terça-feira, 17 de março de 2009

FAÇA O SEU PEDAL

SUGESTÃO PARA OS VARIOS PEDALANTES E GRUPOS DE PASSEIOS CICLISTICOS
Valci Barreto
Editor do bikebook.com.br
Muraldebugarin.com
valcibarretoadv@yahoo.com.br
alberto.bugarin@gmail.com





Quem está acostumado a pedalar sozinho, ou em pequenos grupos pelas ruas de Salvador, já sabe o que fazer: pega sua bicicleta e sai por aí. Você pode desfrutar de grandes prazeres e desprazeres, conforme você pedala sozinho ou em grupos. Cada um tem suas facilidades e dificuldades.

Quem já pedala sozinho por aí, eu mesmo faço isto com muita freqüência, fica mais livre para pedalar, parar, fazer o que bem der na cabeça, seguir seu próprio roteiro.

Em grupo, forma que mais gosto de circular, há dificuldades geradas por problemas econômicos , cultura, rítimo , preço da roupa, ou da bicicleta, do local de parada para almoço ou merenda,disciplina, segurança,cumprimento de horário.

Há, pessoas que somente pedalam quando há grandes eventos, como os do G Barbosa, ASBEB, ASBB, só para citar alguns.

Todos os pedais são importantes. Há , porém, pessoas e pequenos grupos ,muito dependentes, que somente pedalam quando se agregam a outros.

Este tipo de comportamento é uma prática interessante, porque busca a agregação; Mas não é condição para realização de um bom pedal . Há pessoas e grupos que só conseguem sair se composição de quarenta, cinquenta ou mais pessoas.

Sentem-se “meninos abandonados”, quando comparece pouca gente.

Na minha opinião, deveriam pensar diferente porque grupos com menor número de pessoas , tipo quatro, cinco, bem organizados, com destinos horários, propósitos semelhantes, são mais produtivos, mais divertidos, menos caro, e geram bem menos conflitos e paradas no trajeto.

Os grupos númerosos , para terem segurança, tem que dipor de toda uma estrutura: policiamentos, batedores, carro de som, rádio comunicador e outros ingredientes, que terminam fazendo crescer e nem sempre proporcionam os mesmos prazeres de grupos menores. Aí são gerados custos que alguém tem que bancar: patrocinadores externos ou os próprios pedalantes.

Todos devem ser estimulados tanto para os grandes como para os pequenos. Cada um tem sua função.

Porém, entre quatro a dez pessoas, podem ser realizados belos passeios pelas ruas de Salvador, ou até mesmo para fora.

Quem estiver em dúvida, chame seus amigos para pedalar e façam as experiências. Todos terão gratas surpresas: mais fácil de administrar, mais fácil de agregar, mais fácil de escolher os destinos, paradas, propósitos caminhos a seguir e locais de paradas. Não precisa ter camiseta padronizada, caras para o pedal ser uma boa festa. Pedale com qualquer uma. Até as de uso comum; e com qualquer bicicleta, desde que rode.

São muitas as vantagens dos pedais de poucos componentes: você valoriza o seu grupo, as suas pessoas, o seu jeito de pedalar, as pessoas que estão próximas de você e que lhe querem bem. Você não tem que ficar aguardando horas e horas, para que o passeio tenha início. Voce não tem que se submeter a regras, caprichos, estress, ritimos e preço de bicicleta dos outros grupos. Nem ter que pagar aos outros. Pague ao seu, crie e mantenha o seu. Faça a sua festa com seus amigos.

Há grupos que, ao realizar um passeio ciclístico, convida “todos os grupos”. Aparecem lá pessoas humildes, com bicicletas e camisetas baratas, sem condições de almoçar ou lanchar em alguns locais mais caros, gerando e alimentando, preconceitos e constrangimentos desnecessários.

O mais chato, na minha opinião, no meu caso pessoal, é ir para um pedal de grupo maior e ter que esperar a hora que ele bem quiser para começar a pedalada. Muitas vezes a espera é para aguardar um político, um artista, uma "vedete" qualquer.Claro que, nos grandes grupos, espero um pouco, tipo o da ASBEB , ASBB. Estes dependem de muitos ingredientes, inclusive o apoio de órgãos públicos .Mas nos outros grupos, não; eu sempre vou preferir pedalar do que esperar.

