DIREITO ESTÁ DO LADO DA AXE OU DO FORRO? E VOCE?
Ver
Editar
Rastrear
Post do blog O DIREITO ESTÁ DO LADO DA AXE OU DO FORRO? E VOCE? foi criado.
qui, 28/05/2009 - 23:35 — valci barreto
Ouvi falar, e li na imprensa , que há longos anos, foi instituida em Recife a proibição de tocar outros estilos musicais que não, no são joão, o forró; no carnval, o frevo , marchinas etc.Não vejo mal nesta atitude, certamente conclamada pelo povo pernambucano.
Mas proibir tocar o axe, em qualquer época do ano, na Bahia, é atitude , data vênia, desmedida, sem sentido. Artista nenhum vai querer tocar o que o povo não gosta. E o povo não vai querer ir assistir a espetáculos musicais, dentro ou fora do São João, de estilos musicais dos quais não gostam, ver ou ouvir artistas dos quais não gostam.Divulga a impresa, ação judicial promovida pelo Ministério Publico do Trabalho para proibir tocar axe music no São João, em algum lugar da Bahia.
Nascida a axe music na Bahia, hoje exportada para o mundo inteiro, (ninguém importa o que não presta, muito menos arte). O mundo inteiro, em qualquer época, como vemos naTv, entrou "no samba do axé".Já pensou estes paises, locais, estados da federação, entrando com ações judiciais para impedir os artistas baianos executarem a música que mais sabem fazer, pelo mnos para os grandes shows? Já pensou, uma banda contratada, há mais de um ano, para tocar um suas musicas, que podem ter axe, e de repente se vê obrigada a desfazer do contrato, jogar fora o tempo gasto com esaios, propagandas e outros ingredientes necessários ao funcionamento do espetáculo?
Realmente, data vênia, acho de uma grande falta de sensibilidade do poder público, especialmente quando o evento é pago e contratado pela iniciativa privada.
Que se crie leis proibindo, dando a devida publicidade e antecedencia, a partir de quando a lei passará a viger, com discussões por todas as partes interessadas, inclusive o povo consumidor da música, como deve funcionar no nosso sistema legislado, legal.
Proibr, no entanto, nas proximidades do São, que determinada banda toque a chamada axe música, obrigando-a a refazer uma série de itens, com prejuizos para muita gente: ensaios, tempo, grana, equipamentos, divulgação, data vênia, é de grande insensibilidade de quem pede e, data vênia, de quem possa a vir deferir a medida.
Se a moda pega, muita gente vai ter que pagar caro para um ano, dois anos antes de cada show ter que fazer acordos com os poderes públicos para saber se pode ou não tocar determinado estilo musical em determinada época, determinado local. Ai, atribuindo-se poderes ilimitados a determinados setores do poder público, seja de qual esfera for: executivo, juficiário, legislativo, federal , estadual ou municipal, para dizer qual deve ser o gosto do público, data vênia é uma invasão indevida no mundo artistico, na vida das pessoas, sem que estas , ao ouvir determinado estilo musical, estejam cometendo qualquer maldade ao gosto ou ouvido dos outros.
Que mal faz alguem tocar axé em Sao joão, forró em Carnaval, musica classica em cima de um trio, cantigas de roda em uma missa, musica religiosa nos palcos das ruas, com o devido respeito ao ambiente , aos ouvintes aos presentes.
Uma conhecida banda de carnaval, Furta Cor, através do grande tecladista ADEMAR, deixou na memoria dos baianos, já quando em moda o axé, uma das cenas mais emocioantes ocorridas em pleno carnaval :EM PLENO FREVO ,NA AVENIDA SETE, O ADEMAR ATACOU DE BOLERO DE RAVEL... O POVO FOI ÁS LAGRIMAS AJOELHOU-SE , viveu-se ali um momento de gloria, paz, emoção. Não creio em outra emoçao igual, tantos carnavais já passados.
Pois bem, poderia, pela logica da ação judicial, referida na imprensa, que também circula na boca do povo, o ademar ser processado por tocar musica classica no carnaval.
Militante da advocacia, conhecendo um pouco da Constituição Federal, um pouquinho de principios de direito, admirador de todos os estilos musicais: axe, samba, waldik soriano, elvis presley, caetano veloso, ciranda, amante do forró, que todos os anos ouço pelo são joão, e também fora dele, fico , pessoalmente, preocupado com este tipo de ação.
