos depoimentos do autor nos programas televisivos.Diz Belov em seu livro:-"lembro-me muito bem. Jadiel Oliveira, um amigo nosso, resolveu estudar no Itamarati. Assim sendo, mudou-se naquele tempo para o Rio de Janeiro e, entre as coisas que resolveu não levar e distribuir com amigos, me coube um óculos de mergulho. Isto foi em 1957, creio que fora a primeira vez que tive a oportunidade de ver uma máscara de mergulho. ........jamais imaginei aonde estes óculos um dia iriam me levar. ""Afirmou Belov, no programa de TV, que está construindo um navio escola para que crianças possam descobrir os segredos do mar, dizendo ele querer devolver-lhes o que de graça também recebeu.Pelo que li, embora não declarado pelo autor, não foram apenas os óculos que o levou tão longe. Creio que, muitas leituras, antes e durante a viagem , prestaram-lhe grande ajuda.Alguém pode perguntar: "e você, o que tem a ver com isto?" Como diria Caetano e Gil, juntos:" tudo... ou nada...."Em vez de óculos de mergulho, e garrafa com peixes, tive eu, de graça, de meu pai e dos meus avós de consideração, moradores da pequena localidade do Alambique, em Jaguaquara, as revistas O Cruzeiro. Elas me levaram ,e ainda me lavam, a grandes viagens, sem sair de casa e sem os riscos das tormentas enfrentadas por Belov.Para doar livros e revistas a outras pessoas, é infinitamente mais barato do que a construção de um barco. Alguns dão barcos , comida, óculos de mergulho. Qualquer um pode doar livros e revistas usadas. E não são menos importantes.Caetano Veloso costuma dizer que queria mesmo era fazer cinema. Foi para a música porque era mais barato.Talvez por isto, mesmo tendo tido muita vontade de navegar por aí, até mesmo em canoa, jogar na seleção brasileira, ser cineasta, tive que escolher livros e bicicletas. Não somente por falta de talento para os outros “brinquedos” mas pelos mesmos motivos que fizeram Caetano escolher a música. Despertando os livros em mim aprendizados e sensações gostosas, sempre que posso quero partilhá-las com outras pessoas. Terezinha Costa é uma pessoa muito querida minha. Minha primeira infância foi no local onde ela ainda mora.Por ela gostar de ler, frequentemente mando-lhe um livro, revista, através do Correio. Está ela avisada de que, se algum não for do seu gosto, pode entregar em qualquer ônibus escolar que passar em frente da sua casa, ou a qualquer criança que demonstrar interesse por livro.A festa de crianças por revistinhas infantis acontece em qualquer lugar do planeta. Aí está o endereço de Terezinha Costa, para quem quiser mandar livro ou revista. Depois das leituras, estes mesmos livros serão entregues para as crianças que passarem em ônibus escolares em frente da sua casa.
Aí está o enderço de Terezinha. Mas voce pode escolher pessoas ou outros endereços de qualquer local do planeta.
Fosse o nosso povo mais chegado à leitura, os livros poderiam ser colocados em frente das nossas casas para os interessados apanharem. Porém, esta não é a melhor forma: eles irão parar no lixo; ou catadores de papel os levarão para as trituradoras da industriia de reciclagem que, com certeza, será um bom destino para livros e revistas; ainda que usadas.
Aí está o endereço de
TEREZINHA COSTA, Av. Otavio Mangabeira, 98, CEP 45.345.000 , JAGUAQURA-BAHIA. Este é endereço de sobrinhos dela que moram na cidade. Onde ela mora o Correio não chega mas os seus sobrinhos levam-nos até ala. Há milhares de locais no mundo, até mais difíceis, onde podem chegar suas doações de brinquedos, livros e revistas usadas, sem ter você que desviar seu rumo para casa , escola, trabalho, lazer ou ter que esperar o novo programa de TV.Fazendo assim, quem sabe não estamos ajudando a formar cientistas, literatos, construtores, ou simplesmente levando emoções para as pessoas, a preço tão barato?Amyr Klink afirma que não foram barcos os primeiros a lhe despertar o desejo de navegar. Diz sempre que foram os livros que lhe mostraram os caminhos; foi lendo as histórias dos grandes navegadores que se interesssou por navegação. Mineiro, sem mar, foi com seus livros parar em Paraty. Para Belov, bastaram os óculos; o mar estava aos seus pés, na Ladeira do Paiva. Ambos contando belas histórias, começadas com coisas e gestos tão simples, ao alcance de qualquer um : livros e óculos usados.Muitas coisas usadas que voce não quer mais, podem mudar vidas. O livro é uma delas. Não os jogue no lixo; faça doações a bibliotecas comunitárias; sebos; Igrejas, de qualquer credo, ou simplesmente entregue a alguém na rua, como fez o rapaz com o peixinho; e o Jadiel com o Aleixo.Espalhem esta idéia, esta prática. Vai ajudar a muita gente; se não a ganhar dinheiro, descobrir remédios para os males da humanidade, pelo menos a provocar-lhes gostosas emoções contidas nos mistérios e nas deliciosas artimanhas da leitura.=======
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Dica de leitura a respeito deste tema:
SAÍ DA MICROSOFT PARA MUDAR O MUNDO, editora sextante.
Nesta obra , John Wood, alto exectutivo da Microsoft, comovido com as crianças sem livros do Nepal conta porque deixou o emprego para desenvolver grandes projetos para ajudar as crianças do NEPAL, CAMBOJA, INDIA a aprender a ler. è um mega projeto social, há anos já em execução. Mas voce pode fazer o seu, fazendo do jeito que voce puder.
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relação de sebos, pontos de livros usados nobikebook.blogspot.com
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