quarta-feira, 13 de julho de 2011

POLITICOS BAIANOS APOIAM MOVIMENTO CICLOATIVISTA.

POLITICOS BAIANOS APOIAM MOVIMENTO CICLOATIVISTA.


Valci Barreto
Bikebook.blogspot.com
Muraldebugarin.com
facebook/valcibarreto



Desde que começamos os movimentos em favor das bicicletas como meio de transporte em Salvador, sempre convidamos politicos para participar, opinar, sugerir, trocamos informações a respeito da necessidade de políticas em favor das bicicletas nas ruas. Quando convidados para determinados eventos, de igual sorte, sempre conclamamos os bicicleteiros para participar.

Nas duas ultimas eleições, só para citar estas duas, tivemos conversas com vereadores como Reginaldo Oliveira; Valdenor Cardozo, Everaldo Augusto, Álvaro Gomes, Daniel Almeida.

Na companhia deles estivemos em órgãos da Prefeitura para tratarmos de assuntos bem simples, solucionáveis de imediato, como a liberação do Elevador Lacerda; Plano Inclinado; Liberdade; Escadarias da Lapa para passagem de bicicletas.

Aproximam-se as eleições e a Copa do Mundo e, por razões naturais, mobilizam-se políticos para tratarem  de uma das vedetes da mídia de todo o planeta quando se fala de mobilidade urbana, que é a bicicleta. E uma das formas escolhidas pelos políticos e órgãos públicos são as palestras, audiências públicas , normalmente em dias de semana e em horário de trabalho .

Nada temos, muito pelo contrário, contra estas audiências públicas . É ótimo que elas aconteçam. É natural que nenhuma obra é realizada sem apoio, sem o aval do poder público e dos políticos. Apoiamos, assim, todas estas iniciativas.

Porem, entendo que estes debates, audiências públicas, mesmo como quando impostas por legislação democrática, nos dias de hoje são por demais improdutivas, em relação ao que podem fazer os bicicleteiros , simplesmente pedalando.

Por exemplo, em vez de gastar uma , duas horas horas, dizendo o que eles já sabem e ouvindo o que já sabemos, melhor que, no mesmo dia e horário, estejamos pedalando e levando mensagens para nossa população em favor das bicicletas nas ruas, inclusive com os políticos, pedalando ou não.

Como exemplo, as audiências ou debates poderiam ser feitos em frente ao elevador Lacerda , Escadarias da Lapa, Plano Gonçalves, para reivindicarmos o que a lei já autoriza: transitarmos em bicicleta pelos mesmos elevadores.

Há cerca de 5 ou mais anos, estivemos com os políticos citados; funcionários de alguns órgãos públicos do Estado e da Prefeitura e , apesar de toda a boa vontade, respeito as nossas reivindicações, até o momento não tivemos nada de concreto.

Ouvimos de técnicos da Prefeitura que seria necessário projeto para implantar suportes para transporte de bike em elevadores.

Contra argumentamos que  a lei de transito é expressa quando afirma que , empurrando a bicicleta, o ciclista goza dos mesmos privilégios dos pedestres. Então pode, perfeitamente, ingressar nestes espaços empurrando-as.

A única coisa que ciclistas e pedestres devem fazer é ter , por nossa parte e da própria Prefeitura, campanhas educativas para que se organize a passagem de ciclistas e pedestres tipo, os pedestres primeiro, ou vice versa, que o tempo se encarregará de criar a cultura. Não há , jamais , qualquer necessidade de transbike por qualquer destes elevadores. Em países que acolhem a bicicleta como natural meio de transporte, podem elas circular por corredores de shoppings, garagens, metrôs, ônibus, sem nenhuma destas engrenagens e projetos feitos, refeitos, enterrados pela má vontade dos órgãos de um modo geral.

Para dizer estas coisas, para reinvindicarmos, não precisamos participar de tais debates,de tais audiências.

Além do mais, uma boa parte delas é coisa para político profissional; militantes dos políticos; pessoas que tenham tempo disponível para nelas estar, vez que acontecem em dias de semana e, se não houver platéia elas não acontecem ou atrasa até que alguém apareça para justificar a cobertura pelas suas assessorias de imprensa e ou mídia em geral.

Quando estiver passando em frente a alguma delas e com tempo suficiente, participarei, ouvirei os debates. Se assim não for, preferirei sempre estar pedalando, panfletando, levando à população lições de como ela ajudar a bicicleta a ser respeitada como meio de transporte, haja ou não ciclovia, haja ou não bicicletário, haja ou não banheiros para os ciclistas.

Pedalar, é uma coias muito simples, pode-se fazer em qualquer lugar do mundo, sem necessidades de tantos encontros e burocracias, projetos e debates. A única coisa de que realmente precisamos é fazer a população, notadamente os nossos embrutecidos , estressados, egoístas motoristas, entenderem que a rua não é só do carro. Para esta compreensão, muito mais valerão um pedal, um encontro e panfletagem em frente ao Plano Inclinado do que mil debates e encontros como os que acontecerão até as próximas eleições.

Para os carros ocuparem passeios, matar gente; para construir pontes, estradas e espaços para carro, não quase não há necessidade tantos debates e burocracias: os gabinetes resolvem. Porque o mesmo não pode acontecer com as bicicletas?









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