Não tanto por imaginar ferindo de morte o Axé no São João. Mas por imaginar um pais que já experimenta, desde 88 ,fumos de democracia, de repente se ver refem de ações desta ordem, causando polemicas e incertezas , tanto para foliões como para empresario, compositores, músicos de um modo geral.
Em algum momento da nossa vida profissional, a gente escuta: determinadas demandas judiciais, só ajudam ao Estado, arrecardando custas e a advogados que vivem das demandas, uteis ou inúteis, sérias ou "arranjadas", que , em nenhum momento, posso imaginar seja a situação desta sob comento.
Não creio que outras pessoas lucrem com uma demanda desta ordem, que ela exista para beneficiar as pessoas que já estão prontas para assistir, axé ou não no são joão, os maiores interessados no evento.
Há além disso, uma pegunta para músicos, não para advogados, mestres em Direito: algum músico saberia distinguir um forró de um rock? um axe de um forró?
Pelo menos bons musicos, que tive a sorte e curiosidade de perguntar , pelo menos os que conversei me responderam em liguagem técnica, o que aqui reproduzo no popular: tudo muito misturado!
Ora gente, um dos grandes genios da música popular neste deste pais, tem o nome de Raul Seixas, outro, aqui segundo um professor de música da Ufba, que tive a oportunidade de conversar sobre o tema, me disse: um dos grandes genios da musica se chama Luiz Caldas: é capaz de executar qualquer instrumento, pegando nele em poucos minutos. São fenomenos como Pelé, Mozart, são talentos raros.
Do Raul Seixas há depoimento dele, gravado no you tube, que diz, em outras palavras: Gosto de Elvis e de Luiz Gonza. Eles tem muito a ver musicalmente, ritimicamente. São muitos semelhantes, adoro os dois," E o Raulzito faz sofejos para mostrar a semelhança. É SO ABRIR.
Pois bem, quem disse que Luiz é genio foi professor de música, não foi de Direito. E Luiz é um dos criadores do Axe. Vamos destruir este genio e seus seguidores?
Não, minha gente, não vamos deixar isto acontecer.
E, que me perdoem os interessados em acabar com o axé no são joão: é assunto muito pobre, pequeno, data venia, para ocupar o judiciario com um tipo de ação desta ordem.
Se for para probir, que se legisle, como deve ser no sistema demorcratico. Faz-se estudos, lista de músicas , estilos, que possam ou não ser tocados em algum lugar e tempo. Seria uma confusão pesada, mas ai seria lei, discutida, votda, como devem ser as leis.
Enquano não houver lei, porque não obedece-la?
Qual a lei que proibe tocar axer, forro, rock, em qualquer época do ano, em qualquer festa?
Quem me responde, juridica, musical, filosofica ou religiosamente?
Vamos rezar , minha gente, há briga demais!! E prejuizos demais por conta de ações e ingerencias desta odem em vários setores. vamos deixar nosos artistas criar, o povão ouvir o que quiser, dentro da lei. O que não pode é musica que estimule o ódio, a violencia, a droga, cause dano à saude. Aí é da lei. Agora, proibir estilo, data vênia, ns proximidades dos nossos festejos juninos é que, data vênia, não pode acontecer.
Melhor ação seria proibir as buzinadas estupidas dos carros nas ruas,portas de escolas e hospitais. Como isto não dá ibope, ninguem toca no assunto, apesar de ser de saude pública. Em cada esquina uma matança , decorrente da violencia. Isto sim, merece a atuação o combate permanete dos poderes públicos de todas as esferas.
Não há lei de proteção aos ouvidos em função do axe.
Prefiro Caetano, Carlinhos Brauwn, Jõao Gilberto (o melhor de todos), Chico Buarque, E MUITO FORRÓ do que o que se chama de axé.
MAS PROIBIR AXE EM SÃO JOÃO, AINDA MEDIANTE AÇÃO JUDICIAL, data vênia, é coisa que não dá para entender, a não ser para quem conhece muito bem os ditos de Otavio Mangabeira.
Mesmo porque, vai ser preciso muito conhecimento musical para separar o forró do axe. Muita "gente boa" da área não consegue.