Nem sempre me interessa pagar, comprar camisetas, entrar em locais e restaurantes que não me interessam, sejam pela comida seja pelo preço. Quero escolher meus locais para parar e o momento de parar ou de seguir.

Pedalar para mim é uma coisa muito simples: basta subir em uma bicicleta e sair por ai. Aprendi a andar sozinho na rua sem me agregar a qualquer grupo ou pessoas. Peguei a minha bike fui olhando com atenção os becos, espaços, movimento dos carros, descendo, parando, olhando, comportando-me como ciclista e como pedestre, conforme a situação.

Por isto, não acho que para aprender a pedalar nas ruas tenha alguém que se submeter a regras de grupos.

Cada grupo tem sua cultura e forma de pedalar e deve ser respeito por todos que a ele queira se agregar. Se você não se adapta a ele, procure outro ou crie o seu. Isto, para mim, é o que faz o pedal feliz: ter pessoas que se afinem .

Tenho o maior prazer em pedalar da forma do JABUTIS VAGAROSOS, que criei e estou aperfeiçoando para ser O MEU PEDAL. E O PEDAL DOS MEUS AMIGOS. Está sempre aberto a todos que estejam de acordo com A CARTILHA DOS JABUTIS VAGAROSOS, publicada no muraldebugarin.com e no bikebook.com.br

Muitos vezes o Jabutis é apenas uma só pessoa montada em uma bicicleta para um passeio. Na maioria das vezes o número de componentes em uma pedalada não passa de cinco.Vamos com qualquer camiseta, qualquer bicicleta, desde que rode, capacete, luva, para segurança. Mesmo sem rádio comunicador, camisetas padronizadas, carro de som, batedores profissionais, policiais e outros equipamentos, para mim é o melhor que realizo. PORQUE É O “MEU PEDAL”. Este “meu pedal” é também dos amigos que concordam com nosso jeito de pedalar: bom humor, respeito a qualquer tipo de bicicleta, dede que rode, obediência às regras de trânsito, aos horários e roteiros programados, finalidade de cada passeio, paciência com o mais fraco, respeito ao comandos de cada passeio.

Faço este texto com um propósito: em vez de reclamar de outros grupos, do preço que cada um pode cobrar pela camiseta, do tipo de bicicleta que lhe exigem, restaurante escolhido para parar, do atraso e ritimo dos outros, faça o ‘SEU PEDAL”, do seu jeito e saia por aí. Com apenas quatro ou cinco pessoas você fará muito mais por você e pelos pedais nas ruas do que agregar-se a outros com os quais você não tenha afinidade. Ele pode até ser um grande e interessante grupo de pedal. Mas o “seu”, o que você faz para você, do seu jeito, será sempre o melhor. É só experimentar.

Iniciamos, há alguns anos atrás, algumas bicicletadas. Vamos retomar este movimento. E, quanto menos dependermos de “lideranças”, “chefes”, “grupos organizados”, “camisetas e bicicletas caras”, melhor. Isto porque, vários grupos de cinco, dez, saindo de vários cantos da cidade, em direção a um ponto de encontro , e não a um grupo especifico de pedal, será muito mais produtivo.

Façam também as suas sugestões.

Faça a “sua bicicletada” em sua rua bairro, cidade. Pregue a cartilha dos amantes do civilizados amantes do pedal.

Sugestões de locais de encontros: Pelourinho, nos dias de feira, Largo do Garcia, Largo da Lapinha, Jardim de Nazaré aos domingos pela manhã. Isto para os grupos do centro da nossa Capital. Os bairros periféricos escolhem os locais e nos avisem que nos dirigiremos para lá também. Faremos uma multi - bicicletada, sem precisar ninguém ficar “acorrentado” aos horários, caprichos, estres, atrasos , pressas ou paradeiros dos outros.


Publicado no muraldebugarin.com e
No bikebook.com.br
valcibarretoadv@yahoo.comb

Nenhum comentário: