sexta-feira, 2 de setembro de 2011

NEW YORK TIMES TEM RAZAO


INFELISMENTE, O NEW YORK TIMES TEM RAZÃO.


valci Barreto
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O Dr. Mauricio Barbosa veio como “o sangue novo”, para tentar debelar o crime na Bahia.
A descrença em uma solução da violência na Bahia, só para ficar aqui, não é uma questão de não acreditar na melhora, nem de por em duvida a sinceridade e boa vontade do eminente Secretário:É realidade cruel.
Entende-se a defesa que faz o Secretário de Segurança Pública contra a reportagem, divulgada em toda a nossa mídia, publicada no jornal americano sobre a violência por aqui.
Mas, infelizmente, a razão está com o New York Times, e não com o Secretário.
Moro em Ondina, na Sabino Silva, onde ninguém, após as 19 horas, tem coragem de transitar a pé, após determinado horário. Na centenário, Federação, Porto e Farol da Barra, exceto quando o policiamento se faz presente em blitz, nem pensar. Estou falando de uma das zonas nobres da cidade. Se alguem  comprar um pão na Padaria Apipão e subir a pé as ladeiras que dão acesso à parte alta do local, ele ou qualquer outra pessoa, será fatalmente assaltado.  Estou falando de locais próximos ao CALABAR PACIFICADO. 
Em vez de negar a reportagem do new york time, acho que o governo deve admitir a verdade e pelo menos prometer melhoras. 
As estatísticas do governo são totalmente contestadas pela violência em nossas ruas. Jamais uma estatística que diga atualmente que o crime diminuiu , ou que estabilizou,  não seja olhada com desdém pela população, notadamente por aquela que precisa andar a pé. Está é quem sabe o que é violência.
Lamentavelmente, o jornal americano tem razão . Não o eminente secretario.
Torço para que eu esteja errado, óbvio. E quem aqui se pronuncia é alguem cauteloso,mas que, felzimente, não foi tocado pelo pavor que as ruas, de fato, oferecem.

Recentemente, ouvi de um taxista, no Pelourinho, no que concordo "acho um crime o governo divulgar para o turista vir visitar o Pelourinho". "Deveriam processar o Estado"Locais que deveriam merecer toda a atenção do Governo da Bahia, como Elevador Lacerda e Terminal da Lapa, após as 22 horas é um deserto; e ninguém quer mais se arriscar a passar por ali nas tardes de sábados e domingos após as 17 horas. Quem estuda à noite, e precisa usar ônibos, clamam aos professores para sairem mais cedo a fim de diminuir os riscos de assaltos, que ocorrem dentro de onibus, seus terminais e em percursos até a casa. Uma lástima , um mundo cruel.

Jamais podemos por culpa no Secretario, mesmo porque tem demonstrado empenho, ser uma pessoa séria, e merecido o respeito de todos. 
Mas, por enquanto, o crime tem vencido. E longe de nós responsabilizarmos uma Secretaria que é muito pequena para o tamanho da nossa tragédia nas ruas. O interior transformou-se em espaço de matança diuturna que a mídia, sequer , tem conhecimento.


Torcemos para que estejamos errados. Mas tenho certeza de que os comentários do New Your Times , lamentàvelmente, em vez de contestados, devem ser observados com humildade porque ,infelizmente, achamos que foi de uma certa forma até condescedente com a nossa realidade. Que o governo brasileiro , população , secretario se unam nesta questão e a vença. É só o que todos nós queremos.

MATERIA PUBLICADA NO CORREIO, RECENTEMENTE:

"!Secretário de Segurança rebate reportagem do The New York Times
Maurício Barbosa afirmou que violência apresenta redução em 2011
A matéria publicada no jornal The New York Times nesta terça-feira (30), que aborda a violência na Bahia, não passou muito tempo sem uma resposta. No final desta tarde, a Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP) emitiu uma nota em que o secretário Maurício Barbosa rebate a reportagem. “A tendência de crescimento da violência nos últimos quatro anos se estabilizou em 2010 e já apresenta uma redução de 16% nos homicídios nos seis primeiros meses de 2011”, diz Barbosa no documento.

O secretário destacou também as ações desenvolvidas pelo programa Pacto Pela Vida, lançado pelo Governo do Estado em junho, e que foram citados na própria matéria, como a implantação de Bases Comunitárias de Segurança, a criação do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) e o reforço de sete mil policiais nos últimos quatro anos.

De acordo com Maurício Barbosa, representantes do consulado americano estiveram no estado na última semana com o objetivo de conhecer o trabalho de combate ao crime na Bahia, a exemplo da Base Comunitária do Calabar e o projeto de implantação das bases no Nordeste de Amaralina. “Isso mostra o reconhecimento à política de segurança pública que está sendo executada no nosso estado”.

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