segunda-feira, 1 de novembro de 2010

SOBRE A BICICLETADA

Olá gente, sou Drica e participei dos dois ultimos enconttros da bicicletada
em nossa cidade e gostaria de registrar aqui um pouco da minha opinião e
percepção a respeito. 
Muito bom esse estar nas ruas de maneira lenta, e com atitudes contrárias ao
que vemos no transito no dia a dia. Acho que esse é um movimento que tende a
crescer na medida em que há o comprometimento e a consciência de que esse é
um ato simbólico e político, e com vistas para o futuro. 
Tenho escrito quase nada por essa lista que corre por aqui, e resolvo
quebrar o silêncio com este pequeno relato. Não sou muito teórica, prefiro
mais a prática, mas claro que é importante que as pessoas que participam
desta e de outras listas colaborem com informações, trocas, discussões que
valham para a mobilização e crescimento do movimento de andar de bicicleta
em Salvador seja qual for à intenção desse andar. 
Estou particularmente muito empolgada e envolvida com esse ato de descobrir,
ou melhor, de redescobrir a bicicleta.  E naturalmente junto a isso o
redescobrir a cidade. 
Temos muitos interesses e intenções ao pedalar, existem pessoas que pedalam
só a passeio e carregam a bicicleta em seu carro para se transportar para
locais mais longínquos, outros se juntam nos grupos de pedal à noite para
pedalar na cidade, para se seitir mais seguros em grupo  por atitidade
física,  outras usam somente para o trabalho, seja qual for a intenção, seja
a passeio, por exercício físico, seja para se transportar para o trabalho,
seja qual for a intenção, tenho praticado todas elas juntas. E acho que
todas as pessoas que estão da forma que for se aventurando a andar pela
cidade, estão de alguma forma tendo uma postura política em relação a se
locomover assim. Falo isso porque, tenho convidado muitas, muitas pessoas
que tem vontade, ou que já pedalaram em outras cidades, mas em Salvador,
possuem receio e resistência, e com toda razão. O trânsito é mesmo hostil, e
mesmo sendo assim temos conseguido sobreviver com o meio que estamos
escolhendo para se locomover na cidade. E é sim, trabalho nosso, que estamos
agora nas ruas, e dos que pedalam a mais tempo, de “seduzir” as pessoas para
que pelo menos experimentem um pouco desse redescobrir a bicicleta e a
cidade e junto a isso todos os benefícios e conseqüências. E mesmo os que
não fazem isso, e fazem somente o ato de estarem se locomovendo com a
bicicleta, acho eu na minha humilde opinião, que já está fazendo esse ato de
“sedução”.  Transferir o olhar para esse meio de transporte ainda invisível,
torná-lo perceptível. 
Mas chega de bla, bla, bla... e voltando a bicicletada, gostaria de
registrar algumas sugestões para os próximos encontros. 
   1.  Interessantes os “gritos de guerra”, mas podemos discuti-lo para ver
   em comum que frases podemos gritar e como gritar. Às vezes acho agressivo o
   grito “hei motorista”, talvez seja a intenção de ser ouvido, mas acho que
   podemos testar com outra entonação.
   2. Os apitos – acho interessantes os barulhos para chamar a atenção, mas
   se tiver apito junto aos “gritos de guerra”, estaremos gastando nossas vozes
   a toa. Sugiro: no andar junto ao transito as apitadas e nas paradas dos
   sinais ou engarrafamentos os “gritos de guerra”.
   3. Ainda sobre os gritos de guerra, sugiro apenas “gritar” nas paradas
   desse nosso deslocamento, pois acho que deve ficar inaudível quando estamos
   em trânsito se locomovendo junto a carros e ônibus. Então acho que da
   maneira que estamos fazendo nosso grito se torna em vão.
   4. Paradas no sinal de transito – sugiro parar em todos os sinais de
   transito junto aos carros, aumentando assim dentre outras coisas a
   visibilidade da bicicleta no transito. 
Acredito que aos poucos, com todas as sugestões dos participantes, com
aceitação ou não, a gente vá construindo um movimento construtivo em prol da
visibilidade da bicicleta no transito dentre outras coisas... 
Não me alongo mais no meu relato, grata pela atenção, e até a próxima
bicicletada! 
Bjs, bjs, 
Drica Rocha. 
9129 5664 
e  mais outros tantos blogs.

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