terça-feira, 6 de setembro de 2011


BICICLETA COMO MEIO DE TRANSPORTE EM SALVADOR.

Valci Barreto
Bikebook.com.br
Muraldebugarin.com
TV RUA.



Lápis, bicicleta, caneta, livro usado são itens que, apensar de comuns, simples e baratos, resolvem muitas coisas na vida da gente. Quantos  não já perdeu um negócio, viu fugir quem sabe o amor da sua vida por não ter anotado o fone , endereço, nome de alguém  em um destes encontros únicos que a vida promove e deixamos escapulir? Quantos não perderam um negocio, um programa pelo mesmo motivo? Quantas pessoas poderiam fazer belos passeios usando uma coisa tão simples como uma bicicleta? Quantos não deixaram de se emocionar com uma historia por ter deixado de abrir um livro, ou tido paciência para escutar alguém?  Tenho o  cuidado de ter estes poderosos instrumentos ao meu redor, mesmo nestes tempos de avião barato, metrôs, kindles, celulares avançados,  Iped, internet e livros de capas tentadoras nas prateleiras das livrarias.

Há certas coisas que a classe média, o novo rico, somente vai usar se um dos seus pares o fizer. Ou, especialmente, se a imagem aparecer em alguma novela.  O requisito para muita gente usar algum objeto, morar em algum bairro, é ser  aprovado pelo uso de alguma celebridade, notadamente artistas e atletas. Se aparecer na novela, então, aí é certo que no dia seguinte tem gente “chic” fazendo o mesmo. Outra forma é aparecer alguém e afirmar: “é a ultima moda na Europa”. “Chegou dos Estados Unidos”. Se for da China, não vale. Senão, todo brasileiro usava bicicleta.

Raramente assisto a algum capitulo de novela.  Nada tenho contra elas, tendo-as, inclusive, como um grande gênero cultural que muito ensina à nossa população. As restrições que faço é que demoram muito para a trama ser contada, a  maioria dos diálogos não me interessam e nos horários eu prefiro sempre ler, ver revista ou fazer alguma atividade física, ainda que andando na garagem. Ultimamente ,a bicicleta tem entrado nas novelas, o que me tem agradado muito, principalmente porque nelas pedalam  personagem que representam a classes de média para cima. Estas cenas, sem duvida, levarão mais pessoas a pedalar, A revista Caras, fotografando artistas circulando em bicicleta nas praias das celebridades do Rio de Janeiro e  do  exterior tem prestado  grande serviço em favor das bicicletas.

Antes, você podia andar  até de paletó em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro ,de bicicleta, como revelam fotos da época.

 Em um outro momento, seria “vergonhosa”, “coisa de pobre”. Chic, como ainda é, é   a  CAMINHONETONA, mesmo que usada apenas para comprar um sapato a cem metros de casa,transportando uma pessoa só.

Hoje, pela manhã, precisava resolver um problema no cartório da Barra. Como nestas repartições não se pode entrar de bermuda, vesti uma camisa manga comprida, calça , meia e sapato social e assim me dirigi para lá. Resolvi tudo de forma rápida , sem estress, sem pressa, e, como era antes das dez, sem suar. Isto é rotina em minha vida, na região da Barra, notadamente aos sábados pela manhã quando, também, resolvo coisas entre Ondina, Rio Vermelho Avenida Sete .

No caso de hoje, se fosse de carro, e até de moto, considerando outros lugares que tive de parar, teria demorado bem mais, encontrado flanelinhas chatos(há os bons, educados, sim) e outras mazelas que encontram quem anda de carro pelo centro.

Não quero lançar moda. Não tenho vocação nem perfil para  o ramo. Não sendo jogador de futebol, pastor, autoridade, ninguém vai andar de bicicleta “porque valci também anda”.

Porém , para os que tem vontade e espera alguma celebridade assim proceder, já há um motivo bem forte  que  acredito farão mais gente da classe media encarar a magrela como meio de transporte alternativo: trata-se do social bike, que parecer vir também para ficar

 Vejam o vídeo abaixo que você entenderá bem melhor do que estou falando. Agora a moda veio da Dinamarca. Chic, portanto. Só que lá nunca foi moda:é do dia a dia das pessoas. Mas pondo como “moda vinda da Dinamarca”, tem um lado mais chic para ser considerado.


Avisando a quem leu até aqui: em Salvador a “moda já pegou”. O grupo MENINAS AO VENTO, no facebook, muraldebugarin.com, bikebook.blogspot.com estão dizendo para as mulheres chícs baianas, a exemplo de minha querida colega, advogada, amante do pedal Karla Menezes: COPENHAGUE, MUNIQUE e AMESTERDA É AQUI, com uma vantagem para nós: a elegância e  beleza, é a mesma, mas nossas bicicletas são bem mais enfeitadas, cuidadas, amadas pois temos Márcia e Drica emprestando sua arte para suas bicicletas e adereços.

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