quarta-feira, 20 de agosto de 2008

VAMOS OCUPAR AS RUAS COM NOSSAS BICICLETAS

Valci Barreto
Editor do bikebook.blogspot.com
muraldebugarin.com


Permanentemente, em nossos escritos, estimulamos o uso das bicicletas nas ruas de Salvador, independentemente de ciclovias ou ciclofaixas. Milhares de pessoas sonham em pedalar. Ingenuamente , esperam pelas ciclovias e ciclofaixas para realizar este desejo.
Pessoas assim, certamente, jamais pedalarão, senão em pequenos trechos da cidade. Isto porque estas ciclovias e ciclofaixas jamais virão, senão em pequenas áreas, pequenos espaços. Há esperanças para as regiões de práia. Fora daí, complicado.
Por pressões sociais, políticas ecológicas, satisfação a reivindicações populares, algumas coisas serão feitas e já estão, pelo poder público. Se vierem grandes coisas, não serão para nossa geração.
Mas isto não vai satisfazer aos reclamos dos cicloativistas.
O que fazer, então?
Temos uma cultura de esperar tudo dos governantes. Esta é parte que deve ser mudada da nossa cultura.
Temos que buscar alternativas, independentemene de atuações especificas da administração pública. E tudo dentro da lei e do respeito ao próximo.
O que fazer , então?
Muito simples a solução: Basta montarmos em nossas bicicletas e enfrentarmos , com todos os cuidados , o transito. Devem os ciclistas, que já estão treinados, criar , estimular a criação de pequenos grupos de passeios de cinco, dez, quinze pessoas para pedalar em qualquer dia e hora , segundo as possibilidades de cada um.
Somos, dependentes de governos e de lideranças. Eles são bons, úteis, necessários. Mas não são essenciais para que possamos ou não pedalar.
Se a lei autoriza a circulação de bicicletas, nas mesmas ruas dos carros, o que nos falta é vencer o medo de ocupar as ruas, dentro da lei, educação e respeito.
Vamos aprender a nos conduzir , se não sozinhos, pelo menos em pequenos grupos, organizados, ordeiros, respeitosos.
Nos eventos ciclísticos baianos, o que ocorre em qualquer lugar, quando se marca um passeio, e alguns chegam atrasados muitos deles , até em grupos, ficam iguais a baratas tontas fugindo de algum inimigo, à procura dos outros. "Por onde foi? Está aonde? Em qual beco entrou?”
Isto não é ruim. A agregação é importante. Quanto mais gente pedalando em grupos grandes, mais pressão se vai fazendo para estimular o uso das bicicletas em nossas ruas. Demonstra poder, impõe respeito, diminui riscos.
Porém, já aprendemos muito. Agora está na hora de avançarmos um pouco. A sugestão nossa é que cada grupo, cada liderança, cada ciclista, crie pequenos grupos e saia pedalando por aí. Um grupo de dez ,quinze pessoas, pedalando dentro das normas de transito, com respeito e dignidade. Grupos pequenos, bem organizados, também impõe respeito, realiza conquistas, diminui riscos, andando com cuidado e eduação. Claro que não estou falando dos motoristas animais. Estes não respeitam ninguém. Como também não são respeitosos os ciclistas embrutecidos e mal educados, que não são poucos.
Os passeios com grande número de componentes, os da asbeb e da asbb, muito tem ajudado no crescimento do ciclismo na Bahia.
Mas custam caro. Depende de muitos recursos.
Porém , muito também tem feito pequenos grupos como SUBA AI, SINCRONIA, AMIGOSDEBIKE, AMIGOS DO TONY, PEDAIS NA ESTRADA, NARANDIBA, NATURABIKEAÇÃO , JARRAW, PEDAL DE OURO, PEDAL DELAS ,JARRAW, E AGORA OS NOVOS COMO PIRATAS DE BIKE, PEDAL DA FAMILIA(A GRANDE NOVIDADE DOS PEDAIS NOTURNOS BAIANOS), ITAAGIPE É DO PEDAL e os passeios VOLTA CICLISTICA ITAPAGIPANA.
A criação de novos deve ser estimulada. E certamente vai acontecer. E é bom que aconteça