Alguem sabe, que os aboios , que os cantos nordestinos, muitas cantigas ,hoje classica, do nosso cancioneiro vierm dos mouros que invadiram Portugal? E que agora este pais, como muitos da Europa recebe a invasão do axe? Vamos imaginar Portugal entrando com uma ação proindo a "invasão do axe" e agente entrado com uma ação de reparação contra os mouros que invadiram Portugal e nos "invadiram com suas musicas", seus aboios?
Com a palavra os doutos em direito e versados em música. Eu so queria perguntar. Porém se eu estiver errado, tomo de emprestimo uma expressão muito usada no sertão baiano: "Que é isto moço, deixa "queto"! Não vejo expressão melhor, pelo menos por agora para este tema.
Entre outras vantagens da internet: o texto, mesmo grande, só lê quem quiser.
aMas este tipo de proibição é muito perigosa para todo o mundo da musica: transporte, produção, composição, mercado de um modo geral e para o proprio povo que já adquiriu ingressos. Ou nada conta para estes?Peço desculpas a todos, não pelo que falei. Mas pelos erros de concordancia, grafia, etc. RARAMENTE CORRIjO MEUS TEXTOS QUANDO PUBLICO aqui. Além de não dominar a liguagem, também não me preocupo em corrigir. Mas as perguntas valem.
PEGUNTA: há ou não direito de proibir axe em são joão?
que notas musicais , ritimos, letras, disquingue o AXE DO FORRO?
Pode, no carnval, proibir tocar Forró?
Quem está ou irá ganhar, ou perder ,com estas incertezas? A quem interessam as dúvidas?
Com a palavra: advogados, entidades públicas e privadas,professres de música, carlinhos Brauwn, Alceu Valença , herdeiros intelectuais de Ruy Barbosa; Jorge Portugal e Caetano Veloso(este sabe de tudo , talvez não de Direito; mas também não precisa. )O assunto é PROFUUUUDOOO! . Se ninguem daí de cima souber, vamos aos filosofos. Outra pergunta que certamente alguem vai querer saber: O Ministério Públio , segundo a imprensa, provocou o Judiciário. E quem provocou o Ministério Público, alguma associação de ouvintes de Forró? Se foi, porque deixaram para as vesperas de São João? Não é uma maldade?
Não acho que o assunto mereça uma medida judicial para tratar deste tema, ainda mais às vesperas do São João, já tudo ensaiado, programado. E SEM NENHUMA LEI PROIBINDO AXÉ , FORRÓ, ROCK NEM VALDICK SORIANO.
Agora, vamos imagina, entre tantas, a seguinte cena: um artista começa a tocar uma música, em ritimo de forro e o povão gritando: quero axe!
Outra bem possivel, uma letra de axe, mas tocada em ritimo de forro: o "fiscal musical". Esta não pode, só pode forró. Ou haverá musicos em cada show para fiscalizar cada ritimo e musica executada.
Socorro, Caetano, cante de novo: ´É proibido proibir"; pelo menos o que não faz mal à saude, salubridade, segurança pública.
Como dizia o meu grande professor de Processo Civel, Desebargador Paulo Furtado, quando algum aluno lhe perguntava o irespondível:
"AÌ, TA DANADO!"
É o caso. Acho Eu...
DATA VENIA!!!
==================
Valci,
Ainda que não goste de axé, acho um absurdo a proibição. O homem tem que ter a liberdade de ouvir e tocar o que quiser. É, neste caso, proibido proibir.
André Setaro
André é bacharel em Direito, jornalista, professor de comunicação da UFBA, critico de cinema .
=============================================
Editores: VALCI BARRETO, Advogado, estudante de jornalismo. Fones: 9999-9221 (Tim), 3384-3419 e 8760-7969 (Oi). Email: valcibarretoadv@yahoo.com.br. Colaboradores: Itana Mangieri, Alberto Bugarin e Sérgio Bezerra. Todos blogueiros, cicloativistas e amantes de livros, fotos e videos - Interesses do Blog: reportagens, artigos, com destaque especial para passeios de bicicletas, livros, cultura em geral, cicloativismo, cicloturismo e educação para o trânsito. Colaborações serão sempre bem vindas.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário