Estou amadurecendo esta idéia. Pensem: Que tal começarmos a reeducar o motorista soteropolitano para ele entender, acolher e, acima de tudo, RESPEITAR o ciclista??
Sinto-me um tanto acuado, quase todos os dias, pelos nossos IRMÃOS TAXISTAS, quando vou ou retorno do serviço. (trabalho num órgão governamental ligado à Cultura)
Eu também estou indo trabalhar; eles já estão fazendo isso.
E para que eles ficam "jogando" o carro em cima de mim?? Não roubei, nem matei. Muito menos, estuprei. Parecem ter uma pressa maior que a de todos os outros motoristas. O lugar do taxista é a rua. O do ciclista, também. Não somos competidores, não estamos disputando absolutamente NADA. Para que tanta falsa pressa?? (Toda vez que eu pegava táxi, era aquela maresia... E ponha MARESIA nisso)
Hoje, ouço buzinadas, vejo piscadas de faróis, escuto freadas atrás de mim. O engraçado e esquisito é que 99% das vezes são nossos AMIGOS TAXISTAS. Já perdi a conta, em menos de um mês transitando DIARIAMENTE e cuidadosamente sobre uma magrela (a 'Favorita') com cestinha, descanso e buzina trin-trin. Bicicleta característica de um pedalante que não estressa, não desrespeita e não agride o pedestre, como vários que vejo. E procuro dar exemplo. Já chamei a atenção de um ciclista há uns dias por quase atropelar um garoto por imprudência. Tomei consciência da situação do ciclista e do pedestre - tão importante quanto - em pouquíssimos dias.
Modifiquei e quero, a cada dia, melhorar minha relação com o trânsito. Sou parte ATIVA dele. Quero que os carros cheguem nas garagens intactos. Os motoristas (homens e mulheres) cheguem em paz em suas casas, nos seus trabalhos. Mas isso depende de TODOS nós.
Os de ônibus até que já estão acostumando com a minha presença a cada manhã, intermédio e noite. Já tem um motorista de ônibus que acena quando eu passo perto do veículo que ele conduz, tão cuidadosamente, aqui no Centro. Salvador é realmente "plana" para a bicicleta. Uns aclivezinhos aqui e acolá, mas na maioria das ruas, é quase tudo plano aqui pela parte central da cidade. Tirando o Pelourinho, claro. Sei que há bairros nos quais é bem mais difícil dizer isso. Mas já andei por boa parte da cidade, de bike, nestes últimos dias. Só depende da boa vontade de USAR a bicicleta como meio de transporte.
Economizo, faço atividade física moderada e ainda por cima ganho tempo: não preciso procurar estacionamento, não estresso com o ladrão que vai levar o carro com seguro vencido... basta uma tranca e voi lá, como diriam os franceses!
A questão é: o ciclista precisa deixar CLARO que ele não é um E.T. e o motorista PRECISA ser convencido disso!!! Principalmente o motorista profissional do trânsito.
Taxistas, deixem de achar que sou "alvo".
Não sou pato. Sou CAMELO!!!
Boa tarde e um excelente fim de semana.
Ps.: amanhã tem jabuti. todos estão convidados a conhecer este lado da vida. Sobre duas rodas.
Atire a primeira bolinha de papel aquele que NUNCA quis andar livre, numa bike, pela cidade!!!!!!!!
(ver cartilha dos jabutis vagarosos neste blog)
Sérgio Bezerra
Editores: VALCI BARRETO, Advogado, estudante de jornalismo. Fones: 9999-9221 (Tim), 3384-3419 e 8760-7969 (Oi). Email: valcibarretoadv@yahoo.com.br. Colaboradores: Itana Mangieri, Alberto Bugarin e Sérgio Bezerra. Todos blogueiros, cicloativistas e amantes de livros, fotos e videos - Interesses do Blog: reportagens, artigos, com destaque especial para passeios de bicicletas, livros, cultura em geral, cicloativismo, cicloturismo e educação para o trânsito. Colaborações serão sempre bem vindas.
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Um comentário:
Show, Show, Show ...
É isso aí Sergio !
Isso é um "tabefe" diplomático nesses profissinais, se é que os podemos chamar de profissionais, do trânsito !!!
Parabéns !!!
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