domingo, 27 de fevereiro de 2011

LADRÕES DE LIVROS.


LADRÕES DE LIVROS.


Valci Barreto, advogado, estudante de jornalismo da Faculdade da Cidade., advogado, estudante de jornalismo da Faculdade da Cidade, Procurador Jurídico  da Fundação Cultural do Estado da Bahia.

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A prestigiada coluna do Jornal Á Tarde, da jornalista Therezinha Cardoso, faz uma grave denuncia: pessoas telefonam ou mandam catas pedindo doações de livros que seriam para doações a bibliotecas e entidades nas periferias da cidade; aparece alguém para apanhar os livros e roubam livros de arte, concluindo a nota “Existem ladrões de livros”

Com o nosso blog é destinado a estimular doações de livros e uso de bicicleta como meio de transportes, não podemos deixar de registrar nossa preocupação com a nota, porque alguns dos nossos bicicleteiros, eu inclusive; Itana, Bugarin, Lazaro só para citar os mais próximos, eventualmente recebemos ligações de pessoas que querem fazer doações de livros e vamos apanhá-los, normalmente deixados nas portarias dos prédios, e quase sempre pedalando.

Não fazemos cartas nem damos telefonamos pedindo doações. Ao contrário, recebemos muitos telefonemas de pessoas interessadas em fazer doações e a maioria  recusamos pois não queremos nem estimulamos o uso do carro para este tipo de ação. Queremos, e continaremos fazer em bicicletas.

Recentemente, recebemos um teleonema de suas senhoras, uma delas a grande artista baiana Inha Bastos. Após vários telefonemas, combinamos que ela deixaria as doações na garagagem do seu prédio, como era proximo da minha casa, fui de taxi e lhe disse: voce deve estar transtornada tendo que fazer doações de livros seus, certamente de grande valor artistico, no que ela concordou, mas que, por falta de espaço, ou doava ou ia para o lixo.

Fui pessoalmente apanhá-los.

Como faço as doaçoes: ando em lugares como Fundação Cultural, Justiça do Trabalho, Shoppin Barra. Por estes e outros lugares pelos quais passo, deixo alguns livros e revistas. Algumas vezes, em nossos passeios, deixamos na biblioteca do Calabar.

Atualmente, estando estudando jornalismo na Faculdade da Cidade, levo uma boa quantidade , que caiba nos alfojes da minha moto e deixo na biblioteca  para quem quiser apanhar.

É assim que faço e que estimulo as pessoas a fazer para se livrar dos livros dos quais não mais precise .

A nota nos deixa preocupados, mas é muito importante para alertar a população contra todo tipo de marginal , inclusive relacionados a roubos de livros.

Sempre quer recebemos um telefonema, pedimos que o doador deixe os livros na portaria ou garagem do prédio.

Acho, inclusive, muita imprudencia e  ingenuidade, nos tempos de violência que vivenciamos, alguém permitir o acesso ao interior da sua casa de pessoa com a qual não tenha a certeza e conhecimento da sua identidade.

Informamos que não participamos de nenhuma entidade, não temos qualquer relação com qualquer delas . Nossa ação , que continuará sendo feita, é no sentido de pedir às pessoas que não joguem seus livros no lixo pois tem muita gente precisando deles, muitas delas bem próximos de nós e não as exergarmos.  Eu sei para quem dar os meus livros, tanto os que compro quanto os que recebo de doações. Não sei onde eles vão parar esperando que seu destino sejam pessoas que tenham ou não recursos econômicos, gostem de ler. Na minha nova fase de estudante, fazendo jornalismo aos 60 anos, descobri ainda mais gente que gosta de livros e que não pode comprá-los.

Uma das nossas observações é que, se você tem livro para doar, ao sair de casa, leve um , dois, o que puder, e deixe em locais onde os interessados possam apanhar como salas de estudos, salas de esperas em clinicas, feiras de livros usados, o doe para pessoas humildes que negociam livros usados como o senhor Alfredo, na Sete Portas. Este tipo é o que recomendo e que funciona. Agora, doar para bibliotecas públicas é que jamais farei: além de não receber as doações, muitos funcionários ainda fazem cara feia, como foi denunciado , há algum tempo atras, pela mesma coluna de Therezinha Cardoso,  ao noticiar a “romaria” feita por uma senhora da sociedade baiana ao pretender fazer doações de livros de medicina para a Biblioteca da Universidade Federal da Bahia. Ao chegar com os livros, apesar de agendado o encontro, não havia ninguem para recebê-los , motivando a recomendação de outro funcionário para que os “deixasse em algum sebo”.

Há instituições serias, organizadas, que recebem doações de livros. Assim, em vez de atender a cartas ou telefonemas como as citadas por Terezinha Cardoso, os próprios doadores devem pegar seus livros e levar a entidades como Igreja da Vitória, Biblioteca do Calabar, Igreja Nossa Senhora da Luiz, Projeto Leitura na Praça. Estas instituições não precisam de apresentação nem dizer o destino que darão aos livros.

Eu, porem, não vejo forma melhor de fazer doações de livros do que as que acima sugiro, sendo a descoberta de quem precisa a mais fascinante e importante forma de descartar livros. É como temos feito em nossos passeios de bicicletas.

Nossas fotos estão em nossos blogs

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 =Não revisamos este texto, o que faremos posteriormente.


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