segunda-feira, 18 de agosto de 2008

VALCI BARRETO-COBRANÇA PARA PEDALAR

COBRANÇA PARA PEDALAR.


valci barreto



É cada vez mais forte o zuzum zum, as conversas de bastidores, no sentido de que devam os grupos ciclísticos pagar ingresso, colaboração, pedágio, taxa, seja o que for, para participar de pedais de outros grupos maiores.
É preciso ter cuidado com estas propostas porque , à medida que cresce o numero de pedalantes, surgem as pessoas interessadas apenas na fatia de mercado que isto representa.
Assim, os grupos mais fortes, maiores, até órgãos públicos, vão querer cobrar : camisetas, água, propagandas, carro de som e depois trio elétrico para particpar dos passeios.
Nada contra quem queira pagar. Nada contra quem queira organizar um grupo com camisetas padronizadas, coisa importante até, como marca do grupo que, inclusive, impõe respeito ao pedal.Tenho contra, porém, pessoas humildes serem enganadas por porpostas de pagamentos , como se pedalar dependesse deste pagamento,dependesse de autorizo, protocolos e taxas. Não sou padrinho dos pobres. Sou , e faço questão de propagar, um lutador, entre tantos outros, por ciclo vias, ciclofaixas, educação para o transito.

Para pedalar, circular pelas ruas de Salvador, mesmo sem ciclovias e ciclofaixas é possível , sim. Já fazemos isto,quase que diariamente. Temos os riscos e os cuidados. Nos lugares perigosos, empurramos a bicicleta. Até hoje não tivemos um arranhão nem atropelo. Não aconselhamos ninguém a pegar sua bicicleta e sair por aí sozinho. Aconselhamos a se agrupar, de preferência com poucas pessoas ,já treinadas para ajudar, orientar a melhor e mais segura forma de enfrentar o transito e os perigos das ruas.

Como cicloativista, titulo que faço questão de ostentar, pedalo e aconselho pedaladas simples, pelas ruas da cidade. Assim vamos ocupando os espaços que os carros nos tomaram. Tentando, com nossos mosquitinhos educativos, dizer para o motorista que a rua não é só do carro. Que a lei autoriza a circulação de bicicleta nas mesmas ruas em que trafegam os veículos. Que está contra nossa cultura, usar o carro até para pegar um biscoito ou pão na esquina.
Pois bem, para isto, não precisa de camiseta, de grupos ciclísticos organizados, de trio elétrico(que condeno nos pedais. Aceito no carnaval.) Carnaval sem trio elétrico na Bahia não é carnaval. Mas passeio de bicicleta com trio elétrico não é passeio ciclístico: é poluição sonora.
Os políticos que usam carro de som nos passeios cicliticos estão certos; aprovo, é forma democratica, autorizada por lei, para fazer sua campanha. Mas desaprovo colocar som alto. Pelo menos eu, condendo. Como condeno as buzinadas mal educadas dos própios ciclistas: polui, incomod; é falta de educação e de respeito com os demais componentes do passeio. O carro de som é para dar os comandos de segurança , advertências, mensagens educativas, como acontece nos passeios de Everaldo Augusto, aconteceu no de Reginaldo e como funciona nos da ASBEB.
Lutamos contra todo tipo de poluição, inclusive sonora. E os carros de som abusam muito. Até carro de cafezinho já polui, com sons altos, sem respeito a quem está dormindo ou vendo os nossos casarões do Pelô.
As ciclovias e ciclofaixas jamais virão como gostaríamos. Precisamos delas. Mas, muito mais, da educação e do respeito mutuo. E vamos lutar por isto, de forma educada e civilizada.
Para isto, não precisa pagar pedágio para grupos de passeios, para agremiações ciclísticas ou órgãos de governo.
Nem comprar camisetas de grupos a, b, ou c.
Crie seu próprio grupo, faça sua própria camiseta e saia por aí. Sejam independentes, inteligentes, criativos e econômicos. Fuajam dos espertos, aproveitadores, ou até bem intecionados que cobrem o que você não quer , não pode ou não deve pagar.
Vamos imitar a França: dar bicicleta de graça para a população. E não cobrar para pedalar.Pedale com qualquer bicicleta, velha , enferrujada, com ou sem marcha e qualquer camiseta. Orgulhe-se de você, e da que voce pode ter e pagar, orgulhe-se de voce, principalmente. Faça se respeitar pelo que voce é , e não pelo preço da camiseta ou da bicicleta, espalhe bons exemplos pelo mundo. Para isto não precisa comprar camisetas nem pagar pedágio para fazer seu passeio.
Reúna três, quatro, cinco amigos que tenham afinidades com você e saia por aí, que estará fazendo muito mais pelas conquistas cicloativista do que comprando uma camiseta cara, bicicleta cara, e se sentindo inferior por não poder pussuir uma delas.
Muitas coisas são caras e temos que pagar. Os impostos, por exemplo. Mas para passear de bicicleta, não precisa de nada disso.

