Em 25/08/08, Ithea Baqueiro
ITALIANO, ESPANHOLA E JABUTIS Aug 25, '08 4:47 PM
for users Valci e Jabutis
Manhã de sábado, acordamos com um enorme desejo de encontrar nossos amigos e sair por aí de bicicleta, mas primeiro as obrigações, levar a filha no colégio para fazer uma prova.
Assim, logo cedo estávamos no Farol da Barra, apreciando a chuva, ali no lugar onde se vendem cocos, e esperando a hora de encontrarmos os simpáticos amigos... Não teríamos muito tempo, pois um compromisso social nos tiraria do passeio ao meio dia, mesmo assim, insistimos com São Pedro, certos de que a chuva cederia lugar a um lindo dia de sol e o nosso passeio seria um sucesso!
Fomos ao Apipão no horário combinado e ali nos encontramos com o sorriso festeiro de Valci, nosso anfitrião e batedor, o disposto Bugarin e alguns amigos também sorridentes, não poderíamos desejar melhor acolhimento! Sentimos falta de Rosi, mas acho que a chuva deixou-a na cama quentinha e gostosa!
E então começamos a pedalar pela cidade.
O destino seria a Pituba, mas o tempo não nos ajudou muito, e depois de algumas paradas, para afinar a bike do Bugarin, encher pneus, esperar a chuva, ficou tarde para nós, ainda na Ondina e mesmo que um pouco sentidos, optamos por parar, e voltamos sem ter participado totalmente da festa!
Na nossa boca ficou um gosto de "Quero Mais"!
Outra festa nos esperava e fomos desfrutar de uma deliciosa feijoada com amigos queridos, comemos muito, bebemos o suficiente, dançamos com muita disposição e voltamos para a casa felizes e fartos, mas a bicicleta não nos saiu do pensamento...
Acordamos tarde, muito tarde... uma preguiça boa foi afastada pela disposição do Greg me convidando para um passeio diferente, e me convenceu, Graças a Deus, pois foi um dia inesquecível!
Um breve café da manhã, roupas adequadas, luvas, boné, remédio para dor de cabeça, azia, água, documentos, celular, um pouco de dinheiro e um cartão de crédito seria o nosso "kit de sobrevivência. E às onze horas de uma linda manhã de domingo saimos pedalando pelas românticas ruas do Santo Antônio
Feito uma louca desci a ladeira da Água Brusca, cheia de medo, o coração na boca, uma alegria de criança tomou conta de mim e decidi não lutar contra, simplesmente me deixei levar, colocando em prática o artigo 19 (o que ocorrer).
Chegamos ao Terminal do Ferry Boat e depois de uma pequena espera, iniciamos a travessia. Eu ainda temerosa, sem saber se seria capaz de tamanha aventura... Teria eu a resistência necessária? As pernas aguentariam?
Fim da travessia e começamos finalmente a pedalar. Um dia lindo, um sol nem quente e nem frio, um ar de aventura e uma alegria desconcertante.
Pedalamos pensando naquela turma de sábado, que foi tão prematuramente abandonada por nós:
- Ah como seria maravilhoso tê-los agora conosco!
Helena teria adorado, pois os carros não nos incomodava e nem nos amedrontava. A pista era boa, apesar de algumas ladeiras, que em alguns momentos quase me fizeram desistir, mas eu pensava nos "Jabutis Vagarosos" e ganhava novo fôlego.
Greg me estimulava, muitas vezes, literalmente me empurrando, e quando já achava que não conseguiria, (nosso destino era Barra Grande), chegamos ao Clube Med. Entramos no condominio Lagoa Dourada, onde um simpático porteiro chamado Evandro, nos abasteceu de água e nos deu passagem.
Fomos pedalando dentro do condominio de casas quase abandonadas, pois o inverno afasta os moradores veranistas da ilha, ouvindo apenas os pássaros e o ruido suave das nossas pedaladas. Chegamos na praia e paramos um pouco para desfrutar de toda a paz e tranquilidade que ali encontramos.
