Texto: Itana Mangieri
Nesta semana que se passou trabalhei em Rio Branco/Acre e Porto Velho/Rondônia onde consegui um tempinho para dedicar-me à “honoris-causa” a qual fui escalada para este site de “correspondente jornalística” ... rsrs
O que mais chama a atenção para quem chega à região no verão é o “céu de brigadeiro”, ou seja, sem nuvens. Azul da cor do mar ... rsrs. O calor é escaldante. Rio Branco e Porto Velho são capitais em desenvolvimento, mas com “ar” de cidade de interior e, devido ainda não possuirem edificações verticais em grande quantidade, a sensação de espaço é assustadora.
O verde de lá é mais verde que o bandeira ... rsrs
Ao desembarcar em Rio Branco, os taxistas, sempre muito atenciosos, iniciam um papo perguntando qual o motivo da viagem e, logo após se oferecem para um passeio turístico para compras e também conhecer uma tribo indígena para provar o Chá do Daime (o famoso chá indígena alucinógeno). Gentilmente respondi: “O ar puro daqui, pra mim, já é alucinógeno ... rsrsr pois ingiro gás carbônico diariamente” ... kkkk
A cidade é plana, perfeita para bicicletas, e com uma população sorridente e acolhedora.
Em seguida fui para Porto Velho/RO. Mais uma hora de vôo.
Todas as cidades são distantes umas das outras. Lá, após um dia de trabalho e ciceroneada pelo médico equatoriano, Dr.Gustavo, fui conhecer o símbolo de Porto Velho: as 3 Caixas D’água, a Estação Ferroviária Madeira-Mamoré e o Rio Madeira durante o pôr-do-sol com direito a deliciar-me com um bôto brincando á margem do rio.
Segue aqui um pouquinho da história da lendária ferrovia:
A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré ficou mundialmente conhecida como a Ferrovia do Diado, devido as grandes perdas humanas e dificuldades encontradas por seus construtores entre 1907 a 1912.
A história desta ferrovia faz parte do Patrimônio Histórico Nacional Brasileiro e é também a História e Patrimônio dos construtores Americanos, Ingleses, Chineses, Espanhóis, Dinamarqueses, Caribenhos, Italianos e Alemães entre outras nacionalidades. Aproximadamente 6.000 destes trabalhadores morreram de forma trágica nas frentes de trabalhos da Madeira-Mamoré: naufrágios, mortes por flechadas de índios, afogamentos, picadas de animais silvestres, e outras doenças como: malaria, febre amarela, febre tifóide, tuberculose, beribéri, e outras que ocasionaram estas perdas.
A Lendária Estrada de Ferro Madeira-Mamoré é uma das últimas linhas de trem a vapor no Brasil e a única na Amazônia. Possui 366 km ligando as cidades de Porto Velho e Guajará-Mirim (Rondônia) na selva amazônica.
Recentemente a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré foi tema da minissérie televisiva "Mad Maria", que divulgou ao público brasileiro esta parte da história, até então quase desconhecida ou esquecida por grande parte da população.
A minissérie exibiu vários acontecimentos verídicos sobre a ferrovia, e que foram filmados nos mesmos locais onde os fatos se passaram. Para que fosse possível realizar as filmagens da minissérie, foram recuperados alguns pequenos trechos da ferrovia, mas que foram abandonados após o término das gravações.
Apesar de ser tombada como patrimônio histórico, a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré ainda não recebeu a devida atenção e está totalmente fora de funcionamento há mais de nove anos, e todo seu acervo encontra-se em péssimo estado de conservação tanto nas cidades de Porto Velho e Guajará-Mirim, bem como ao longo do seus 366 km.
Lastimável, mas a vale a pena conhecê-la !
Mais fotos em www.muraldebugarin.com
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Editores: VALCI BARRETO, Advogado, estudante de jornalismo. Fones: 9999-9221 (Tim), 3384-3419 e 8760-7969 (Oi). Email: valcibarretoadv@yahoo.com.br. Colaboradores: Itana Mangieri, Alberto Bugarin e Sérgio Bezerra. Todos blogueiros, cicloativistas e amantes de livros, fotos e videos - Interesses do Blog: reportagens, artigos, com destaque especial para passeios de bicicletas, livros, cultura em geral, cicloativismo, cicloturismo e educação para o trânsito. Colaborações serão sempre bem vindas.
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