sexta-feira, 17 de julho de 2009

VISITANDO A SARAIVA DO SHOPPING BARRA

Valci Barreto

Editor do bikebook.com.br
valcibarretoadv@yahoo.com.br



Disparado, o maior tempo que utilizo dentro do Shopping Barra é na Livraria Saraiva,antes Siciliano, vendo, lendo, os inúmeros e sempre disponíveis livros para uma leitura, ainda que breve. As minhas compras, em qualquer livraria , resumem-se a aquisição de livros para presentes. A pouca grana e a falta de pressa para adqurir novos, impuseram-me o hábito de esperar que os lançamentos apareçam nos sebos e pontos de vendas de livros usados como os do Eraldo, Daniel, Alemão, Senhor Alfredo, Juvenil e outros existentes em nossa Capital. Além da falta de grana para comprá-los, os novos não me fazem tanta falta porque o meu estoque não é pequeno e sempre tenho um "ínédito de sebo" em minha companhia.

Por isto, reconheço que não mereço melhor tratamento por parte dos simpáticos funcionários da Saraiva. Fossem eles fazer justiça, proibiriam até mesmo o meu ingresso naquela livraria.

A pé, Andando bem devagar, da minha casa até o Shopping Barra, já cronometrei, não gasto mais do que exatos cinco minutos. A distancia é,assim, outro fator que me leva mais fácil àquele Shopping, preferindo sempre ir de bicicleta ou a pé. Precisando adquirir uma impressora, às vinte horas estava de calça jeans, camisa manga comprida optando por deslocar-me de moto. Não é recomenável ir a pé neste horário porque, se não houver um assalto, um assédio mais agressivo de pedinte, é quase certo pelo menos um susto da passagem de alguma dupla de motoqueiro mesmo que eles nada tenham a ver com o ilícito.

Ao chegar à garagem de casa, porém, decidir mesmo foi ir pedalando, sem qualquer dúvida de que a roupa que usava, ao contrário do que nossos conterrâneos pensam, são também adequadas para passear na magrela, especialmente com a temperatua amena daquele horário. Entrando no Shopping, achava que o tempo era suficiente para, antes da impressora, dar uma olhada em acessórios para bicicleta; foi o que fiz , na Centauro, onde não levaria, nem levei, mais do que dez minutos. Em seguida, já que estava descendo, entrei na Saraiva, deixando a impressoara para o final; apesar de ser este o único motivo da minha ida.

Era a segunda vez que entrava na Saraiva depois da recente reforma. Tudo muito bom, livros à vontade, movimento agradavel, um ambinte mais amplo e mais bonito do que antes que me fez esquecer por algum tempo a impressora. E , mesmo depois que dela me lembrei, achei que poderia deixar para mais tarde ou até mesmo outro dia, tão encantado que estava com o estoque dos livros e com os atrativos da nova arquitetura daquele ambiente.

Porém , como nem tudo é perfeito, a mesma sensação de incomodo que tive na minha primeira visita depois da reforma , tive hoje com o volume do som ambiente da Saraiva. Pensei em pedir aos vendedores para dar uma baixadinha ou deixar um recadinho na caixa de sugestões na amável livraria. Pórem, imagens , cenas de personagens machadianas iniciaram uma contenda em meu único cerebro:

A-Se voce não compra, lê os livros de graça, vai reclamar do que?

b-Mas , diminuindo o som, fica melhor, mais agradável também para quem consome, para quem compra.

A-Mas quem , quem garante se os clientes não preferem som alto? E, para quem gosta de som alto, até que ele está baixo.

B-Tem razão; mas aqui é uma livraria, não é oficina que instala aqeles sons em porta malas de carros...

C-Tem razão...porém, olhando bem, a gente não sabe onde vai dar este som em altura qualquer hora desta; olha o tamanho das caixa? Não são avantajadas?

Imaginei alguem aumentando o som da Saraiva, estourando meus ouvidos, impedindo-me a concentração em alguma leitura. Por isto, não li nem demorei tanto como gostaria.

Um outro persongem , que também não gosta de som alto, deu as caras para dizer:

-tá parecendo pontos de vendas de cd...

Lembrei destes e das lojas da Sete Portas , testando aparelhos de som em carro; e, confesso, fiquei tão preocupado que resolvi sair , até mesmo porque restava-me procurar a impressora.

Não consegui chegar a tempo à loja das impressoras , mas experimentei uma certa alegria ao refletir que livro e bicicleta hoje tiveram mais uma vitória, vencendo ambos, cada um um ao seu modo, uma batalha contra o preconceito do tipo de roupa para bicicleta e a altura do som na livraria, o qual não me imepediu de ver as capas nem de ler algumas orelhas e introduções de algumas obras literárias.

Carinhosamente, eu e minhas filhas chamávamos a Siciliando de SISSI. Para a nova ser por nós batizada de "Sará" ,"Savá", ou outra carinhosa denominação que sempre atribuímos ao locais que adoramos, não pode ser com aquele "tamanho" de som. A final, não gostariamos que ele fizesse alguem lembrar sonorizaçao de porta malas de veiculos , oficina de teste de som nem de alguns pontos de venda de cd, pirata ou não.

Livro não combina com nenhum deles, muito menos os da querida "saravinha

Nenhum comentário: