segunda-feira, 4 de maio de 2009

CICLOATIVISMO, CARRO, CIDADANIA.

Os cicloativistas não defendem, nem jamais nisso pensariam, na extinção do carro, no afastamento deles de qualquer parte da cidade. O que buscamos é a convivencia pacifica entre os vários meios de transporte; que, para as pequenas distancias, seja estimulado o uso de bicicletas. Com esta, troca-se o conforto, a preguiça, a falta de respeito ao planeta, pela conservação da Terra , busca de melhor qualidade de vida para todos, economia para o país, exercicio da cidadania.

A vida exige sacrificios: trabalho, estudo, busca do dinheiro para atender às necessidades humanas normais. Mas a grande luta do século, que atinge a todas as pessoas do planeta, de todas as classes e credos , é a conservação da Natureza e a busca por uma vida de paz que o carro, a ganância, o egoismo, nos tirou.

Usando a bicicleta para pequenas distancias , nos grandes centros, já será uma grande ajuda; tanto para a conservação da Terra, como para evitar-se os estressantes engarrafamentos gerados pelo uso abusivo do carro.

Devemos, assim, fazer algum sacrificio neste sentido. E irmos adiante, tomando a consciencia de que, o uso do carro até para tomar um sorvete a cem metros da casa, deixar a luz acesa, o chuveiro ligado o tempo todo, e água derramando sem qualquer remorso, são gestos que agridem a todos e que podem ser evitados.

O motorista de carro vai muito além para, com seu egoismo incontrolado, estacionar em cima dos passeios, sem o menor respeito pelo patrimonio público que todos nós pagamos. Isto pode ser evitado sem precisar mobilizar o poder público. É questão de educação, de respeito ao semelhante. É um ato de violencia, colocar os carrões em cima dos passeios; é um gesto de violencia que pode ser afastado com os pedestres simplesmente riscando os carros, esvaziando pneus , quebrando retrovisores. SE isto fosse feito, o motorista reagiria, "cheio de direitos": Quem riscou o "MEU CARRO"?. Na base do "vale tudo", tem o pedestre o direito de dizer: se arranhar meu passeio , vou arranhar seu carro. Neste caso, o motorista certamente será mais cuidadoso. Do mesmo jeito que cuidadoso será quando se foram aplicadas multas e reboques.

Jamais defenderiamos a justiça privada , incompativel com o atual grau de civilização. Porém, estacionar em cima de passeios, como fazem os motoristas em locais como o Rio Vermelho, é cometer injustiça maior do que ter seu carro riscado. Um passeio é mais valioso do que o carro porque, além de ter sido construido com os impostos de todos, tem uma finalidade social em favor de muitas pessoas. E o proprio custo economico da reforma ou construção pode ser maior do que do proprio veiculo que o agride. Além de servir de mal exemplo para todso.

A estela fez exclente comentário sobre nosso texto , publicado neste nosso site. Estamos dizendo para ela o seguinte:

Minha cara Estela, você tem razão em parte. Eu tenho em parte porque: quem tem aqueles carrões ali estacionados podem muito bem pagar taxi de qualquer local da cidade até o Rio Vermelho. Pobre não frequenta aqueles espaços de boemia, lazer e cultura.Creio que rico, salvo exceções, também não. Quem ali anda é a classe média que frequenta boas escolas; E que mais reclama dos "meus direitos", notadamente em épocas de reajustes de salários. Na hora de reclamar "seus direitos", condenar taxas , impostos , protestar contra os gastos e roubalheira de segumentos do governo, desde que deles não façam parte, são mestres. Mas não são capazes de respeitar um pedacinho do passeio público.

Precisamos de ruas e estcionamentos para carros. Muito mais do que isto, porém, precisamos é de mudar nossas praticas e ações egoisticas. Tanto de motoristas como de pedestres, simplesmente respeitando o próximo, a lei e as disciplinas que buscarm regular a vida em sociedade.

Não há escola que dê jeito neste pessoal. Pelo perfil daqueles carros, nenhum dos seus proprietários frequentou, ou seus filhos frequentam , escolas públicas. Nem moram tão distante que não possam ir de taxi. Entrar em ônibus, nem pensar. Não por causa de assalto. Mas por ser "humilhante," "coisa de pobre". Há muitas pessoas que têm vergonha de entrar em um ônibus. Conheço muitas. E que olha com desdem, desprezo contra quem desles fazem uso.

Ninguém pode ser arvorar a exemplo para o mundo. Mas devemos trocar experiencias, pregar boas ações, que todos sabem quais são. Entendo que este é o dever de pais, professores, amigos, cidadãos de qualquer classe social. Aprendi um pouco sobre a vivencia em cima de uma bicicleta, incomodado que sempre fui, com o abuso do uso do carro, até mesmo por alguns familares e amigos próximos. É este aprendizado que me acho no dever de transmitir, não tendo qualquer preocupação em fazer seguidores.

Os prazeres que tive e tenho com bicicleta, quero compartilhar com muitos que desejam, não sabem ser possivel, têm medo ou inibições de subir em uma bicicleta. Quero mostrar que, mesmo com a arrogancia, falta de educação dos nossos motoristas, é prossivel, com grande margem de segurança, pedalar em nossas ruas. Milhares de pessoas já fazem isto.

Eu e milhares de pessoas já pedalamos pelas ruas , mesmo neste caos urbano, com o mínimo de risco.

Sinto na obrigação de transmitir algumas lições que certamente beneficiará muita gente, especialmente as menos aquinhoadas economicamente; e as que tiverem coragem e civilidade para renunciar um pouco o egoismo que a exagerada cultura do carro gerou nas pessoas de um modo geral.

Uma destas lições é que , de locais como Vale do Canela, Itaigara, Pituba, Dique do Tororó, só para citar locais planos , até o Rio Vermelho, em bicicletas sem machara e pedalando devagar, não se gasta mais do que vinte , vinte e cinco minutos.

Portanto, quem mora nestes locais, podem se deslocar de um canto para outro sem carro.

Já seria um grande ganho para o meio ambiente e para a população, fazer esta experiencia.

Se voce vai carregar muito peso e gente que não pedala,óbvio que tem que ser de carro. Não se vai ficar sem sair de casa por não saber ou não ter coragem de pedalar.

Outra lição que procuro passar, sem querer ser a palmatoria do mundo, é que, apesar dos atrativos do Rio Vermelho, quando para ali vou de carro, se não houver espaço próprio para estacionar, escolho outros locais da cidade. Dispenso os atrativos daquele belo e animado espaço. Estacionar em cima de passeio, jamais. Meu carro é pequeno. E, se a mulher e amigos pedalassem, para ali só iria de bicicleta. Quando vou só, é assim que procedo: vou de moto ou de bicicleta. De dia, será sempre de bicicleta.

Ninguem quer, mas devemos "perder a vergonha" de subir em uma bike e nos dirigirmos para as pequenas distancias sem usar o carrro. Devemos aprender usar toalhas de rosto, dentro de sacos plasticos, bem perfumamadas, para banhos , no proprio banheiro do restuarane, tipo de hospital, que não mata ninguem, para não termos a desculpa do suor. Duras veze por semana, pelo menos, é um sacrificiio que vale a penas ser feito.

O que falta então, não é estacionamento para carros. Estes jamais serão suficientes : quanto mais estacionamentos tivermos, mais carros aparecerão.

Fazer o que ,então? Mudar a cultura, a prática, os hábitos . ESTA É A PARTE MAIS DIFICIL, mas que, com certeza virá.

Enquanto os habitos não mual, esperamos que as autoridades cuidem de locais como o Rio Vemelho, em finais de semana, com multa e guinchos, para deixar livres os passeios do Rio Vermelho. Não se pode permitir os abusos que ali testemunhamos todos os finais de semana, cometidos pelo egoismo do motorista de carro que põem toneladas de ferro em cima dos passeios públicos, sem o mínimo de respeito à nossa cidade e ao patrimônio Público.

Talvez desta lição algum provieto saia para toda a população.


valcibarretoadv@yahoo.com.br

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