sábado, 13 de setembro de 2008

SUGESTÃO PARA OS VARIOS PEDALANTES E GRUPOS DE PASSEIOS CICLISTICOS

Valci Barreto
Editor do bikebook.com.br
Muraldebugarin.com
valcibarretoadv@yahoo.com.br
alberto.bugarin@gmail.com





Quem está acostumado a pedalar sozinho, ou em pequenos grupos pelas ruas de Salvador, já sabem o que fazer: pega sua bicicleta e sai por aí. Você pode desfrutar de grandes prazeres e desprazeres, conforme você pedala sozinho ou em grupos.

Quem já pedala sozinho por aí, eu mesmo faço isto normalmente, fica mais livre para pedalar, parar, fazer o que bem der na cabeça.

Em grupos, forma que mais gosto de circular em meus pedais, há dificuldades geradas por problemas econômicos , cultura, ritimo , preço da roupa, ou da bicicleta.

Outra dificuldades encontradas para organização dos grupos é a disciplina, segurança, custos, e cumprimento de horário.

Cada um gosta de um jeito. Há, porém aquelas pessoas que somente pedalam quando há grandes eventos, como G Barbosa, ASBEB, ASSBB, só para citar alguns.

Todos os pedais são importantes. Há , porém, pessoas muito dependentes de outros grupos para pedalar. Há, inclusive, pequenos grupos, que somente pedalam quando se agregam a outros.

Este tipo de comportamento é uma prática interessante, porque busca a agregação; Mas não é condição para realização de um pedal . Há pessoas e grupos que só conseguem sair se tiver grupo de quarenta, cinquenta ou mais pessoas.

Sentem-se “meninos abandonados”, quando comparece pouca gente.

Na minha opinião, deveriam pensar diferente. É que grupos com pequeno número de pessoas, tipo quatro, cinco, bem organizados, com destinos horários, propósitos semelhantes, são mais produtivos, mais divertidos, menos caro, gera bem menos conflitos no trajeto, do que aqueles de muita gemnte.

Os grupos númerosos , para terem segurança, tem que dipor de toda uma estrutura: policiamentos, batedores, carro de som, radio comunicador e outros ingredientes, que terminam fazendo crescer e nem sempre proporcionam os mesmos prazeres de grupos menores. Aí são gerados custos que alguem tem que bancar: patrocinadores ou os proprios pedalantes.

Todos devem ser estimulados os grandes e os pequentos. Cada um tem sua função.

Porém, entre quatro a dez pessoas, podem ser realizados belos passeios pelas ruas de Salvador, ou até mesmo para fora.

Quem estiver em dúvida, chame seus amigos para pedalar e façam as experiências. Todos terão gratas surpresas: mais fácil de administrar, mais fácil de agregar, mais fácil de escolher os destinos e os propósitos do grupo. Não precisa comprar camiseta padronizada para pedalar. Pedale com qualquer uma. Até as de uso comum; e com qualquer bicicleta, desde que rode.

São muitas as vantagens dos pedais de poucos componentes. É uma das mais importantes que eu acho: você valoriza o seu grupo, as suas pessoas, o seu jeito de pedalar. E para pedalar, voce não tem que ficar aguardado , muitas vezes, horas e horas, que o outro grupo maior inicie o pedal. Voce não tem que se submeter a regras, caprichos, estress, ritimos e preço de bicicleta dos outros grupos. Nem ter que pagar para outros grupos. Voce paga para o seu proprio.

Há grupos que, ao realizar um passeio ciclístico, convida “todos os grupos”. Aparecem lá pessoas humildes, com bicicletas e camisetas baratas, sem condições de almoçar ou lanchar em alguns locais mais caros, gerando e alimentando, preconceitos e constrangimentos desnecessários.

O mais chato, na minha opinião, no meu caso pessoal, é ir para um pedal de grupo maior e ter que esperar a hora que ele bem quiser para começar o passeio. Muitas vezes a espera é para aguardar um político, um artista, uma "vedete" qualquer.Claro que, nos grandes grupos, espero um pouco, tipo o da ASBEB , ASBB. Estes dependem de muitos ingredientes, inclusive o apoio de órgãos públicos , que nem sempre estão prontos no horário e local.Mas nos outros grupos, não; eu sempre vou preferir pedalar do que esperar.

