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A bicicleta para mim e para as outras organizadoras do Meninas ao Vento, se configura como um meio de transporte que proporiona felicidade, mobilidade, simpatia, sustentabilidade ambiental e econômica, saúde, bem-estar e autonomia.Ontem, o percurso que o Menina ao Vento sintetizou muito bem a questão da mobilidade urbana. Saímos pedalando do Rio Vermelho em direção à zona de mais I-mobilidade de Salvador: o Iguatemi e adjacênicas (Pituba, Itaigara). É lá que está o novo centro da cidade, com uma grande concentração de prédios comerciais e residenciais, para onde converge parte considerável do fluxo de carros e ônibus, e onde já fica engarrafado a partir das 15h! Ou seja, é um local que só passa quem realmente precisa, ou quando se precisa. O nosso destino era chegar ao Shopping Salvador, o maior shopping da cidade, onde há paraciclos adequados para uso. A nossa cidade é carente em estacionamentos de bicileta. É carente de ter a cultura da bicicleta como legítima. Não que gostamos de ir ao shopping, mas ter esse destino como ponto de chegada, permitiu ver que existem caminhos possíveis para o deslocamento com bikes; e caminhos agradáveis, mesmo no ponto mais crítico de Salvador. Nesse ponto, a forma de escolher o trajeto já se transforma: não pensamos em pegar os caminhos mais curtos e as vias mais rápidas, como se faz quando se dirige autos. As ruas que passamos foram ruas secundárias, onde os carros passam com velocidades mais baixa, onde o fluxo de ônibus é menor. Ou seja, muito mais possível, seguro e agradável para quem se desloca pedalando.O trajeto permitiu também passar por locais que oferecem diversos serviços, como o bairro do Itaigara, que, além de ser residencial, agrega muitos, muitos prédios comerciais ocupados com serviço médico. Lá também há outros serviços: supermercado, cartório, correios, restaurantes, escolas, bancos, 6 shoppings menores (MaxCenter, Pituba Park Center, Tropical Center, Paseo, Itaigara e Boulevard 161). E não é necessário transitar pela avenida principal, a ACM, que é caótica. Apenas cruzamos ela no semáforo para chegar ao outro lado do bairro.De lá, pegamos a rua entre os 2 últimos shoppings citados em direção ao final de linha da Pituba, que mistura residências, escolas, comércio e muitos, muitos restaurantes. Seguimos pela a Rua das Alfazemas, que não tem cheiro de flor, onde fica o fundo do Hiper Bompreço Iguatemi, um grande supermercado. A esta altura, estávamos paralelas à Av. ACM - onde ocorre todo o congestionamento que não aguentamos, e próximos do acesso ao Shopping Iguatemi e à Rodoviária. Tudo muito tranquilo, e sem ladeiras!Da Rua Alfazema, seguimos por ruas residenciais, pela Rua Timbó, até alcançar a Alameda das Espatódias, rua principal do Caminho das Árvores, porém larga. O final dessa rua é onde fica o Jornal ATARDE, em frente ao Shopping Salvador. Dali, só pegamos uma passarela de pedestre e a atravessamos, claro! Qual não foi a surpresa do responsável pelo estacionamento do Shopping ao ver 18 mulheres entrando para estacionar de bike?! "Parabéns a vcs", foi o que ouvimos!
Esse relato aqui só contempla a questão da mobilidade que a bike permite às pessoas e à cidade. A felicidade, simpatia, sustentabilidade ambiental e econômica, saúde, bem-estar e autonomia, deixa para cada um que queira experimentar!Abaixo, uma rota muito parecida com a que fizemos:http://www.bikemap.net/route/1024615#lat=-12.98716&lng=-38.45773&zoom=15&type=0
Copiado e postado por Bugarin |
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