BICICLETA COMO MEIO DE
TRANSPORTE EM SALVADOR.
Valci Barreto
Bikebook.com.br
Muraldebugarin.com
TV RUA.
Lápis, bicicleta, caneta,
livro usado são itens que, apensar de comuns, simples e baratos, resolvem
muitas coisas na vida da gente. Quantos não já perdeu um negócio, viu fugir quem sabe
o amor da sua vida por não ter anotado o fone , endereço, nome de alguém em um destes encontros únicos que a vida
promove e deixamos escapulir? Quantos não perderam um negocio, um programa pelo
mesmo motivo? Quantas pessoas poderiam fazer belos passeios usando uma coisa
tão simples como uma bicicleta? Quantos não deixaram de se emocionar com uma
historia por ter deixado de abrir um livro, ou tido paciência para escutar
alguém? Tenho o cuidado de ter estes poderosos instrumentos
ao meu redor, mesmo nestes tempos de avião barato, metrôs, kindles, celulares
avançados, Iped, internet e livros de
capas tentadoras nas prateleiras das livrarias.
Há certas coisas que a classe
média, o novo rico, somente vai usar se um dos seus pares o fizer. Ou,
especialmente, se a imagem aparecer em alguma novela. O requisito para muita gente usar algum
objeto, morar em algum bairro, é ser aprovado pelo uso de alguma celebridade,
notadamente artistas e atletas. Se aparecer na novela, então, aí é certo que no
dia seguinte tem gente “chic” fazendo o mesmo. Outra forma é aparecer alguém e
afirmar: “é a ultima moda na Europa”. “Chegou dos Estados Unidos”. Se for da
China, não vale. Senão, todo brasileiro usava bicicleta.
Raramente assisto a algum
capitulo de novela. Nada tenho contra
elas, tendo-as, inclusive, como um grande gênero cultural que muito ensina à
nossa população. As restrições que faço é que demoram muito para a trama ser
contada, a maioria dos diálogos não me
interessam e nos horários eu prefiro sempre ler, ver revista ou fazer alguma
atividade física, ainda que andando na garagem. Ultimamente ,a bicicleta tem
entrado nas novelas, o que me tem agradado muito, principalmente porque nelas
pedalam personagem que representam a
classes de média para cima. Estas cenas, sem duvida, levarão mais pessoas a
pedalar, A revista Caras, fotografando artistas circulando em bicicleta nas
praias das celebridades do Rio de Janeiro e do
exterior tem prestado grande
serviço em favor das bicicletas.
Antes, você podia andar até de paletó em cidades como São Paulo e Rio
de Janeiro ,de bicicleta, como revelam fotos da época.
Em um outro momento, seria “vergonhosa”, “coisa
de pobre”. Chic, como ainda é, é a CAMINHONETONA, mesmo que usada apenas para
comprar um sapato a cem metros de casa,transportando uma pessoa só.
Hoje, pela manhã, precisava
resolver um problema no cartório da Barra. Como nestas repartições não se pode
entrar de bermuda, vesti uma camisa manga comprida, calça , meia e sapato
social e assim me dirigi para lá. Resolvi tudo de forma rápida , sem estress,
sem pressa, e, como era antes das dez, sem suar. Isto é rotina em minha vida,
na região da Barra, notadamente aos sábados pela manhã quando, também, resolvo
coisas entre Ondina, Rio Vermelho Avenida Sete .
No caso de hoje, se fosse de
carro, e até de moto, considerando outros lugares que tive de parar, teria
demorado bem mais, encontrado flanelinhas chatos(há os bons, educados, sim) e
outras mazelas que encontram quem anda de carro pelo centro.
Não quero lançar moda. Não
tenho vocação nem perfil para o ramo.
Não sendo jogador de futebol, pastor, autoridade, ninguém vai andar de
bicicleta “porque valci também anda”.
Porém , para os que tem
vontade e espera alguma celebridade assim proceder, já há um motivo bem
forte que acredito farão mais gente da classe media
encarar a magrela como meio de transporte alternativo: trata-se do social bike,
que parecer vir também para ficar
Vejam o vídeo abaixo que você entenderá bem
melhor do que estou falando. Agora a moda veio da Dinamarca. Chic, portanto. Só
que lá nunca foi moda:é do dia a dia das pessoas. Mas pondo como “moda vinda da
Dinamarca”, tem um lado mais chic para ser considerado.
Avisando a quem leu até aqui:
em Salvador a “moda já pegou”. O grupo MENINAS AO VENTO, no facebook,
muraldebugarin.com, bikebook.blogspot.com estão dizendo para as mulheres chícs
baianas, a exemplo de minha querida colega, advogada, amante do pedal Karla
Menezes: COPENHAGUE, MUNIQUE e AMESTERDA É AQUI, com uma vantagem para nós: a
elegância e beleza, é a mesma, mas
nossas bicicletas são bem mais enfeitadas, cuidadas, amadas pois temos Márcia e
Drica emprestando sua arte para suas bicicletas e adereços.
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