A praia do Club Med estava quase deserta também, então resolvemos ir a uma barraca de praia em Cangussu, bem pertinho, pra comer alguma coisa, descansarmos um pouco e voltarmos.
Chegamos ali por volta das 16:00 hs, muito tarde para quem iria retornar pedalando! Comemos na barraca de Conceição, uma salada de polvo (cara e sem grandes chances no mundo gastronômico internacional), mas para a nossa fome nos pareceu melhor do que era realmente.
E voltamos para a estrada, afinal teriamos ainda 13 km para percorrer até o terminal, eu ainda pensava nas ladeiras que desci, pois na volta seriam subidas e me pareciam pavorosas.
Greg me convenceu, de que as ladeiras eram a melhor parte da história, que eram puro divertimento, que era tudo uma questão de cabeça e não apenas de pernas. E para minha surpresa, e gratidão de Greg, (que pacientemente parava quando eu pedia, me dava água e palavras de encorajamento), constatei que o meu desepenho melhorou muito! Já não pedia para parar tanto e me arriscava mais nas descidas, sem medo, com o vento fresco batendo no rosto, e um gosto de liberdade sentido apenas pelos passarinhos que podem voar!
Greg que é velocista, em momento algum desistiu de mim, e com grande paciência foi me levando até o final da nossa jornada. E chegamos.
O Ferry parecia muito confortável agora! Ficamos ali sentadinhos, comendo castanhas, uma cervejinha só pra molhar o bico e relaxar, (que ninguém é de ferro!) e muita conversa agradável! De novo os Jabutis estavam nos nossos pensamentos... Como teria sido bom se todos estivessem conosco naquele momento! Imaginamos a algazarra que fariamos, depois dessa aventura e como teria sido divertido!
Mas ainda não tinha acabado e para mim, o pior estava por vir, pois a ladeira da Água Brusca, que desci tão cheia de entusiasmo no começo da nossa aventura, agora tinha se transformado num pesadelo, um desafio a enfrentar! Pensei em desistir e pedi ao Greg que fosse em casa buscar o carro, eu ficaria esperando por ele no Terminal, mas ele, incansável estimulador, me convenceu a prosseguir e fomos nós, já sete horas da noite, enfrentarmos juntos o monstro! Passei na frente no Mercado do Peixe a toda velocidade, buscando ganhar impulso para me ajudar na subida e gritei:
- Diversão à vista Greg!!!
Subi não mais que 200 metros e as pernas acabaram, me sentindo insignificante, desci da montaria e com o resto de orgulho que ainda possuia, comecei a empurrar a magrela, cada passo que dava as pernas reclamavam, nesse momento tinha dois quilos de chumbo nos meus sapatos e a subida se transformou num suplicio! Greg percebeu e gentilmente tirou a bike da minha mão, subiria ele empurrando as duas bicicletas e com doces palavras de incentivo conseguiu me levar até o topo, onde só chegam os vitoriosos! Mais uma vez montei na criatura e consegui chegar até a porta da nossa casa, vencida, mas não derrotada!
Enfim o merecido banho! Muito cansada ainda fomos comer um delicioso churrasco e na volta, ao deitar na minha cama, minha alma estava sorrindo. Dei um beijo no meu Greg agradeçendo por ele ter acreditado e nunca ter desistido de mim, fechei os olhos e sonhei com os "Jabutis"...
Tags: vivendo saude!
Beijinhos sempre
Ithéa
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PARABENS AO CASAL, PELA AVENTURA. AS FOTOS NÃO ABRIRAM. SUGESTÃO: MANDEM AS FOTOS PARA alberto.bugarin@gmail.com. ele publica e nós copiamos!
Ele adora fazer isto. E nós adoramos copiá-lo!
forte abraço.
valcibarretoadv@yahoo.com.br
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Um comentário:
Oh Valci que coisa mais simpática! Adorei você ter publicado a nossa história singela, mas tão cheia de emoção e verdade!
Vou mandar as fotos para o Bugarin sim.
Quando Greg voltar vamos marcar uma pedalada pra lá de especial na ilha? Então terei meu sonho realizado!
Beijinhos e muito carinho
Ithéa Baqueiro
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