Como também, nem sempre me interessa pagar, comprar camisetas, entrar em locais e restaurantes que não me interessam, sejam pela comida seja pelo preço. Quero escolher meus locais para parar e o momento de parar ou de seguir.

Pedalar para mim e uma coisa muito simples: basta subir em uma bicicleta e sair por ai. Aprendi a andar sozinho na rua sem me agregar a qualquer grupo ou pessoas. Peguei a minha bike fui olhando com atenção os becos, espaços, movimento dos carros, descendo, parando, olhando, comportando-me como ciclista e como pedestre, conforme a situação.

Por isto, não acho que para aprender a pedalar nas ruas tenha alguém que se submeter a regras de grupos com os quais não se tem afinidade.

O ideal no pedal em grupos são as afinidades e simpatias que você tem com as outras pessoas. A cultura, a educação , o respeito às regras de comportamento do grupo, a condição de pedalar de cada um, o jeito de ser, em todos os aspectos, os locais que gostam de estar, se gosta de beber uma cerveja ou não, se gosta de bater um baba durante o passeio ou não. Isto, para mim, é o que faz o pedal feliz. Jamais o preço da roupa, bicicleta, ou a condição econômica dos seus componentes.

Tenho o maior prazer em pedalar da forma do JABUTIS VAGAROSOS, que criei e estou aperfeiçoando para ser O MEU PEDAL. E O PEDAL DOS MEUS AMIGOS, sempre aberto a todos que estejam de acordo com A CARTILHA DOS JABUTIS VAGAROSOS, publicada no muraldebugarin.com e no bikebook.com.br

Muitos vezes o Jabutis é apenas uma só pessoa montada em uma bicicleta para um passesio. Na maioria das vezes o número de pessoas no JABUTIS não passa de cinco.Vamos com qualquer camiseta, qualquer bicicleta, desde que rode, capacete, luva, para segurança. Mesmo sem radio comunicador, camisetas padronizadas, carro de som, batedores profissionais, policiais e outros equipamentos ,humanos ou não, para mim é o melhor pedal que realizo. PORQUE É O “MEU PEDAL”. Este “meu pedal” é também dos amigos que concordam com nosso jeito de pedalar.

Faço este texto com um propósito: em vez de reclamar de outros grupos, do preço que cada um pode cobrar pela camiseta, do tipo de bicicleta que lhe exigem, tipo de restaurante escolhido para parar, reclamar do atraso e ritimo dos outros, faça o ‘SEU PEDAL”, do seu jeito e saia por aí. Com apenas quatro ou cinco pessoas você fará muito mais por você e pelos pedais nas ruas do que agregar-se a outros com os quais você não tenha afinidade. Ele pode até ser um grande e interessante grupo de pedal. Mas o “seu”, o que você faz para você, do seu jeito, será sempre o melhor. É só experimentar.

Iniciamos, há alguns anos atrás, algumas bicicletadas. Vamos retomar este movimento. E, quanto menos dependermos de “lideranças”, “chefes”, “grupos organizados”, “camisetas e bicicletas caras”, melhor. Isto porque, vários grupos de cinco, dez, saindo de vários cantos da cidade, em direção a um ponto de encontro , e não a um grupo especifico de pedal, será muito mais produtivo.

Aguardem, então, sugestões para estes movimentos, que, já no mês de setembro, começarão a acontecer em Salvador: sem lideres, sem comando, sem chefia, sem camiseta , bicicletas ou locais caros de parada.Fçam também as suas sugestões.

Faça a “sua bicicletada”. Pode até começar logo. Nem espere os avisos.

Sugestões de locais de encontros: Pelourinho, nos dias de feira, Largo do Garcia, Largo da Lapinha, Jardim de Nazaré aos domingos pela manhã. Isto para os grupos do centro da nossa Capital. Os bairros periféricos escolhem os locais e nos avisem que nos dirigiremos para lá também. Faremos uma multi bicicletada, sem precisar ninguém ficar “acorrentado” aos horários, caprichos, estress, atrasos , pressas ou paradeiros dos outros.

Jabutis já começou a fazer a sua: dias 13 e 14 , no centro da Cidade: Pelourinho e Cacau Show, no Center Lapa, para degustarmos um chocolate de um real.(Festival de Trufas).

No Pelourinho, feira multicultural, com shows, troca troca , compra/compra e nossas bicicletas!

Pelo menos as do Jabutis Vagarosos , lá estarão. Na maior alegria.

Publicado no muraldebugarin.com e
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