Mas devemos ser mais criativos e independentes. E, para isto, a internet pode prestar grandes serviços, aos ciclistas baianos, divulgando todos os passeios. Não apenas os grandes. Os ciclistas devem, cada vez mais, ainda que uma vez por semana, acessar os sites, blogs, para se informar dos eventos.
Então, em favor do cicloativismo, em favor das bicicletas nas ruas de Salvador, aos quais devemos estar presentes, devemos fazer mais um pouco, ir um pouco além, formando nossos pequenos grupos. Não precisa de muita ogranização, de dia e hora certa, de camisetas, de bicicletas caras, de carro de som, de equipamentos outros, tão necessários nos grandes evetntos e nos grandes grupos. E não se gasta nada além das despesas comuns de cada um.
Há pessoas que , mesmo tendo vontade de passear por ai, ficam esperando, aguardando o dia e hora de sair algum grupo organizado. De um modo geral, os grandes grupos exigem que a pessoa tenha condições de pedalar grandes distancias e velocidades às quais não estejam acostumados os novos.
Resultado, os novos vão para eles e , não agüentando, são desestimulados. Não mais retornam à bicicleta.
O desestimulo não é patrocinado pelo grupo. O candidato ao pedal é que é dependente. Isto acontece também até com quem pedala, mas só tem coragem, se sente seguro, dentro de um grande grupo. Mas ái vem outra dificuldade: só pedala naquele dia, naquele evento, criando um ciclo vicioso de dependência continua.
Assim, devem todos serem estimulados a formar pequenos grupos de pedais. Cinco pessoas é um bom número. Se formado por pessoas que tenham afinidades , com certeza farão uma grande festa pelas ruas de Salvador. E com a mesma segurança, ou até mais, do que nos grandes passeios. E isto sem precisar de nenhum equipamento como som , radio comunicador, pelotão de policia ou mesmo batedores particulares, que tanto encarece os passeios.No ultimo passeio, que denominamos DAS MAGRELAS LIVRES, vi uma animadora cena: um grupo de garotes, sem capacete, sem luvas, muitos descalços, em número de mais ou menos vinte, ocupando as ruas da Baixa do Sapateiro. Haviam se perdido do PEDAL DAS MAGRELAS , que seria do IMPERADOR, e estavam à sua procura. Mas muito seguros nas ruas e dos espaços que ocupavam.
Cometiam erros que devemos afastar: sem luvas, capacetes, muito ariscos, fazendo acrobacias nas ruas. Mas demonstravam que estavam pedalando,mesmos sem pertencerem a algum grupo organizado. Havia originalidade, coragem e vontade de pedalar. E todos bem novos.
Alguém deve chegar para estes garotos, aos seus pais para orientá-los a pedar de outra forma: mais elegante e respeitosa. E mais segura. Mas a lição deles é muito importante: pode-se pedalar, mesmo afastados das grandes organizações, dos grandes passeios, dos grandes eventos.
Aqueles garotos têm o que nos ensinar. E a mim ensinaram: basta juntar pessoas que gostarmos de estar juntos e sairmos por aí, havendo ou não grandes pedais , grandes eventos.
Eles estavam na Volta Ciclística Itapagipana. Mas não obedeciam aos comandos de cuidados, uso luva e capacete.
Muitos que não podem comprar seus capacentes, luvas, nem por isto devem ser discriminados. Impossível todos os ciclistas terem luva e capacete. São equipamentos caros para uma boa parte da população. Estimula-se o uso. Porém, andando devagar, com cuidado, pode-se estar mais protegido, até, do que pedalar perigosamente , ainda que usando capacete. Segura deve ser a forma de concuzir. O capacete salva vidas, sem dúvida. Mas os cuidados: andar devagar, empurrar a bicicleta nos locais mais criticos também protege, evita os acidentes.
O capacete não é obrigatório por lei. Mas deve ser estimulado o seu uso. Os grupos organizados, por força de sua autoridade, organização, pode, e até deve, somente aceitar em seu meio pessoas com capacete e luva. Mas os que não podem adquiri-los não devem ser desestimulados, discriminados. Ao contrário. Mesmos estes devem ser estimulados a pedalar. Ainda que fora daqueles grupos e padrões.
Os equipamentos de uso obrigatório estão na legislação de transito. O capacete não é obrigatório. E quem não puder comprar um capacete, deve se proteger com lenços feitos de toalha de banho: PORQUE NÃO?
Há quem se choque com o novo: USAR LENÇO DE TOALHA? Claro, gente, importante é se proteger, proteger sua cabecinha, seja com capacente, com isopor, toalha ou qualquer coisa que possa protegêla. D certinho! É só ser criativo, inteligente e cuidadoso.
Vamos estimular o uso da toalha cobrindo a cabeça. Se coloridas, ficarão até muito bonitas , principalmente em grandes grupos. Não tenham medo de enfrentar e de fazer o diferente, desde que não se maltrate nem maltrate os outros. Sejamos fortes. Coragem, firmeza, são as melhores armas contra a timidez e o preconceito.
Vamos, então, participar dos grandes grupos, quando possível. Mas vamos formar , estimular os pequanos, de cinco, seis, dez pessoas, juntando amigos, pessoas que queremos bem, treinarmos e ocupar as ruas que os carros nos tomaram. Com civilidade, repeito, sem barulhos, sem acrobacias, certamente imporemos respeito. Assim fazendo, estamos ajudando a contruir um mundo melhor. Os próprios motoristas, quem sabe não passem a nos olhar, como pesssoas que quem ajudar seus filhos, netos, em um momento bem próximo, andar pela nossa bela VCaiptal, curtindo-a, em cada pedacinho de chão, sem medo de atropelos?
Nós podemos ajudar a mudar o mundo com boas ações, juntando-nos aos grandes grupos. Mas, creio eu, em termos de bicicletas, muito mais faremos organizados em pequenos grupos, saindo de todos os cantos da cidade e nos encontrando por aí, fazendo resta em cada esquina em dias de surpresas ou locais e dias marcados: nos cinemas, museus, teatros, praças, jardins, práias, casamentos, batizados , shows, surpreendendo e sendo surpreendidos em nossos pedais. Quem sabe não seremos mais escutados ? imitados, copiados para o bem de todos?
Para isto, não precisa de camiseta, carro de som, rádio comunicador como são necessários nos grandes eventos; que também apoiamos.
O muraldebugarin.com, totalmente gratuito, anuncia, propaga, promove, colabora COM TODOS E QUAISQUER GRUPOS DE PASSEIOS. Se você quer ser informado, ou se informar de passeios e eventos ciclísticos, não se iniba, mande um e mail para nós. Com certeza será publicado. E nada será cobrado. Tudo é sem sem carimbos, protocolos, ofícios, selos ou taxas. É só festa!
E vamos chamar aqueles garotos aos quais me referi. Eles têm futuro. E estão fazendo o que muito gente não consegue: pedalar sem burocracias, camisetas, protocolos, ofícios, autorizo nem pagamento de taxas. Tony, uma das grandes lederanças do cicliativismo baiano, os conhece; comentamos a respeito deles na Volta Ciclística Itapagipana. Eram os mesmos.
Vamos aconselhá-los a pedalar com segurança e respeito, sem acrobacias, gritos nem sustos aos pedestres.Importante é ocupar as ruas e levar nossas mensagens de saúde, paz, lazer, respeito e educação, principalmente a que desejamos dentro das nossas próprias casas.
E , se virem Mundão por aí, em sua bicicleta em direçao a Bom Jesus da Lapa, mandem noticias para nós!===============

VAMOS TODOS AO PEDAL DAS FRALDAS, LAZARO E AJOYR MERECEM.

SE TEM PEDAL, TÁ NO MURAL.
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ATÉ QUANDO VAMOS RESISTIR ? TANTA BRUTALIDE NÃO PODE CONTINUAR. NOSSA SOLIDARIEDADE Á VITIMA DE TAMANHA VIOLENCIA. E DENTRO DE UM CAMPUS UNIVERSITARIO, QUE IMAGINAMOS SEGURO. A B S U R D O!
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