TRT mantém multa bilionária contra Shell e Basf Do Metro cidades@eband.com.br O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) manteve, em segunda instância, a condenação bilionária contra Shell e a Basf. As duas empresas, que mantiveram instalações em Paulínia, foram condenadas ao custeio de tratamento médico de ex-trabalhadores, além do pagamento de uma indenização por danos morais aos empregados. Pela decisão, cada ex-trabalhador e cada filho de ex-trabalhador nascido durante ou depois da prestação de serviços deverá receber o montante individual de R$ 64,5 mil. O julgamento de ontem anula a decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho) que havia suspendido a decisão no ano passado. A contaminação do solo veio à público em 1992, quando a Shell, ao vender os seus ativos para a multinacional Cyanamid, contratou uma consultoria ambiental que apontou a contaminação do solo e dos lençóis freáticos da planta em Paulínia. A prefeitura e a Shell fizeram exames de sangue em moradores do bairro Recanto dos Pássaros. Os resultados das análises da Shell não apontaram contaminação por drins (produtos que eram fabricados pela fábrica da Shell). Os exames feitos pela Unesp, a pedido da prefeitura, revelaram que 88 pessoas estavam com intoxicação crônica e 72 estavam contaminadas por drins. Segundo os extrabalhadores, 57 morreram de doenças provocadas pela contaminação. Outro ladoAs duas empresas irão recorrer da decisão. A Shell afirma que a existência de contaminação ambiental não implica em exposição e prejuízo à saúde. Já a Basf informou que tem pago despesas médicas aos trabalhadores da fábrica entre os anos de 2000 e 2002.