domingo, 2 de agosto de 2009

CELULAR: QUANDO TORPEDOS ULTRAPASSAM LIMITES

Fonte: Saúde UOL






Celulares: quando torpedos ultrapassam limites a saúde fica no vermelho. Os abusos podem atrapalhar o sono e até gerar crises de ansiedade
O celular toca ou recebe mensagens de madrugada ? Você se recusa a viajar para lugares fora da área de cobertura da operadora? As queixas sobre o uso e abuso do celular no meio social se repetem ? Você utiliza celulares emprestados quando seus créditos acabam ? Você prefere uma comunicação via celular do que uma conversa pessoal ? É impossível travar uma conversa com alguém sem que o aparelho os interrompa ? Se as respostas forem afirmativas, então já passou da hora de negociar alguns limites com o(a) indivíduo(a). E não apenas em função da conta estratosférica no final do mês: o uso excessivo do celular prejudica, sim, a saúde emocional.

“A privação do sono é o que pode causar mais estragos”, avisa Maurício de Souza Lima, médico hebiatra. “Além de distração do dia seguinte e mau desempenho profissional, as noites maldormidas comprometem a produção de alguns hormônios que são responsáveis pela “puberdade”.

Os exageros da portabilidade abalam as emoções. É que uma pessoa com uma expectativa permanente em torno das chamadas SMS (torpedos) e afins sofre um enorme desgaste psicológico. “Com o tempo, esse estado de alerta constante pode se transformar em crise de ansiedade ou até em depressão”, atenta a psicóloga Patrícia Gimenez. Ela acrescenta: “Às vezes acontece de o hábito de ligar ou mandar torpedos para os amigos virar dependência e, no caso, a situação se equipara ao vício provocado pelo álcool, exigindo apoio profissional”.

Por fim, há o perigo do chamado sexting, um trocadilho com o termo texting, usado para definir a troca de mensagens de texto por celulares. “Se uma pessoa manda fotos ou vídeos eróticos dela para outra pessoa e depois isso vaza para a rede, o trauma costuma ser irreparável”, enfatiza Patrícia. E isso, infelizmente, não é tão raro.

É lógico que o uso do aparelho tem seu lado bom e deve ser utilizado de forma consciente e se houver realmente a salubre necessidade de comunicação.

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