Nada podemos ter contra grupos organizados que venham a exigir padrões, camisetas, bicicletas de tal tipo. Mas não podemos inibir que não possa pagar por isto. Temos que estimular aos menos aquinhoaados a vencer o preconceito para se orgulhar da sua bicleta barata, enferrujada, usada, sem marcha , mas que pedale e da sua camisa humilde, mas que protege a sua pele.

Claro que, tudo isto é pensamento meu e de muitos amigos do pedal. Nada contra quem pode, quer, e so se sente bem em cima de uma bicicleta de cinco mil , uma camiseta de cinqüenta, um pedágio de dez ou vinte para pedalar. Mas voce deve se sentir importante porque é importante como gente, não pela bicicleta ou camista que esteja usando. Importante é voce e as pessoas que lhe querem bem.
Fico preocupado com quem, não podendo pagar, acha que não pode pedalar. Não tendo granda para comprar um bicicleta cara, fique com vergonha de ter uma usada. Estas pessoas têm que entender que são importantes por terem valores que não são menidos pelao preço da camiseta , da bicicleta ou da companha de pessoas que não fazem quetão da sua companhia.
Quem faz a festa bonita são as afinidades que você tem com quem você pedala. Jamais será o preço da camiseta ou da bicicleta, a quantidade de gente no passeio ou o preço para participar de um grande grupo de pedal.
Quem lucra economicamente com o uso da bicicleta é a industria, as empresas de publicidade, turismo, industria de camisetas , lojas de equipamentos esportivos.
Nestes seguimentos é que devem os grande grupos buscarem seus patrocinadores, jamais cobrando algo de quem as vezes não tem nem a merenda para cada pedal que faz. E ter que pagar para pedalar .
Jabutis Vagarosos, Academia Stillus, George Argolo e tantos outros, estão fazendo passeios maravilhosos sem precisar de camiseta , senão as de uso comum, ou de propaganda do seu proprio grupo, sem precisar de protocolo, carimbos, ofícios, autorizos, confusões para pedalar.
Daqui a pouco vai acontecer as queixas: privatizaram as ruas, não podemos mais pedalar, como reclamam das empresas de carnaval. O carnaval não exige pagamento. Os foliões é que desejam pagar. Não há do que reclamar.
E carnaval, para desfilar, é muito caro. Pedalar não .Para pedalar, basta alguns ferros montados em forma de bicicleta, dois pneus e homem inteligente montado.Se os jabutis fizerem camisetas de cem reais, pode ter certeza: não fui eu quem encomedou. Nem serei eu que irei pagar. Paga quem quer e pode. Usa quem quer e pode pagar.Eu não quero, nem posso.
Se é de pagar para outros grupos, fortaleça o seu, crie o seu, pague ao seu.
Se para cada passeio tenha eu que pagar cinco reais para para participar, estarei “ ferrado”! E muita gente também.
Acamisa bela , o passeio organizado, o tenis e bicicleta caras são atrativos normais. Poe nas ruas a beleza e impõe respeito. Mas é para quem pode pagar. Quem não pode, pegue sua magrela que voce pode ter, a camiseta que voce pode comprar e saia por aí. Por onde uma anda a outra pode andar.

Recentemente, na abertura das olimpiadas de Pequim, foi mostrado um ciclista humilde: pedalou dois mil quilometres em sua bicicleta velha , enferruada, com cestinha e sem marcha. Muitos de nós jamais subiriamos em uma daquelas. Nem para sair da garagem de casa. Coisa de cultura. Ou falta dela.

Quem pode, compra o mais caro. Quem não pode, compra a mais barata . O mistério, o belo está no que se ve e sente pedalando. Não no preço da bicicleta ou da camiseta.

E vamos pedalar.

valcibarretoadv@yahoo.com.br

=SÓ VOTAREI NOS POLITICOS LIGADOS AO CICLISMO.=NÃO VOTAREI EM CANDIDATO QUE PROMOVA POLUIÇÃO SONORA COM SEUS CARROS DE SOM ALTO.=E JAMAIS VOTAREI EM CANDIDATOS CUJOS MOTORISTAS NÃO RESPEITAREM A PREFERENCIA DE CICLISTAS NAS RUAS. ESTOU DE OLHO NO MOTORISTA DE UMA CANDIDATA, ATE BONITINHA. Poderia até ganhar meu voto. MAS JÁ PERDEU: UM MOTORSTA SEU ANDA AI NA RUA QUERENDO ATROPELAR TODO MUNDO. NÃO SEI QUAL DELES.UM CANDITATO DE NOME VIRGILO TAMBÉM JÁ PERDEU. FORÇAVA MINHA PASSAGEM, GROSSEIRAMENTE, EM FRENTE AO IGUATEMI. ESTAVA EU DE MOTO.SE ESTIVESSE DE BICICLETA TERIA ME ATROPELADO.
VAMOS Á LUTA, POR BICICLETAS NAS RUAS E POR EDUCAÇÃO , RESPEITO AO SER HUMANDO.
NÃO VAMOS DESISTIR!

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